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CONTESTAÇÃO - Gilson Reis

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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 15ª VARA DO 
TRABALHO DO RECIFE/PE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº: 1234 
 
Reclamante: Sociedade Empresária Transporte Rápido Ltda 
Reclamada: Gilson Reis 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA TRANSPORTE RÁPIDO LTDA., já qualificada nos 
autos da reclamação trabalhista em epígrafe, movida por Gilson Reis., vem, 
respeitosamente, por seu procurador abaixo firmado, apresentar CONTESTAÇÃO, 
conforme os fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
CONTESTAÇÃO 
Na Reclamação Trabalhista que lhe move Gilson Reis, com base no artigo 847 da 
Consolidação das Leis do trabalho (CLT), combinado com o artigo 336 do Código de 
Processo Civil (CPC), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
CONTRATO DE TRABALHO 
 
Gilson Reis, foi funcionário da empresa na função de auxiliar de serviços gerais, 
no período de 6 anos e 6 meses, admitido em 13/05/2010 e dispensado em 
09/11/2016. 
Com a jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, das 5:00h às 15:00h, com 
intervalo de 2 horas para refeição. 
Foi dispensado, sem justa causa, em 09/11/2016, após cumprir aviso prévio. 
 
PRELIMINARMENTE 
 
I. DA PRESCRIÇÃO PARCIAL 
 
 Deve-se suscitar a prejudicial de prescrição parcial, a fim 
de que sejam consideradas prescritas as parcelas anteriores aos cinco anos do 
ajuizamento da ação, ou seja, anteriores a 20/04/2010, observado o biênio 
subsequente à extinção do contrato de trabalho, de acordo com o art. 7º, XXIX, 
da Constituição Federal (CF), aclarado pela Súmula 308, I, do Superior 
Tribunal do Trabalho (TST). 
 
MÉRITO 
 
I. DA REINTEGRAÇÃO 
 
 O empregado apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua 
categoria durante o período de aviso prévio, tendo informado o fato por e -mail ao 
seu empregador, o que lhe assegura a garantia. 
de emprego, segundo alegou. Assim, requereu a sua reintegração. 
 
 Ocorre que o Reclamante não se enquadra na situação prescrita no art. 543, §3º 
da CLT, conforme alegado, pois o registro de sua candidatura ocorreu no período de 
aviso prévio. Esta situação não lhe garante a estabilidade, mesmo que este aviso 
fosse indenizado, em face do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, 
consubstanciado na Súmula 369, V. 
 
Portanto, o Reclamante não faz jus à reintegração, vez que, quando da sua 
candidatura à direção do sindicato de sua categoria, já se encontrava cumprindo 
aviso prévio. 
 
II. DA JORNADA DE TR ABALHO/DAS HORAS EXTRAS 
 
O empregado aduziu que trabalhava das 05 às 15 horas, com intervalo de 02 (duas) 
horas para o almoço, e que tal jornada dava-lhe o direito de requerer o pagamento 
de horas extras no período trabalhado. 
 
No entanto, pode-se verificar que a jornada cumprida não excede os limites 
constitucionais, se já o semanal de 44 (quarenta e quatro) horas ou o diário de 8 
(oito) horas, conforme preceitua o art. 7º, XIII, da CF, e o art. 58, caput, da CLT, 
bem como não está em desacordo com o intervalo intrajornada, que é de no mínimo 
1 (uma) hora e, salvo acordo coletivo, no máximo 2 (duas) horas, de acordo com o 
disposto no art.71, caput da CLT. 
 
Destarte, não prospera a pretensão do Reclamante em pleitear o pagamento de 
horas extraordinárias e seus respectivos reflexos. 
 
 
 
 
 
III. DO ADICIONAL DE TRABALHO NOTURNO 
 
 Gilson Reis laborava das 05 às 15 horas, o que o fez requerer o pagamento do 
adicional de trabalho noturno (ATN). 
 
Vale destacar que o empregado não trabalhava entre 22 horas de um dia e 05 horas 
do dia seguinte, que é o período legal que caracteriza o ATN, segundo dispõe o art. 
73, § 2º, da CLT. 
 
Dessa forma, requer a Reclamada a improcedência do pedido de adicional de 
trabalho noturno, pelas razões acima expostas. 
 
IV. DO INTERVALO INTERJORNADA 
 
 O Reclamante trabalhava das 05 às 15 horas e alegou na 
inicial que o intervalo interjornada não era observado, desejando ser 
remunerado nas respectivas horas extraordinárias. 
 Relevante esclarecer que o intervalo interjornada deve ser 
de um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso do trabalhador, 
conforme aduz o art. 66 da CLT. Entretanto, no caso em tela, havia um interregno de 
catorze horas entre as jornadas, o que não contempla o pagamento de horas extras 
nem está em consonância com a Orientação jurisprudencial 355 da Seção de 
Dissídios Individuais, Subseção I, do TST. Portanto, por tais motivos, não pode 
prosperar o pagamento de horas extraordinárias e de seus reflexos. 
 
V. DO PEDIDO 
 
 De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, requer a Vossa 
Excelência o acolhimento da prejudicial de prescrição parcial e, por fim, no mérito, 
que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas 
totalmente improcedentes e o Reclamante seja condenado ao pagamento das 
custas processuais e demais cominações legais conferidas à presente causa. 
 
VI. DAS PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em 
especial o depoimento pessoal do Reclamante, que fica desde já requerido, sob 
pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, 
perícias e o que mais for necessário para elucidação dos fatos. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado... 
 
 
 
DANIELE PINHEIRO PINTO 
201704021588

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