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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE QUÍMICA QFL1405 - QUÍMICA EXPERIMENTAL AVANÇADA ANÁLISE DOS ESPECTROS INFRAVERMELHO E RAMAN DO SOLVENTE EUTÉTICO PROFUNDO GLICELINA ([Ch]Cl:Gli) Cesar Policarpo Felisbino | 9792421 Douglas Kazuki Ishii | 8530886 Gabriel da Mota | 9379232 Gabriel Nardy | 9896611 Matheus Avelino Nunes | 9848141 São Paulo Julho de 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 SOLVENTES EUTÉTICOS PROFUNDOS 3 ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO 5 ESPECTROSCOPIA RAMAN 6 MICROSCOPIA RAMAN 8 OBJETIVOS 9 RESULTADOS E DISCUSSÃO 9 ESPECTROSCOPIA NO IR 9 ESPECTROSCOPIA RAMAN 11 MICROSCOPIA RAMAN 13 CONCLUSÃO 14 REFERÊNCIAS 14 2 1. INTRODUÇÃO SOLVENTES EUTÉTICOS PROFUNDOS Por definição, o ponto eutético é uma invariante isobárica do sistema, e representa a composição e a temperatura mínima de fusão ao longo da interseção de duas curvas de fusão.[1] O ponto de fusão mínimo é significativamente menor do que os pontos de fusão dos componentes individuais, e refletem as afinidades não covalentes a nível molecular, já que tais interações levam à redução de energia.[2] A Fig. 1[3] é uma representação esquemática do ponto eutético de um diagrama de fases de dois componentes. Fig. 1. Diagrama sólido-líquido de uma mistura eutética.[3] Os solventes eutéticos profundos (DESs) são uma classe de solventes que vem ganhando projeção nos últimos anos. Há um interesse emergente em muitos processos químicos, catalíticos e de separação, incluindo armazenamento de energia eletroquímica.[4][5] O termo Deep Eutectic Solvent foi introduzido originalmente na literatura por A. P. Abbott[6] para descrever soluções líquidas (com uma baixa temperatura de fusão) em que a diminuição da temperatura de fusão na composição eutética resulta de um forte desvio à idealidade da mistura líquida.[3] A maioria dos DESs possuem características semelhantes às dos líquidos iônicos (LIs) “convencionais”.[7] De forma similar, apresentam baixa pressão de vapor, baixa inflamabilidade, além de serem líquidos em um intervalo amplo de temperatura.[5] Além disso, podem ser formados por compostos naturais conferindo-lhes características como biodegradabilidade, fácil síntese e custo acessível.[8] 3 No entanto, os DESs e LIs diferem quanto à natureza das suas soluções iônicas. Estes sistemas são formados a partir de misturas de ácidos e bases de Lewis ou Brønsted que podem conduzir à formação de uma variedade de espécies aniônicas e/ou catiónicas.[3] A variação dos materiais constituintes de um DES permite a adaptação do ambiente polar, possibilitando novos materiais e processos inovadores.[9][10] Estes compostos podem ou não conter um sal metálico em sua composição. Nesse relatório, nos interessa DES “orgânicos” - aqueles sem sais metálicos, que compreendem um aceitador de ligação de sal de haleto ou hidrogênio (HBA) e um doador de ligação de hidrogênio (HBD).[4] Os solventes eutéticos profundos de primeira geração basearam-se em misturas de sais de amônio quaternário com doadores de ligação de hidrogênio tais como aminas e ácidos carboxílicos.[11] Assim, o solvente eutético profundo glicelina ([Ch]Cl:Gli), uma mistura de cloreto de colina e glicerol em uma proporção de 1:2, foi escolhido para ser foco deste estudo. Fig. 2. Representação das fórmulas estruturais do cloreto de colina (esquerda) e glicerol (direita). A glicelina contém como aceptor de ligação de hidrogênio o cloreto de colina. O doador de ligação de hidrogênio que o compõe é o glicerol. Ambas as estruturas estão apresentadas na Fig. 2. O cloreto de colina, também conhecido como vitamina B4, é um sal quaternário de amônio atóxico, biodegradável e produzido em larga escala para ser utilizado como aditivo na alimentação de frangos.[5] No caso do glicerol, sabe-se que constituí um resíduo abundante da produção de biodiesel com inúmeras aplicações. O [Ch]Cl:Gli possui uma viscosidade cerca de 33% inferior a viscosidade do glicerol puro.[12]Isto configura uma vantagem do ponto de vista industrial, uma vez que alta viscosidade é um fator limitante para a transferência de massa e contribui com o aumento de perda de carga do sistema.[5] Além disso, Radošević et al., (2015)[13] apresenta outras vantagens em se utilizar este solvente, mostrando sua baixa toxicidade, importante para o desenvolvimento de tecnologias limpas. 