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Direito Administrativo II

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DIREITO Administrativo II
Licitações Públicas:
CONCEITO:
Pode-se definir a licitação como o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração de contrato.
Procedimento administrativo está se fazendo referência a uma série de atos preparatórios do ato final objetivado pela Administração. A licitação é um procedimento integrado por atos e fatos da Administração e atos e fatos do licitante, todos contribuindo para formar a vontade contratual. Por parte da Administração, o edital ou convite, o recebimento das propostas, a habilitação, a classificação, a adjudicação, além de outros atos intermediários ou posteriores, como o julgamento de recursos interpostos pelos interessados, a revogação, a anulação, os projetos, as publicações, anúncios, atas etc. Por parte do particular, a retirada do edital, a proposta, a desistência, a prestação de garantia, a apresentação de recursos, as impugnações.
A expressão ente público no exercício da função administrativa justifica-se pelo fato de que mesmo as entidades privadas que estejam no exercício de função pública, ainda que tenham personalidade jurídica de direito privado, submetem-se à licitação.
Pela licitação, a Administração abre a todos os interessados que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de apresentação de proposta. Quando a Administração convida os interessados pela forma de convocação prevista na lei (edital ou carta-convite), nesse ato convocatório vêm contidas as condições básicas para participar da licitação, bem como as normas a serem observadas no contrato que se tem em vista celebrar; o atendimento à convocação implica a aceitação dessas condições por parte dos interessados. Daí a afirmação segundo a qual o edital é a lei da licitação e, em consequência, a lei do contrato. Nem a Administração pode alterar as condições, nem o particular pode apresentar propostas ou documentação em desacordo com o exigido no ato de convocação, sob pena de desclassificação ou inabilitação, respectivamente.
A expressão possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará a mais conveniente para a celebração de contrato encerra o conceito de licitação. No direito privado, em que vigora o princípio da autonomia da vontade, o contrato celebra-se mediante a apresentação de uma oferta que o outro aceita. No Direito Administrativo, a licitação equivale a uma oferta dirigida a toda a coletividade de pessoas que preencham os requisitos legais e regulamentares constantes do edital; dentre estas, algumas apresentarão suas propostas, que equivalerão a uma aceitação da oferta de condições por parte da Administração; a esta cabe escolher a que seja mais conveniente para resguardar o interesse público, dentro dos requisitos fixados no ato convocatório.
Licitação: trata-se de um procedimento administrativo por meio do qual o Poder Público procura selecionar a proposta mais vantajosa para os interesses da coletividade nos termos expressamente previstos no edital. Da definição proposta, o primeiro item a ser observado diz respeito ao fato de surgir à licitação como um procedimento administrativo. Esse fato se deve à circunstância de ser a licitação constituída por diversas fases, diversas etapas, que surgem em ordem cronológica que não pode ser alterada, a fim de selecionar a proposta mais vantajosa para os interesses da coletividade. Assim, em uma primeira passada de olhos, a licitação tem seu início, ao menos em sua fase externa, com a publicação do edital, surgindo em seguida às fases de habilitação, de classificação, a homologação e, por último, a adjudicação
NATUREZA JURÍDICA: a natureza jurídica da licitação é a de procedimento administrativo com fim seletivo. 
DIREITO POSITIVO:
Na Constituição de 1967, não havia norma expressa definindo a competência para legislar sobre licitação, o que deu margem à formação de duas correntes doutrinárias: uma entendendo que licitação é matéria de direito financeiro, a respeito da qual cabe à União estabelecer normas gerais e, aos Estados, as normas supletivas (art. 8º, XVII, c e § 2º); e outra vendo a licitação como matéria de direito administrativo, de competência legislativa de cada uma das unidades da federação.
A controvérsia surgiu com a Lei Federal nº 5.456, de 20-6-68, que determinou a aplicação, aos Estados e Municípios, das normas relativas às licitações, previstas no Decreto-lei nº 200, de 25-2-67. E prosseguiu com a promulgação do Decreto-lei nº 2.300, de 21-11-86, que, dispondo sobre licitações e contratos da Administração Federal, determinou, no artigo 85, que se aplicariam aos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios as normas gerais nele estabelecidas.
