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1 2 3 Núbio Vidal de Negreiros Gomes José Lyryal Rolim de Castro Thiago Tavares Soares HANDEBOL E BASQUETEBOL 1ª Edição Sobral/2017 http://lattes.cnpq.br/7341274719279672 http://lattes.cnpq.br/7494174398083090 4 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteddo deste livro poderâ ser utilizada sem autorizagâo do autor. F i c h a C a t o I o g r a f i c a I S B N E d i § â o M é s A n o I ” f tt I/ ' •1999• ' 5 6 7 Sumário Palavras do Professor Ambientação Trocando ideias com os autores Problematizando CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO AO BASQUETE O Criador do Jogo O que determinou a criação de um novo jogo Princípios fundamentais do novo jogo O Primeiro Regulamento do jogo Introdução do Basquete no Brasil Cronologia dos Movimentos Significativos no Basquete Simbologias do Mundo do Basquete Algumas Terminologias do Basquete Caracterizações do Jogo de Basquete Caracterizações das etapas de evolução da qualidade do jogo Caracterização dos níveis de jogo Fatores de desenvolvimento do bom jogo Observação da situação de abordagem do basquete Etapas do jogo dos principiantes Defesa CAPITULO 2 - FUNDAMENTOS DO BASQUETE E O AMBIENTE ESCOLAR O Basquete na Escola Princípios Básicos no Jogo dos Principiantes Soluções Táticas Estruturas Táticas A Transição Defesa-Ataque (TDA) Objetivos de defesa-ataque Princípios táticos da fase de transição defesa-ataque Defesa Fundamentos da técnica individual ofensiva 8 Recepção do passe da bola Arremessos Drible Passe CAPÍTULO 3 - INTRODUÇÃO AO HANDEBOL Histórico e Evolução do Handebol O Handebol e o desenvolvimento do Jogo Resumo das regras Fundamentos técnicos do handebol: Passes Progressão ou condução da bola Drible Arremessos Fintas Bloqueio ou corta-luz CAPÍTULO 4 - OS MÉTODOS DE APRENDIZAGEM DO HANDEBOL O Processo de ensino-aprendizagem no handebol As Metodologias de Ensino Saber organizar as aulas e seus objetivos O Ensino do Handebol nas Séries Iniciais O Ensino do handebol nas séries iniciais Explicando melhor a pesquisa Leitura Obrigatória Pesquisando na internet Saiba Mais Vendo com os olhos de ver Revisando Autoavaliação Bibliografia Bibliografia da Web Vídeos Palavras dos autores Olá caro estudantes! No Brasil, o Handebol e o Basquete não são esportes tão populares quanto o futebol, mas a cada dia vem ganhando espaço na mídia, na sociedade e nas aulas de Educação Física. Isso porque a maneira como é jogado com as mãos, além de possuir regras fáceis de serem assimiladas, acabam sendo um atrativo a mais para quem deseja jogar um jogo fácil, dinâmico, rápido e com muitos gols. Sabe-se também, que embora seja um esporte conhecido e reconhecido como conteúdo da Educação Física Escolar o Basquete e o Handebol assim como os demais esportes, passam por um processo de pedagogização que busca romper com os modelos tecnicistas, esportivistas e competitivista, e, sobretudo desmistificar a ideia de que os esportes enquanto conteúdos da Educação Física Escolar são dispensáveis para a formação do educando. A elaboração deste material didático partiu de uma motivação extra, visto que o Basquete e o Handebol a cada dia se popularizam mais no Brasil e no mundo. E também por saber que este livro estará contribuindo na formação de acadêmicos que em breve estarão colocando estes esportes no currículo de Educação Física e em todos os níveis de Ensino da Educação Básica de forma lúdica e inclusiva. E foi, pautado nessa perspectiva pedagógica que produzimos este livro, não se limitando apenas em descrever os movimentos e gestos característicos, mas estabelecer um diálogo entre as manifestações desses esportes com o contexto social, cultural e educacional dos estudantes para, a partir daí formar seres autônomos, reflexivos, cooperativos, transformadores e construtores não apenas das atividades desenvolvidas, mas também da sua realidade social. É importante lembrar que inserir o Basquete e Handebol nas aulas de Educação Física, é bem mais que oferecer práticas esportivas diversificadas, é dar oportunidade para que os educandos adquiram novos conhecimentos produzidos pela cultura corporal do movimento. 9 Sendo assim convidamos você, caro estudante, para nesta disciplina, imergir na vastidão de informações e conhecimentos que tal conteúdo dispõe. Somente assim você poderá futuramente conduzir com êxito o processo de ensino e aprendizagem sem causar prejuízos aos seus educandos. Os Autores 10 Núbio Vidal de Negreiros Gomes Sobre os autores Doutorando em Ciências da Educação pela Faculdade de Motricidade Humana Lisboa. Mestre em Treino de Alto Rendimento Desportivo pela Universidade do Porto. Especialista em Técnicas Modernas do Basquetebol pela Gama Filho. Membro do Conselho de Ética em Pesquisa. 3º lugar no Mundo com a Seleção Brasileira CBDU (assistente técnico). Campeão Brasileiro invicto sub 20 2015 com o Basquetebol Cearense. José Lyryal Rolim de Castro Mestrado em Educação Física e Saúde - Universidade Católica de Brasília - UCB - Especialização em Treinamento Esportivo UNIFOR - Graduado em Educação Física pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Atualmente - Professor Efetivo Assistente VI e Coordenador do Curso de Educação Física da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Professor de Educação Física da Secretaria de Educação Básica do Estado do Ceará. - Experiência na área de Educação Física, com ênfase em Esporte e Educação Física, atuando nos temas: Gestão Esportiva - Esportes de Invasão, de Rede e de Marcas - Ginástica - Natação - Educação Física Escolar, Lazer e Cultura Corporal. 11 http://lattes.cnpq.br/7341274719279672 Thiago Tavares Soares Mestrando em Ciências da Educação pela a UNIBAM MERCOSUR. Especialista em Personal Training, pela Falcudade Farias Brito. Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2006). Atualmente é professor de Ensino Superior do Instituto de Estudos e Pesquisas do Vale do Acaraú - IVA e da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, Coordenador de Polo do Curso de Educação Física das Faculdades INTA-EAD e membro integrante da Equipe de Colabores pedagógicos do Programa Segundo Tempo. 12 http://lattes.cnpq.br/7494174398083090 Ambientação à disciplina A disciplina de Basquete e Handebol aborda os principais parâmetros que a literatura traz sobre a mesma, sendo elaborada de maneira objetiva e sistemática. Um dos objetivos centrais desta disciplina é fornecer uma visão geral sobre o assunto a ser estudado, preparando o estudante para compreender os aspectos fundamentais destes esportes (Basquete/Handebol), que são: histórico, conceitos, regras, fundamentos, prática pedagógica, além de outros pontos relevantes sobre a disciplina, tratados através de ilustrações detalhadas que possibilitam a compreensão do conteúdo direcionando para o aprendizado. Além disso, a disciplina dará embasamento para os que buscam um aprendizado mais aprofundado sobre o assunto, tornando-se necessário a leitura dos livros, artigos e vídeos sugeridos no decorrer do estudo do material. Indicamos para esse momento inicial o livro: Métodos e Planos para o Ensino dos Esportes. Esta obra aborda uma síntese histórica de ambos os esportes, assim como seus principais fundamentose regras, além de sugestões de planos de aula. A leitura deste livro contribuirá para uma melhor compreensão da disciplina. Bons estudos! 13 https://books.google.com.br/books?id=IFqzG4Jl900C&printsec=frontcover&dq=M%C3%A9todos%2Be%2BPlanos%2Bpara%2Bo%2BEnsino%2Bdos%2BEsportes&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y%23v%3Donepage&q=M%C3%A9todos%20e%20Planos%20para%20o%20Ensino%20dos%20Esportes&f=false https://books.google.com.br/books?id=IFqzG4Jl900C&printsec=frontcover&dq=M%C3%A9todos%2Be%2BPlanos%2Bpara%2Bo%2BEnsino%2Bdos%2BEsportes&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y%23v%3Donepage&q=M%C3%A9todos%20e%20Planos%20para%20o%20Ensino%20dos%20Esportes&f=false DE ROSE JR.,DANTE / Tricoli,Valmor. Basquetebol - Uma Visão Integrada Entre Ciência e Prática Editora MANOLE. Trocando ideias com os autores Sugerimos a leitura da obra de Marcos Bezerra de Almeida “Basquetebol 1000 exercícios” o objetivo deste livro é passar aos professores e estudantes de Educação Física, uma variedade de exercícios, para que nossas aulas possam ter a oportunidade de serem diferentes. É lógico que o basquetebol é um desporto sem limites, portanto nossa contribuição está na possibilidade de, a cada exercício, serem criadas variações de acordo com o público-alvo, material disponível, número de estudantes e principalmente objetivo. ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol 1000 Exercícios. Editora: Sprint Propomos também a obra de Dante que tem como principal objetivo mostrar a relação entre o basquetebol e os diferentes elementos que fazem parte de sua prática. Composta por textos de dezesseis especialistas em basquetebol - e nas diferentes áreas do conhecimento envolvidas no esporte - trata basicamente de aspectos pedagógicos, fisiológicos, psicológicos, técnicos, táticos, fisioterápicos e do treinamento específico. Em virtude de seu conteúdo diferenciado sobre o tema, este livro destina-se a estudantes e professores de Educação Física, profissionais do esporte que trabalham com equipes desde a iniciação esportiva até o alto rendimento, e a todos os aficionados do esporte que desejem se aprofundar no assunto. 