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Independência da América espanhola & Haiti _ Descontentamento na Colônia portuguesa

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A independência da América espanhola 
&
Haiti
&
Revoltas e contestações na colônia 
portuguesa
Professora: Sabrina Alves
Disciplina: História
A INDEPENDÊNCIA DA 
América Espanhola
A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL 
ESPANHOLA
Para administrar suas terras na América o governo da Espanha as dividiu
em Vice-reinos e Capitanias.
▪ Vice-reino: governado por um vice-rei que respondia diretamente a Coroa
espanhola, tinham funções administrativas.
▪ As capitanias: tinham a função de defesa.
▪ Conselho das Índias: criado em 1524, era encarregado de nomear os vice-reis,
governadores, autoridades militares, judiciais. (Responsável pelas decisões
políticas e administrativas relacionadas as colônias, porém se situava na
metrópole)
▪ O pacto colonial: era a base da relação entre Metrópole e Colônias.
A colônia deveria produzir e exportar para a metrópole matérias-primas ou metais
preciosos , e comprar dela os produtos manufaturados .
Quem administrava esse comércio? A Casa de Contratação, criada em 1503 e sediada em
Sevilla –Espanha.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC 
BY-SA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_espanhola
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL ESPANHOLA
❑ No começo do século XIX, a América espanhola
estava dividida em 4 vice – reinos [Nova Espanha
(Atual América Central, México e parte do
sudoeste dos Estados Unidos), Nova Granada
(Atuais: Colômbia , Equador e Panamá), Peru (
atuais: Peru, Bolívia e uma parte do território
chileno), Prata (atuais: Argentina, Uruguai e
Paraguai)] e algumas Capitanias gerais: de
Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile)
❑ A população hispano-americana era de 13 a 18
milhões de pessoas, aproximadamente.
❑ Havia uma divisão social: Chapetones/peninsulares,
Criollos, mestizos/mestiços, os indígenas e
africanos escravizados.
FONTE: Portal do Professor - História da
América Espanhola
DIVISÃO SOCIAL
No topo da pirâmide , os chapetones correspondiam a 40 mil pessoas, eram
originários da Espanha e dominavam a alta administração pública, religiosa e militar
da América espanhola.
Abaixo dos espanhóis, os Criollos representavam cerca de 3 milhões de pessoas, eram
brancos, filhos de espanhóis nascidos na colônia, embora nem todos fossem ricos, faziam
parte da aristocracia composta por proprietários de terras , de minas e de pessoas
escravizadas.
Em uma posição inferior estavam os mestizos, descendentes da união de espanhóis 
com pessoas indígenas ou africanas. Eram a grande massa da população, de modo 
geral, eram trabalhadores livres.
Os indígenas, embora considerados livres, eram obrigados a prestar serviços para os 
chapetones e criollos, o que desestruturou as sociedades indígenas preexistentes à 
colonização.
Na base da sociedade, os africanos escravizados, considerados mercadorias , 
estavam concentrados, quase que exclusivamente na região do Caribe. Vitimas dos 
mais variados tipos de violência, não tinham nenhum direito.
Peninsulares/
Chapetones
Criollos
Mestizos/Mestiços
Indígenas
Africanos escravizados
A América Hispânica em Luta: a desigualdade social e a espoliação imposta pela 
Espanha, levaram a diversas revoltas nas colônias.
▪ Vice-reino do Peru, 1742: o líder indígena Juan Santos Atahualpa, mobilizou
indígenas e mestiços em uma luta que durou por 14 (catorze) anos, o
objetivo era restaurar o império Inca;
▪ Em 1780, Tupac Amaru (José Gabriel Condorcanqui, líder indígena , comandou
uma das maiores rebeliões indígenas na América, mobilizou 60 mil pessoas
contra o domínio espanhol no vice-reino do Peru. O levante foi sufocado e
Tupac executado em 1781;
▪ Na Capitania –geral da Venezuela, em 1806, eclodiu uma rebelião liderada
pelo criollo Francisco Miranda, que foi rapidamente controlada pelas forças
leais à Espanha.
▪ A partir de 1807, quando a Espanha foi invadida pelas tropas de Napoleão
Bonaparte, os movimentos de independência na América, ganharam força ,
colocando em perigo o domínio espanhol.
▪ Os criollos, aproveitaram a deposição do rei da Espanha Fernando VII, por
forças napoleônicas, destituíram as autoridades metropolitanas nas diversas
regiões da colônias, organizaram juntas governativas e assumiram o poder.
▪ Para justificar essas medidas, os rebeldes argumentavam que, em virtude da
ausência do rei espanhol, a soberania deveria retornar aos povos dominados.