Para os adeptos da primeira corrente, essas normas eram válidas; para os da segunda, elas eram inconstitucionais e feriam o princípio da autonomia das unidades federadas para legislar sobre essa matéria.
A Constituição de 1988 pôs fim à controvérsia, ao dar competência privativa à União para legislar sobre “normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a administração pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas de governo, e empresas sob seu controle” (art. 22, XXVII). Essa norma imprimiu validade inconteste ao art. 85 do Decreto-lei nº 2.300/86, significando que Estados e Municípios podem exercer competência legislativa suplementar em matéria de licitação (art. 24, § 2º, e art. 30, II, da Constituição). A Emenda Constitucional nº 19/98 deu nova redação ao artigo 22, XXVII, da Constituição Federal, atribuindo à União competência privativa para legislar sobre “normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no artigo 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do artigo 173, § 1º, III”.
DISCIPLINA LEGAL
Deduz-se do art. 22, XXVII, da CF que, sendo da competência privativa da União legislar sobre normas gerais, aos Estados, Distrito Federal e Municípios será lícito legislar sobre normas específicas.
A lei reguladora das licitações é a Lei no 8.666, de 21.06.1993 – o Estatuto dos Contratos e Licitações. Tal diploma legal, que, como visto, é o mesmo que disciplina os contratos administrativos, sofreu posteriormente algumas alterações, mas continua sendo a lei básica sobre a matéria.
Consagrando princípios gerais, como autorizado na Constituição, o Estatuto é, por assim dizer, a fonte legislativa primária disciplinadora das licitações. Por isso, nele foram estabelecidas algumas vedações também a Estados, Distrito Federal e Municípios, destacando-se, dentre elas, a que proíbe a ampliação dos casos de dispensa e inexigibilidade e dos limites de valor para cada modalidade de licitação, bem como a redução dos prazos de publicidade e dos recursos.
Além da Lei no 8.666/1993, que é o Estatuto geral das licitações, foi editada, posteriormente, a Lei no 10.520, de 17.7.2002 (antecedida de várias medidas provisórias reeditadas), que passou a regular nova modalidade de licitação – o pregão. A referida lei, por conseguinte, tem caráter especial diante do Estatuto, eis que disciplina especificamente a nova modalidade licitatória, sendo de acrescentar que, por isso mesmo, incidem sobre essa nova modalidade, no que couber, as regras da lei geral. Tem o Estatuto, portanto, caráter supletivo em relação ao novo diploma. 
Merece destaque também, por sua especificidade, as Leis nos 8.248, de 23.10.1991, que dispõe sobre aquisição de bens e serviços de informática e 12.232, de 29.4.2010, que institui as normas gerais para licitação e contratação de serviços de publicidade prestados por agências depropaganda.
Por outro lado, e com o objetivo de regulamentar o art. 179 da CF, veio a lume, como já dissemos, a LC no 123, de 14.12.2006, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, no qual foram inseridas normas específicas para proporcionar tratamento diferenciado e favorecido a tais categorias empresariais.
Conforme mencionamos no capítulo anterior, foi promulgada a Lei no 12.462, de 5.8.2011, que criou o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), voltado, inicialmente, para contratações necessárias à realização de grandes eventos esportivos e, posteriormente, estendido a outras situações sem qualquer relação com os referidos eventos. Reiteramos que as novas normas sobre licitação são aplicáveis para tais contratações, caracterizando-se como normas específicas, diversas, portanto, das constantes do Estatuto, qualificadas como normas gerais, de aplicação subsidiária. Entretanto, o regime é opcional e, se for adotado, deve figurar necessariamente no instrumento convocatório (art. 1o, § 2o). A nova lei pretende, entre outros objetivos, ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes, segundo estabelece seu art. 1o, § 1o.
Em outra vertente, a Lei no 13.019, de 31.7.2014, que rege as parcerias voluntárias e as relações de fomento e de colaboração, determinou que, salvo nas hipóteses expressamente previstas, não se aplica o Estatuto a ajustes dessa natureza. Na verdade, o citado diploma adota forma própria de seleção, o chamamento público, sobre o qual incidem as normas específicas nele previstas, como se verá no momento oportuno.
