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gabi_fran_ Gabrielle França, CESUPA 2021 Raios Solares A composição da luz solar é 39% luz visível, 54% infravermelho e 7% ultravioleta. Infravermelho Correspondem aos raios invisíveis que causam sensação de calor na pele, é um tipo de radiação eletromagnética que apresenta frequência menor que a da luz vermelha e, por isso, não está dentro do espectro eletromagnético visível. RADIAÇÃO VISÍVEL Corresponde aos comprimentos de onda percebidos como cores pela retina, respondendo por cerca de 40% da radiação solar. Ultravioleta A radiação ultravioleta é a radiação eletromagnética ou os raios ultravioletas com um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raios X. Divide-se em três tipos diferentes, dos quais aproximadamente 95% da radiação UV que chega à superfície da Terra é formada por UVA e somente 5% por UVB. UVA: Penetra profundamente, interagindo tanto com queratinócitos da epiderme quanto com fibroblastos dérmicos, independente do clima eles estão presentes desde o nascimento ao pôr do sol. Atua principalmente gerando radicais livres que irão, posteriormente, ser responsáveis pela peroxidação lipídica e ativação de fatores de transcrição. Contribui para o envelhecimento, bronzeamento, alergias e câncer. UVB: Retida predominantemente na epiderme, afetando os queratinócitos, seu principal mecanismo é a interação direta com o DNA, mais fortes nas estações mais quentes do ano e aparecem das 9h as 16h. Principal responsável pela carcinogênese (maligna), queimaduras, bronzeamento e formação da vitamina D. A radiação UVB, na pele, induz a produção de α-MSH e ACTH nos melanócitos e queratinócitos. O α-MSH estimula atividade da tirosinase e a síntese de melanina e melanócitos, via MC1-R. UVC: Os raios UVC são completamente bloqueados pela camada de ozônio e não chegam até nós, são incompatíveis com a vida e altamente perigosos. Fatores relacionados A maior ou menor chegada dos raios UV à superfície terrestre depende dos seguintes fatores: Horário: ao meio-dia, a radiação solar está na menor distância da Terra; Latitude: a radiação é maior a partir dos polos para o Equador (neste ponto a camada de ozônio é menos espessa); Estação: a radiação é maior no verão (o ângulo de incidência é perto dos 90°); Altitude: a radiação é mais intensa em grandes altitudes porque há menos atmosfera para absorvê-la; Poluição atmosférica: as nuvens diminuem a radiação entre 10 e 80%. Interação dérmica geral Ao atingirem a pele, as radiações são parcialmente refletidas, refratadas e, em parte, absorvidas. Apenas a absorvida da inicio a reação fotoquímica inaugural da resposta biológica. A molécula que absorve o fóton é chamada CROMÓFORO. Quando absorve o fóton, essa molécula torna-se excitada e, portanto, capaz de reagir com moléculas do meio biológico, levando a formação de fotoprodutos (oxidação de fosfolipídios da membrana); modificação bioquímica (síntese de prostaglandinas); alterações celulares (apoptose) e alterações teciduais do ponto de vista clínico (eritema, bolha e pigmentação). O DNA é o principal cromóforo da pele, relacionando-se não apenas com as modificações da resposta imunológica da pele como também com a indução de mutações celulares e o desenvolvimento de malignidades como consequência da interação da radiação UV com a pele. Benefícios e malefícios Além de reduzir os riscos de depressão por aumentar serotonina, os raios solares contribuem para os ossos e músculos ao auxiliar na síntese de vitamina D, muito importante para o corpo evitar doenças. Fortalece o bom humor, o sono e melhora a circulação devido o aumento de temperatura e etc. No entanto, a exposição inadequada e sem proteção aos raios solares pode causar queimaduras, doenças, prurido e imunossupressão. Isso se explica porque as fibras C, além de ser sensível a estímulos pruriginosos, também são sensíveis à temperatura. Efeitos precoces e tardios UV Nos precoces temos principalmente: Eritema Um sinal comum da exposição excessiva é a vermelhidão – ou eritema – associada a queimaduras