Buscar

TCC OK

Prévia do material em texto

11
GESTÃO E AUDITORIA EM SERVIÇOS DA SAÚDE
 JEFERSON ROCHA BRANDÃO
ÉTICA NA SAÚDE HOSPITALAR
BRASÍLIA, DF
2020
A ÉTICA NA SAÚDE HOSPITALAR
Autor[footnoteRef:1], JEFERSON ROCHA BRANDÃO
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais.  (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). [1: Jefersonrb1996@live.com
] 
RESUMO - O artigo presente objetiva de forma principal mostrar a importância da ética nos ambientes hospitalares, assim bem como a aplicabilidade de suas leis e a maneira correta de tratar os pacientes sem que precise haver algum contato acima do profissional para com seus pacientes. No entanto, as atuais atividades de negócios e de gestão que vão se propagando a altura da prestação de cuidados de saúde, vêm originando acréscimos de questões conflitivas perante as responsabilidades éticas do médico para com o paciente, cuja a incumbência principal é prolongar o bem-estar deste último individualmente, levando em conta as atribuições do gestor em saúde que se encarrega da responsabilidade diante de uma sociedade que é atendida por um Hospital, restrito pelo seus recursos e planejamento orçamentário, prevendo assim, dentre a instabilidade financeira mundial existente, que estes desacordos venham a crescer no futuro que se aproxima.
PALAVRAS-CHAVE: ÉTICA, HOSPITAL, PROFISSIONAL, PACIENTES.
ABSTRACT- The present article mainly aims to show the importance of ethics in hospital environments, as well as the applicability of its laws and the correct way to treat patients without the need for any professional contact with their patients. However, the current business and management activities that are spreading at the height of the provision of health care, have led to an increase in conflicting issues in the face of the physician's ethical responsibilities towards the patient, whose main task is to prolong well-being. be of the latter individually, taking into account the duties of the health manager who takes responsibility for a society that is served by a hospital, restricted by its resources and budget planning, thus providing, among the existing global financial instability, that disagreements will grow in the near future.
KEYWORDS: ETHICS, HOSPITAL, PROFESSIONAL, PATIENTS.
INTRODUÇÃO
A ética é um dos pilares fundamentais para que qualquer instituição continue funcionando. Pode parecer um tanto quanto ilusório, mas a ética tem um papel extremamente importante dentro da gestão hospitalar. A razão de existir de um hospital ou de qualquer instituição de saúde, é prestar atendimento de qualidade, e assim cuidar dos pacientes para que ele ao entrar em um atendimento hospitalar, possa deixa-lo melhor do que quando entrou.
A ética no serviço hospitalar compreende todo o conjunto clínico, ou seja, todos os profissionais dessas instituições precisam entender, e praticar a ética dentro dessas organizações. Eles devem a todo momento ter uma relação de respeito ao paciente que está sendo cuidado e procurando meios rápidos e efetivos, e humanizado para uma melhor resolução das queixas que o mesmo relatar. A falta da ética no clima organizacional de um ambiente de trabalho, faz com que as pessoas aproveitem de situações para seu próprio benefício, o que causa inúmeros prejuízos para uma instituição, consequentemente também para o relacionamento entre instituição e pacientes.
É fundamental a ética entre corpo clínico e pacientes, porque, sem a ética as relações interpessoais deixam de ser saudáveis e cria-se um ambiente de trabalho tenso e preocupante, contribuindo assim para que, os colaboradores não desempenhem o seu trabalho com todo o seu potencial. Por mais lógico que possa parecer, nem sempre entender a ética é um trabalho fácil. Ainda mais quando existem pacientes em estados sociais não favoráveis. Mas quando bem aplicada, ela torna-se fundamental e de tamanha importância para essas instituições.
Na saúde, ela pode ser compreendida como o conjunto de regras e preceitos morais de um indivíduo. E isso deve ser aplicado à avaliação de méritos, riscos e preocupações sociais das atividades de promoção do bem-estar dos pacientes enquanto leva em consideração a moral vigente em um determinado tempo e local.