A Lei nº 13.303, de 30.6.2016, consubstanciou o estatuto das empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, e nesse diploma há normas direcionadas a licitações e contratações dessas entidades. A lei, por ser especial, prevalece sobre a Lei nº 8.666/1993, que, em relação a ela, se compõe de normas gerais
SLIDES DO VIZZOTTO:
Fundamentos:
MORALIDADE ADMINISTRATIVA
Quando foi concebido o procedimento de licitação, assentou-se o legislador em determinados fundamentos inspiradores. E um deles foi, sem dúvida, a moralidade administrativa.
Erigida atualmente à categoria de princípio constitucional pelo art. 37, caput, da CF, a moralidade administrativa deve guiar toda a conduta dos administradores. A estes incumbe agir com lealdade e boa-fé no trato com os particulares, procedendo com sinceridade e descartando qualquer conduta astuciosa ou eivada de malícia.18
A licitação veio prevenir eventuais condutas de improbidade por parte do administrador, algumas vezes curvados a acenos ilegítimos por parte de particulares, outras levados por sua própria deslealdade para com a Administração e a coletividade que representa. Daí a vedação que se lhe impõe, de optar por determinado particular. Seu dever é o de realizar o procedimento para que o contrato seja firmado com aquele que apresentar a melhor proposta. Nesse ponto, a moralidade administrativa se toca com o próprio princípio da impessoalidade, também insculpido no art. 37, caput, da Constituição, porque, quando o administrador não favorece este ou aquele interessado, está, ipso facto, dispensando tratamento impessoal a todos.
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
O outro fundamento da licitação foi a necessidade de proporcionar igualdade de oportunidades a todos quantos se interessam em contratar com a Administração, fornecendo seus serviços e bens (o que é mais comum), ou àqueles que desejam apresentar projetos de natureza técnica, científica ou artística.
A se permitir a livre escolha de determinados fornecedores pelo administrador, estariam alijados todos os demais, o que seria de se lamentar, tendo em vista que, em numerosas ocasiões, poderiam eles apresentar à Administração melhores condições de contratação.
Cumpre, assim, permitir a competitividade entre os interessados, essencial ao próprio instituto da licitação. Como é evidente, esse fundamento se agrega à noção que envolve os princípios da igualdade e da impessoalidade, de obrigatória observância por todos aqueles que integrem os quadros da Administração.
Princípio da Legalidade:
O princípio da legalidade é talvez o princípio basilar de toda a atividade administrativa. Significa que o administrador não pode fazer prevalecer sua vontade pessoal; sua atuação tem que se cingir ao que a lei impõe. Essa limitação do administrador é que, em última instância, garante os indivíduos contra abusos de conduta e desvios de objetivos.
No campo das licitações, o princípio da legalidade impõe, principalmente, que o administrador observe as regras que a lei traçou para o procedimento. É a aplicação do devido processo legal, segundo o qual se exige que a Administração escolha a modalidade certa; que seja bem clara quanto aos critérios seletivos; que só deixe de realizar a licitação nos casos permitidos na lei; que verifique, com cuidado, os requisitos de habilitação dos candidatos, e, enfim, que se disponha a alcançar os objetivos colimados, seguindo os passos dos mandamentos legais.
Princípios da Moralidade e da Impessoalidade:
O princípio da moralidade exige que o administrador se paute por conceitos éticos. O da impessoalidade indica que a Administração deve dispensar o mesmo tratamento a todos os administrados que estejam na mesma situação jurídica.
Sem dúvida, tais princípios guardam íntima relação entre si. No tema relativo aos princípios da Administração Pública, dissemos que se pessoas com idêntica situação são tratadas de modo diferente, e, portanto, não impessoal, a conduta administrativa estará sendo ao mesmo tempo imoral. Sendo assim, tanto estará violado um quanto o outro princípio.
O direito condena condutas dissociadas dos valores jurídicos e morais. Por isso, mesmo quando não há disciplina legal, é vedado ao administrador conduzir-se de modo ofensivo à ética e à moral. A moralidade está associada à legalidade: se uma conduta é imoral, deve ser invalidada.