solares. Em geral, os pesquisadores concordam que essa reação inflamatória, que pode persistir por muitos dias, é um resultado ou da ação direta dos fótons ultravioletas sobre pequenos vasos sanguíneos ou da liberação de compostos tóxicos de células epidérmicas danificadas. Mais sangue circula pelas áreas afetadas pelo UV, auxiliando no processo de recuperação. O grande volume de sangue faz a pele parecer avermelhada. A circulação de sangue, que aumentou, também dissipa uma grande quantidade de calor do corpo, e este é o motivo pelo qual a área da pele que foi queimada parece quente ao toque. Queimadura Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de calor ou frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga), entre outros. As temperaturas acima de 44 graus, podem produzir lesões por queimaduras de diferentes profundidades diretamente relacionadas com a temperatura, com o tempo de exposição e com a espessura da pele. 1°GRAU: atinge a epiderme (camada superficial da pele). Apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto inchaço local. A dor está presente; 2°GRAU: atinge a epiderme e parte da derme (2ª camada da pele). Há presença de bolhas e a dor é acentuada, como o edema é muito eliminam grandes quantidades de eletrólitos e proteínas. Pode ser superficial ou profunda de acordo com as partes destruídas. 3°GRAU: atinge todas as camadas da pele, músculos e ossos. Ocorre necrose da pele (morte do tecido), que se apresenta com cor esbranquiçada ou escura. A dor é ausente, devido à profundidade da queimadura, que lesa todas as terminações nervosas responsáveis pela condução da sensação de dor. Pigmentação Há dois tipos de pigmentação melânica da pele: a intrínseca, determinada geneticamente e imutável; e a facultativa, decorrente da ação de raios solares e dos hormônios, que é mutável. Esta, quando estimulada pelos raios solares ou UV artificialmente produzidos, é chamada de bronzeamento; A melanina interage com a radiação solar em dois estágios. No primeiro, grânulos pálidos (desoxigenados) de melanina próximos à superfície da pele são transformados, pela luz ultravioleta, em cor escura (oxidada). Isso produz um bronzeado imediato — normalmente no prazo de uma hora — que desaparece dentro de um dia, pelos raios UVA. Um bronzeado mais duradouro é proporcionado pelo segundo estágio. Nesse processo, novas quantidades de melanina são produzidas a partir da tirosina e altamente transportadas aos queratinócitos. Ambos raios UVA e UVB fazem esse. Imunossupressão A imunossupressão local resulta, principalmente, da inibição funcional de células de Langerhans (principal célula APC). A imunossupressão sistêmica é causada, em grande parte, pela liberação induzida por UV de mediadores imunossupressores pelos queratinócitos. Várias citocinas parecem estar envolvidas na imunossupressão sistêmica, incluindo IL-10, TNF-α e TGF-β. Entre estas, a IL- 10 parece ser a mais importante, já que a imunossupressão é notavelmente reduzida na presença anticorpos anti-IL-10. Espessamento da pele Em consequência das radiações solares, a pele reage tornando-se mais espessa. Nos dois primeiros dias, o espessamento é decorrente de edema inter e intracelular; a partir do terceiro dia, há uma verdadeira hiperplasia de todas as camadas epidérmicas, com exceção da camada basal, por outro lado, observa-se, ainda, o aumento do número de mitoses. Nos tardios temos principalmente: Fotocarcinogenese UVB: a radiação UVB pode danificar proteínasou membranas celulares e gerar estresse oxidativo; no entanto, seus principais efeitos deletérios são mediados pela absorção direta de fótons pela molécula de DNA, experimentos demonstraram que a luz UVB gera danos ao DNA principalmente pela formação de fotoprodutos diméricos entre as bases de pirimidina adjacentes na mesma cadeia. A dimerização das pirimidinas gera distorção da estrutura do DNA, e o reparo incorreto dessas lesões conduz não só a mutações, como também ao bloqueio da replicação do DNA e da divisão celular, e à interrupção da transcrição do DNA necessária para a síntese de