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PROB 4- Fotodermatologia


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gabi_fran_ 
Gabrielle França, CESUPA 2021 
Raios Solares 
A composição da luz solar é 39% luz visível, 54% 
infravermelho e 7% 
ultravioleta. 
 
Infravermelho 
Correspondem aos raios 
invisíveis que causam sensação de calor na pele, 
é um tipo de radiação eletromagnética que 
apresenta frequência menor que a da luz 
vermelha e, por isso, não está dentro do 
espectro eletromagnético visível. 
RADIAÇÃO VISÍVEL 
Corresponde aos comprimentos de onda 
percebidos como cores pela retina, 
respondendo por cerca de 40% da radiação 
solar. 
Ultravioleta 
A radiação ultravioleta é a radiação 
eletromagnética ou os 
raios ultravioletas com 
um comprimento de 
onda menor que a da 
luz visível e maior que a 
dos raios X. 
Divide-se em três 
tipos diferentes, dos 
quais 
aproximadamente 95% 
da radiação UV que chega à superfície da Terra 
é formada por UVA e somente 5% por UVB. 
 UVA: Penetra profundamente, interagindo 
tanto com queratinócitos da epiderme quanto 
com fibroblastos dérmicos, independente do 
clima eles estão presentes desde o nascimento 
ao pôr do sol. Atua principalmente gerando 
radicais livres que irão, posteriormente, ser 
responsáveis pela peroxidação lipídica e 
ativação de fatores de transcrição. Contribui 
para o envelhecimento, bronzeamento, 
alergias e câncer. 
UVB: Retida predominantemente na 
epiderme, afetando os queratinócitos, seu 
principal mecanismo é a interação direta com o 
DNA, mais fortes nas estações mais quentes do 
ano e aparecem das 9h as 16h. Principal 
responsável pela carcinogênese (maligna), 
queimaduras, bronzeamento e formação da 
vitamina D. A radiação UVB, na pele, induz a 
produção de α-MSH e ACTH nos melanócitos e 
queratinócitos. O α-MSH estimula atividade da 
tirosinase e a síntese de melanina e 
melanócitos, via MC1-R. 
UVC: Os raios UVC são completamente 
bloqueados pela camada de ozônio e não 
chegam até nós, são incompatíveis com a vida 
e altamente perigosos. 
Fatores relacionados 
A maior ou menor chegada dos raios UV à 
superfície terrestre depende dos seguintes 
fatores: 
Horário: ao meio-dia, a radiação solar está 
na menor distância da Terra; 
 
Latitude: a radiação é maior a partir dos 
polos para o Equador (neste ponto a camada 
de ozônio é menos espessa); 
Estação: a radiação é maior no verão (o 
ângulo de incidência é perto dos 90°); 
 
Altitude: a radiação é mais intensa em 
grandes altitudes porque há menos 
atmosfera para absorvê-la; 
 
Poluição atmosférica: as nuvens diminuem a 
radiação entre 10 e 80%. 
 