Princípio da Igualdade:
O princípio da igualdade, ou isonomia, tem sua origem no art. 5o da CF, como direito fundamental, e indica que a Administração deve dispensar idêntico tratamento a todos os administrados que se encontrem na mesma situação jurídica. Ao tratar da obrigatoriedade da licitação, a Constituição, de forma expressa, assegurou no art. 37, XXI, que o procedimento deve assegurar “igualdade de condições a todos os concorrentes”. Portanto, as linhas marcantes do princípio são de índole constitucional.
A igualdade na licitação significa que todos os interessados em contratar com a Administração devem competir em igualdade de condições, sem que a nenhum se ofereça vantagem não extensiva a outro. O princípio, sem dúvida alguma, está intimamente ligado ao da impessoalidade: de fato, oferecendo igual oportunidade a todos os interessados, a Administração lhes estará oferecendo também tratamento impessoal.
É claro que a lei admite que o administrador, ao enunciar as regras do procedimento, defina alguns requisitos para a competição. A igualdade aqui, como bem anota IVAN RIGOLIN, é de expectativa, porque todos têm, em princípio, iguais expectativas de contratar com a Administração. Desse modo, a possibilidade efetiva de alijar licitantes do certame deve ocorrer após o instrumento de convocação, quando se verificar que não preenchem os requisitos aí demarcados.
Corolário do princípio da igualdade é a vedação de se estabelecerem diferenças em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes, ou a proibição de tratamento diverso de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária entre empresas brasileiras e estrangeiras (art. 3o, § 1o, I e II, do Estatuto). Da mesma forma, é inconstitucional considerar como fatores de averiguação da proposta mais vantajosa os valores relativos aos impostos pagos ao ente federativo que realiza a licitação; tais fatores, obviamente, desfavorecem eventuais competidores locais e prejudicam sensivelmente os instalados em localidades diversas.
· Ao contrário da redaçãooriginal, não se busca mais, como primazia, o critério econômico-financeiro imediato. 
· A seleção, agora, também leva em consideração o melhor custo-benefício a longo prazo (mediato e indireto). 
Princípio da Publicidade:
Esse princípio informa que a licitação deve ser amplamente divulgada, de modo a possibilitar o conhecimento de suas regras a um maior número possível de pessoas. E a razão é simples: quanto maior for a quantidade de pessoas que tiverem conhecimento da licitação, mais eficiente poderá ser a forma de seleção, e, por conseguinte, mais vantajosa poderá ser a proposta vencedora.
Nunca é demais frisar que os atos do Estado devem estar abertos a todos, ou seja, são atos públicos e, por tal motivo, devem ser franqueados a todos. Licitação sem publicidade revela-se simplesmente um zero jurídico. Lembra-se aqui, por oportuno, que a publicidade é um princípio republicano e remonta à res publica, indicativa da coisa pública, coisa de todos.
O Estatuto aponta situações em que o princípio tem perfeita aplicação. Uma destas, por exemplo, é a exigência de publicação dos avisos contendo o resumo dos editais na imprensa (art. 21). Outra é a previsão de audiência pública no caso de licitações que envolvam valores vultosos (art. 39). Pode, ainda, a Administração utilizar-se de procedimento licitatório que exija maior publicidade, mesmo que o valor corresponda a modalidade de menor rigor quanto à divulgação do certame (art. 23, § 4o). Todos esses exemplos demonstram a importância do princípio da publicidade nas licitações. A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura (art. 3°, §3° da lei 8666/93). Visa a permitir a fiscalização do procedimento, pelos administrados em geral, pelos licitantes, pelos órgãos de controle, etc. por isso, os motivos das decisões proferidas em qualquer etapa do procedimento devem ser declarados. 
Princípio da Probidade Administrativa:
A probidade tem o sentido de honestidade, boa-fé, moralidade por parte dos administradores. Na verdade, “o exercício honrado, honesto, probo, da função pública leva à confiança que o cidadão comum deve ter em seus dirigentes”.
Exige o princípio que o administrador atue com honestidade para com os licitantes, e, sobretudo para com a própria Administração, e, evidentemente, concorra para que sua atividade esteja de fato voltada para o interesse administrativo, que é o de promover a seleção mais acertada possível.