RNA mensageiro, etapa fundamental para a síntese proteica e para a sobrevivência celular. UVA: Embora a formação de dímeros de pirimidina também ocorra pela ação da radiação UVA, são necessárias de 3 a 6 ordens de magnitude a mais de energia do que a requerida pela radiação UVB. Na verdade, os efeitos da radiação UVA decorrem principalmente da atuação de mecanismos indiretos, nos quais espécies reativas de oxigênio são geradas por foto ativação de compostos endógenos e induzem danos no DNA. Fotoenvelhecimento O termo Fotoenvelhecimento refere-se às alterações clínicas, histológicas e funcionais características da pele cronicamente exposta à irradiação solar. Está relacionado a um dos tipos de envelhecimento, o Extrínseco o qual agressão externa está relacionada com a influência do meio ambiente. Já o Intrínseco é determinado, em grande parte, geneticamente. Nele estão presentes os efeitos naturais da gravidade ao longo dos anos, as linhas de expressão, as alterações hormonais e a programação genética de atrofia tanto da derme como do tecido subcutâneo. As alterações clínicas na pele cronologicamente envelhecida são sutis e consistem, primariamente, em flacidez, rugas finas, certo grau de maciez e palidez cutânea. Em contraposição, a pele fotoenvelhecida caracteriza-se pela aspereza, por rugas mais proeminentes, pigmentação irregular e difusa, telangiectasias, tom amarelado da pele e uma variedade de lesões benignas, pré-malignas e neoplásicas. Na pele fotoenvelhecida encontra-se maior número de fibroblastos, na maioria das vezes hiperplasiados. Os melanócitos estão aumentados em número e tamanho, enquanto as células de Langerhans estão diminuídas e com sua função comprometida. Mastócitos são abundantes e o número de histiócitos e de outras células mononucleares está bastante OBS: O papel das mutações em locais onde houve dimerização das bases de pirimidina está bem estabelecido no caso do gene supressor de tumor p53, em particular no câncer de pele não melanoma. No entanto, é também importante considerar que as lesões do DNA podem constituir eventos primários que provocam uma grande variedade de respostas moleculares: liberação de citocinas, ativação de genes envolvidos na resposta inflamatória, apoptose e pigmentação. aumentado, caracterizando o processo inflamatório denominado heliodermatite ou dermato-heliose. A característica histológica mais proeminente do fotoenvelhecimento é a elastose, que geralmente se inicia na junção da derme papilar e reticular, ocorre substituição de fibras colágenas maduras por colágeno com aparência basofílica, a chamada degeneração basofílica do colágeno. Foi demonstrado que a irradiação UV induz à síntese de metaloproteinases de matriz (MMP) na pele humana in vivo. De fato, evidências consistentes indicam que as MMP desempenham papel de destaque na patogênese do fotoenvelhecimento, apresentando atividade proteolítica para degradar proteínas da matriz. Seu surgimento pode ser induzido tanto por UVB como por UVA, e cada MMP degrada um componente diferente das proteínas da matriz dérmica. MMP-1: degrada colágeno tipos I, II e III. MMP-9: degrada colágeno tipos IV e V. Efeitos dos outros raios A radiação infravermelha pode ser arbitrariamente dividida em IRA, IRB e IRC, de acordo com a interação entre as diferentes camadas da pele. A IRA passa pela epiderme, derme e chega até o tecido subcutâneo ainda mais profundamente que o UVA, promovendo discreto aumento da temperatura epidérmica, enquanto a IRC é completamente absorvido na epiderme e provoca aumento considerável da temperatura da pele. A exposição crônica à radiação infravermelha, sobretudo à custa da IRA, contribui para o fotoenvelhecimento ao promover a ativação direta de metaloproteinase-1 (MMP-1) em nível molecular, uma das enzimas responsáveis pela degradação do colágeno e a síntese, além de ser potencialmente carcinogênica. A participação da luz visível na produção de pigmentação cutânea, exacerbação de fotodermatoses e no estresse oxidativo formador de radicais livres com potencial de danificar o DNA das células