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Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Glândula Tireoide A glândula tireoide é a maior glândula endócrina do corpo, a qual produz os hormônios tireoidianos (T3 e T4) e calcitonina. Ademais, influencia todas as áreas do corpo, com exceção dela própria e do baço, testículos e útero. Tem origem na região da laringe, próxima ao assoalho na língua, no forame cego, onde existe um ducto chamado de ducto tireoglosso, que faz a ligação da tireoide com a língua. Está localizada na região cervical (na parte anterior do pescoço), e situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, no nível das vértebras C5 – T1. É formada por lobos direito e esquerdo, situados anterolateralmente à laringe e à traqueia. Um istmo une os lobos sobre a traqueia (pode estar ausente como variação anatômica) Pode apresentar também, como variação anatômica, um lobo piramidal, que é um remanescente embrionário do ducto tireoglosso. A glândula tireoide pode ser ectópica, ou seja, pode estar fora de sua localidade normal (variação anatômica). É circundada por uma cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da glândula. Lobo Piramidal Lobo Esquerdo Istmo Lobo Direito Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Suprimento Arterial: A glândula tireoide é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior. Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias tireóideas superiores, dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. As artérias tireóideas inferiores são os maiores ramos dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias. Seguem em sentido superomedial até chegarem à face posterior da glândula tireoide. Dividem-se em ramos e suprem a face posteroinferior, incluindo os polos inferiores da glândula. Tem uma íntima relação com o nervo laríngeo recorrente. As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda anastomosam-se dentro da glândula, assegurando sua vascularização ao mesmo tempo em que proporcionam potencial de circulação colateral entre as artérias subclávia e carótida externa. Em algumas pessoas, uma artéria tireóidea ima ímpar origina-se normalmente do tronco braquiocefálico, e ascende sobre a face anterior da traqueia, emitindo pequenos ramos para ela. A artéria continua até o istmo da glândula tireoide, onde se divide para irrigá- la. Suprimento Venoso: Três pares de veias tireóideas formam um plexo venoso tireóideo na superfície anterior da glândula tireoide e anterior à traqueia. São elas: veias tireóideas superiores, veias tireóideas médias e veias tireóideas inferiores. As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores, e drenam os polos superiores da glândula tireoide e drenam para as veias jugulares internas. As veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos paralelos às artérias tireóideas inferiores, e drenam a região intermédia dos lobos e drenam para as veias jugulares internas. As veias tireóideas inferiores, geralmente independentes, drenam os polos inferiores e drenam também para as veias braquiocefálicas, posteriormente ao manúbrio do externo. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Drenagem linfática: Os vasos linfáticos da glândula tireoide seguem no tecido conjuntivo interlobular, perto das artérias. Eles se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. Os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré- traqueais e paratraqueais. Os linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores; os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Inervação: Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios simpáticos cervicais superiores, médios e inferiores. Os gânglios chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior, que acompanham as artérias tireóideas. Glândulas Paratireoides As glândulas paratireoides são pequenas, ovais e achatadas. Produzem o hormônio paratormônio (PTH), que controla o metabolismo do fósforo e do cálcio no sangue (aumenta a absorção), e atuam no esqueleto, nos rins e no intestino. Situam-se externamente à cápsula tireóidea, na metade medial da superfície posterior de cada lobo da glândula tireoide, dentro de sua bainha. Normalmente, as pessoas possuem quatro glândulas paratireoides. As glândulas paratireoides superiores costumam situar-se 1 cm acima do ponto de entrada das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide, no nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. As glândulas paratireoides inferiores usualmente situam-se 1 cm abaixo do ponto de entrada arterial, perto dos polos inferiores da glândula tireoide. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Suprimento Arterial: Geralmente ramos das artérias tireóideas inferiores são responsáveis por suprir as glândulas paratireoides. Podem também ser supridas por ramos das artérias tireóideas superiores; a artéria ima; ou as artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. Suprimento Venoso: As veias paratireóideas drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da traqueia. Drenagem linfática: Os vasos linfáticos das glândulas paratireoides drenam com os vasos da glândula tireoide para os linfonodos cervicais profundos e linfonodos paratraqueais. Inervação: A inervação é derivada de ramos tireóideos dos gânglios simpáticos cervicais, que são vasomotores e não secretomotores, pois as secreções endócrinas dessas glândulas são controladas por hormônios.
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