Se, ao contrário, a improbidade frustra o objetivo da licitação, o responsável pela distorção deve sofrer a aplicação das sanções civis, penais e administrativas cabíveis.
Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: (art. 41, da Lei 8666/93)
A vinculação ao instrumento convocatório é garantia do administrador e dos administrados. Significa que as regras traçadas para o procedimento devem ser fielmente observadas por todos. Se a regra fixada não é respeitada, o procedimento se torna inválido e suscetível de correção na via administrativa ou judicial.
O princípio da vinculação tem extrema importância. Por ele, evita-se a alteração de critérios de julgamento, além de dar a certeza aos interessados do que pretende a Administração. E se evita, finalmente, qualquer brecha que provoque violação à moralidade administrativa, à impessoalidade e à probidade administrativa.
Se o instrumento de convocação, normalmente o edital, tiver falha, pode ser corrigido, desde que ainda oportunamente, mas os licitantes deverão ter conhecimento da alteração e a possibilidade de se amoldarem a ela.
Vedado à Administração e aos licitantes é o descumprimento das regras de convocação, deixando de considerar o que nele se exige, como, por exemplo, a dispensa de documento ou a fixação de preço fora dos limites estabelecidos.  Em tais hipóteses, deve dar-se a desclassificação do licitante, como, de resto, impõe o art. 48, I, do Estatuto. Este princípio vale também para a carta-convite (instrumento convocatório específico da Modalidade licitação chamada Convite).
Hely Lopes Meirelles chama o edital (e também a carta-convite) de “lei interna da licitação”, destacando que ele vincula tanto os licitantes quanto a própria Administração que o editou. 
Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta lei, devendo protocolar o pedido até cinco dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até três dias úteis. 
O licitante terá até o 2° dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação (concorrência) ou a abertura dos envelopes com as propostas (demais casos).
Princípio do Julgamento Objetivo:
O princípio do julgamento objetivo é corolário do princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Consiste em que os critérios e fatores seletivos previstos no edital devem ser adotados inafastavelmente para o julgamento, evitando-se, assim, qualquer surpresa para os participantes da competição. Nesse sentido, é incontrastável o art. 45 do Estatuto.
Quis o legislador, na instituição do princípio, descartar subjetivismos e personalismos. E isso não apenas no julgamento final, mas também em todas as fases onde exista espécie de julgamento, de escolha, de modo que os atos da Administração jamais possam ser ditados por gosto pessoais ou favorecimento.
Se no edital foi previsto o critério de menor preço, não pode ser escolhida a proposta de melhor técnica; se foi fixado o de melhor técnica, não se pode selecionar simplesmente a de menor preço, e assim sucessivamente. Incide a objetividade até mesmo quando houver empate entre duas ou mais propostas: o desempate dar-se-á por meio de sorteio (art. 45, § 2o, do Estatuto).
No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, devendo realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação. 
Princípio da Competitividade: 
Correlato ao princípio da igualdade. Significa que a Administração não pode adotar medidas ou criar regras que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação. Em outras palavras, deve o procedimento possibilitar a disputa e o confronto entre os licitantes, para que a seleção se faça da melhor forma possível. Fácil é verificar que, sem a competição, estaria comprometido o próprio princípio da igualdade, já que alguns se beneficiariam à custa do prejuízo de outros. Encontramos o princípio no art. 3o, § 1o, I, do Estatuto.
A isonomia, porém, não se revela absoluta, até porque, como pacificamente reconhecido, situações desiguais devem ser tratadas de forma desigual, e nisso também consiste a isonomia. Considerando esse aspecto, o Estatuto determina que as normas de licitações e contratos devem oferecer tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte, na forma da lei. É como dispõe o art. 5o-A do Estatuto, incluído pela Lei Complementar no 147, de 7.8.2014, que, aliás, nada mais fez do que consolidar a disciplina de favorecimento já contemplada na Lei Complementar no 123, de 14.12.2006, o Estatuto das aludidas empresas, assunto que será visto mais adiante. Não custa lembrar, no entanto, que o tratamento privilegiado tem amparo no art. 179 da CF.