ÉTICA NA SAÚDE
Quando se fala de ética, os profissionais da área da saúde já possuem um breve histórico sobre o tema, desde que os gregos, que foram influenciados pela Filosofia, eram obrigados a obedecer a leis e princípios de conduta para o médico, a todo momento promovendo o bem-estar do paciente. Diante desta situação é pertinente a bioética da Teoria do Cuidado. Quando se fala em cuidado, o cuidar é mais que dar devida atenção, é se importar, se interessar, é uma atitude que demanda zelo.
Apesar da discussão, ainda é preciso estudar muito acerca do tema. Pois são inúmeras maneiras de aplicabilidade. Essa disciplina que teve início em um passado muito recente, que veio da bioética, e tem influência dos aspectos transitórios e culturais, nos ampliando a raciocinar que, se tornar ético não deriva somente em seguir condutas éticas de cada ofício, mas também não podemos nos esquecer que as normas são variáveis e alteráveis conforme o tempo vai passando, pois elas vão se modificando com as novas circunstâncias. 
A instrução ética do profissional da área de saúde se constitui com o conhecimento direto, através de recursos dialéticos, e educação indireta, onde é o processo em que as experiências e vivências com pacientes, instrutores e membros da equipe resulta em valores e comportamentos éticos e profissionais. Ou seja, não existia até então uma matéria especifica para mostrar a maneira coerente de ser ético dentro do ambiente hospitalar. Você entendia aquilo que lhe foi ensinado em escolas e dentro de casa, assim, levando diretamente para a profissão. A necessidade dessa matéria especifica veio também com a ligação da humanização no atendimento, onde o paciente se sente à vontade com o corpo médico.
A escola superior, contudo, é a única instância que pode ser reconhecida na educação profissional. É necessário levar em consideração a circunstância social no que o cidadão está incluso, sua educação anterior, que constituirá o embasamento de sua formação profissional. 
É bem óbvio que a prática de julgar moralmente é algo progressivamente obtido desde o nascimento, e, ser admitido em uma instituição de nível superior simboliza o começo do ciclo de sociabilização profissional. Neste nível, a aquisição da moral profissional estabelecida é aguardada e vai ser vigorosamente definida pela aceitação de formas e por causa da interiorização de condutas e atitudes aceitáveis pela corporação.
A ÉTICA PRINCIPIALISTA DE BEAU-CHAMP E CHILDRESS
Um ano depois da divulgação do relato de Belmont, em 1979, foi estudado e divulgado o livro Principles of Biomedical Ethics. Ao contrário do que diz Belmont, que havia sido redigido preocupado com as questões com o progresso da exploração biomédica, os autores procuravam focar na preocupação com o exercício da medicina, procurando ao mesmo tempo dividi-la do sentido próprio dos juramentos e normas.
Esses princípios não são extremamente absolutos e não obedecem a qualquer ordem hierárquica, mas são válidos, pois qualquer instituição de saúde precisa delas para que continuem oferecendo um bom serviço para seus pacientes. Em situações de divergências diante de si, a condição em questão e seuscenários indicarão aquele que irá conseguir prioridade perante os demais. 
É imprescindível que a ética na gestão hospitalar seja respeitada e obedecida, pois isso reflete automaticamente no tratamento dos pacientes. Respeitar a autonomia significa prover toda a informação necessária para que a pessoa possa tomar a melhor decisão de acordo com seu interesse. 
A ética por sua vez, poderia ser definida como a ciência da moral. Sua importância sobre a atividade médica mostra que ela não é uma atividade puramente técnica, embora, desde o século XIX, a técnica venha tomando dimensão cada vez mais ampla no exercício da medicina. Contudo, à medida que se criam técnicas surgem novos problemas morais ou gera-se nova visão sobre antigas questões. 
Por mais informal que a habilidade torne a conduta médica, não acabará o problema ético, pois percorre a inter-relação de duas pessoas pelo menos, que se aplica e a que se beneficia dela. Desse modo, se estabelece um relacionamento humano que há exigências morais.