4 ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO A maioria dos compostos inorgânicos e orgânicos que possuem ligações covalentes absorvem radiação eletromagnética na região do infravermelho. Esta região está presente em uma frequência menor que a luz visível e maior que as micro-ondas. Para o estudo seguinte, o interesse está na região vibracional do infravermelho com comprimentos de onda entre 2,5 μm e 25 μm. É comumente utilizado número de onda em vez de comprimento de onda para esta região no espectro já que é diretamente proporcional a energia e frequência. Convertendo os comprimentos de onda citados acima, chegamos a uma faixa de 4000 a 400 cm-1. O processo de absorção de radiação no infravermelho é quantizado e, consequentemente, apenas frequências específicas serão absorvidas por moléculas. A absorção nesta faixa envolve frequências vibracionais de estiramento e dobramentos nas moléculas. A energia absorvida tem como função aumentar a amplitude dos movimentos vibracionais das ligações químicas e apenas ligações que sofram alterações no momento dipolo ao longo do tempo possuem a capacidade de absorção do infravermelho e o dipolo elétrico precisa mudar na mesma frequência da radiação, assim o dipolo elétrico irá se acoplar com o campo eletromagnético da radiação incidente. Cada tipo de ligação tem uma frequência de vibração e mesmo sendo uma ligação semelhante mas em compostos diferentes, ocorrerá uma diferença no número de onda encontrado devido ao ambiente químico diferente e uma maior diferença nos padrões de absorção, visto que cada molécula apresentará o seu. Portanto, a função essencial de um espectro de infravermelho é demonstrar o padrão de absorção refletido diretamente das ligações contidas no composto, fornecendo uma informação estrutural. Os modos mais simples de vibração das moléculas são o de estiramento e dobramento. Entretanto, existem outros modos mais complexos denominados scissoring, wagging e twisting, descritos quando ocorrem deformações vibracionais. Em grupo com 3 ou mais átomos, em que pelo menos dois sejam iguais, pode ocorrer um estiramento simétrico ou assimétrico. Vibrações de estiramento assimétrico ocorrem em frequências mais altas que estiramentos simétricos e vibrações de estiramento ocorrem em maiores frequências do que dobramentos. 5 ESPECTROSCOPIA RAMAN Na espectroscopia Raman, assim como na espectroscopia no infravermelho, é possível medir a diferença entre os níveis vibracionais de uma molécula. Embora o resultado seja o mesmo (a molécula passa de um estado vibracional para outro), o fenômeno é fisicamente diferente da absorção de radiação e, consequentemente, as regras de seleção podem ser diferentes.[14] A primeira diferença em relação a espectroscopia no infravermelho está na frequência da radiação incidente, sendo aproximadamente duas ordens de grandeza superior à radiação no infravermelho (300 cm-1). Dessa forma, são utilizados lasers na região do visível (incluem-se também UV e infravermelho próximo) para excitar as moléculas em estudo. Quando esse tipo de radiação monocromática, de frequência��, irradia a molécula, ocorre a promoção de um ou mais fótons para o estado eletrônico excitado, que pode causar uma polarização da nuvem eletrônica. No relaxamento para o estado fundamental, essa radiação é espalhada elasticamente na sua frequência original �� (espalhamento Rayleigh) e havendo variação na polarizabilidade, também inelasticamente nas frequências �� ± ��i (espalhamento Raman), sendo o espalhamento Raman mais fraco que o espalhamento Rayleigh em uma ordem de 10-3 a 10-5.[15] O fenômeno pode ser explicado por uma teoria clássica elementar:uma onda de luz com frequência ��, com um campo elétrico oscilante E, pode ser descrita por E = E cos2πt 0 Equação 1, onde E0 é a amplitude e t o tempo. Se uma molécula diatômica é irradiada por essa luz, o momento de dipolo P dado por: P = αE = αE cos2πt 0 Equação 2, é induzido. A constante de proporcionalidade �� é chamada de polarizabilidade. Se a molécula vibra com frequência ��i, o deslocamento nuclear q é escrito como: q = q cos2πv t 0 i Equação 3, 6 sendo q0 a amplitude vibracional. Em amplitudes de vibrações pequenas, a polarizabilidade é uma função linear do deslocamento nuclear. Assim, podemos escrever: α = α ) q 0 + (∂q ∂α 0 Equação 4 Aqui, ��0 é a polarizabilidade na posição