14 15 Guia de Estudo: Após a leitura destas importantes obras, sugerimos a realização de uma resenha crítica sobre um dos livros apontados. Aproveite também para compartilhar a mesma no ambiente virtual. Problematizando O professor de Educação Física chega à sala de aula e diz “Bom dia pessoal, hoje iremos conhecer dois novos esportes, o Basquete e o Handebol”. A turma fica empolgada e se manifesta positivamente e já se prepara para ir até a quadra. Quando então novamente o professor intervém e diz “Hoje a aula não é prática, é teórica, vamos estudar a origem e as regras do Basquete e Handebol”. Observando a postura do professor e a reação da turma: Será mesmo importante falar sobre história do basquete e do handebol? Como seria abordada essa temática na sala de aula? Que recursos poderiam utilizar para envolver os discentes durante a aula? O professor poderia aliar teoria e prática para facilitar a aprendizagem dos estudantes? Suponhamos que uma turma heterogênea composta de 32 estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental terá uma atividade prática de Handebol, onde a aula será sobre o fundamento passe? Seria possível trabalhar esse conteúdo além da dimensão procedimental, mas também conceitual e atitudinal? Como avaliar a aprendizagem do seu estudante? Ao introduzir os fundamentos técnicos do Basquete ou Handebol, para seus estudantes, o professor estará promovendo o desenvolvimento de habilidades essências para a sua prática. As vivencias podem ocorrer de diversas maneiras por meio de jogos, dinâmicas, estafetas, exercícios e etc. 16 Guia de Estudo: Agora é com você! Quais as diferenças e semelhanças entre os fundamentos do Basquete e Handebol? O que o passe, o drible, a condução e o arremesso simbolizam, e qual sua importância nos esportes coletivos? http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/1283/1599 INTRODUÇÃO AO BASQUETE 1 Conhecimentos Entender a origem e os aspectos primordiais da história, principais terminologias e simbologias do mundo do Basquete. Habilidades Identificar os símbolos utilizados no Basquete, assim como suas regras e características principais. Atitudes Desenvolver regras e possíveis adaptações no ambiente escolar, enfatizando os valores que o Basquete pode despertar. 17 O Criador do Jogo O basquete foi criado em 1891, por James Naismith, que nasceu em 6 de Dezembro de 1861 na cidade de Almonte no Canadá. Em 1833, Naismith ingressou no Mac Gill University em Montreal e em 1887 recebeu o seu diploma de bacharel. Mais tarde, em 1891, fez o curso de Teologia, ano em que iniciou os seus estudos no Springfield College, Massachussets, onde realiza o seu curso de professor de Educação Física. Em 1936 foi eleito Presidente honorário da Federação Internacional de Basquete Amador (FIBA) e nesse mesmo ano assistiu em Berlim à 1a participação Olímpica do Basquete James Naismith faleceu aos 78 anos de idade, em Lawrence, Kansas, Estados Unidos. O que determinou a criação de um novo jogo Os estudantes do colégio não revelaram interesse, nem entusiasmo pelas aulas de ginástica, realizada à base de movimentos tediosos e monótonos, principalmente quando eram realizadas no ginásio, devido ao rigor do inverno. As suas preferências iam para as modalidades praticadas ao ar livre, nomeadamente o futebol americano e o atletismo. Em consequência os estudantes tornaram-se indisciplinados e violentos. Com o objetivo de alterar o panorama negativo das aulas, o diretor do colégio Dr. Gulick nomeou o Dr. Naismith para estudar as causas da indisciplina e da falta de motivação dos estudantes, o que levou a decidir criar um jogo que fosse atraente e motivasse os estudantes. Portanto, era preciso começar a funcionar uma atividade desportiva nova, que: Substituísse os desportos de ar livre; 18 Fosse praticada numa sala (ginásio); Distinguisse da ginástica da época, pouco apreciada pelos estudantes; Mantivesse a condição física; Motivasse os estudantes. Princípios fundamentais do novo jogo Os estudos realizados pelo Dr. Naismith levaram-no a concluir, que seria necessário criar uma modalidade baseada no estudo crítico das modalidades desportivas praticadas na época e mais apreciadas pelos estudantes. Desse estudo crítico sobressaem os seguintes elementos, que estão na base da criação do novo jogo, tais como: a bola, presente como nos outros jogos desportivos; os cestos fixos de um lado e do outro da quadra; o desenvolvimento das qualidades físicas; relação de oposição entre duas equipes; e o equilíbrio ataque-defesa. A partir dos pontos (elementos) anteriores, Naismith elaborou os cinco princípios fundamentais que caracterizariam o novo jogo: 1o – A bola será esférica, grossa e leve, sendo jogada com as mãos; 2o – Os jogadores podem deslocar-se em qualquer direção na quadra e podem receber a bola em qualquer momento; 3o – É proibido correr com a bola nas mãos; 4o – Os contatos pessoais serão proibidos e penalizados; 5o – O cesto de pequena dimensão será colocado fixo e numa posição horizontal (a uma determinada altura do solo), de modo a fazer apelo mais à habilidade que à força. 19 O Primeiro Regulamento do jogo Após esta pesquisa teórica, Naismith elaborou o primeiro regulamento do jogo na base dos princípios anteriormente referidos. Assim, o primeiro regulamento do jogo continha treze artigos:1o – A bola pode ser lançada em qualquer direção, com uma ou as duas mãos. 2o – A bola pode ser batida em qualquer direção, com uma ou as duas mãos (nunca com o punho fechado) 3o – O jogador não pode correr com a bola na mão. O jogador deve atirá-la do lugar em que a agarrar. Deve haver benevolência para o jogador que agarra a bola quando corre com grande velocidade. 4o – A bola deve ser agarrada nas mãos ou entre as mãos. Os braços e o corpo não podem ser usados para agarrar a bola. 5o – Não é permitido agarrar, empurrar, puxar, rasteirar ou bater de qualquer modo na pessoa do adversário: - A primeira infração a esta regra, por qualquer jogador, é contada como falta; - Uma Segunda falta desqualifica o jogador que deve abandonar a quadra até ser feito novo ponto. Se houver intenção de machucar o adversário a desqualificação será para o resto do jogo e não pode ser substituído. 6o – Bater a bola com o punho fechado é falta por violação às regras 2o, 4o e deve ser punida tal como se descreve na regra de número 5o. 7o – Se em qualquer das duas equipes os jogadores fizerem três faltas seguidas e consecutivas (sem que os adversários tenham feito uma) será contado um ponto para o adversário. 8o – Conta-se um ponto sempre que a bola seja atirada ou batida de dentro da quadra para dentro do cesto e fique lá dentro. Aqueles que defendem não podem tocar no cesto ou deslocá-lo: - Se a bola ficar na borda do cesto e os adversários mexerem no cesto, conta-se golos como se a bola entrasse. 9o – Quando a bola sai da quadra pode ser posta em jogo pelo primeiro jogador que lhe toque e que deve atirá-la para dentro da quadra: - Para este arremesso concedem-se cinco segundos. Se a bola for agarrada mais tempo, a bola pertence ao adversário; 20 Em qualquer tipo de jogo, as regras representam à estrutura sobre a qual se elaboram ou constroem as estruturas técnicas e táticas. - Se uma das equipes demorar o jogo e teimar na demora o árbitro deve marcar uma falta. 10o – O árbitro auxiliar será juiz dos jogadores e deve apontar as faltas avisando quando forem cometidas três faltas consecutivas. Tem poderes para desqualificar os jogadores de acordo com a regra número 5o. 11o – O árbitro será o juiz da bola, devendo decidir quando se encontra em jogo, quando sai da quadra, a quem pertence tomar conta do tempo. O árbitro decidirá quando é ponto, tomará conta dos pontos marcados e tem todos os deveres que se coloquem sob a sua responsabilidade. 12o – O tempo de jogo é de 30 minutos, divididos em duas partes de 15 minutos com um intervalo de 5 minutos. 13o – A equipe que fizer mais golos nesse tempo será declarada vencedora. No caso de empate o jogo deve continuar até que se faça outro ponto, desde que os capitães concordem. Evolução do Basquete Naismith não poderia conceber e extensão do sucesso alcançado pelo esporte que ele idealizou. O reconhecimento veio quando o basquete foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro jogo de basquete nas Olimpíadas. Como podemos perceber o basquete evoluiu bastante desde 1891 até os anos atuais, tanto nas regras que foram sendo adaptadas como nos recursos para o próprio jogo, isso ocorreu porque com o passar do tempo o basquete foi ganhando espaço no meio dos esportes e mais aceitação. Consequentemente isso causou uma evolução, pois foram fazendo mudanças e tornando o esporte mais complexo em termos de regras acrescentadas e também mais investimentos em função da procura e propagação desse mesmo. Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, nos mais de 170 países filiados à FIBA. 21 No âmbito regulamentar Relativamente ao primeiro regulamento do jogo, Naismith fez as seguintes alterações: a) Número de jogadores Quando fez o primeiro jogo, Naismith dividiu a turma, constituída por 18 estudantes, em duas equipes de 9 elementos. No entanto, este número foi sofrendo alterações ao longo do tempo como demonstra o quadro seguinte: ANO No de Jogadores/Equipe 1891 9 3........................40 1893 5 ou 9 1894 5,7 ou 9 1896 5 (no ideal) ou mais 1897 5 1932 5 + 2 suplentes 1937 5 + 5 suplentes 1948 5 + 7 suplentes 1973 5 + 5 suplentes b) Falta dos jogadores As primeiras regras estabeleciam que, com duas faltas o jogador era suspenso, sem poder ser substituído até que a adversária fizesse ponto. Quando tal acontecesse, o jogador suspenso podia regressar ao jogo e continuar a jogar. Evolução desta Regra: 22 ANO REGRA 1894/95 - A 2a falta implica a desqualificação para o resto do jogo, mas o jogador desqualificado podia ser substituído por outro jogador. 1905/06 - Nesta regra, o jogador só podia ser banido do jogo quando a falta fosse flagrante (quando os universitários codificaram as suas próprias regras). 1908/09 - O jogador que acumulasse (5) faltas era imediatamente desqualificado. 1910/11 - O no de faltas que ditava a desqualificação foi reduzido a (4), mas em caso de prolongamento concedia-se ao jogador a possibilidade de dar mais uma falta. 1920/21 - O jogador não desqualificado por faltas podia entrar no jogo duas vezes. 1933/34 - O jogador não desqualificado por faltas podia entrar no jogo uma vez. 1944/45 - Jogador não desqualificado por faltas pode entrar no jogo “nº” vezes. Cinco faltas implica a desqualificação do jogador, seja qual for a duração do jogo. Valor das cestas/Marcação de pontos Nos primeiros jogos, a única maneira de marcar pontos era pela introdução da bola na cesta, através de arremesso de quadra. A equipe que cometesse três faltas consecutivas, sem que o adversário fizesse alguma, seria penalizada com a perda de um ponto a favor do adversário. Esta disposição revelou-se imediatamente desajustada ao comportamento dos jogadores que constantemente cometiam faltas. Evolução desta regra: ANO REGRA 1893/94 - As equipes passam a marcar um ponto por cada falta do adversário e três pontos por arremesso de quadra. 1894/95 - A equipe que sofre falta tem direito a lançar a cesta sem oposição, a uma distância de 20 pés (lance livre) e marcar um ponto quando a bola 23 entra; - O arremesso de quadra retoma o valor de um ponto. 1895/96 - A distância para o lance livre é diminuída para 15 pés e marcar-se um corredor até à parede onde a cesta se fixa. 1896/97 - O arremesso de quadra passa a valer 2 pontos e o lance livre 1 ponto. 1896/97 - Criação da área de lance livre. 1912/13 - Introduzido um tempo limite de 10 segundos para a execução do arremesso. 1924/25 - Até à data, os arremessos livres são executados por um jogador especialista; a partir desta época é o jogador que sofreu a falta que tem de executar este arremesso; - Nesta altura, torna-se usual o duelo de “gigantes estacionados” debaixo da cesta, tornando o jogo menos espetacular; 1935/36 - Torna-se interdito, a qualquer jogador da equipe atacante, permanecer dentro do corredor de lance livre, mais de 3 segundos; - Este corredor passa a ser denominado por “área restrita”, tendo por objetivo evitar as cestas fáceis de baixo da cesta. 1955/56 - A área de lances livres é alargada de 6 para 12 pés, para evitar a vantagem dos jogadores altos, que rodavam a lançavam debaixo da cesta. - Por esta medida se ter revelado insuficiente, a forma da área de lance livre foi alterada, passando a zona restritiva a ter forma de trapézio com o objetivo de aumentar a sua área. Dimensão da quadra Nos primeiros jogos realizados em salas ou ginásios pequenos, as paredes funcionavam como linha limite da quadra. Eram frequentes os jogadores fazerem uso das paredes e de outros objetos, como elementos de estratégia. O jogorealizado nestas condições provoca frequentes contatos físicos entre os jogadores. As primeiras regras determinavam que, quando a bola saia da quadra, ela pertencia à equipe que a agarrasse em primeiro lugar. Assim, quando a bola saía todos os jogadores corriam e “mergulhavam” na sua direção, tentando tocar-lhe em primeiro lugar. Percebe-se facilmente, que esta regra provocava constantes e intensos contatos físicos entre os jogadores, o que ia contra o espírito inicial do jogo. 24 Deste modo, no seguimento a evolução da qualidade do jogo, Naismith determinou que doravante (significa a partir de agora ou de agora em diante) a bola pertencesse à equipe contrária. Evolução: ANO ALTERAÇÕES NAS DIMENSÕES DA QUADRA 1894/95 - As linhas de quadra são, pela primeira vez, marcadas a uma distância de 0.9 metros das paredes e contornando àquela distância todos os obstáculos; 1896/97 - As dimensões da quadra são estabelecidas segundo uma área de 1050 metros quadrados; - Para eliminar a saída da bola aparecem, em muitas quadras, vedações em rede tornando-se, por isso, o basquete conhecido por cage-game (jogo da gaiola) quando assim era jogado; 1902/03 - A bola é dada a um adversário da equipe que provoca sua saída e a reposição é feita no ponto em que ela sai; 1903/04 - A quadra de jogo passa a ser delimitado por linhas retas; 1906/07 - As medidas da quadra são condicionadas, segundo as regras dos universitários, a dimensões máxima de 27 metros por 16,5 metros e mínimas de 21 metros por 10,5 metros; 1915/16 - A largura da quadra, nas dimensões máximas, é reduzida a 15m; 1916/17 - As paredes das extremidades da quadra são consideradas fora da área de jogo, o que põe fim as cestas marcadas fora da área de jogo, o que põe fim as cestas marcados em corrida e subida da parede (vistos que a cesta estava fixa na parede); 1917/18 - É autorizada a marcação de uma zona final de 0,6 metros por baixo e atrás da cesta; 1918/19 - A marcação da zona final estende-se a toda a largura da quadra. 1923/24 - A zona da linha final, por baixo e atrás da zona da cesta, é incluída na área 25 de jogo; 1929/30 - Deixa-se de utilizar vedações em rede à volta da quadra; 1938/39 - Surge, como opção, uma zona de 1,2 metros de largura, para além do plano da tabela; Evolução da configuração da área restritiva 26 cesta linh a lateral linha de lance livre 3 memos 28 metros 15 metros 4.6 memos AREA DA EQU1PE TE CN MCA Dimensões atuais: iabela linha de fés pantos @ 2010 En cyc to p°ed i a Br it ann i ca, Inc . 27 Duração do jogo ANO ALTERAÇÃO DA DURAÇÃO DO JOGO 1893/94 Cada jogo tem duas partes de 20 minutos, sendo o intervalo entre elas de 10 minutos. 1907/08 A prorrogação passa a Ter um tempo fixo de 5 minutos, acabando com a disposição anterior em que o empate era desfeito com a primeira cesta. 1935/36 Nas regras dos “universitários” o intervalo é de 15 minutos de duração. Árbitros O Basquete teve quase sempre dois árbitros à semelhança do futebol americano: Um árbitro principal que controlava o jogador de posse de bola e um árbitro auxiliar que observava as ações dos jogadores em relação aos adversários. ANO AÇÕES DOS ÁRBITROS 1895/86 O árbitro principal é autorizado a assinalar as faltas, o que até então só competia ao árbitro auxiliar. 1906/07 Os universitários decidem que o jogo somente deve ter um árbitro. 1910/11 O jogo volta a ter dos árbitros devido à dificuldade de controle. 1917/18 Definição do vestiário do árbitro. Início do jogo Na origem do jogo e tendo por base a solução do Rugby, o árbitro principal dava início ao jogo arremessando a bola ao ar, da linha lateral na direção do centro da quadra. De modo a ser disputada pelos dois jogadores do centro. 28 ANO CARACTERÍSTICAS DO JOGO 1893/94 O inicio do jogo era feito no meio da quadra, sendo a bola lançada ao ar entre dois jogadores das duas equipes no centro. 18978/98 - É definido um circulo (±0,6m de raio) para os saltadores da bola ao ar. 1936/37 - Cria-se outro circulo (1,8m de raio) que separa os saltadores dos restantes dos jogadores. 1937/38 A bola ao ar, que era obrigatória depois de cada cesta, eliminada. A bola passa a ser posta em jogo pela linha final, visando aumentar a velocidade (ritmo) do jogo. Drible O drible é um dos elementos mais espetaculares do jogo. Foi inicialmente utilizado como medida defensiva, na intenção de proteger a bola. Quando um jogador na posse da bola era estritamente marcado, o que ele podia fazer era perder o contato com a bola voluntariamente, de maneira a poder recuperá-la de novo. Para tal, fazia rebolar ou ressaltar a bola no solo e voltava a agarrá-la, mudando de posição. Esta foi à ação que deu origem à técnica do drible. Rapidamente os jogadores se aperceberam que batendo a bola contra o solo e agarrando-a de novo após o rebote, podiam controlar a posse de bola ao mesmo tempo em que se deslocavam na quadra. ANO EVOLUÇÃO DAS REGRAS TÉCNICAS 1898/99 - Violação da regra dos “dois dribles”: durante o jogo, o jogador não podia tocar na bola com as mãos mais do que uma vez. 1899/1990 - É permitido o emprego alternado de uma das mãos, na execução do drible, desde que este seja contínuo. 1901/1902 - É proibido driblar e lançar a cesta de seguida drible aéreo: é considerado quando o jogador conduz a bola às palmadas, mantendo-a no ar, ao nível da cabeça e ao mesmo tempo em que se encaminha para a cesta. Este tipo de ação é considerado como “correr com a bola na mão”, surgindo à regra que determina que o drible seja efetuado ao nível da cintura. 