Em 1812, parlamentares espanhóis e representantes dos vice-reinos
promulgaram na Espanha uma nova Constituição. Entre as medidas aprovadas
estavam o fim do tributo pago pelas comunidades indígenas, a extinção da
mita (trabalho forçado na região andina) e o direito de voto à população
adulta masculina, exceto para os de ascendência africana.
▪ Essas medidas, entretanto, não foram suficientes para conter as guerras
Uma das primeiras rebeliões pela independência na América espanhola ocorreu em 1810, na
região do atual México. Essa rebelião é representada no afresco abaixo (detalhe), de 1962, do
pintor mexicano Juan O’Gorman, no qual aparece com os braços erguidos, o padre Miguel
Hidalgo, líder do movimento .
Após a independência: O caudilhismo
▪ O que ocorre quando uma território se emancipa? Se forma um estado-nação.
▪ Os movimentos de emancipação da América espanhola contou com a mobilização 
de diversos setores da sociedade: criollos, camponeses, militares, 
indígenas e mestiços. Mas os benefícios da independência não foram 
distribuídos de forma igualitária entre eles.
▪ Qual grupo foi o grande privilegiado? Os criollos, a elite colonial, que 
passou a ocupar o lugar que antes era dos chapetones. 
▪ O que ocorreu com os mais pobres? A situação não mudou, marginalizados, 
passaram a servir de massa para manobras políticas de um novo tipo de 
político , o caudilho.
▪ O que é caudilho? São líderes políticos e chefes militares pertencentes ao 
grupo dos criollos que , após a independência de seus países, tornaram-se 
senhores de exércitos particulares e, ao assumirem o governo de suas nações 
ou regiões, exerceram o poder de forma personalista, autoritária e em 
benefício próprio. 
Criollos que ficaram conhecidos como os 
protagonistas/libertadores da América.
▪ Simón Bolívar : tinha o projeto de criar uma confederação Pan-
Americana, isto é, defendia que os estados recém-criados se unissem
em uma república com a finalidade de cooperação e defesa. Mas
percebeu, ao fim, que não era possível, pois um dos fatores eram as
diferenças culturais.
▪ José de San Martín : - Líder criollo de ideias conservadoras, que o
distanciaram dos outros projetos de independência da América. -
Defendia que cada nação americana independente deveria ser governada
por um príncipe europeu.
▪ Antônio José Sucre: comandou ao lado de Simón Bolívar, as lutas de
libertação no Vice-Reino do Peru, consolidando a Independência do
Peru (1824) e concretizando a Independência da Bolívia (1825).
▪ Bernardo O’Higgins: comandou o processo de Independência do Chile
(1818). Contou com o reforço militar de José de San Martin para o
“Exército do Andes” no processo de Independência do Peru (1821).
A situação no pós independência
▪ Fragmentação política –
derrota do bolivarismo;
▪ Manutenção da estrutura
produtiva colonial;
▪ Persistência da dependência
econômica dos novos
Estados em relação ao
capitalismo industrial inglês
e norte- americano.
▪ A ocorreu uma revolução
social;
Independência do Haiti
DIVISÃO POLÍTICA DA ILHA DE SÃO DOMINGOS
▪ A Espanha fundou a sua
primeira fortificação na
América em 1492 na ilha
Hispaniola, dividida
atualmente em Haiti e
República Dominicana.
▪ Em fins do século XVI
franceses se estabeleceram
na parte oeste da ilha e em
1691 a Espanha cedeu, por
meio de um tratado a parte
ocidental , fundando ali a
colônia de São Domingos
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hispaniola
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
▪ Em 1791 François- Donminique
Toussaint Louverture, filho de um
chefe tribal africano levadocomo
escravo para São Domingos, liderou
uma rebelião que resultou na
abolição da escravidão no Haiti,
além de efetuar a execução de
proprietários brancos e o confisco
de terras que foram distribuídas aos
negros.
▪ Em 1793 os jacobinos assumem o poder
na França e decretam o fim da
escravidão nas colônias francesas.
Louverture ascendem ao poder e
conquista também a parte oriental da
ilha (pertencente à Espanha), mas os
brancos e mestiços se opõem ao seu
governo.
Abolição da Escravidão no Haiti
▪ Aproveitando-se do enfraquecimento
do poder de Louverture Napoleão
Bonaparte enviou em 1801 um
expedição para retomada do controle
francês sob a ilha. Louverture foi
preso e deportado para França.
Porém Jean – Jacques Dessalines
assumiu o controle e em 1804
proclamou a independência da
colônia. O novo estado recebeu o
nome de Haiti. Em 1806 Dessalines
foi assassinado e a ilha dividida
em dois países: ao sul surgiu uma
república e ao norte uma monarquia.
