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Prática IV - Aula 3 - enviar

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Mandado de Segurança
Previsão constitucional
Art. 5, LXIX, da CF: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por ‘habeas-corpus’ ou ‘habeas-data’, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”
O Mandado de Segurança é regulado por lei específica: Lei nº 12.016/09.
Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
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Mandado de Segurança
O mandado de segurança é ação judicial, de rito sumário especial, própria para proteger direito líquido e certo de pessoa física ou jurídica, não protegido por “habeas corpus” ou “habeas data”, que tenha sido violado por ato de autoridade ou de agente de pessoa privada no exercício de atribuição do Poder Público. 
Utilização subsidiária/ Caráter residual
Caso a violação seja quanto à liberdade de locomoção ou ao acesso/retificação de informações personalíssimas (da pessoa do impetrante), as ações adequadas seriam o habeas corpus e o habeas data, respectivamente.
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Mandado de Segurança
Finalidade: É proteger o direito líquido e certo. Mas o que é direito líquido e certo? É aquele pode ser demonstrado de plano, através de prova pré-constituída, sem a necessidade de produção de novas provas. Os fatos devem estar claros. Direito liquido é certo é aquele que é evidente de imediato. Não importa se a questão jurídica é complexa e controvertida.
 
Por esse motivo, não há dilação probatória (prazo para produção de provas) no mandado de segurança. As provas, geralmente documentais, são levadas ao processo no momento da impetração da ação, ou seja, quando se requer a tutela jurisdicional. São provas pré-constituídas. 
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Mandado de Segurança
Natureza Civil
- O Mandado de Segurança protegerá o direito líquido e certo independentemente do âmbito em que foi transgredido (judicial ou administrativo).
- Cumpre destacar que, por ter natureza civil, não questiona/apura a hipótese de o ato constituir crime ou não, tampouco atribui indenização a quem sofreu lesão ao direito.
- O objetivo do Mandado de Segurança, então, é somente de invalidar atos de autoridade ou suprimir efeitos da omissão administrativa que causem lesão a direito líquido e certo, por ilegalidade ou abuso de poder.
- Tem procedimento especial: rito sumário especial.
- O mandado de segurança é regulamentado pela Lei nº 12.016/2009, que leva o nome de A Nova Lei do Mandado de Segurança. (Deve ser lida na íntegra pra fazer a peça)
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Mandado de Segurança
O Mandado de segurança é um remédio residual, ou seja, só pode ser usado quando não couber a Habeas Corpus e nem habeas Data.
EXEMPLO 1 .: Associação queira fazer uma manifestação publica na praça da cidade no domingo. Aí a associação avisa o prefeito da cidade, que não autoriza a manifestação. Ao ato do prefeito que negou o exercício do direito de reunião violou um direito liquido e certo. 
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Mandado de Segurança
EXEMPLO 2
João deseja fechar a sua empresa. A documentação e pagamento de tributos estão em dia, não havendo qualquer irregularidade ou óbice ao fechamento. Ao comparecer ao órgão competente para promover a extinção, referido órgão denegou o pedido sem justificativas legais, obrigando João a manter a empresa ativa.
João pode impetrar Mandado de Segurança requerendo que seu direito líquido e certo (de fechar a sua empresa quando quiser) seja protegido. Isto porque, ao denegar o fechamento, a autoridade competente agiu com ilegalidade/abuso de poder (uma vez cumpridos os necessários requisitos, não há que se falar em discricionariedade do Poder Público em manter a empresa privada aberta).
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Mandado de Segurança
EXEMPLO 3
Maria fez curso de Direito em uma universidade privada. Ao concluir o curso, tendo cumprido todas as matérias da grade curricular e aprovada em seu trabalho de conclusão, a Universidade se negou a expedição de seu diploma.
 