29 Introdução do Basquete no Brasil O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a novidade. Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou seus estudos na Universidade de Yale, onde Shaw tomou contato pela primeira vez com o basquete. Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da arte, havia também uma bola de basquete. No entanto, demorou um pouco até que o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James Naismith, adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a exposição do basquete entre os rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande epidemia da época entre os homens. Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus estudantes de que o basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896. Shaw viveu no Brasil até 1914 e teve a chance de acompanhar a difusão do basquete no país. Faleceu em 1939, nos Estados Unidos. A aceitação nacional do novo esporte veio através do Professor Oscar Thompson, na Escola Nacional de São Paulo e Henry J. Sims, então diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio de Janeiro. Em 1912, no ginásio da Rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceu os primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da seleção chilena de futebol a convite do América Futebol Clube, seus integrantes, membros da ACM de Santiago, passaram a frequentar o ginásio da Rua da Quitanda. Henry Sims convenceu os dirigentes do América a introduzir o basquete no clube da Rua Campos Salles, no bairro daTijuca. Para animá-los, arranjou um jogo contra os 30 chilenos oferecendo uma equipe da ACM, com o uniforme do América que triunfou pelo curioso score de 5 a 4. O plano vingou e o América foi o primeiro clube carioca a adotar o basquete. As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a ACM realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes. O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athléticos, responsável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em 1916. O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em 1919, com a vitória do Flamengo. Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental, em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O Brasil consagrou-se campeão, sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a participação do Brasil, foi realizado em Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul- Americano de Basquete. Em 1933 houve uma divergência no esporte nacional, quando os clubes que adotaram o profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários desportos. Nasceu assim a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembleia aprovada dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual, Confederação Brasileira de Basketball. Cronologia dos Movimentos Significativos no Basquete 1891 - Invenção do jogo de Basquete 1892 - Realização do 1o jogo oficial 1892 - Publicação das 1as regras do jogo 1893 - Realização do 1o jogo na Europa 1898 - Nascimento da 1a Liga Americana 1904 - Nos jogos Olímpicos de St. Louis o Basquete é modalidade de exibição 1913 - Aparecimento da modalidade em Portugal 1915 - Edição das 1as regras em Português 31 1927 - Nascimento da equipe dos Harlem-Globetrotters 1927 - Fundação da Federação Portuguesa de Basquete 1931 - Realização do 1o Campeonato de Europa Masculino, em Genebra 1932 - Criação da Federação Internacional de Basquete (FIBA) em Genebra 1934 - Uniformização internacional das regras 1935 - Realização do 1o Campeonato de Europa Masculino, em Genebra 1936 - O Basquete passa a modalidade Olímpica nos jogos Olímpicos de Berlim 1938 - Realização do 1o Campeonato de Europa Feminino (Itália) 1940 - 1a Transmissão televisiva de um jogo de Basquete 1950 - Realização do 1o Campeonato do Mundo Masculino, na Argentina 1953 - Realização do 1o Campeonato do Mundo Feminino em Santiago do Chile 1958 - Início das provas europeias de clubes 1976 - Realização da 1a competição Olímpica Feminina, em Montreal, Canadá. Simbologias do Mundo do Basquete Técnico Jogador atacante X Jogador defensor Bola 1 2 3 4 5 ou ABCDE Número para identificar os jogadores 1 2 3 4 5 Ordem cronológica da ação Deslocamento de um jogador Bloqueio Trajetória do passe ARREMESSO (arremesso) Mudança de direção 32 Drible R Rebote Ro Rebote Ofensivo Rd Rebote defensivo Giro Algumas Terminologias do Basquete Ação individual – utilização consciente por parte de um jogador, durante certa fase do ataque ou da defesa, do complexo de processos técnicos adequados com o objetivo de realizar uma tarefa parcial (temporária) específica do jogo. Assistência – passe que precede a concretização de um arremesso. Ataque – “fase do jogo em que a equipe na posse da bola tenta alcançar a finalidade do jogo, que é marcar pontos, no tempo de 24”. Concepção de jogo – particularidades ou características que uma equipe apresenta na utilização da tática. Contra-ataque – fase de jogo na qual a equipe tenta movimentar a bola na direção da cesta adversária o mais rápido possível aproveitando a inferioridade numérica de defesa adversária ou pelo menos, uma vantagem posicional. Corte – movimento rápido do jogador ofensivo para iludir (liberar-se) um opositor ou para receber a bola. Defesa – fase do jogo em que a equipe que não está de posse da bola tem como objetivo evitar que o adversário marque a cesta. Também, um padrão específico de jogo usado pela equipe na defesa. Drible – técnica que permite ao jogador de posse de bola progredir com ela ao longo da quadra de jogo, com finalidade de ir à cesta, desmarcar-se ou abrir espaços. Falta – violação resultante de um contato ilegal com o adversário, com penalidades. 33 Fases do jogo – representam as situações ou etapas percorridas no desenvolvimento tanto do ataque como da defesa, desde o início até a sua completa consumação. Finta – movimento ou gesto realizado para retirar o defensor da sua posição. Lado da bola – lado da quadra no qual o jogador tem a pose de bola. Linha de passe – trajetória provável da bola, num passe direto entre os dois atacantes. Linha de penetração – caminho direto que leva o jogador com bola até a cesta. Passe e corte – ação ofensiva na qual um jogador passa a bola a um colega da equipe e movimenta-se (corta) imediatamente na direção do cesto adversário para tentar receber de novo a bola. Passe picado ou de rebote – passe no qual a bola ressalta no chão antes de ser recebida pelo jogador. Rebote – ato de ganhar a posse da bola através de arremesso errado pelo adversário (rebote defensivo) ou pelo colega de equipe (rebote ofensivo). Giro – técnica de pés na qual o jogador mantém um pé em contato com o solo enquanto movimenta o outro pé em qualquer direção. Segundo arremesso – arremesso que resulta de um rebote ofensivo ganho. Sistema de jogo – é a forma geral de organização das ações ofensivas ou defensivas dos jogadores pelo estabelecimento de um dispositivo, concreto e preciso, de determinadas tarefas, assim como certos princípios de colaboração entre eles. Tática – o conceito de tática refere-se ao conjunto de normas, comportamentos individuais e coletivos com o objetivo de realizar uma prestação com sucesso a partir da contribuição ativa do fator consciência, tanto durante o jogo como no decorrer da preparação desportiva. Tática Individual – representa o conjunto das ações individuais utilizadas conscientemente por um jogador na luta com um ou vários adversários, tanto no ataque como na defesa. Técnica – entende-se o sistema de ações motoras racionais, que realizadas de forma eficiente, permitem elevados níveis de eficácia na obtenção de um resultado. Trayler – jogador ofensivo que segue o contra-ataque inicial e que toma uma posição perto do círculo da área restrita adversária para receber a bola. 34 Triângulo de ajudas – triângulo formado pelos defensores do lado contrário ao da bola ou “lado da ajuda” e constituído por três vértices: o defensor, o atacante que ele marca a bola. Turnover – perda de posse de bola resultante de um erro técnico ou violação às regras. Caracterizações do jogo de basquete A Estrutura Formal do Basquete O basquetebol, como todo esporte coletivo tem características básicas o confronto entre duas equipes que se dispõem pelo terreno de jogo e se movimentam com o objetivo de vencer, alternando situações de defesa e ataque. O basquete é caracterizado pelos seguintes elementos intervenientes na sua estrutura formal: A quadra de jogo A quadra de jogo é um espaço retangular, estável e com todas as medidas e sinalizações perfeitamente estabelecidas e determinadas e no qual se desenvolve a confrontação entre duas equipes, sendo como tal uma referência fundamental para os jogadores. A quadra de basquete tem em termos de dimensões máxima 28m de comprimento por 15 de largura, podendo ter até menos 2m de comprimento e 1 m de largura. Possuem ainda, duas áreas restritivas, um círculo central e duastabelas com cestas cujas características e medidas estão determinadas pelas regras oficiais de jogo. Uma linha a meio da quadra divide o espaço em duas meias quadra: a meia quadra ofensiva e a meia quadra defensiva. 