Interação dérmica geral 
Ao atingirem a pele, as radiações são 
parcialmente refletidas, refratadas e, em parte, 
absorvidas. Apenas a absorvida da inicio a 
reação fotoquímica inaugural da resposta 
biológica. A molécula que absorve o fóton é 
chamada CROMÓFORO. 
 Quando absorve o fóton, essa molécula 
torna-se excitada e, 
portanto, capaz de 
reagir com 
moléculas do meio 
biológico, levando a 
formação de 
fotoprodutos 
(oxidação de fosfolipídios da membrana); 
modificação bioquímica (síntese de 
prostaglandinas); alterações celulares 
(apoptose) e alterações teciduais do ponto de 
vista clínico (eritema, bolha e pigmentação). 
O DNA é o principal cromóforo da pele, 
relacionando-se não apenas com as 
modificações da resposta imunológica da pele 
como também com a indução de mutações 
celulares e o desenvolvimento de malignidades 
como consequência da interação da radiação 
UV com a pele. 
Benefícios e malefícios 
Além de reduzir os riscos de depressão por 
aumentar serotonina, os raios solares 
contribuem para os ossos e músculos ao 
auxiliar na síntese de vitamina D, muito 
importante para o corpo evitar doenças. 
Fortalece o bom humor, o sono e melhora a 
circulação devido o aumento de temperatura e 
etc. 
No entanto, a exposição inadequada e sem 
proteção aos raios solares pode causar 
queimaduras, doenças, prurido e 
imunossupressão. Isso se explica porque as 
fibras C, além de ser sensível a estímulos 
pruriginosos, também são sensíveis à 
temperatura. 
Efeitos precoces e tardios UV 
Nos precoces temos principalmente: 
Eritema 
Um sinal comum da exposição excessiva é a 
vermelhidão – ou eritema – associada a 
queimaduras solares. Em geral, os 
pesquisadores concordam que essa reação 
inflamatória, que pode persistir por muitos dias, 
é um resultado ou da ação direta dos fótons 
ultravioletas sobre pequenos vasos sanguíneos 
ou da liberação de compostos tóxicos de 
células epidérmicas danificadas. 
Mais sangue circula pelas áreas afetadas pelo 
UV, auxiliando no processo de recuperação. O 
grande volume de sangue faz a pele parecer 
avermelhada. A circulação de sangue, que 
aumentou, também dissipa uma grande 
quantidade de calor do corpo, e este é o motivo 
pelo qual a área da pele que foi queimada 
parece quente ao toque. 
Queimadura 
Queimadura é toda lesão provocada pelo 
contato direto com alguma fonte de calor ou 
frio, produtos químicos, corrente elétrica, 
radiação, ou mesmo alguns animais e plantas 
(como larvas, água-viva, urtiga), entre outros. 
As temperaturas acima de 44 graus, podem 
produzir lesões por queimaduras de diferentes 
profundidades diretamente relacionadas com a 
temperatura, com o tempo de exposição e com 
a espessura da pele. 
1°GRAU: atinge a epiderme (camada 
superficial da pele). Apresentação com 
vermelhidão sem bolhas e discreto inchaço 
local. A dor está presente; 
2°GRAU: atinge a epiderme e parte da derme 
(2ª camada da pele). Há presença de bolhas e a 
dor é acentuada, como o edema é muito 
eliminam grandes quantidades de eletrólitos e 
proteínas. Pode ser superficial ou profunda de 
acordo com as partes destruídas. 
3°GRAU: atinge todas as camadas da pele, 
músculos e ossos. Ocorre necrose da pele 
(morte do tecido), que se apresenta com cor 
esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, 
devido à profundidade da queimadura, que lesa 
todas as terminações nervosas responsáveis 
pela condução da sensação de dor. 
 
Pigmentação 
Há dois tipos de pigmentação melânica da 
pele: a intrínseca, determinada geneticamente 
e imutável; e a facultativa, decorrente da ação 
de raios solares e dos hormônios, que é 
mutável. Esta, quando estimulada pelos raios 
solares ou UV artificialmente produzidos, é 
chamada de bronzeamento; 
A melanina interage com a radiação solar em 
dois estágios. No primeiro, grânulos pálidos 
(desoxigenados) de melanina próximos à 
superfície da pele são transformados, pela luz 
ultravioleta, em cor escura (oxidada). Isso 
produz um bronzeado imediato — 
normalmente no prazo de uma hora — que 
desaparece dentro de um dia, pelos raios UVA. 
 Um bronzeado mais duradouro é 
proporcionado pelo segundo estágio. Nesse 
processo, novas quantidades de melanina são 
produzidas a partir da tirosina e altamente 
transportadas aos queratinócitos. Ambos raios 
UVA e UVB fazem esse. 
 
Imunossupressão 
A imunossupressão local resulta, 
principalmente, da inibição funcional de células 
de Langerhans (principal célula APC). A 
imunossupressão sistêmica é causada, em 
grande parte, pela liberação induzida por UV de 
mediadores imunossupressores pelos 
queratinócitos. Várias citocinas parecem estar 
envolvidas na imunossupressão sistêmica, 
incluindo IL-10, TNF-α e TGF-β. Entre estas, a IL-
10 parece ser a mais importante, já que a 
imunossupressão é notavelmente reduzida na 
presença anticorpos anti-IL-10. 
 