TER CUIDADO NA RELAÇÃO COM O PACIENTE
É preciso ter um cuidado acima do normal com esses pacientes, pois dependendo de cada caso, uma atenção mínima que seja, é de extrema importância para a recuperação dele. É preciso, por exemplo, estabelecer uma separação clara entre o que é profissional e o que é um sentimento de amizade ou coleguismo. Não se pode juntar as coisas, isso pode afetar diretamente o psicólogo do paciente, minimizando a satisfação dele ao longo do tratamento.
Deve-se utilizar uma sinalização de distinção e se valer, por exemplo, de instrumentos como o tratamento pela titulação profissional, do uso constante de jaleco ou uniforme e até do próprio comportamento. Todos esses aspectos são bastante úteis nesse cenário.
RESPEITAR AS NORMAS INTERNAS E EXTERNAS
Todas as profissões da área de saúde têm associações de classe específicas que procuram regular a prática, normatizar a atuação e defender os direitos dos profissionais. E, entre outras coisas, essas instituições estabelecem códigos de ética para nortear e estimular uma atuação positiva dentro da moral vigente na época e no local.
Por isso, é muito importante respeitar essas normas, bem como as regras internas de hospitais, clínicas e postos de saúde. Também é indispensável observar as titulações, condutas e legislações, bem como facilitar a troca de informações entre as especialidades e as disciplinas da área.
Embora já tenha tido uma evolução nesse aspecto, existem ainda inúmeros obstáculos que devem ser superados. Só assim pra que se possa garantir uma ética eficiente e aplicada pelos profissionais de saúde, inclusive para uma atuação mais efetiva em uma equipe multidisciplinar.
Esse desafio começa na formação acadêmica, que mostra integralmente a importância de uma abordagem com caráter humanizado. Os cargos de gestão em hospitais, clínicas e postos de saúde precisam estimular essa prática, de forma a incentivar a atuação holística dos profissionais.
COMO MANTER A ÉTICA NO TRABALHO?
Ter boas maneiras é com toda certeza o primeiro passo. Tratar a todos com cortesia, educação e amabilidade. Resultando em um ambiente de trabalho mais prazeroso, e dificultando assim contendas. Vamos apresentar alguns padrões a seguir:
· Deve-se respeitar a privatividade dos pacientes, sempre comunicando a entrada e a saída antes de iniciar o atendimento no quarto e cobrindo assim com lençóis previamente a realização de todo exame;
· Cuide dos pacientes por usar o nome deles. Não se deve usar apelidos, enfermidade ou números de dormitório para fazer alusão a eles;
· Procure respeitar seus colegas de trabalho diante de todas as circunstâncias, mesmo que havendo divergências de opiniões;
· Assuma as obrigações, cumprindo as tarefas dentro do tempo determinado a todo momento com excelência e competência profissional.
É imprescindível ter uma boa educação e em grande parte dos casos se ter empatia pelo próximo. Oferecer um tratamento humanizado, faz com que esses pacientes se sintam bem acolhidos, assim, entendendo a importância do profissional de saúde para a sua recuperação.
Esse presente estudo descreve o importante papel da ética na educação dos profissionais da área da saúde. Inicia com pesquisas sobre o nascimento e incorporação da bioética na formação do profissional da saúde, destacando o papel das instituições de ensino superior na disseminação de conteúdos éticos pertinentes a cada profissão. É destacado o papel do ensino da ética na formação dos profissionais da área da saúde, assim, podendo mostrar a relevância desse tema para a sociedade, principalmente para os grupos mais necessitados.
Os atuais responsáveis da área da saúde, acreditam que é de vital importância que os profissionais do futuro estejam aptos a dar soluções aos novos desafios que se apresentam no cuidado da saúde da comunidade. Ao falar em ética, se está vislumbrando uma sociedade mais justa, onde a dignidade de todos seja respeitada. Principalmente quando se trata de uma população mais carente de um serviço de saúde mais humanizado e igualitário.
 Para alcançar a responsabilidade estratégica é evidente que há necessidade de acolher a colaboração dos especialistas nas mais diversas áreas, respeitando a multidisciplinaridade, promovendo a educação permanente, cujo produto final seja a humanização da prática médica.