35 Figura da quadra A bola A bola é um objeto esférico em torno da qual se desenrolam as ações fundamentais de jogo e seu desenvolvimento. As regras As regras de jogo determinam as condições prévias para o inicio do jogo e desenvolvimento do mesmo Os pontos Através da introdução da bola na cesta adversária e no impedimento da mesma ser introduzida no nosso, se tenta alcançar a finalidade do jogo de basquete, e obter maior número de pontos possíveis por parte da nossa equipe e menos possível da equipe adversária. Os jogadores 36 Pivô Armadores Para integrar e coordenar os seus esforços no ataque e na defesa os jogadores têm de conhecer as suas posições, relativamente a quadra de jogo e aos seus colegas de equipe. Deste modo, os jogadores ocupam posições na quadra às quais estão atribuídas tarefas. Cada posição tem regras claras e bem definidas ainda que possuam caráter abstrato. Por isso, assim que uma equipe ganhe ou perca a posse de bola cada jogador deve assumir a posição apropriada no sistema ofensivo ou defensivo. Cada jogador assume as tarefas correspondentes à posição que ocupa. Quando um jogador muda de posição, muda de tarefa. No basquete o quadro de funções de uma equipe é determinado por três grupos de jogadores: armadores, laterais e pivôs. Figura – (mostrando as funções espaciais de cada jogador) Os jogadores armadores (1 e 2) posicionam-se frontalmente a frente da cesta e têm como função dirigir o jogo. São responsáveis pela organização do ataque e da defesa. O jogo dos armadores é determinado por boas performances relativamente ao arremesso até o cesto e pela qualidade dos passes efetuados aos extremos e pivôs. Os jogadores laterais (3 e 4) posicionam-se de uma maneira geral no prolongamento da linha de lance livre a 6,75M da cesta e possuem como características principais, o de serem bons lançadores de meia e longa distância, 37 O basquete é um exercício que requer força nos ombros e coxas. bem como na conclusão do contra-ataque. Atendendo à qualidade de desempenho nas ações de defesa e de ataque de posições exteriores (exterior da área restritiva), são cada vez mais designados por jogadores universais. Os jogadores pivôs (5) posicionam-se em redor das linhas limites da área restritiva, próximo da cesta. Apresentam como principais características, a de serem bons ressaltadores (quer defensivo, quer ofensivo) e finalizadores debaixo do cesto. A Estrutura Funcional do Basquete O desenvolvimento do jogo de basquete pode ser analisado pelos seguintes elementos intervenientes na sua estrutura: A Técnica-Tática A técnica constitui o fato ou parte essencial do jogo sobre a qual se elabora uma estrutura que permite um funcionamento coordenada denominado tática. A partir desta dicotomia (Divisão de um conceito cujas partes, geralmente, são opostas.) elaboram-se os sistemas e modelos de jogo que determinam a análise teórica e o desenvolvimento prático do jogo. Nesta perspectiva, os elementos que constituem o jogo de basquete agrupam-se em torno das seguintes categorias: Técnica individual de ataque - Tática individual de defesa Técnica individual de defesa - Tática individual de ataque Técnica coletiva de ataque - Tática coletiva de ataque Técnica coletiva de defesa - Tática coletiva de defesa Ataque – Defesa (PRINCÍPIOS) O fator determinante constitui a posse ou não da bola. A partir deste pressuposto, o jogo de basquete desenrola-se de acordo com os três seguintes princípios gerais: 38 Ataque 1. Conservar a bola; 2. Progredir com a bola até a cesta adversária; 3. Tentar marcar pontos. Defesa 1. Tentar recuperar a bola; 2. Impedir a progressão da bola; 3. Impedir que nos marquem pontos. Cooperação – Oposição Nesta perspectiva, temos de considerar o jogo de Basquete como o resultado de um processo de interação na qual intervêm diversos fatores cuja ação resulta no produto da cooperação realizada perante uma oposição que muda e não como a soma de ações individuais. Quer a cooperação, quer a oposição verificam-se no ataque e na defesa, dado que os defensores colaboram entre si para se opuser à defesa. Caracterizações das etapas de evolução da qualidade do jogo Caracterização dos níveis de jogo Do jogo que o praticante é capaz de realizar, devemos identificar os principais problemas e enunciar os fatores de evolução que possibilitam o acesso ao jogo evoluído. Indicadores do jogo de fraco nível Todos juntos da bola (aglutinação); Querer a bola só para si (individualismo); 39 Não procurar espaços para facilitar o passe do colega que tem a bola; Não defender; Estar sempre a falar para pedir a bola ou criticar os colegas; Não respeitar as decisões do árbitro. Fatores de desenvolvimento do bom jogo Fazer movimentar a bola (passar); Afastar-se do colega que tem a bola; Dirigir-se do colega que tem a bola; Intencionalidade: receber a bola e observar o jogo (ler o jogo); Ação após passe: movimentar para criar linha de passe; Não esquecer o objetivo do jogo (cesto). Dos momentos iniciais (fase anárquica) até ao mais elevado nível da prestação desportiva (fase de elaboração) é possível reconhecer várias fases em função das características reveladas pelos praticantes, relativamente a três indicadores: (i) estruturação do espaço de jogo; (ii) utilização dos aspectos de comunicação na ação; (iii) relação com a bola (GARGANTA, 1994) (fig.1). Quadro Nº Fases Comunicação na Ação Estruturação do Espaço Relação com a Bola Jogo Pedagógico - Centralização na bola - Problemas na compreensão do Jogo - Abuso da verbalização, sobretudo para pedir a bola. - Aglutinação em torno da bola. - Elevada utilização da visão central. Descentralização - A função não depende apenas da posição da bola - Prevalência da verbalização. - Ocupação do espaço em função dos elementos do jogo. - Da visão central para a periférica. Estruturação - Consciencialização da coordenação das funções - Verbalização e comunicação gestual. - Ocupação racional do espaço (tática individual e de grupo) - Do controle visual para o proprioceptivo. Elaboração - Ações inseridas na estratégica da equipe - Prevalência da comunicação motora. - Polivalência funcional. - Coordenação das ações (tática coletiva) - Otimização das capacidades proprioceptivas. Fig. 1 – Fases dos diferentes níveis de jogo nos JDC (GARGANTA, 1994) 40 Observação da situação de abordagem do basquete Como, ponto de partida, é necessário observar o comportamento individual e coletivo dos participantes durante as primeiras experiências na modalidade. O fato dominante que caracteriza o jogo nesta fase é o da Atração pela Bola, materialização do desejo de cada um se apossar da bola, o que produz o fenômeno da Aglomeração em torno da Bola. Assim, as principais característica que se observam são: 1º – Muitas situações confusas, contatos físicos frequentes, insuficiência no domínio dos deslocamentos, do corpo e da bola. 2º – O objetivo dos jogos poucas vezes é alcançado (poucas cestas convertidas). Os gestos técnicos mais executados são os passes com duas mãos de peito e por cima da cabeça. 3º – Os participantes correm muitas vezes com a bola nas mãos (dão passos). 4º – A maioria dos participantes corre na direção do portador da bola, agrupando-se à sua volta. Trata-se do fenômeno denominado ATRAÇÃO DA BOLA. 5º – A pressão(defensiva) adversária sobre o portador da bola e as deslocações dos jogadores sem bola na sua direção, criam simultaneamente com a atração da bola uma SITUAÇÃO DE ALINHAMENTO. Esta torna os passes difíceis de fazer e favorece as intercepções. O agrupamento em redor da bola (fenômeno da atração da bola) e o alinhamento são características dos grupos de praticantes sem preparação anterior. Assim, todos procuram apoderar-se da bola movimentando-se de acordo com o avanço e recuo da mesma. Como consequência desta situação é a não existência de ataque nem de defesa. Etapas do jogo dos principiantes No jogo dos principiantes podemos distinguir duas etapas na evolução da qualidade de jogo, que se pode caracterizar. 41 1ª etapa: Descongestionamento em relação à bola; Libertação do jogo com bola; Deslocamentos, desmarcação, aproveitando os espaços da quadra; Algum sentido ofensivo, e movimentação dos jogadores afastando-se da bola na direção da cesta; Avanço da bola no sentido da cesta adversária; Arremessos perto da cesta. 2ª etapa: Ligação das duas fases de organização ofensiva: transição defesa-ataque e ataque propriamente dito; Conquista e definição das posições adequadas no ataque; Desenvolvimento de ação no ataque com cortes e aclaramento ao passe e ao drible; Compromisso da comunicação com os companheiros; Reposição das posições ofensivas; Aproveitamento das situações de 1x1. Defesa A ação defensiva limita-se a acompanhar as ações do adversário, até alcançar a 2ª etapa e consolidá-la. O que devem fazer os defensores? Estar onde estão os atacantes que marcam; Colocar-se entre o adversário e a cesta; Recuperar essa posição de imediato quando a perdem. 42 FUNDAMENTOS DO BASQUETE NO AMBIENTE ESCOLAR 2 Conhecimentos Compreender os principais aspectos que envolvem a organização ofensiva no Basquete. Habilidades Aplicar os fundamentos do Basquete, utilizando-os como conteúdos de ensino do Basquete nas aulas de Educação Física na escola. Atitudes Saber posicionar-se criticamente, despertando valores como a cooperação, diante das dificuldades e desafios encontrados na aplicabilidade do Basquete como conteúdo da cultura corporal de movimento na escola. 