Espessamento da pele 
Em consequência das radiações solares, a 
pele reage tornando-se mais espessa. Nos dois 
primeiros dias, o espessamento é decorrente 
de edema inter e intracelular; a partir do 
terceiro dia, há uma verdadeira hiperplasia de 
todas as camadas epidérmicas, com exceção da 
camada basal, por outro lado, observa-se, ainda, 
o aumento do número de mitoses. 
Nos tardios temos principalmente: 
Fotocarcinogenese 
UVB: a radiação UVB pode danificar proteínasou membranas celulares e gerar estresse 
oxidativo; no entanto, seus principais efeitos 
deletérios são mediados pela absorção direta 
de fótons pela molécula de DNA, experimentos 
demonstraram que a luz UVB gera danos ao 
DNA principalmente pela formação de 
fotoprodutos diméricos entre as bases de 
pirimidina adjacentes na mesma cadeia. 
 A dimerização das pirimidinas gera distorção 
da estrutura do DNA, e o reparo incorreto 
dessas lesões conduz não só a mutações, como 
também ao bloqueio da replicação do DNA e da 
divisão celular, e à interrupção da transcrição 
do DNA necessária para a síntese de RNA 
mensageiro, etapa fundamental para a síntese 
proteica e para a sobrevivência celular. 
UVA: Embora a formação de dímeros de 
pirimidina também ocorra pela ação da 
radiação UVA, são necessárias de 3 a 6 ordens 
de magnitude a mais de energia do que a 
requerida pela radiação UVB. Na verdade, os 
efeitos da radiação UVA decorrem 
principalmente da atuação de mecanismos 
indiretos, nos quais espécies reativas de 
oxigênio são geradas por foto ativação de 
compostos endógenos e induzem danos no 
DNA. 
 
 
 
 
 
 
 
Fotoenvelhecimento 
O termo Fotoenvelhecimento refere-se às 
alterações clínicas, histológicas e funcionais 
características da pele cronicamente exposta à 
irradiação solar. Está relacionado a um dos 
tipos de envelhecimento, o Extrínseco o qual 
agressão externa está relacionada com a 
influência do meio ambiente. Já o Intrínseco é 
determinado, em grande parte, geneticamente. 
Nele estão presentes os efeitos naturais da 
gravidade ao longo dos anos, as linhas de 
expressão, as alterações hormonais e a 
programação genética de atrofia tanto da 
derme como do tecido subcutâneo. 
As alterações clínicas na pele 
cronologicamente envelhecida são sutis e 
consistem, primariamente, em flacidez, rugas 
finas, certo grau de maciez e palidez cutânea. 
Em contraposição, a pele fotoenvelhecida 
caracteriza-se pela aspereza, por rugas mais 
proeminentes, pigmentação irregular e difusa, 
telangiectasias, tom amarelado da pele e uma 
variedade de lesões benignas, pré-malignas e 
neoplásicas. 
Na pele fotoenvelhecida encontra-se maior 
número de fibroblastos, na maioria das vezes 
hiperplasiados. Os melanócitos estão 
aumentados em número e tamanho, enquanto 
as células de Langerhans estão diminuídas e 
com sua função comprometida. Mastócitos são 
abundantes e o número de histiócitos e de 
outras células mononucleares está bastante 
OBS: O papel das mutações em locais onde houve 
dimerização das bases de pirimidina está bem 
estabelecido no caso do gene supressor de tumor p53, 
em particular no câncer de pele não melanoma. No 
entanto, é também importante considerar que as 
lesões do DNA podem constituir eventos primários que 
provocam uma grande variedade de respostas 
moleculares: liberação de citocinas, ativação de genes 
envolvidos na resposta inflamatória, apoptose e 
pigmentação. 
aumentado, caracterizando o processo 
inflamatório denominado heliodermatite ou 
dermato-heliose. 
A característica histológica mais 
proeminente do fotoenvelhecimento é a 
elastose, que geralmente se inicia na junção da 
derme papilar e reticular, ocorre substituição 
de fibras colágenas maduras por colágeno com 
aparência basofílica, a chamada degeneração 
basofílica do colágeno. Foi demonstrado que a 
irradiação UV induz à síntese de 
metaloproteinases de matriz (MMP) na pele 
humana in vivo. De fato, evidências 
consistentes indicam que as MMP 
desempenham papel de destaque na 
patogênese do fotoenvelhecimento, 
apresentando atividade proteolítica para 
degradar proteínas da matriz. 
Seu surgimento pode ser induzido tanto por 
UVB como por UVA, e cada MMP degrada um 
componente diferente das proteínas da matriz 
dérmica. 
MMP-1: degrada colágeno tipos I, II e III. 
MMP-9: degrada colágeno tipos IV e V. 
 