é cada vez mais bem estabelecida. Síntese de vitamina D O termo vitamina D engloba um grupo de moléculas secosteroides derivadas do 7- deidrocolesterol (7-DHC) interligadas através de uma cascata de reações fotolíticas e enzimáticas que acontecem em células de diferentes tecidos. Sob essa denominação ampla abrangem-se tanto o metabólito ativo (vitamina D ou calcitriol) como seus precursores (a vitamina D3 ou colecalciferol, vitamina D2 ou ergosterol e a 25- hidroxivitamina D ou calcidiol) e os produtos. A etapa inicial no processo de síntese endógena das moléculas do grupo vitamina D se inicia nas camadas profundas da epiderme (estratos espinhoso e basal), onde está armazenada a substância precursora, o 7- deidrocolesterol (7-DHC), localizado na camada bilipídica das membranas celulares. Para que haja adequadas concentrações do 7-DHC, é preciso que a 7-deidrocolesterol-redutase (DHCR7), enzima que converte o 7-DHC em colesterol, apresente atividade adequada. Para que esse processo de ativação da vitamina D se inicie, é preciso que o indivíduo receba a luz solar direta, especificamente a radiação ultravioleta B (UVB) nos comprimentos de onda entre 290 e 315 nanômetros. Outra variável que está envolvida nessa etapa inicial de ativação da vitamina D é a quantidade de melanina na pele do indivíduo. Esse pigmento também compete pelo fóton da radiação, diminuindo a disponibilidade de fótons para a fotólise do 7-DHC. Assim, pessoas com muita melanina dependem de uma maior exposição ao sol para garantir a vitamina D. A absorção do fóton UVB pelo 7-DHC promove a quebra fotolítica da ligação entre os carbonos 9 e 10, formando uma molécula secosteroide, a pré-vitamina D3, é termoinstável e sofre uma reação de isomerização induzida pelo calor, assumindo uma configuração mais estável, a vitamina D3 ou colecalciferol. A energia estérica dessa nova conformação tridimensional da molécula a faz ser secretada para o espaço extracelular e ganhar a circulação sanguínea. Ao alcançarem o fígado, as vitaminas D2 e D3 sofrem hidroxilação no carbono 25, mediada por uma enzima microssomal, dando origem a 25-hidroxivitamina D ou calcidiol. Seus efeitos biológicos são mediados pelo seu receptor (VDR, vitamin D receptor), um fator de transcrição da família de receptores hormonais nucleares. O VDR é expresso em quase todas as células humanas e parece participar, de maneira direta ou indireta, de regulação de cerca de 3% do genoma humano. A ação clássica dessa vitamina é a regulação do metabolismo do cálcio e fósforo por meio do controle nos processos de absorção intestinal e reabsorção renal desses íons, mantendo-os em concentrações suficientes para assegurar a adequada mineralização e o crescimento ósseo em crianças e a saúde óssea em todas as outras etapas da vida. Fotoproteção Protetor solar Consistem em formulações tópicas preparadas em diferentes veículos (creme, gel, loção, spray) com adição de agentes orgânicos ou inorgânicos capazes deinteragir com a radiação incidente, neutralizando-a de diferentes modos e conferir proteção à pele. Assim, o protetor solar ideal deve proteger completamente contra as radiações UVA, UVB, infravermelha e luz visível. Quando falamos sobre o modo de ação e composição dos protetores solar, podemos dividi-los em dois tipos: inorgânico e orgânico. ORGÂNICO: o filtro solar do tipo orgânico possui compostos aromáticos capazes de absorver os raios UV e transforma-los em radiações com menor energia ao invés de refletir os raios. Com isso, os raios que chegam à pele são menos nocivos. São exemplos os derivados do ácido para-aminobenzoico (PABA, já em desuso), os cinamatos, as benzofenonas, os derivados da cânfora, os salicilatos e outros. INORGÂNICO: O protetor solar do tipo inorgânico é composto principalmente por dióxido de titânio ou óxido de zinco que se apresentam em partículas muito pequenas. Quando espalhadas uniformemente, protegem a pele criando uma camada que reflete os raios UV. Devido ao excesso desses óxidos, o filtro solar do tipo inorgânico geralmente deixa uma camada branca sobre a