Em 1820 o país foi reunificado sob
regime republicano dirigido por
Jean- Pierre Boyer.
Batalha em San Domingo, pintado por January
Suchodolski representando uma luta entre as tropas
polonesas ao serviço francês e os rebeldes do Haiti
Independência do Haiti
Revoltas e contestações na 
colônia portuguesa
E o que estava ocorrendo na América 
Portuguesa?
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado 
em CC BY-SA
▪ A corrida do ouro:
A partir de 1693, os bandeirantes paulistas
começaram a descobrir ouro em diferentes
lugares da região que hoje conhecemos como
Minas Gerais. Com a notícia, Homens e
Mulheres, ricos e pobres, seculares e
clérigos, negros, brancos, indígenas e
mestiços, largaram tudo (ou fugiram, no caso
das pessoas escravizadas) e se dirigiram para
as Minas Gerais, em busca de enriquecimento
rápido.
De Portugal, passaram a chegar cerca de 4 mil
pessoas por ano com destino às minas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitanias_do_Brasil
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Sociedade Mineradora
A Hierarquia social ❑ Os ricos naquela época eram os proprietários de grandes lavras,
os contratadores, os altos funcionários do governo de Minas, os
grandes comerciantes, e os representantes da Coroa Portuguesa,
que além do poder político auferiam participações na arrecadação
realizada.
❑ As camadas médias no Ciclo do Ouro: formadas por artesãos
(carpinteiros, alfaiates, ourives), profissionais liberais (advogados,
médicos), padres, garimpeiros, donos de vendas, roceiros e alguns
artistas (entalhadores, músicos, pintores).
❑ Os homens livres pobres: em sua grande maioria eram mestiços e
negros, aqueles que não tinham posição social definida. Eram
chamados pelas autoridades de vadios, pois, perambulavam pelos
arraiais pedindo esmola, comida, brigando nas vendas ou
praticando pequenos furtos. Quando se precisava de pessoas para
serviços pesados ou perigosos, esses homens eram procurados.
Construíam ruas, estradas, presídios, faziam a segurança pessoal
de ricos, combatiam indígenas e destruíam quilombos.
❑ Os escravizados: não realizavam tarefas ligadas apenas à
mineração. Transportavam mercadorias e pessoas, construíam
estradas, casas, comercializavam pelas ruas e lavras.
A Guerra dos Emboabas (1707 -1709) e A 
Revolta de Vila Rica (1720)
▪ Emboabas: Os bandeirantes chamavam de
emboabas, os forasteiros vindos de Portugal
ou de outras regiões da colônia. A palavra
tem origem no Tupi Buaba que significa “ave
de patas emplumadas”.
▪ Paulistas e emboabas mantinham relações
tensas nos domínios das minas de ouro. Em
1707, a tensão se transformou em conflito
armado e se estendeu até 1709. E ficou
conhecido como Guerra dos Emboabas, que
chegou ao fim após a Coroa portuguesa ter
criado as Capitanias de São Paulo e Minas
de Ouro, separadas das de São Vicente e Rio
de Janeiro.
▪ Intendência das Minas: foi um dos órgãos
criados para representar os interesses do
Estado Português, na região do ouro. Tinha
a função de cuidar das concessões de terras
destinadas a mineração e regular as
relações entre mineradores.
▪ De acordo com a lei vigente, quem
encontrasse ouro deveria comunicar
imediatamente o fato aos funcionários do
governo, que, em seguida, visitavam o local
e dividiam a área – conhecida como lavra –
em lotes de no máximo 66 metros quadrados,
chamados de datas. Além de mecanismos para
controlar a produção aurífera, o governo de
Portugal criou impostos que recaíam sobre
todos os mineradores. Entre os vários
tributos estabelecidos, os mais
significativos foram o quinto e a
capitação.
▪ Os altos impostos geraram revoltas contra a
administração portuguesa na região, . A
Revolta de Vila Rica em 1720, foi uma das
mais importante, e acabou com a morte de um
de seus líderes: Filipe dos Santos.
▪ Registros: eram postos de fiscalização
instalados em lugares estratégicos para
evitar que as pessoas saíssem da zonas
mineradoras sem pagar os impostos. E o
governo português proibiu a abertura de
novos caminhos.
Revoltas e Guerra
❑ Revolta dos Beckman (1684)
Motivos: O príncipe regente, D. Pedro, proibiu a escravidão indígena e determinou
que os nativos escravizados fossem libertados e recebessem um pedaço de terra
para cultivo, estabelecendo punições severas para quem não cumprisse as ordens.
A Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão deveria abastecer a região
todos os anos com quinhentos escravos vendidos a preços prefixados. E caberia a
ela comercializar mercadoras vindas da Europa e comprar produtos locais a preços
tabelados. Contudo a Companhia não cumpriu com o prometido.