Efeitos dos outros raios 
A radiação infravermelha pode ser 
arbitrariamente dividida em IRA, IRB e IRC, de 
acordo com a interação entre as diferentes 
camadas da pele. A IRA passa pela epiderme, 
derme e chega até o tecido subcutâneo ainda 
mais profundamente que o UVA, promovendo 
discreto aumento da temperatura epidérmica, 
enquanto a IRC é completamente absorvido na 
epiderme e provoca aumento considerável da 
temperatura da pele. 
A exposição crônica à radiação infravermelha, 
sobretudo à custa da IRA, contribui para o 
fotoenvelhecimento ao promover a ativação 
direta de metaloproteinase-1 (MMP-1) em nível 
molecular, uma das enzimas responsáveis pela 
degradação do colágeno e a síntese, além de 
ser potencialmente carcinogênica. 
A participação da luz visível na produção de 
pigmentação cutânea, exacerbação de 
fotodermatoses e no estresse oxidativo 
formador de radicais livres com potencial de 
danificar o DNA das células é cada vez mais 
bem estabelecida. 
Síntese de vitamina D 
O termo vitamina D engloba um grupo de 
moléculas secosteroides derivadas do 7-
deidrocolesterol (7-DHC) interligadas através 
de uma cascata de reações fotolíticas e 
enzimáticas que acontecem em células de 
diferentes tecidos. Sob essa denominação 
ampla abrangem-se tanto o metabólito ativo 
(vitamina D ou calcitriol) como seus 
precursores (a vitamina D3 ou colecalciferol, 
vitamina D2 ou ergosterol e a 25-
hidroxivitamina D ou calcidiol) e os produtos. 
A etapa inicial no processo de síntese 
endógena das moléculas do grupo vitamina D 
se inicia nas camadas profundas da epiderme 
(estratos espinhoso e basal), onde está 
armazenada a substância precursora, o 7-
deidrocolesterol (7-DHC), localizado na camada 
bilipídica das membranas celulares. Para que 
haja adequadas concentrações do 7-DHC, é 
preciso que a 7-deidrocolesterol-redutase 
(DHCR7), enzima que converte o 7-DHC em 
colesterol, apresente atividade adequada. 
Para que esse processo de ativação da 
vitamina D se inicie, é preciso que o indivíduo 
receba a luz solar direta, especificamente a 
radiação ultravioleta B (UVB) nos 
comprimentos de onda entre 290 e 315 
nanômetros. Outra variável que está envolvida 
nessa etapa inicial de ativação da vitamina D é 
a quantidade de melanina na pele do indivíduo. 
Esse pigmento também compete pelo fóton da 
radiação, diminuindo a disponibilidade de 
fótons para a fotólise do 7-DHC. Assim, pessoas 
com muita melanina dependem de uma maior 
exposição ao sol para garantir a vitamina D. 
A absorção do fóton UVB pelo 7-DHC 