de equilíbrio, e a derivada parcial de�� em relação a q em zero é a taxa de variação da polarizabilidade em respeito a mudança do deslocamento nuclear, evaluada na posição de equilíbrio. Combinando as Equações 2, 3 e 4, temos: P = α E cos2πt ( ) q E {cos[2π(υ )t] os[2π(υ )t]} 0 0 + 2 1 ∂q ∂α 0 0 0 + υi + c + υi Equação 5 O primeiro termo descreve um dipolo oscilante que emite radiação de frequência �� (espalhamento Rayleigh). O segundo termo dá o espalhamento Raman nas frequências �� - ��i(Stokes) e �� + ��i(anti-Stokes). Se a derivada parcial (����/��q)0for igual a zero, o segundo termo é eliminado, o que impõe uma importante regra de seleção para essa espectroscopia: uma vibração só será ativa no Raman se a polarizabilidade variar durante essa vibração. No espectro Raman do CCl4 abaixo, é possível observar os três espalhamentos. Como o gráfico é simétrico, é comum que o espalhamento Rayleigh e o Raman anti-Stokes sejam excluídos para facilitar a leitura dos picos. Fig. 3. Espectro Raman do CCl4(excitação de 488.0 nm).[15] 7 MICROSCOPIA RAMAN O conjunto das energias de vibração das ligações químicas entre os átomos de uma molécula são como uma impressão digital que permite sua distinção, através de técnicas como IR e Raman, entre outras moléculas. O aprimoramento de lasers nas últimas décadas aumentou as possibilidades de emprego da espectroscopia Raman na microanálise. Na microscopia Raman é combinada a um microscópio ótico padrão toda a instrumentação característica de um espectrômetro Raman convencional. Fig. 4. Instrumentação característica de um micro-Raman espectrômetro.[16] A intensidade S do sinal que chega no detector do espectrômetro Raman, a um comprimento de onda λ é descrita por: S ~ Ioσ NΩT s λ λ λ Equação 6, onde: - Io é a intensidade do laser irradiando a amostra; - ����é a seção transversal diferencial da linha de Raman; - N é o número de moléculas da amostra; - Ω é o ângulo sólido de coleta da luz Raman; - T��é a taxa de transferência do instrumento, dependente de ��; - s��é a sensibilidade do detector; dependente de��. 8 O baixo número de moléculas N na amostra microscópica é compensada pela construção do instrumento, que pode utilizar o microscópio para iluminar e coletar a luz Raman, valendo-se da alta abertura numérica (NA) para que a intensidade Io seja focada em um volume muito pequeno, sob um amplo ângulo Ω de coleta.[17] Assim, a microscopia Raman se torna um método com alto potencial de observar e mapear o perfil vibracional em pequeno volume de amostra, sendo uma poderosa ferramenta não-destrutiva para identificação de moléculas. 2. OBJETIVOS As atividades tiveram o objetivo de obter e comparar espectros de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) no modo de reflectância total atenuada (ATR), espectros Raman e microscopia Raman. Estes espectros são correspondentes ao glicerol puro, cloreto de colina puro e a glicelina, que seria a mistura de ambos compostos. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ESPECTROSCOPIA NO IR Para o ensaio de IR foi utilizado um espectrômetro Bruker FT-IR, modelo Vertex 80v. A Fig. 5 mostra espectros de infravermelho em modo ATR do cloreto de colina, glicerol puro e da mistura eutética cloreto de colina + glicerol (DES). Nos três espectros é possível observar a banda larga característica do estiramento O-H em 3300 cm-1. Nota-se que no espectro do DES, há um deslocamento para o vermelho dessa banda. Esse fenômeno pode ser causado pelo estabelecimento de ligações de hidrogênio (Y・・・H ⎻ X), onde há uma transferência de carga de Y para ��*(H-X).[18] Também é possível observar nos três espectros sinais de estiramento C-H (CH3) perto de 2900 cm-1. Entrando na região de fingerprint, por volta de 1000 cm-1, observa-se sinais de estiramento C-N (cloreto de colina e DES) e C-O nos três espectros. Essa última é bem mais intensa no glicerol e no DES, devido ao maior número de ligações desse tipo. O espectro do DES representa bem uma “soma” entre os dois espectros. 