43 O basquete na escola Os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998) compreendem a Educação Física como uma área de conhecimento da cultura corporal de movimento e a Educação Física escolar como uma disciplina que integra o estudante na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzí-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, e outras manifestações, em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 1998, p.29). Dessa forma a Educação Física escolar através de seus meios e fins será o espaço/tempo destinado ao ensino-aprendizagem das práticas corporais produzidas pela humanidade ao longo do tempo, dentre elas o esporte e particularmente o basquete. Ensinar essa manifestação esportiva não é tarefa simples. Ao professor da escola é indispensável ter conhecimentos técnicos (conhecer minimamente o esporte, a dinâmica do jogo, suas regras, os movimentos mais característicos), além de dispor de conhecimentos didático-pedagógicos (como organizar a aula, selecionar os conteúdos, avaliar os estudantes, solucionar problemas de aprendizagens, resolver conflitos, entre outros exemplos). As aulas de Basquete na escola, na maioria dos casos, estão focalizadas exclusivamente no ensino dos fundamentos básicos do esporte e na vivência do jogo. Aprender a jogar é um dos aspectos fundamentais perseguidos pelas aulas de Educação Física, mas restringir-se a esses conhecimentos pode limitar uma compreensão mais abrangente do Basquete. Nesse sentido consideramos essencial que o estudante aprenda a jogar Basquete, mas também aprenda sobre o esporte e como se relacionar no âmbito de sua prática. Assim, um novo olhar para a prática pedagógica em Educação Física deverá estar atento aos relacionamentos e conhecimentos no âmbito das manifestações da cultura corporal de movimento e não apenas à vivência dos movimentos. A partir dessa reflexão, vale ressaltar que as vivências do Basquete na escola devem ir para além da dimensão procedimental, ou seja, deve alcançar uma prática pedagógica, conceitual e atitudinal. Dessa maneira a dimensão conceitual dos conteúdos referente ao ensino do basquete, corresponde aos conhecimentos e informações que possibilitam ao 44 Tanto os atacantes como os defensores são importantes numa equipe de basquetebol. Os atacantes fazem os pontos necessários para a vitória da equipe e os defensores impedem que os adversários façam pontos. praticante uma visão ampliada desse fenômeno, permitindo a compreensão dos motivos, objetivos e finalidades em praticá-lo, são conhecimentos relativos ao condicionamento físico, à influência da mídia, às lesões e formas de preveni-las, ao histórico e evolução da modalidade, às regras, ao basquete norte-americano, ao basquete de rua, entre outros exemplos que possibilitem ao estudante saber sobre o basquete. Já as dimensões atitudinal dos conteúdos, baseadas principalmente, em normas, valores e atitudes dizem respeito, respectivamente, aos padrões e regras de comportamento, princípios e ideias que permitem juízo de valor sobre condutas e tendências, e predisposições para atuar em consenso aos valores universalmente defendidos. Assim, temas como o uso de anabolizantes, a exclusão dos menos habilidosos, o espaço reservado às mulheres, a modificação e/ou adequação às regras, a luta por espaços de prática são importantes na maneira como o estudante vai conceber e relacionar-se com e no esporte, principalmente no caso do Basquete. Portanto, o futuro professor de Educação Física deve estar preparado para realizar suas intervenções com o tema Basquete, sem deixar de lado a participação de todos, a ludicidade, a brincadeira, à recreação. Isso não significa que se deve deixar de lado, a técnica, no entanto, não deve deter-se especificamente a esta. Princípios básicos no jogo dos principiantes Segundo Paes e Balbino (in DE ROSE JUNIOR E TRICOLI, 2005), o objetivo principal da iniciação esportiva era o gesto técnico específico. A preocupação do professor era ensinar fundamentos como o controle do corpo, o manejo de bola, os passes, o drible, os arremessos e o rebote. Tais fundamentos eram ensinados por meio de sequências pedagógicas com a finalidade única de que os estudantes aprendessem os fundamentos da modalidade. 45 http://educacaofisicanamente.blogspot.com/2012/02/basquetebol.html A ocupação do espaço do jogo é um aspeto de importância fundamental. Assim os jogadores devem distribuir-se na quadra de uma forma equilibrada e racional. Vejamos os princípios básicos em um jogo: Ocupação racional do espaço de jogo; Progressão da bola por drible ou por passe; Progressão da bola no sentido da profundidade da quadra; Passar e desmarcar-se; Soluções táticas A tática é a utilização de recursos para definir situações durante um jogo. Pode ser resumida como “o que fazer” para resolver uma determinada situação. Numa fase inicial de abordagem ao jogo é no ataque que se deparam as maiores dificuldades, encontrando-se a defesa em vantagem pela evidente falta de soluções do opositor. Deste modo, deveremos incidir a nossa atenção sobre o ataque, apresentando soluções que permitem aos principiantes conseguirem alcançar o objetivo do jogo, além de aproximar-se do cesto para lançar. Para combater os principais fenômenos que se observam no jogo pedagógico, o da atração da bolae a situação de alinhamento, devem-se ensinar os praticantes a afastarem-se do possuidor da bola e a movimentarem-se na direção da cesta adversária. Se os atacantes se afastarem do possuidor da bola e caso se mantenha a tendência dos adversários em se aglomerarem em redor da bola, esta poderá ser passada para um dos atacantes que se movimenta no sentido da cesta adversária. Daqui resulta um desequilíbrio entre a defesa e o ataque. Para conseguir repor o equilíbrio torna-se necessário a marcação individual a cada adversário. Depois de resolvida a questão da ocupação do espaço, torna-se necessário intervir no objetivo do jogo: a concretização. Esta só é possível aproximado à bola 46 da cesta, resultando daqui a necessidade de definir um objetivo intermédio que é a progressão da bola. Como deve ser feita? Os meios para realizá-la são: o drible e o passe. Assim, a utilização destes meios para a progressão só será eficaz se tiverem reunidas as condições que o permitam fazer e existir espaços livres através de uma ocupação do espaço mais racional. Para combater a atração pela bola e a situação de alinhamento, as primeiras soluções a introduzir são: Vejamos os princípios táticos fundamentais do jogo: 1 – Os jogadores atacantes sem bola afastarem-se da bola, movimentando-se na direção da cesta adversária; 2 – Exploração de espaços livres para a recepção da bola; 3 – Quem recebe a bola deve “virar-se” (orientar-se) no sentido da cesta adversária; 4 – Após passe, movimentar-se no sentido da cesta adversária, para receber a bola mais à frente; 5 – Cada jogador deve marcar individualmente um adversário. Estruturas táticas bola: Distribuição equilibrada dos jogadores entre si, relativamente ao portador da 1. Após rebote defensivo; 2. Condução da bola para o ataque; 3. Ações ofensivas junto a cesta da equipe adversária; Ação Ofensiva - Atitude Ofensiva Posição facial a cesta; Proteção da bola; Percepção dos dois colegas da equipe mais avançados; 47 Recuperação da bola - Progressão ofensiva Driblar sempre que há espaço para a progressão; Passar e desmarcar-se no sentido da cesta procurando receber a bola mais à frente; Sem a bola movimentar-se para abrir linhas de passe. Na organização ofensiva encontramos todas as ações que se desenvolvem a partir da conquista de posse de bola até à perda (em ataque) que se traduzem no jogo pela passagem por duas fases: 1a fase – Transição de defesa para o ataque (TDA) – onde as ações desenrolam-se, na maioria das vezes, de cesta a cesta. 