Desta feita, Maria pode impetrar Mandado de Segurança requerendo a efetivação do seu direito líquido e certo de ter diploma expedido, pois a autoridade (neste caso, pessoa jurídica de direito privado exercendo atividade do Poder Público – educação) agiu com ilegalidade/abuso de poder ao negar injustamente a expedição do diploma à aluna.
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Mandado de Segurança
 
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Mandado de Segurança
- Cabimento: É cabível contra ato de “autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público. É importante frisar que o mandado de segurança é cabível contra atos discricionários (abuso de poder) ou contra atos vinculados (ilegalidade). 
* Abuso de poder: que a autoridade age fora dos limites de sua competência. Trata-se de vício próprio dos atos discricionários.
* Ilegalidade: a autoridade coatora não age em conformidade com a lei. Trata-se de vício próprio dos atos vinculados. 
- Além disso ele também pode ser impetrado de maneira: Individual; Coletiva.
 
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Mandado de Segurança
- Legitimidade ativa: podem impetrar mandado de segurança:
Pessoas físicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil; 
Pessoa jurídica (pública ou privada)
As universalidades (que não chegam a ser pessoas jurídicas) reconhecidas por lei como detentoras de capacidade processual para a defesa de seus direitos, como a massa falida, espólio, herança e condomínio, por exemplo; 
 Alguns órgãos públicos (órgãos de grau superior), na defesa de suas prerrogativas e atribuições (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, por exemplo); 
O Ministério Público.
Art. 1º [...] §3º Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança.
o impetrante deve comparecer em juízo devidamente representado por advogado, na medida em que, ao contrário do que ocorre no habeas corpus, exige-se a capacidade postulatória da parte como pressuposto processual para a válida instauração da relação jurídica processual.
 
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Mandado de Segurança
- Legitimidade passiva: Deve figurar no polo passivo do Mandado de Segurança a autoridade ou agente de pessoa jurídica que agiu com ilegalidade ou abuso de poder.
Art. 6º. [...] §3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.
Art. 1º. [...] §1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.
 
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Mandado de Segurança: Competência
A competência para julgamento do Mandado de Segurança depende da autoridade coatora e será descoberta pela análise dos seguintes itens:
a) categoria da autoridade coatora – competência originária de tribunal (foro por prerrogativa de função);
b) sede funcional – as demais autoridades, que não possuem foro por prerrogativa de função para mandado de segurança, serão julgadas em primeiro grau. Se a autoridade estiver vinculada a Estados, Municípios ou Distrito Federal, a competência será da justiça estadual ou do Distrito Federal e Territórios; se a autoridade for federal, a competência será da justiça federal. (Vara da fazenda pública ou vara cível) 
 