Princípio do procedimento Formal:
Passa a noção de que as regras do procedimento adotadas para a licitação devem seguir os parâmetros estabelecidos na lei, não sendo lícito aos administradores subvertê-los a seu juízo. Percebeu o legislador que a própria igualdade de tratamento depende da rigidez formal dos mecanismos de competição, razão por que se impõe a observância do devido processo legal. O procedimento licitatório caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração. (art. 4°, parágrafo único, da Lei 8666/93). Hely Lopes Meirelles o elege como princípio cardeal das licitações, tendo em vista que as licitações precederão os contratos,os quais implicarão dispêndio de recursos públicos. 
Princípio do Sigilo das Propostas:
É também relevante, tendo conexão com o princípio da probidade administrativa e da igualdade. É em razão disso que as propostas devem vir lacrada e só devem ser abertas em sessão pública previamente marcada (v. art. 43, § 1o, do Estatuto).
A violação do sigilo deixaria em posição privilegiada o licitante com acesso a esta informação, ferindo a competitividade do certame. O art. 94 da Lei 8666/93 traz uma sanção pra quem devassa o sigilo de proposta (a devassa do conteúdo da proposta é crime).
· Art. 10 da Lei 8429/92
Princípio da Adjudicação Compulsória:
Com relação ao princípio da adjudicação compulsória, significa, segundo Hely Lopes Meirelles (2003:267), que a Administração não pode, concluído o procedimento, atribuir o objeto da licitação a outrem que não o vencedor. “A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este desistir expressamente do contrato ou o não firmar no prazo prefixado, a menos que comprove justo motivo. A compulsoriedade veda também que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicação anterior.” Adverte ele, no entanto, que “o direito do vencedor limita-se à adjudicação, ou seja, à atribuição a ele do objeto da licitação, e não ao contrato imediato. E assim é porque a Administração pode, licitamente, revogar ou anular o procedimento ou, ainda, adiar o contrato, quando ocorram motivos para essas condutas. O que não se lhe permite é contratar com outrem, enquanto válida a adjudicação, nem revogar o procedimento ou protelar indefinidamente a adjudicação ou a assinatura do contrato sem justa causa”.
· Princípio da licitação sustentável:
 O princípio da sustentabilidade da licitação ou da licitação sustentável liga-se à ideia de que é possível, por meio do procedimento licitatório, incentivar a preservação do meio ambiente.
OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO
A Constituição Federal exige licitação para os contratos de obras, serviços, compras e alienações (art. 37, XXI), bem como para a concessão e a permissão de serviços públicos (art. 175).
A Lei nº 8.666/93 exige licitação para as obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações (art. 2º).
Estão obrigados à licitação todos os órgãos da Administração Pública direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 1º, parágrafo único).
Quanto às entidades da administração indireta, o artigo 119 da Lei nº 8.666/93 determina que editem regulamentos próprios, devidamente publicados e aprovados pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados, ficando sujeitos às disposições da lei.
A Emenda Constitucional nº 19/98 deu nova redação ao artigo 22, XXVII, da Constituição Federal, deixando em aberto a possibilidade de procedimentos diferenciados para, de um lado, a Administração direta, autárquica e fundacional (as quais se submetem ao artigo 37, XXI) e, de outro lado, as empresas públicas e sociedades de economia mista, as quais se submetem ao artigo 173, § 1º, III.
O artigo 173, por sua vez, prevê lei que venha estabelecer o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo, dentre outras matérias, sobre “licitação e contratação de obras e serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública”. Com base nesse dispositivo, foi definido o estatuto jurídico das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias pela Lei nº 13.303, de 30-6-16, que estabelece normas próprias sobre licitações e contratos a partir do artigo 28. O artigo 40 da lei prevê regulamento próprio para tais entidades.
A dúvida que enseja o artigo 22, XXVII, combinado com o artigo 173, § 1º, III, é se as empresas estatais prestadoras de serviços públicos vão submeter-se ao procedimento comum, previsto na Lei nº 8.666, ou ao procedimento a ser instituído pelo estatuto jurídico das empresas estatais. A Lei nº 13.303/16 não fez distinção entre as empresas estatais prestadoras de atividade econômica de natureza privada e as prestadoras de serviços públicos. Em consequência, todas se submetem ao procedimento definido por essa lei.