2a fase – Ataque propriamente dito (APD) – ocorre no meio da quadra ofensiva, à volta da cesta que ataca. A Transição Defesa-Ataque (TDA) A transição de defesa para o ataque é considerada a 1a fase da organização ofensiva, e na qual as ações desenrolam-se, na maioria das vezes, de cesta a cesta. A TDA acontece sempre que a equipe recupera a posse de bola, no meio da quadra defensiva, resultando daí a necessidade de ligar as posições defensivas com as ofensivas. Se a passagem da defesa para o ataque for realizada de forma rápida e daí resultar superioridade numérica de atacantes sobre as defesas, podemos considerar a TDA como contra-ataque. Objetivos de defesa-ataque Disciplinar as iniciativas dos jogadores; Coordenar as ações de jogo relativamente ao objetivo tático (transposição da defesa para o ataque); 48 Contra-ataque; Criar condições facilitadoras do ataque planeado; Estabelecer as convenções de suporte ao processo de comunicação entre os jogadores; Princípios táticos da fase de transição defesa-ataque 1. Abertura e ocupação das “estações de recepção” 2. Ocupação do corredor central 3. Condução da bola pelo corredor central 4. Ocupação equilibrada dos corredores de jogo 5. Posição facial a cesta Na fase da transição defesa-ataque pode considerar três subfases: 1a – INÍCIO – relativa ao momento da recuperação da posse da bola; 2a – DESENVOLVIMENTO – relativa à progressão (condução) da bola na quadra; 3a – FINALIZAÇÃO – relativa às situações de concretização Subfase – Início O início da TDA ocorre após a equipe ganhar a posse da bola, o que pode resultar das seguintes situações: Intercepção Cesto sofrido Rebote defensivo Desarme Objetivos: Ocupação equilibrada do espaço de jogo; Distribuição equilibrada dos jogadores entre si; Ocupação das áreas facilitadoras de saída da bola ; 49 Criar melhores condições de percepção: ao jogador que capta e recebe a bola em jogo; Criar o maior número possível de linhas de passe em condições em que facilitam a leitura do jogo: criando condições a uma participação consciente, e facilitando a utilização do equipamento técnico. Subfase - Desenvolvimento Após ganhar a posse de bola, a equipe deve organizar-se rapidamente de modo a proceder à condução da bola para o meio da quadra adversária de forma eficaz. Ocupação do corredor central Objetivos: Garantir duas linhas de passe seja qual for: A saída da bola pelo corredor central Saída da bola pela 1a “estação de recepção” Saída da bola pela 2a “estação de recepção” 50 Condução da bola pelo corredor central Objetivos: Garantir pelo menos duas linhas de passe no desenrolar da ação ofensiva; Garantir a organização e a ofensividade no ataque planeado; 51 Sub-fase da Finalização O êxito da ação estará dependente da leitura que o jogador, responsável pela finalização, fizer da situação para decidir a escolher a melhor solução: Passar? Driblar? Lançar? Princípios a respeitar: O condutor da bola pelo corredor central é o responsável pela finalização do “c” para o “a” ao alcançar a linha de lance deve parar (para passar ou lançar), a não ser que tenha vantagem na progressão para finalizar debaixo da cesta. Finalização em vantagem numérica Objetivo do possuidor da bola: fixar o defensor; Objetivo do atacante sem bola: abrir linhas de passe, tentando receber a bola perto da cesta; Objetivo do defensor: retardar a progressão da bola e evitar os arremessos debaixo da cesta a) 2x1 Conceito fundamental: passada a linha de meio da quadra o jogador com posse de bola deve penetrar por um dos corredores laterais, evitando a permanência da bola no corredor central. 01 Com bola é conduzida pelo corredor lateral para a cesta e lança na passada ou passa, consoante a posição e oposição do defensor. 02 Sem bola consoante posição do defensor: 1. Para na linha de lance livre, caso defensor acompanhe 01; 52 2. Penetra nas costas do defensor, caso este marque 01 com a bola fora da área restritiva. Princípios (Fig. a, b, c e d) Ataque: - Se o possuidor da bola não é marcado, progride em drible; - Se o possuidor da bola é marcado, passa a bola. 53 Conceito Fundamental O atacante com bola no corredor central na meia-quadra ofensiva deve deslocar-se para o lado do não possuidor da bola mais adiantado (Fig.) Defesa: - Um defensor pressiona o possuidor (na proximidade da área restritiva); - O outro defensor coloca-se no alinhamento da bola. Erros mais característicos da transição defesa-ataque Não ocupação das “estações de recepção”. Movimento para abertura de linha de passe antes que a equipe entre na posse da bola. 54 Ocupação das “estações de recepção” descoordenada com o tempo próprio da ação (atraso); deficiente percepção. Ocupação estática das “estações de recepção” sem abrir linhas de passe Distribuição desequilibrada dos jogadores no espaço de jogo entre si, sem ter em conta oseu potencial técnico. Fundamentos da técnica individual ofensiva Os fundamentos são as fases usadas para qualquer jogo, que facilitem as técnicas e a tática durante os jogos. Fundamento significa base, alicerce, fundação, é o começo de tudo, onde o estudante aprende as técnicas e as aperfeiçoa para uma melhor utilização dessa e da tática durante os jogos. A posição base (armador) Uma posição é função de uma situação. Assim, o jogador deve tomar uma posição corporal básica de forma a poder responder de imediato a qualquer tipo de ações desencadeadas durante o jogo. A posição básica está associada à noção de “tripla ameaça” que é uma atitude corporal que o jogador deverá aprender antes de avançar para outras situações do jogo. A posição base caracteriza-se, não só por uma correta colocação dos segmentos do corpo, mas principalmente por uma atitude dinâmica, pronta a intervir. Esta posição básica ajudará o jogador no inicio do movimento a encontrar a velocidade e o controle corporal correto. A denominada “tripla ameaça” deverá permitir uma organização funcional dos diferentes segmentos corporais com vista a uma qualquer ação ofensiva ou defensiva, independentemente da direção desejada. 55 Posição corporal ofensiva É recomendado que os jogadores sem posse de bola assumam a seguinte posição básica ofensiva: O corpo semi-fletido de forma confortável, dispondo os segmentos dos membros inferiores (coxa-perna) em ângulo favorável a um trabalho muscular eficiente, com os joelhos na direção dos pés; Em que o tronco fique ligeiramente fletido para frente de modo a garantir ampla mobilidade dos segmentos dos membros superiores, com os braços ligeiramente fletidos, antebraços dirigidos para frente e as palmas das mãos voltadas para o interior; Em que a vertical do centro de gravidade caia dentro da base de sustentação (definindo um grau de estabilidade favorável à rápida entrada em movimento em várias direções); Em que a cabeça fique levantada, assegurando o equilíbrio e a utilização maximal do ângulo de visão; Em que a posição dos pés seja a mais favorável para a entrada em movimento; pés separados com o peso do corpo repartido por igual. A Posição de Tripla Ameaça Os jogadores quando recebem a bola numa zona ofensiva e que constitua ameaças para lançar, deve assumir de imediato numa posição de tripla-ameaça, e deve enquadrar-se com cesto e atacar a defesa com passe, drible ou arremesso. Erros mais comuns É muito importante para o treinador desenvolver o hábito de saber observar, detectando erros de postura e intervindo no sentido de corrigir as posições dos jogadores. 56 Nota: os dedos devem estar em contato com a bola e não a palma da mão, pois é naquele que o sentido do tato está mais desenvolvido e a interferência de outras zonas da mão com a bola irá prejudicar esse sentido. Segurar a bola significa envolvê-la a dominá-la nas melhores condições. Para a posição de armador, os pontos a serem observados serão os diferentes princípios referidos anteriormente (ponto). Erros mais frequentes e respectivas correções: ERROS CORREÇÕES Pés demasiados juntos; Membros inferiores poucos fletidos; - Afastar os pés à largura dos ombros. - Alargar a base de sustentação. - Indicar ao jogador para se colocar em uma posição mais baixa. Peso do corpo sobre os calcanhares. - Repartir o peso do corpo pela parte anterior dos pés, de modo a facilitar o equilíbrio dinâmico. Recepção do passe da bola A recepção da bola é um fundamento importante do jogo, tanto que o domínio da bola é fundamental em todas as situações de jogo, manifestando-se no agarrar, no passar, no lançar, no driblar com a bola. Neste sentido, o contato da bola com as mãos deverá ser amplo e sentido, permitindo uma aderência natural e a consequente transmissão dos impulsos de ombros, braços e mãos: Princípios a respeitar: Os dedos devem envolver a bola, dedos afastados para sentir bem a bola; Contato ativo assegurando o livre jogo articular o pulso e dedos; A palma da mão (parte calosa) não deve estar em contato com a bola; A bola deve ser sempre segura pelos dedos; Cotovelos juntos ao tronco. 57 Arremessos O objetivo do jogo de basquete é marcar pontos. Mas marcar pontos pressupõe saber lançar e dominar as respectivas técnicas de lançamento de tal modo que a sua utilização seja automática e adequada à situação. Tipos de Arremesso 1 Arremesso na passada: após drible; após recepção. 2 Arremesso em apoio uma mão. 3 Arremesso em suspensão: após drible; após recepção. 4 Arremesso de gancho: após drible; após recepção. Princípios na execução: 1 Tomada de uma posição frontal a cesta, equilibrada e cômoda (apontar); 2 Colocação da bola em posição favorável para a execução do arremesso (forma alavanca). 