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Mandado de Segurança: Competência
Fixada em razão da sede da autoridade coatora: A competência para julgar mandado de segurança se define pela categoria da autoridade coatora e sua sede funcional, sendo,portanto, absoluta. 
Fixada em razão do domicilio do impetrante: O impetrante do mandado de segurança pode optar pelo foro federal de seu domicilio ou o da sede da autoridade impetrada.
 CF: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
Lei 9.507/1997: Art. 20. O julgamento do habeas data compete:
I - originariamente:
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal;
c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal;
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado;
f) a juiz estadual, nos demais casos;
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Mandado de Segurança
Prazo: a lei do mandado de segurança, Lei nº 12.016/09, em seu artigo 23, traz o prazo decadencial de 120 dias para que o sujeito ingresse com a ação de mandado de segurança, contados da ciência do ato impugnado. 
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
Reexame necessário: Duplo grau de jurisdição. Uma vez concedida a segurança (deferido, “aceito” o pedido), a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição (reexame necessário). 
Da sentença que concede ou indefere o MS cabe apelação. Se a sentença conceder a segurança (O MS foi deferido), será obrigatório o duplo grau de jurisdição. 
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Mandado de Segurança:
Preventivo: Quando ainda não ocorreu o ato que viola direito fundamental, mas há iminência de sua ocorrência. 
Repressivo: O ato coator já ocorreu. (abre prazo de 120 a partir da data que o interessado tomar conhecimento oficial do ato impugnado). 
E se perder o prazo? 
Não caberá mais o remédio. Todavia poderá utilizar-se de uma ação de procedimento comum, só que agora precisará discutir toda a matéria de fato, o que provavelmente demandará mais tempo. 
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Mandado de Segurança
A ação não está isenta de custas perante o Poder Judiciário e a assistência de advogado é necessária. Mas não há ônus de sucumbência, ou seja, se o impetrante (o requerente) for derrotado, não será condenado a pagar as despesas com advogado da outra parte. (art. 25 LMS e sumula STF 512)
- Liminar: É cabível liminar desde que demonstrados o fumus boni juris e o periculum in mora.
Exceções: Tem situações que mesmo existindo esses requisitos, o fumus boni iuris e o periculum in mora, a lei não admite liminar em mandado de segurança:
a) A compensação de créditos tributários; 
b) A entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior; 
c) A reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
Aqui só pra saber que cabe medida liminar em mandado de segurança, mas que tem exceções, ou seja, tem situações que não cabe. 
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Mandado de Segurança
PETIÇÃO INICIAL
Deve preencher os requisitos descritos no art. 319 do Código de Processo Civil:
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
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Mandado de Segurança
Pedidos
a) Concessão de medida liminar para que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido (art. 7º, III, da Lei n. 12.016/2009);
b) Notificação da autoridade coatora para que preste informações no prazo de 10 dias (art. 7º, I, da Lei n. 12.016/2009);
c) Ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada (art. 7º, II, da Lei n. 12.016/2009);
d) Intimação do Ministério Público para manifestação (art. 12 da Lei n. 12.016/2009);
e) Procedência do pedido com o fim de anular o ato e requerer pedido acessório, se for o caso. Pagamento de vencimento apenas a partir do ajuizamento da inicial (art. 14, § 4º, da Lei n. 12.016/2009);
f) Condenação ao pagamento das custas. O mandado de segurança não admite condenação em honorários advocatícios (art. 25 da Lei n. 12.016/2009 e Súmula 512 do STF).
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Mandado de Segurança
É possível que o impetrante desista do mandado de segurança?
- Sim. O impetrante do mandado de segurança pode desistir dessa ação constitucional a qualquer tempo, ainda que proferida decisão de mérito a ele favorável, e sem anuência da parte contrária. (STF)
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Mandado de Segurança: Situações em que é incabível o mandado de segurança:
a) Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo (pois ele já vai ajudar para que o direito não seja afetado);
b) Não cabe mandado de segurança contra ato administrativo do qual caiba recurso com efeito suspensivo. (se o recurso tem efeito suspensivo, ele já vai garantir que o direito não será afetado) Exceção: SÚMULA 429 STF: A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade. 
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado; 
d) Não cabe mandado de segurança contra lei em tese, exceto se produtora de efeitos concretos. (Porque senão estaria funcionando como uma ação de controle concentrado)
e) Não cabe mandado de segurança contra ato de natureza jurisdicional (salvo situação de absoluta excepcionalidade, quando a decisão for equivocada, seja por manifesta ilegalidade, seja por abuso de poder). 
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Mandado de Segurança: Principais teses
Fornecimento de medicamento quando não necessária dilação probatória
Indicar que a saúde é direito de todos e dever do Poder Público, nos termos do art. 6º e/ou art. 196, caput, ambos da Constituição Federal;
b) Indicar que o serviço de saúde oferecido pelo ente público deve assegurar o “atendimento integral”, o que inclui o fornecimento de medicamentos, conforme prevê o art. 198, II, da Constituição Federal;
c) Indicar que a ausência do medicamento pode colocar em risco a vida do Impetrante, o que afronta a dignidade humana, conforme estabelecido no art. 1º, III, e/ou art. 5º, caput, da Constituição Federal;
d) Indicar que deve ser assegurada a efetividade do direito social à saúde, conforme art. 5º, § 1º, da Constituição Federal.
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Mandado de Segurança: Principais teses
Aplicação de multa fundamentada em norma municipal irregular e sem deferimento de contraditório
a) Violação ao princípio da legalidade – decreto municipal inovava o ordenamento jurídico, não havia lei anterior, conforme art. 5º, II, e/ou art. 37 da Constituição Federal;
b) Violação ao contraditório e ampla defesa, conforme art. 5º, LV, da Constituição Federal;
c) Violação ao devido processo legal, conforme art. 5º, LIV, da Constituição Federal.
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Mandado de Segurança: Principais teses
 Restrição de acesso ao cargo público. Idade máxima
a) Violação ao princípio da legalidade – restrição de acesso ao cargo público deve ter previsão em lei, conforme art. 37, caput, e/ou art. 37, I, da Constituição Federal;
b) Violação ao princípiodo amplo acesso ao cargo público/razoabilidade e proporcionalidade – restrição apenas se compatível com as atribuições do cargo.
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Mandado de Segurança
 