9 Fig. 5. Espectros IR modo ATR do cloreto de colina, glicerol e DES. Ainda foram registrados mais dois espectros do DES, uma no IR distante em modo ATR e outra no IR médio no modo de transmissão, representados na Fig. 6. Fig. 6. Espectros far-IR (esquerda) e mid-IR (direita) para o DES. Primeiramente, é importante notar a diferença nas intensidades entre os espectros do DES no modo de reflexão total atenuada (ATR) e no modo transmissão. Nesse segundo modo, os picos são bem mais intensos, fazendo com que vibrações que absorvem muita energia sejam muito pronunciados. Com o uso do modo ATR, é possível atenuar esses picos, evitando possíveis prejuízos na leitura de sinais menos intensos ou que o pico 10 “estoure” no espectro. Essa diferença na escala é facilmente observada na região entre 500 e 700 cm-1 nos espectros da Fig. 6. ESPECTROSCOPIA RAMAN As análises foram feitas utilizando um espectrômetro Raman, modelo T64000 da marca Horiba-Jobin-Yvon, utilizando um laser de Ar+ na linha de 514,5 nm. Fig. 7. Espectros Raman do cloreto de colina, glicerol e mistura cloreto de colina + glicerol (DES glicelina). A figura acima reúne espectros Raman do glicerol e do cloreto de colina puros bem como a mistura dos dois (glicelina). É importante observar que para o solvente eutético (linha azul) não foram fornecidos dados de intensidade Raman para números de onda maiores que 2500 cm-1, dessa forma, não foi possível construir o espectro completo para o DES. Tanto no espectro do glicerol quando do cloreto de colina é possível observar sinal fraco em 3300 cm-1, característico de estiramento O-H. Na molécula de glicerol a banda é 11 mais larga, devido ao maior número de hidroxilas. Essa banda seria esperada no espectro do DES. Em entre 2900 e 3100 cm-1 os picos de estiramentos de C-H (CH2O e CH3) são melhores definidos do que no espectro IR. Em aproximadamente 700 cm-1 é possível observar, tanto no cloreto de colina, quanto no DES, picos de intensidade moderada/forte de estiramento simétrico C-N. A união dos espectros Raman e IR, permitem analisar sistematicamente grande número de vibrações e a análise de eventuais deslocamentos possibilita entender melhor alterações no ambiente químico, causados por exemplo por interações intermoleculares como ligações de hidrogênio. MICROSCOPIA RAMAN Para a análise por microscopia Raman, utilizou-se, acoplado ao microscópio óptico, o mesmo espectrômetro Raman, utilizando o laser 514,5 nm de Ar+ como fonte de excitação. A amostra da mistura eutética foi recém-preparada e o espectro foi registrado antes da total dissolução. Por isso, a amostra apresentou uma fase amorfa e uma fase cristalina, como pode ser observado na Fig. 8. O espectro Raman foi registrado na parte cristalina da amostra. Fig. 8. Amostra da mistura eutética: microscópio do espectrômetro Raman (esquerda) e fases cristalina e amorfa na mistura eutética (direita). O espectro Raman registrado de 0 até aproximadamente 2000 cm-1 pode ser visto na Fig. 9. Existe grande correspondência com o espectro Raman do cloreto de colina pura, sendo possível observar relacionar todos os picos entre os dois espectros. Nota-se também que o espectro obtido na microscopia Raman possui picos mais intensos. Tipicamente, materiais cristalinos apresentamsinais mais definidos e intensos no 12 espectro Raman, enquanto materiais amorfos apresentam bandas mais largas e picos menos intensos.[19] Fig. 9. Espectro micro-Raman obtido para a fase cristalina da mistura eutética. 4. CONCLUSÃO A utilização das técnicas para a caracterização do solvente eutético profundo e seus reagentes se mostrou eficaz na comparação de seus espectros. A combinação das espectroscopias Raman e IR forneceu ferramentas para a identificação de espectros rotacionais e vibracionais, tipos de ligações e determinação do grau de pureza. Os espectros vibracionais permitiram compreender se seus modos de vibração são simétricos, como dos grupos nitrogenados, ou assimétricos, como nos estiramentos da carboxila e da hidroxila. Já o ponto de fusão característico de solventes eutéticos pode ser associado através do IR, pelas indicações de ligações de hidrogênio. Os sinais referentes a grupos funcionais também podem ser comparados entre as espécies, na espectroscopia Raman, demonstrando as correlações da Glicelina e seus reagentes, o cloreto de colina e glicerol. A microscopia Raman permitiu também a caracterização da fase cristalina, apresentando um sinal definido e intenso na faixa dos 700 cm-1. 13 5. REFERÊNCIAS [1] Gamsjäger, H., Lorimer, J. W., Scharlin, P., & Shaw, D. G. (2008). Glossary of terms related to solubility (IUPAC Recommendations 2008). Pure Appl. Chem., 80(2), 233–276. [2] Costa, A. C. F. (2016). 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