Ainda quanto à obrigatoriedade de licitação por entidades do terceiro setor (designadas como organizações da sociedade civil de interesse público), mediante a utilização de recursos públicos, a matéria está hoje disciplinada pela Lei nº 13.019, de 31-8-14.
SLIDES VIZZOTTO: 
MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE:
Preliminarmente, vale a pena comentar a questão relativa ao edital de licitação. Antes, havia controvérsia sobre a aplicação, ou não, do regime de concessão de benefícios a microempresas e empresas de pequeno porte, se os critérios de tratamento diferenciado não estivessem previstos expressamente no ato editalício. Numa direção, entendia-se que seria inaplicável. Em outra, porém, advogava-se entendimento segundo o qual seria dispensável essa referência. A LC no 147/2014, no entanto, eliminou a controvérsia ao revogar essa exigência, de modo que as benesses atribuídas a essa categoria de empresas não mais dependem atualmente de menção no edital.
Critério de desempate:
O critério geral de desempate é o sorteio em ato público, como estabelece o art. 45, § 2o, do Estatuto das Licitações. Na LC no 123, porém, o critério recai na preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte. Tratando-se de critério legal, dispensável se torna sua previsão no edital. A preferência decorre de empate entre uma dessas empresas e outra (ou outras) que não tenha a mesma qualificação jurídica. Por outro lado, se o empate se der entre duas dessas empresas, o critério não pode ser adotado, tendo-se, então, que recorrer ao critério geral previsto na Lei no 8.666/1993, o sorteio.
A lei criou várias normas concernentes ao empate. Numa delas, o legislador considerou empate qualquer situação em que propostas oferecidas por microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% superiores à proposta de melhor classificação (art. 44, § 1o). Na outra, aplicável na modalidade de pregão, foi fixado em 5% o intervalo percentual para o mesmo caso de empate (art. 44, § 2o). Por conseguinte, além do empate real, a lei previu também o empate presumido (ou fictício).
No caso de empate presumido, a vitória de empresa comum não lhe assegura, de imediato, o direito à contratação: deverá permitir-se à microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada a oportunidade de oferecer proposta com preço inferior à daquela, e, se houver realmente essa proposta, a vitória na licitação será atribuída à microempresa ou empresa de pequeno porte e a ela será adjudicado o objeto a ser contratado. Não sendo oferecida a nova proposta, a Administração deve convocar, para novas propostas, as remanescentes que estejam dentro dos limites dos já referidos percentuais, observando a ordem de classificação. Caso nessa ordem haja propostas com valores idênticos, proceder-se-á a sorteio entre essas proponentes para selecionar aquela que terá o direito de oferecer primeiramente a proposta (art. 45, I a III). Pode ocorrer que as microempresas e empresas de pequeno porte não exerçam o direito de preferência; nesse caso, a contratação será firmada com a empresa que originalmente venceu a licitação. O procedimento acima, porém, não se aplica quando vencedora for microempresa ou empresa de pequeno porte: aqui o contrato deve ser celebrado diretamente com a vencedora.
A LC no 123/06 não indicou o meio pelo qual serão formalizadas as novas propostas das microempresas ou empresas de pequeno porte. Considerando o sistema adotado pela Lei no 8.666/1993, sustentamos, em edições anteriores, que tais propostas deveriam ser oferecidasem documento escrito e devidamente envelopado. Melhor refletindo, porém, reconsideramos tal entendimento para admitir que, além da forma escrita, possa ser também oferecida proposta verbal na sessão de julgamento, cabendo à Comissão licitatória proceder ao registro do fato na respectiva ata. Há duas razões para tanto: primeiramente, porque já terão sido divulgadas as propostas na sessão de julgamento; depois, em respeito ao princípio da eficiência, reduzindo todo formalismo desnecessário no processo. A lei, portanto, criou uma brecha no sistema, admitindo a incidência do princípio da oralidade em procedimento tipicamente escrito e formal.