 
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Mandado de Segurança coletivo: 
CF - Art 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por (legitimados ativos)
 
partido político com representação no Congresso Nacional; 
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Só quem pode impetrá-lo (legitimados ativos) são essas pessoas previstas nas alíneas “a” e b”
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Mandado de Segurança coletivo: 
CF - Art 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por (legitimados ativos)
 
partido político com representação no Congresso Nacional; 
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
O mandado de segurança coletivo serve para proteger direitos coletivos e individuais homogêneos contra ato, omissão ou abuso de poder por parte de autoridade. Ou seja, não cabe mandado de segurança coletivo para proteger direitos difusos. 
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Mandado de Segurança coletivo: 
CF - Art 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por (legitimados ativos)
 
partido político com representação no Congresso Nacional; 
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Substituição processual: No mandado de segurança coletivo, aplica-se esse instituto. O interesse invocado pertence a uma categoria, mas quem é parte do processo é o impetrante (partido político, associação, por exemplo), que não precisa de autorização expressa dos titulares do direito para agir.
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Mandado de Segurança coletivo: Principal tese
Direitos de manifestação e reunião de trabalhadores, vedados seus exercícios arbitrariamente por autoridade pública
a) Indicar que os trabalhadores têm o direito fundamental à livre manifestação do pensamento, conforme art. 5º, IV, da Constituição Federal;
b) Indicar que os trabalhadores têm o direito fundamental à liberdade de expressão, conforme art. 5º, IX, da Constituição Federal;
c) Indicar que os trabalhadores têm o direito fundamental à reunião pacífica, conforme art. 5º, XVI, da Constituição Federal;
d) Indicar que a comunicação ao comandante da Polícia Militar visava apenas a evitar a frustração de reunião anteriormente convocada para o mesmo local, o que não era o caso. Como a reunião independe de autorização, o indeferimento violou os direitos de parte dos associados do sindicato e/ou o direito líquido e certo, sendo cabível a medida nos termos do art. 1º da Lei n. 12.016/2009.
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Mandado de Segurança coletivo
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Questões:
(DPE-MG – 2014) A controvérsia sobre matéria de direito impede a concessão de mandado de segurança, instituto de defesa de direito certo e incontestável. 
( ) Verdadeiro
( ) Falso
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Questões:
(DPE-MG – 2014) A controvérsia sobre matéria de direito impede a concessão de mandado de segurança, instituto de defesa de direito certo e incontestável. 
( ) Verdadeiro
( x ) Falso
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Questões:
 (DPE-MG – 2014) É inconstitucional a estipulação de prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
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Questões:
 (DPE-MG – 2014) É inconstitucional a estipulação de prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança.
( ) Verdadeiro
( x ) Falso
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Questões:
(FUB – 2015) O mandado de segurança coletivo impetrado por sindicato dispensa autorização prévia de sindicalizados. 
( ) Verdadeiro
( ) Falso
(FUB – 2015) Uma entidade de classe que estiver em funcionamento há apenas seis meses não possui, por essa razão, legitimidade para impetração de mandado de segurança coletivo em defesa de interesse de seus membros.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
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Questões:
(FUB – 2015) O mandado de segurança coletivo impetrado por sindicato dispensa autorização prévia de sindicalizados. 
( x ) Verdadeiro
( ) Falso
(FUB – 2015) Uma entidade de classe que estiver em funcionamento há apenas seis meses não possui, por essa razão, legitimidade para impetração de mandado de segurança coletivo em defesa de interesse de seus membros.
( ) Verdadeiro
( x ) Falso
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Questões:
(IF-RS – 2015) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por quaisquer partidos políticos e pelas organizações sindicais, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, um ano.
( ) Verdadeiro
( ) Falso
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Questões:
(IF-RS – 2015) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por quaisquer partidos políticos e pelas organizações sindicais, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, um ano.