Em fevereiro de 1684, os colonos se insurgiram, depuseram o governador da
capitania, Francisco de Sá Menezes, e colocaram em seu lugar um Junta liderada
por Manuel Beckman e constituída por representantes do clero , da elite local e do
povo.
❑ A Guerra dos Mascates (1710-1711)
Motivo: Em 1709, à revelia dos olindenses, o rei dom João V elevou Recife à categoria
de vila. A reação os senhores de engenho de Olinda ocorreu em novembro, quando
uma tropa de mil homens a seu serviço invadiu o Recife. Em seguida, o governador
foi deposto.
Os confrontos só terminaram em outubro de 1711, após a chegada de um novo
governador nomeado pela Coroa. Com um saldo de 154 mortos, a Guerra dos
Mascates, como o conflito ficou conhecido, confirmou a elevação de Recife à
condição de vila e estimulou os sentimentos nativistas entre setores da sociedade
pernambucana, fazendo nascer a ideia de um governo independente da metrópole.
.
❑ Revolta de Vila Rica (1720)
Motivo: a criação das Casas de Fundição.
Os mineradores se revoltaram, provocando
tumultos pelos arraiais.
Na noite de 28 de junho de 1720, sob a
liderança de Pascoal da Silva Guimarães,
um proprietário de mais de 2 mil escravos,
os tumultos tomaram a forma de rebelião.
Em meados de julho, o governador
determinou que as tropas invadissem Vila
Rica, prendessem as principais lideranças
e incendiassem suas residências.
À frente de um grupo de rebeldes, o
português Filipe dos Santos, pequeno
comerciante da região, tentou resgatar os
presos a caminho do Rio de Janeiro, mas
foi subjugado e preso. Apontado como líder
do movimento, foi o único rebelde a ser
condenado à morte.
INFLUÊNCIA ILUMINISTA: A partir da segunda metade do século XVIII, adeptos das ideias iluministas
tomaram parte em diversos movimentos contra o domínio português: a Inconfidência Mineira (1789), o
mais importante de todos, a Conjuração do Rio de Janeiro (1794), a Conjuração Baiana (1798) e a
Conspiração dos Suassunas, em Pernambuco (1801).
❑ A Inconfidência Mineira (1789)
▪ MOTIVOS:
- Em 1765, um novo tipo de cobrança de impostos: a derrama. Por
esse sistema, caso a arrecadação do quinto não atingisse o
montante estabelecido, toda a população – inclusive os que não
fossem mineradores – deveria arcar com a diferença. Por duas
vezes, a Coroa anunciou a derrama, em 1769 e em 1772, mas ela
acabou não sendo executada porque o governo local temia
agitações.
▪ Em 1788, o visconde de Barbacena foi empossado como governador.
Barbacena anunciou sua intençãode investigar as contas do
Tesouro da capitania e de impor a derrama. Com isso, o
descontentamento da elite mineira atingiu o ponto culminante e
alguns de seus membros mais cultos e politizados começaram a
conspirar contra o domínio de Portugal
❑ Na Inconfidência Mineira, também chamada de Conjuração Mineira,
Os conspiradores, ou inconfidentes, haviam planejado tomar o poder
quando o visconde de Barbacena decretasse a derrama. A ideia era
apoiar-se no descontentamento popular provocado por ela, prender
e executar o governador para, em seguida, instalar uma Junta
Provisória presidida por Tomás Antônio Gonzaga, que anunciaria a
independência.
❑ No início de março de 1789, o governador intimou
alguns devedores a quitar seus débitos com o
governo. Para obter o perdão de sua dívida, um
deles, Joaquim Silvério dos Reis, denunciou a
conspiração e revelou a Barbacena o nome dos
inconfidentes. Outros conspiradores endividados
confirmaram a denúncia.
❑ A devassa: Dois processos judiciais, foram
instaurados, um em Vila Rica e outro na capital da
colônia. Os 34 réus detidos foram acusados do crime
de lesa-majestade, cuja pena prevista era a morte.
❑ A sentença imposta aos conjurados só foi divulgada
em abril de 1792. Alguns foram condenados ao
desterro na África. Onze receberam a pena de morte,
entre eles Tiradentes [ o alferes Joaquim José da
Silva Xavier] . Desse grupo, dez tiveram sua
condenação transformada em banimento para a
África por meio de carta de clemência da rainha de
Portugal, dona Maria I. Morto por enforcamento no
dia 21 de abril de 1792, o alferes foi depois
esquartejado e decapitado. A no século XIX, se tornou
símbolo da república brasileira.
OS TIPOS DE REVOLTAS/REBELIÕES

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