CONCLUSÃO
Neste presente trabalho foi trabalhado de maneira sucinta e objetiva sobre o valor da ética no ambiente hospitalar. Quando falamos de ética, automaticamente nos remetemos ao respeito, assim, melhorando o atendimento ao paciente, assim bem como, não prejudicando os profissionais de saúde. Ainda mais quando eles precisam respeitar uma linha direta entre ética e pessoalidade.
Ainda que pareça difícil não se comover com determinados casos, é preciso que esses profissionais entendam a sua responsabilidade acerca dessas vidas e que eles trabalhem humanamente para que o fim do tratamento seja bom para ambos lados
É preciso ainda lembrar que no ciclo que tem em vista à instrução de forma íntegra do ser humano, os objetivos diretamente abordáveis são os relacionados aos fundamentos e competências, com o objetivo de aperfeiçoar as condutas e características, em outras definições, o progresso moral do aluno. Dessa forma a compreensão que se tem é que as disciplinas de Bioética não são exatamente responsáveis pelo ensinamento da ética, mas sim devido o aperfeiçoamento ético-humanístico dos profissionais futuros. A sua participação deve ser pautado pelo direcionamento dos estudantes para o pensamento crítico, inclusivamente e, especialmente, junto de si e dos efeitos de suas atitudes perante os demais.
Por mais que pareça fácil aplicar a ética dentro dos ambientes hospitalares, ainda é um desafio para alguns profissionais entenderem que é preciso essa separação, assim, o paciente não fica dependente dele 100% e eles também saibam manejar essas variáveis maneiras de cuidado humanizado para com esses pacientes.
REFERÊNCIAS
1. Rego S. A Formação Ética dos Médicos. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003.         
2. Höffe O. Valores em instituições democráticas de ensino. Educ Soc 2004;25(87):463-479.         
3. . Finkler M. Formação ética na graduação em Odontologia: realidades e desafios [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2009.         
4. https://www.faculdadeide.edu.br/blog/etica-na-saude-quais-as-condutas-essenciais-de-um-profissional/
5. Beauchamp, T. L.; Childress, J. F., ed. lit. — Principles of biomedical ethics. 4ed. New York, NY: Oxford. University Press, 1994.
6. Wolf, S. M. — Health care reform and the future of physician ethics. Hastings Center Report. 24: 2 (1994) 28- 41, citada por Mariner, W. K. — Business vs. medical ethics: conflicting standards for managed care. Journal of Law, Medicine & Ethics. 23: 3 (1995) 238.
7. CARNEIRO, Larissa Arbués et al. O ensino da ética nos cursos de graduação da área de saúde. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 34, n. 3, p. 412–421, Sept. 2010.
8. FERREIRA NETO, João Leite; PENNA, Lícia MaraDias. Ética, clínica e diretrizes: a formação do psicólogo em tempos de avaliação de cursos. Psicol. estud., Maringá, v. 11, n. 2, p. 381–390, Aug. 2006.
9. FURTADO JP, ONOCKO-CAMPOS R. A transposição das políticas de saúde mental no Brasil para a prática nos novos serviços. Rev Latinoam Psicopatol Fundam, São Paulo, v.8, n. 1, p.109–22, março 2005.
10. KOERICH, Magda Santos; MACHADO, Rosani Ramos; COSTA, Eliani. Ética e bioética: para dar início à reflexão. Texto contexto — enferm., Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 106–110, Mar. 2005.
11. MIRANDA, Lilian; CAMPOS, Rosana Teresa Onocko. Balizamentos éticos para o trabalho em saúde mental: uma leitura psicanalítica Rev. latinoam. psicopatol. fundam., São Paulo, v. 16, n. 1, p. 100–115, Mar. 2013.
12. ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone; FORTES, Paulo Antônio de Carvalho. Bioética e atenção básica: um perfil dos problemas éticos vividos por enfermeiros e médicos do Programa Saúde da Família, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 6, p. 1690–1699, Dec. 2004.

Continue navegando