3 Concentração do lançador no alvo (cesta) olhando-o fixamente enquanto prepara o arremesso; 4 Desenvolvimento de um movimento desencadeado no sentido da cesta, a partir dos apoios dos pés no solo e terminado pela extensão total do braço e dedos da mão impulsionadores da bola (expulsão da bola); 5 Continuação total da ação a empreender, expressa através da necessária relaxação muscular no ato do arremesso. Arremesso na passada (BANDEJA) Na execução deste arremesso devemos considerar os seguintes aspectos: 1. Uso dos apoios: 1o em extensão; 2o em altura (fase de suspensão); 2. Ângulo de aproximação (ideal) a cesta: 45o 58 3. Recepção da bola: a) com as duas mãos, perto do corpo e do lado exterior (proteção); b) e conduzida para frente da cintura e depois para cima, pelo lado do arremesso, concentrando-se o executante no alvo. 4. A bola deve tocar na tabela acima da linha da cesta 5. Necessidade de treinar mão direita e mão esquerda. Execução técnica: 1. Impulsão sobre a perna contraída da mão lançadora; 2. Transformar a velocidade de deslocamento em potência de salto; 3. Controlar o salto; 4. Elevação da perna (joelho) do lado da mão lançadora; 5. Concentrar-se no arremesso; 6. Aproximar o mais possível a mão lançadora do aro da cesta (ou tabela); 7. Colocação da palma da mão lançadora virada para cima (arremesso direto), ou virada para a tabela (arremesso à tabela). Erros mais frequentes na execução: 1 Saltar para receber a bola; 2 Impulsão muito perto ou muito longe da cesta; 3 Não elevar o joelho oposto à perna de impulsão; 4 Escolher e trocar as pernas no ar; 5 Não realizar a extensão completa do corpo; 6 Não efetuar a impulsão na vertical; 7 Lançar sem que as costas da mão estejam voltadas para o lançador. Recomendações: 1 O executante deve recuperar o contato com o solo de modo a manter o equilíbrio necessário para assegurar a disponibilidade para mover-se rapidamente em qualquer direção e poder reintegrar-se imediatamente no jogo; 2 Extensão do braço que realiza o arremesso; 3 Pé de chamada é sempre o contrário ao da mão que lança; 59 4 Palma da mão voltada para a tabela. Progressão Pedagógica para a sua aprendizagem Esta progressão desenrola-se em cinco fases: 1. Duas marcas no solo no trajeto a efetuar para o arremesso. Jogadores sem bola formam uma coluna e correm na direção da cesta, realizando os dois apoios colocando o pé contrário ao da chamada (impulsão) entre as duas marcas; 2. Idem, com o professor entre as marcas segurando a bola com as mãos à altura da cintura. O estudante corre na sua direção, agarra a bola, faz os dois apoios entre as marcas e lança; 3. Idem, mas sem marcas; 4. Com duas colunas (A e B) de estudantes e 1 bola. Os estudantes da coluna “A” passam aos da “B”, movimentam-se na sua direção e agarram a bola das mãos do colega, fazemos dois apoios entre as marcas e executam o arremesso; 5. Idem, mas sem marcas. Nota: fazer do lado direito e lado esquerdo. Arremesso em Apoio É um arremesso que se realiza com os apoios do jogador no solo. O arremesso de apoio com uma mão Posição corporal: Pés paralelos – distância à largura dos ombros; O pé correspondente à mão lançadora deverá estar ligeiramente adiantado (meio pé) e “apontado” o aro da cesta; Ligeira flexão das pernas; Tronco direito; Concentração total no aro da cesta 60 Formar alavanca: Colocar a bola sobre o ombro; Não abandonar a “pega” básica da bola; A bola descansa sobre a mão lançadora; Não fletir demasiado o pulso; Braço fletido em ângulo agudo; Cotovelo por debaixo da bola e apontando o aro; Pé da frente, joelho, ombro, cotovelo e bola situados num mesmo plano. Arremesso propriamente dito: Extensão da perna da frente, coordenada com a do braço lançador; A mão de ajuda, na pega da bola, abandona a bola no momento em que se situa já em posição incômoda (forçada); Extensão do braço lançador e ação do punho e dedos imprimindo à bola um efeito para “trás”; A bola resvala pelos dedos centrais (indicador, médio, anelar) sendo o dedo médio o de último contato com a bola; o braço fica estendido; Os olhos permanecem fixos no aro da cesta. Arremesso em suspensão Arremesso relativamente à posição corporal, pega da bola e forma alavanca, é idêntico à execução do arremesso de apoio. A diferença situa-se na existência de dois tempos de execução: (1) impulsão; (2) suspensão. Assim, na execução deste arremesso o jogador deverá respeitar os seguintes princípios de execução: Impulsão: 61 - Flexão de pernas; salto na vertical; equilíbrio; Suspensão: - Jogador no ponto mais alto da impulsão deverá ficar “suspenso” no ar (limite entre a máxima altura e o inicio da descida) para obter tempo de concentração e desequilibrar a posição defensiva. Arremesso Final (saída da bola da mão) No ponto mais alto da suspensão e no momento em que consegue ficar “suspenso” jogador deve expulsar a bola através de uma chicotada de pulso e dedos. Queda: - Após o arremesso o jogador deve “cair” em equilíbrio e próximo do local da impulsão. Arremesso de gancho O arremesso de gancho é geralmente executado perto da cesta perante a presença de opositores, sendo difícil interceptá-lo quando executado corretamente. É um tipo de arremesso cuja execução requer uma boa coordenação ao envolver movimento da bola e do corpo (bom trabalho dos pés) o que torna importante na sua aprendizagem. Este arremesso é especialmente apropriado nas seguintes situações: Para concretizar situações de 1x1 próximo de cesto e perante a oposição de jogadores de estatura superior; Para concretização de ações ofensivas em zonas próximas da cesta (área restritiva), por jogadores “armadores”. Após drible, recepção e rotação. Técnicas de execução 62 Proteção da bola olhando a cesta por cima do ombro, de forma a enquadrar o defensor e a cesta; Deslocar a perna de impulsão afastando-a do defensor para ganho de posição ofensiva; Colocação do peso do corpo sobre a perna de impulsão; Rodar os ombros de forma a “alinhá-los” ao aro da cesta; Elevação do joelho contrário assegurando o equilíbrio do arremesso e facilitando a impulsão vertical; Simultaneamente às ações anteriores, elevar a pega da bola pelo lado oposto da posição do defensor, protegendo-a o melhor possível; Quando a bola chega um pouco acima do ombro, a mão contrária à do arremesso abandona o contato com a bola transformando-se em proteção da bola; Não baixar o braço de proteção; A saída forçada da bola na fase total de extensão do corpo com trabalho de pulso e dedos, completando a rotação dos ombros e ficando em posição facial a cesta. Drible O drible é o ato de lançar a bola no chão com uma mão parado, em corrida ou passo. Regulamentamente, um drible tem lugar quando “um jogador, de posse da bola, a impulsiona, lançando-a, batendo-a, ou fazendo-a rolar, e tocando-a novamente antes que ela toque em qualquer outro jogador”. * Num drible a bola deve tocar o solo; * O jogador termina o drible no momento em que toca a bola simultaneamente com ambas as mãos ou permite que a bola fique parada em uma ou ambas as mãos; * Não há limite para o no de passos que um jogador pode dar quando a bola não está em contato com as mãos; * É permitido a um jogador executar um drible de cada vez que se apodere da bola. 63 Momentos que justificam a utilização do drible: - Para progressão rápida na quadra, sem impedimentos de adversários; - Para ganhar uma posição de arremesso; - Em saídas de contra-ataque - Para abrir linhas de passe; - Para penetrar para a cesta; Execução técnica (mecânica) do drible: - Ação do braço, pulso e dedos; - Fixação do ombro e relaxamento dos dedos que acompanham suavemente a bola; - O braço acompanha o movimento da bola coordenadamente para cima e para baixo; - Cabeça levantada; - Joelhos semi-fletidos; - A bola deve ser empurrada para o solo e não batida; - A bola deve ser contatada com os dedos e não com a palma da mão; - No drible o pulso tem uma ação preponderante para o trabalho de impulsão; Podemos considerar os seguintes tipos de drible: - O drible parado; - O drible de proteção; - O drible de progressão; - O drible com mudança de mão; Caso do drible de proteção - O braço e a mão contrária ao do drible devem estar em posição de proteção da bola; - A bola deve incidir no solo, no espaço determinado pela perna adiantada e atrasada; - Peso do corpo distribuído pelas duas pernas; 64 Caso de drible de progressão: - O batimento da bola é mais alto (entre a cintura e o peito) e a bola é impulsionada obliquamente para frente (e lado) dos pés; Erros a corrigir nos principiantes: - Receber a bola e driblar instintivamente sem nenhum objetivo; - Driblar a olhar para a bola; - Bater na bola com as palmas das mãos; Sugestões: - Ver antes de driblar; - Não driblar se o passe é possível; - Não olhar para a bola; - Não driblar sistematicamente após cada recepção; Recomendações para a aprendizagem e treino do drible - Praticar (exercitar) o drible com variação do ritmo de batimentos da bola no solo; - Praticar o drible com arranques e paragens bruscas; - Alternância do trabalho das mãos, coordenando com a movimentação dos pés; - Praticar o drible com a mão e mão esquerda; Passe O passe é uma das três técnicas básicas do jogo e que como tal merece um estudo atento e cuidadoso. 65 O passe é um ato essencial da colaboração entre os jogadores da mesma equipe para alcançar os seus objetivos (de cesto favorável, de preparação do ataque, de controle da bola, etc.), e no qual um deles (o passador) transfere o controle da bola a outro (o recebedor). Esta ação requer uma boa coordenação entre os dois elementos, pois de contrário a equipe revelará debilidade ofensiva, uma vez que uma parte significativa do jogo ofensivo desenrola-se através do movimento preciso da bola de um para outro jogador. Ao considerarmos a importância do passe ela advém das seguintes razões: a) Histórica: na origem do jogo o drible não era permitido, pelo que o passe era o elemento técnico que permitia a progressão da bola; b) É um elemento de ligação entre os vários componentes de uma equipe, o que lhe dá um significado coletivo; c) É o elemento técnico mais vezes exultado durante o jogo (uma equipe pode fazer mais de 300 passes); d) É o elemento que melhor permite controlar as ações ofensivas. O passe
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