pele. FPS Fator de Proteção Solar - FPS (ou simplesmente FS) é o índice que determina o tempo que uma pessoa pode permanecer ao sol sem produzir eritema, ou seja, sem deixar a pele vermelha. Em outras palavras, é o número que indica o nível de proteção que um dado produto oferece contra os raios ultravioletas (UV). Mede, na prática, apenas proteção contra radiação UVB, que protege a pele contra as queimaduras solares, A pele, quando exposta ao sol sem proteção, dependendo do tipo de pele do indivíduo, leva um determinado tempo para ficar avermelhada. Quando se usa um filtro solar com FS 15, por exemplo, a mesma pele leva 15 vezes mais tempo para ficar vermelha. Se, em vez disso, usarmos FS 30, significa que, para cada minuto com o protetor, estaremos protegidos durante 30 minutos. PPD PPD (Persistent Pigment Darkening) é um valor numérico que se refere ao fator de proteção contra a radiação UVA (FPUVA). Ele se baseia na resposta de pigmentação tardia ou persistente frente à radiação UVA e é avaliado in vivo, com voluntários humanos. Camisas protetoras Todas as peças de roupas possuem algum grau de proteção contra os raios solares, é o chamado FPU, Fator de Proteção Ultravioleta. Diferentemente do FPS (Fator de Proteção Solar), que é usado para Protetor Solar e mede apenas o índice de proteção contra os Raios UVB, o FPU indica o Fator de Proteção Ultravioleta (UVA e UVB). Então o grau de proteção das roupas com proteção solar é medido em FPU, quanto maior o valor maior a proteção, devido ao fato de seus tecidos possuírem fios especializados contra o sol. Um FPU 50+, a proteção máxima que você pode encontrar em roupas e bonés, equivale a mais de 98% de proteção. Contextualizações BRONZEADOR: Tem o efeito de aumentar o bronzeamento, são feitos de tirosina e agem nos melanócitos, o filtro tem o papel de criar uma barreira artificial aos efeitos nocivos dos raios solares sobre a pele. Já o bronzeador, é um produto que acelera a produção da melanina em qualquer tipo de exposição solar. O uso dos dois produtos conjugados, o efeito que se tem é muito mais eficiente, pois o bronzeamento ocorre, rapidamente, não necessitando que a pessoa abuse da exposição solar para obter um efeito estético agradável. BRONZEAMENTO ARTIFICIAL: O equipamento funciona como um sol artificial, que emite raios UVA, estimulando a produção de melanina, que produzem pigmentação e conferem o aspecto bronzeado à pele. Estudos da OMS afirmam que a exposição às lâmpadas UVA aumenta em 75% os riscos do desenvolvimento de melanoma. ACNE SOLAR: provocada pela mistura da oleosidade aumentada da pele, sudorese, uso do filtro solar e da própria radiação solar. Recomenda-se lavar o rosto com um sabonete adequado para o tipo de pele, usar tônicos mais adstringentes e filtros solares com base aquosa ou em gel, o que pode diminuir a oleosidade. A aplicação de um protetor solar com toque seco, que ajude a controlar a oleosidade e com ativos seborreguladores, que aliam proteção e tratamento, pode ser uma ótima forma de tratar a acne que surge no verão e evitar que mais espinhas surjam. CICATRIZ: No pós-cirúrgico a pele está mais sensível e os raios ultravioletas podem atuar de forma maléfica, dificultando a recuperação completa e interferindo na pigmentação da epiderme. LIMÃO: O suco do limão, assim como outras frutas ácidas, causa a chamada fitofotodermatose, uma queimadura específica que tem origem em uma reação alérgica causada pelo suco ácido na pele ao entrar em contato com os raios ultravioletas do Sol. SOL E CABELO: O calor excessivo é responsável por danos capilares irreversíveis, gerando áreas de fragilidade dos fios, com maior tendência a ruptura. Pessoas com cabelos oleosos, couro cabeludo com maior transpiração, coceira, sensibilidade ou aqueles que se exercitam com frequência devem lavar os cabelos diariamente. A radiação solar pode danificar os cabelos, tornando-os mais ressecados, sem brilho, descoloridos e com maior tendência à quebra. Câncer de pele É o tipo de câncer mais comum. Existem três tipos desse câncer: o carcinoma da célula