No caso de pregão, a lei previu a convocação da microempresa ou a empresa de pequeno porte para oferecer nova proposta no prazo máximo de cinco minutos após o encerramento dos lances (art. 45, § 3o), sob pena de preclusão. Como essa modalidade licitatória adota o princípio da oralidade, conforme consta da Lei no 10.520/2002, as novas propostas deverão ser apresentadas em forma de lances verbais. Aqui, portanto, a solução enseja menores dificuldades.
SLIDES VIZZOTTO:
Tipos de Licitações: 
A Lei 8666/93 (§1°, art. 45) chama os possíveis critérios a serem observados no julgamento das propostas apresentadas no procedimento licitatório de Tipos de Licitação. Tipo é a forma como será feita a escolha da melhor proposta, que deve estar previsto no edital. 
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
MENOR PREÇO: 
Esse tipo de licitação tem como objetivo buscar a proposta que seja mais vantajosa para a administração em termos de valores. Como o próprio nome diz, ganha a proposta que apresentar o valor menor pelo bem ou serviço. Não esquecendo que todos os requisitos no edital devem ser atendidos prioritariamente.
É a regra geral. É o tipo obrigatório na modalidade de licitação pregão (bens e serviços comuns). Observa as especificações do edital (proibição de fixação de preço mínimo, mas estipula critérios). 
MELHOR TÉCNICA: 
No tipo de licitação Melhor Técnica a escolha da proposta mais vantajosa leva em conta fatores de ordem técnica. Segundo a lei, deve ser usado exclusivamente para serviços de natureza intelectual, como no caso de elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral. Também pode ser usada em elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.
TÉCNICA E PREÇO:
O tipo de licitação Técnica e Preço é obrigatório na contratação de bens e serviços de informática e também nas modalidades tomada de preços e concorrência. Nele, o licitante apresenta sua proposta e documentação em três envelopes distintos. Um para a habilitação, outro para a proposta técnica e outro com o preço. Após a fase de habilitação, as propostas técnicas são avaliadas por uma comissão. Passa-se então à avaliação e classificação das propostas técnicas, e à abertura das propostas de preço. Concluídas essas fases os licitantes serão classificados de acordo com a média ponderada das notas de preço e de técnica. Vencerá a empresa que obtiver a maior média ponderada entre as notas técnica e de preço.
MAIOR LANCE OU OFERTA: 
É o tipo de licitação usado, exclusivamente, para casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
PRÍCIPIO DA AJUDICAÇÃO OBRIGATÓRIA AO VENCEDOR:
Na licitação, adjudicar significa atribuir o objeto do certame ao vencedor.
A adjudicação é o ato final do procedimento de licitação e é anterior à celebração do contrato (que pode nem chegar a ser celebrado, caso ocorra a anulação ou a revogação do procedimento licitatório). 
A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade. 
A Administração convocará o vencedor para assinar o termo de contrato dentro do prazo e condições estabelecidas. 
O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando: 1) solicitado pela parte durante o seu transcurso; e 2) desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração. 
Caso o Adjudicatário (vencedor da licitação) deixe de celebrar o contrato no prazo estabelecido, decairá do seu direito e incorrerá em inadimplemento total da obrigação assumida. 
Nesse caso, a administração poderá: 
· Convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para celebrar o contrato em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou
· Revogar a licitação (ato discricionário). 
Por outro lado, decorridos 60 dias da data da entrega das propostas, sem que haja, por parte da administração convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos. 
FASES DA LICITAÇÃO:
A licitação é um procedimento administrativo, na medida em que é composta por diversas fases, independentes entre si, apresentando-se em ordem cronológica que não pode ser alterada, visando à celebração de um futuro contrato.
*Realização de Audiência Pública, para as contratações acima de R$ 333.000.000,00
*Publicação do edital (ou envio da carta convite) – início da fase externa do procedimento. 
Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:
I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;
II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;
V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital;
VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.
§ 1o A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão.
§ 2o Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos licitantes presentes e pela Comissão.
§ 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.
§ 4o O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que couber, aoconcurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 5o Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento.
§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
FASE INTERNA:
FASE EXTERNA:

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