promove a quebra fotolítica da ligação entre os 
carbonos 9 e 10, formando uma molécula 
secosteroide, a pré-vitamina D3, é 
termoinstável e sofre uma reação de 
isomerização induzida pelo calor, assumindo 
uma configuração mais estável, a vitamina D3 
ou colecalciferol. A energia estérica dessa nova 
conformação tridimensional da molécula a faz 
ser secretada para o espaço extracelular e 
ganhar a circulação sanguínea. 
Ao alcançarem o fígado, as vitaminas D2 e D3 
sofrem hidroxilação no carbono 25, mediada 
por uma enzima microssomal, dando origem a 
25-hidroxivitamina D ou calcidiol. Seus efeitos 
biológicos são mediados pelo seu receptor 
(VDR, vitamin D receptor), um fator de 
transcrição da família de receptores hormonais 
nucleares. O VDR é expresso em quase todas as 
células humanas e parece participar, de 
maneira direta ou indireta, de regulação de 
cerca de 3% do genoma humano. 
A ação clássica dessa vitamina é a regulação 
do metabolismo do cálcio e fósforo por meio 
do controle nos processos de absorção 
intestinal e reabsorção renal desses íons, 
mantendo-os em concentrações suficientes 
para assegurar a adequada mineralização e o 
crescimento ósseo em crianças e a saúde óssea 
em todas as outras etapas da vida. 
Fotoproteção 
Protetor solar 
Consistem em formulações tópicas 
preparadas em diferentes veículos (creme, gel, 
loção, spray) com adição de agentes orgânicos 
ou inorgânicos capazes deinteragir com a 
radiação incidente, neutralizando-a de 
diferentes modos e conferir proteção à pele. 
Assim, o protetor solar ideal deve proteger 
completamente contra as radiações UVA, UVB, 
infravermelha e luz visível. Quando falamos 
sobre o modo de ação e composição dos 
protetores solar, podemos dividi-los em dois 
tipos: inorgânico e orgânico. 
ORGÂNICO: o filtro solar do tipo orgânico 
possui compostos aromáticos capazes de 
absorver os raios UV e transforma-los em 
radiações com menor energia ao invés de 
refletir os raios. Com isso, os raios que chegam 
à pele são menos nocivos. São exemplos os 
derivados do ácido para-aminobenzoico (PABA, 
já em desuso), os cinamatos, as benzofenonas, 
os derivados da cânfora, os salicilatos e outros. 
INORGÂNICO: O protetor solar do tipo 
inorgânico é composto principalmente por 
dióxido de titânio ou óxido de zinco que se 
apresentam em partículas muito pequenas. 
Quando espalhadas uniformemente, protegem 
a pele criando uma camada que reflete os raios 
UV. Devido ao excesso desses óxidos, o filtro 
solar do tipo inorgânico geralmente deixa uma 
camada branca sobre a pele. 
 