( ) Verdadeiro
( x ) Falso
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Questões:
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Câmara de Aracaju - SE Prova: FGV - 2021 - Câmara de Aracaju - SE - Analista Legislativo
Joana, servidora pública do Município Alfa, após preencher os requisitos exigidos, requereu o recebimento de determinado benefício pecuniário previsto no regime jurídico da categoria. A autoridade competente indeferiu o pedido por escrito, sob o argumento de que, apesar de Joana ter preenchido os requisitos exigidos, era filiada a um partido político de oposição ao prefeito municipal.
Considerando a ilegalidade praticada, que violou o seu direito líquido e certo e deixou de reconhecer o benefício que lhe era devido, Joana pode utilizar a seguinte ação constitucional:
A) habeas data;
B) ação popular;
C) mandado de injunção; 
D) mandado de segurança;
E) mandado de pagamento.
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Questões:
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Câmara de Aracaju - SE Prova: FGV - 2021 - Câmara de Aracaju - SE - Analista Legislativo
Joana, servidora pública do Município Alfa, após preencher os requisitos exigidos, requereu o recebimento de determinado benefício pecuniário previsto no regime jurídico da categoria. A autoridade competente indeferiu o pedido por escrito, sob o argumento de que, apesar de Joana ter preenchido os requisitos exigidos, era filiada a um partido político de oposição ao prefeito municipal.
Considerando a ilegalidade praticada, que violou o seu direito líquido e certo e deixou de reconhecer o benefício que lhe era devido, Joana pode utilizar a seguinte ação constitucional:
A) habeas data;
B) ação popular;
C) mandado de injunção; 
D) mandado de segurança;
E) mandado de pagamento.
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Questões:
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2021 - DPE-RJ - Defensor Público
Em 16 de fevereiro de 2018, o então Presidente da República Michel Temer decretou intervenção federal no Rio de Janeiro. Durante a intervenção, Militares do Exército exigiam RG e tiravam fotos individuais de moradores de diferentes favelas, supostamente enviadas por um aplicativo para um setor de inteligência, que avaliava eventual existência de anotação criminal. A ampla cobertura da imprensa foi impedida ao exigir-se que a equipe de jornalistas ficasse a uma distância de 300 metros do local das abordagens. Em uma dessas ações, um morador da Vila Kennedy foi obrigado a voltar para casa quando tentava se dirigir para o seu emprego como pedreiro, tendo perdido o dia de trabalho em razão disso. Por ter saído para o serviço sem os documentos, levando consigo apenas a marmita, os soldados o fotografaram com e sem boné e o mandaram de volta para casa.
Para os profissionais de imprensa que foram obrigados a ficar a uma distância mínima de 300 metros dos locais de abordagem dos moradores (texto 1), a ação constitucional mais adequada para garantir a liberdade atacada pelo ato é:
A) mandado de segurança;
B) mandado de injunção;
C) habeas corpus;
D) habeas data;
E) ação popular.
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Questões:
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: DPE-RJProva: FGV - 2021 - DPE-RJ - Defensor Público
Em 16 de fevereiro de 2018, o então Presidente da República Michel Temer decretou intervenção federal no Rio de Janeiro. Durante a intervenção, Militares do Exército exigiam RG e tiravam fotos individuais de moradores de diferentes favelas, supostamente enviadas por um aplicativo para um setor de inteligência, que avaliava eventual existência de anotação criminal. A ampla cobertura da imprensa foi impedida ao exigir-se que a equipe de jornalistas ficasse a uma distância de 300 metros do local das abordagens. Em uma dessas ações, um morador da Vila Kennedy foi obrigado a voltar para casa quando tentava se dirigir para o seu emprego como pedreiro, tendo perdido o dia de trabalho em razão disso. Por ter saído para o serviço sem os documentos, levando consigo apenas a marmita, os soldados o fotografaram com e sem boné e o mandaram de volta para casa.
Para os profissionais de imprensa que foram obrigados a ficar a uma distância mínima de 300 metros dos locais de abordagem dos moradores (texto 1), a ação constitucional mais adequada para garantir a liberdade atacada pelo ato é:
A) mandado de segurança;
B) mandado de injunção;
C) habeas corpus;
D) habeas data;
E) ação popular.
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Macete malandro de remédios constitucionais:
- Habeas Corpus: direito de locomoção.   não precisa de advogado
- Habeas Data: direito de informação pessoal.
- Mandado de segurança: direito líquido e certo  não amparado por HC ou HD
- Mandado de injunção: omissão legislativa.
- Ação Popular: ato lesivo.
 