basal, o carcinoma da célula escamosa e o melanoma, que é o menos comum, porém o mais perigoso. Carcinoma Basocelular Trata-se de um tumor constituído de células morfologicamente semelhantes às células basais da epiderme, de crescimento muito lento, com capacidade invasiva localizada, embora destrutiva, sem, no entanto, provocar metástases (exceção a raríssimos casos relatados na literatura); é, portanto, a neoplasia maligna de melhor prognóstico. Ocorre mais em adultos (90% > 30 anos). Corresponde a 50% de todas as neoplasias malignas e 70% de todos os cânceres de pele. É raro em pardos ou negros, devido à proteção do pigmento quanto à radiação solar. Localiza- se, geralmente, em face (90% das vezes), mas também pode ocorrer em pescoço, tronco e membros - mais comum em áreas fotoexpostas. A lesão mais característica é a lesão “perolada”, ou seja, lesão papulosa translúcida e brilhante de coloração amarelo-palha, que é frequente em quase todas as suas manifestações clínicas. Histologicamente trata- se de proliferação celular com as características basocelular, que se dispõem em paliçada na periferia das massas tumorais. Em geral, os núcleos são grandes, uniformes, pouco anaplásicos e com raras mitoses; as células não apresentam pontes intercelulares. Carcinoma espinocelular É um tumor maligno de queratinócitos que atinge a epiderme (pele e mucosas). É menos comum que o CBC e mais frequente em homens, geralmente após a sexta década (após os 60 anos). É o câncer de pele mais comum em negros. Tem capacidade de invasão local e de metástase. Origina-se das células epiteliais do tegumento. Também acomete áreas fotoexpostas (face, dorso e mãos), e as lesões podem aparecer em pele sã ou a partir de uma lesão pré-maligna, como ceratose actínica, radiodermite, cicatrizes e úlceras crônicas. Inicialmente apresenta-se como uma pápula ceratósica (aumento da epiderme pelo aumento da camada córnea, parece uma “casca”). Tem crescimento mais rápido que o CBC. Apesar de começar como uma pápula pode evoluir para nódulos, tumores e vegetações, por exemplo. MELANOMA É tumor maligno originário dos melanócitos, em geral de local primário cutâneo, podendo, eventualmente, surgir em outras áreas (mucosas, olhos, meninges e outros); o melanoma da pele é muito mais prevalente que as formas não cutâneas. Exposição solar intermitente, com queimadura, parece ser o fator mais importante entre os caucasianos, assim como bronzeamento artificial e, emmenor grau, fototerapia com UVA e UVB. Acredita-se que a transformação maligna do melanócito ocorra por acúmulo sequencial de alterações genéticas e moleculares, algumas vezes induzidas pelo UV. No melanoma, as principais características histopatológicas são assimetria da arquitetura, margens mal definidas e perda da arquitetura névica, com variação no tamanho e na forma dos ninhos; alguns tornam-se confluentes e as células no interior dos ninhos mostram-se menos coesas. Existe ainda o Melanoma lentiginoso acral: subtipo de melanoma que acomete mais extremidades, podendo acometer a região palmar, plantar e as unhas. Sinal de Hutchinson: consiste na extensão da pigmentação negra ou marrom a partir da matriz, corpo ou leito ungueal em direção à cutícula e dobras de pele adjacentes a unha. Lesões elementares relacionadas ERITEMA: são caracterizados pela cor avermelhada, mais ou menos intensa, em decorrência de afluxo maior de sangue arterial consequente a hiperemia ativa. ULCERAÇÕES: mais relacionadas ao carcinoma basocelular, a inflamação é mínima, e a secreção serosa é praticamente inexistente; a borda, no entanto, é sempre perolada. MANCHAS: Trata-se de uma lesão papulosa, globosa ou ulcerada, com grande quantidade de melanina, o que provoca certa confusão com o melanoma. PAPULA: lesão inicial (alguns milímetros, com aspecto perolado); seu crescimento, após anos, leva à forma globosa ou nodular, que pode medir vários centímetros e que, se não for tratada, certamente ulcerará. TELANGIECTASIA: é uma dilatação permanente do calibre de pequenos vasos, também relacionada ao carcinoma basocelular.