FPS 
Fator de Proteção Solar - FPS (ou 
simplesmente FS) é o índice que determina o 
tempo que uma pessoa pode permanecer ao 
sol sem produzir eritema, ou seja, sem deixar a 
pele vermelha. Em outras palavras, é o número 
que indica o nível de proteção que um dado 
produto oferece contra os raios ultravioletas 
(UV). Mede, na prática, apenas proteção contra 
radiação UVB, que protege a pele contra as 
queimaduras solares, 
 A pele, quando exposta ao sol sem proteção, 
dependendo do tipo de pele do indivíduo, leva 
um determinado tempo para ficar avermelhada. 
Quando se usa um filtro solar com FS 15, por 
exemplo, a mesma pele leva 15 vezes mais 
tempo para ficar vermelha. Se, em vez disso, 
usarmos FS 30, significa que, para cada minuto 
com o protetor, estaremos protegidos durante 
30 minutos. 
PPD 
PPD (Persistent Pigment Darkening) é um 
valor numérico que se refere ao fator de 
proteção contra a radiação UVA (FPUVA). Ele se 
baseia na resposta de pigmentação tardia ou 
persistente frente à radiação UVA e é avaliado 
in vivo, com voluntários humanos. 
 
Camisas protetoras 
Todas as peças de roupas possuem algum 
grau de proteção contra os raios solares, é o 
chamado FPU, Fator de Proteção Ultravioleta. 
Diferentemente do FPS (Fator de Proteção 
Solar), que é usado para Protetor Solar e mede 
apenas o índice de proteção contra os Raios 
UVB, o FPU indica o Fator de Proteção 
Ultravioleta (UVA e UVB). 
Então o grau de proteção das roupas com 
proteção solar é medido em FPU, quanto maior 
o valor maior a proteção, devido ao fato de 
seus tecidos possuírem fios especializados 
contra o sol. Um FPU 50+, a proteção máxima 
que você pode encontrar em roupas e bonés, 
equivale a mais de 98% de proteção. 
 
Contextualizações 
BRONZEADOR: Tem o efeito de aumentar o 
bronzeamento, são feitos de tirosina e agem 
nos melanócitos, o filtro tem o papel de criar 
uma barreira artificial aos efeitos nocivos dos 
raios solares sobre a pele. Já o bronzeador, é 
um produto que acelera a produção da 
melanina em qualquer tipo de exposição solar. 
O uso dos dois produtos conjugados, o efeito 
que se tem é muito mais eficiente, pois o 
bronzeamento ocorre, rapidamente, não 
necessitando que a pessoa abuse da exposição 
solar para obter um efeito estético agradável. 
BRONZEAMENTO ARTIFICIAL: O equipamento 
funciona como um sol artificial, que emite raios 
UVA, estimulando a produção de melanina, que 
produzem pigmentação e conferem o aspecto 
bronzeado à pele. Estudos da OMS afirmam 
que a exposição às lâmpadas UVA aumenta em 
75% os riscos do desenvolvimento de 
melanoma. 
ACNE SOLAR: provocada pela mistura da 
oleosidade aumentada da pele, sudorese, uso 
do filtro solar e da própria radiação solar. 
Recomenda-se lavar o rosto com um sabonete 
adequado para o tipo de pele, usar tônicos 
mais adstringentes e filtros solares com base 
aquosa ou em gel, o que pode diminuir a 
oleosidade. A aplicação de um protetor solar 
com toque seco, que ajude a controlar a 
oleosidade e com ativos seborreguladores, que 
aliam proteção e tratamento, pode ser uma 
ótima forma de tratar a acne que surge no 
verão e evitar que mais espinhas surjam. 
CICATRIZ: No pós-cirúrgico a pele está mais 
sensível e os raios ultravioletas podem atuar de 
forma maléfica, dificultando a recuperação 
completa e interferindo na pigmentação da 
epiderme. 
LIMÃO: O suco do limão, assim como outras 
frutas ácidas, causa a chamada 
fitofotodermatose, uma queimadura específica 
que tem origem em uma reação alérgica 
causada pelo suco ácido na pele ao entrar em 
contato com os raios ultravioletas do Sol. 
SOL E CABELO: O calor excessivo é responsável 
por danos capilares irreversíveis, gerando áreas 
de fragilidade dos fios, com maior tendência a 
ruptura. Pessoas com cabelos oleosos, couro 
cabeludo com maior transpiração, coceira, 
sensibilidade ou aqueles que se exercitam com 
frequência devem lavar os cabelos diariamente. 
A radiação solar pode danificar os cabelos, 
tornando-os mais ressecados, sem brilho, 
descoloridos e com maior tendência à quebra. 
 