    O que tem H é gratuito, o que tem M não é gratuito. O que tem A é gratuito, salvo má-fé.
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Peça Profissional
 Erikson é um idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, que recebe um salário-mínimo por mês. Ao longo de mais de três décadas ele esteve exposto a agentes nocivos à saúde, de modo que foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida.
Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que a central de distribuição não entregara o medicamento, já que o Município, em razão da crise financeira, não pagava os fornecedores havia cerca de seis meses. 
Inconformado com a informação recebida, Erikson formulou, logo no dia seguinte, requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia colocar em risco sua própria vida. 
Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Erikson tinha necessidade do medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e informou que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. Nesse meio-tempo, sugeriu que Erikson procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado de saúde apresentasse alguma piora.
Erikson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procura você, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), solicitando o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, sem necessidade de longa instrução probatória, para que consiga obter o medicamento de que necessita.
	Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que conferem sustentação ao direito de Erikson. 
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Esqueleto da peça:
 EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .....VARA DE FAZENDA PÚBLICA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X 
NOME DE QUEM ESTÁ IMPRETRANDO O MS, qualificação da pessoa (física ou jurídica), CPF ou CNPJ, representada por (caso se tratar de impetrante p.j., menor de idade ou pessoa com curador ou tutor), por seu (sua) advogado (a) infra-assinado (procuração em anexo), com escritório localizado no endereço completo, endereço indicado para fins do disposto no art. 77, inciso VI, do CPC/2015, e com base no art. 5º, inciso LXIX, CF/88 e dos dispositivos da Lei nº 12.016/2009, vem, perante V;.Exa., impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA em face do NOME DO IMPETRADO, qualificação do impetrado, endereço.... 
I. DA TEMPESTIVIDADE DA PROPOSITURA DA AÇÃO 
Considerando a normativa inserta no art. 23, da Lei nº 12.016/2009, que dispõe acerca do prazo para propositura do Mandado de Segurança, afirma-se que a presente ação é tempestiva, pois foi proposta dentro do prazo de 120 dias. 
II. DA SÍNTESE DOS FATOS (ou simplesmente DOS FATOS) 
Aqui precisa narrar os fatos que ensejaram a impetração do MS 
III. DA TUTELA DE URGÊNCIA 
Deve demonstrar o fumus boni iuris e o periculum in mora. 
Ainda, deve mencionar o art. 7º, inciso III, da Lei nº 12.016/2009. 
IV. DOS FUNDAMENTOS 
Começar sempre pela previsão constitucional do MS, mencionando artigo e o inciso da CF/88. 
Trazer e transcrever o ato omissivo ou comissivo que está sendo impugnado pela via do MS. 
V. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, requer o impetrante: 
1. A concessão da medida cautelar para suspender/revogar o ato do NOME DO IMPETRADO OU DO CARGO QUE OCUPA;
2. A notificação da autoridade coatora, nos termos do art. X (vide qual é o artigo), da Lei nº Lei nº 12.016/2009
3. Seja comunicado o órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada; 
4. A intimação do Membro do Ministério Público; 
5. A condenação do Impetrado ao pagamento de custas processuais; 
6. A juntada dos documentos em anexo; 
7. Que o mérito, ao final, seja julgado procedente para afastar (mencionar o que está sendo pedido de fato e de direito) 
Dá-se à causa o valor de R$ XXXXXXX, para fins procedimentais. 
Nesses termos, 
Pede-se deferimento, 
Loca/data. 
Advogado 
OAB 
45
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