Câncer de pele 
É o tipo de câncer mais comum. Existem três 
tipos desse câncer: o carcinoma da célula basal, 
o carcinoma da célula escamosa e o melanoma, 
que é o menos comum, porém o mais perigoso. 
Carcinoma Basocelular 
Trata-se de um tumor constituído de células 
morfologicamente semelhantes às células 
basais da epiderme, de crescimento muito 
lento, com capacidade invasiva localizada, 
embora destrutiva, sem, no entanto, provocar 
metástases (exceção a raríssimos casos 
relatados na literatura); é, portanto, a 
neoplasia maligna de melhor prognóstico. 
Ocorre mais em adultos (90% > 30 anos). 
Corresponde a 50% de todas as neoplasias 
malignas e 70% de todos os cânceres de pele. É 
raro em pardos ou negros, devido à proteção 
do pigmento quanto à radiação solar. Localiza-
se, geralmente, em face (90% das vezes), mas 
também pode ocorrer em pescoço, tronco e 
membros - mais comum em áreas fotoexpostas. 
A lesão mais característica é a lesão 
“perolada”, ou seja, lesão papulosa translúcida 
e brilhante de coloração amarelo-palha, que é 
frequente em quase todas as suas 
manifestações clínicas. Histologicamente trata-
se de proliferação celular 
com as características 
basocelular, que se 
dispõem em paliçada na 
periferia das massas 
tumorais. Em geral, os 
núcleos são grandes, 
uniformes, pouco anaplásicos e com raras 
mitoses; as células não apresentam pontes 
intercelulares. 
Carcinoma espinocelular 
É um tumor maligno de queratinócitos que 
atinge a epiderme (pele e mucosas). É menos 
comum que o CBC e mais frequente em 
homens, geralmente após a sexta década (após 
os 60 anos). É o câncer de pele mais comum em 
negros. Tem capacidade de invasão local e de 
metástase. Origina-se das células epiteliais do 
tegumento. 
Também acomete áreas fotoexpostas (face, 
dorso e mãos), e as lesões podem aparecer em 
pele sã ou a partir de uma lesão pré-maligna, 
como ceratose actínica, radiodermite, cicatrizes 
e úlceras crônicas. Inicialmente apresenta-se 
como uma pápula ceratósica (aumento da 
epiderme pelo aumento da camada córnea, 
parece uma “casca”). Tem crescimento mais 
rápido que o CBC. Apesar de começar como 
uma pápula pode evoluir para nódulos, 
tumores e vegetações, por exemplo. 
 
MELANOMA 
É tumor maligno originário dos melanócitos, 
em geral de local primário cutâneo, podendo, 
eventualmente, surgir em outras áreas 
(mucosas, olhos, meninges e outros); o 
melanoma da pele é muito mais prevalente que 
as formas não cutâneas. Exposição solar 
intermitente, com queimadura, parece ser o 
fator mais importante entre os caucasianos, 
assim como bronzeamento artificial e, emmenor grau, fototerapia com UVA e UVB. 
Acredita-se que a transformação maligna do 
melanócito ocorra por acúmulo sequencial de 
alterações genéticas e moleculares, algumas 
vezes induzidas pelo UV. No melanoma, as 
principais características histopatológicas são 
assimetria da arquitetura, margens mal 
definidas e perda da arquitetura névica, com 
variação no tamanho e na forma dos ninhos; 
alguns tornam-se confluentes e as células no 
interior dos ninhos mostram-se menos coesas. 
Existe ainda o Melanoma lentiginoso acral: 
subtipo de melanoma que acomete mais 
extremidades, podendo acometer a região 
palmar, plantar e as unhas. Sinal de Hutchinson: 
consiste na extensão da pigmentação negra ou 
marrom a partir da matriz, corpo ou leito 
ungueal em direção à cutícula e dobras de pele 
adjacentes a unha. 
 
 
Lesões elementares relacionadas 
ERITEMA: são caracterizados pela cor 
avermelhada, mais ou menos intensa, em 
decorrência de afluxo maior de sangue arterial 
consequente a hiperemia ativa. 
ULCERAÇÕES: mais relacionadas ao 
carcinoma basocelular, a inflamação é mínima, 
e a secreção serosa é praticamente inexistente; 
a borda, no entanto, é sempre perolada. 
MANCHAS: Trata-se de uma lesão papulosa, 
globosa ou ulcerada, com grande quantidade 
de melanina, o que provoca certa confusão 
com o melanoma. 
PAPULA: lesão inicial (alguns milímetros, com 
aspecto perolado); seu crescimento, após anos, 
leva à forma globosa ou nodular, que pode 
medir vários centímetros e que, se não for 
tratada, certamente ulcerará. 
TELANGIECTASIA: é uma dilatação 
permanente do calibre de pequenos vasos, 
também relacionada ao carcinoma basocelular.

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