Buscar

RESUMO - Ação civil ex delicto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Ação civil ex delicto
1) Ação civil ex delicto de conhecimento ou de cognição, ação de ressarcimento do dano ou ação civil ex delicto em sentido estrito
 Independe da demanda criminal condenatória
 É proposta antes do TJ da sentença condenatória criminal – portanto, depende de instrução (não se fundamenta em TEJ)
 Pode ser ajuizada antes/durante IP ou AP
 art. 53, V, NCPC: o foro competente é: 1) domicílio do autor ou 2) do local do fato (ação de reparação – de conhecimento - de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves)
Dispositivos constitucionais:
 art. 64, p. único, CPP: “Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela.” 
 art. 315, § 1º e § 2º, NCPC:
“Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal.
§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente a questão prévia.
§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º.”
2) Ação civil ex delicto de execução ou ação civil ex delicto em sentido amplo
 art. 63, p. único, CPP: “Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.”
 Ação executiva lastreada em sentença penal condenatória com TJ (título executivo – art. 515, VI, NCPC)
- Quem promove execução no cível? Ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros
 Dispensa processo de conhecimento prévio e instrução (autoria e materialidade já se encontram definitivamente esclarecidas)
 Durante a pendência da ação penal condenatória, não corre a prescrição para a propositura da ação civil
 Regra: título ilíquido, salvo se o juiz já tiver fixado na sentença o valor mínimo de dano provocado pela infração penal (art. 387, IV, CPP), caso em que a sentença, na sua parte líquida, será de pronto executada no cível. Nesse caso, se a parte entender que o valor fixado na sentença criminal é insuficiente, ela poderá liquidar a sentença condenatória penal.
 art. 516, NCPC: exequente pode escolher entre foro do 1) atual domicílio do executado, 2) juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou 3) juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer.
- Quando NÃO se pode promover ação civil ex delicto contra o acusado? 
1) Absolvição pela prova da inexistência do fato (art. 386, I, CPP); 
2) Estar provado que o réu não concorreu para a infração (art. 386, IV, CPP);
3) Excludente de ilicitude, SALVO estado de necessidade (desde que a pessoa lesada não tenha sido causadora do dano), legítima defesa putativa, aberratio ictus (erro de alvo)
- Não confundir: excludentes de culpabilidade não inibem a obrigação de indenizar!
- Outros casos:
1) Sentença absolutória imprópria: só caberá ação civil ex delicto de cognição, pois não há TEJ
2) Sentença absolutória prolatada pelo Júri Popular: depende do motivo da absolvição – se a tese acolhida pelos jurados for a de inexistência do próprio fato (negada a materialidade do fato) ou for a tese de negada a autoria ou participação, não haverá como rediscutir essa matéria pelo juízo cível
3) Sentença homologatória de transação penal: é a aceitação de proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos. Nela, o autor não reconhece culpa, tanto é que permanecerá primário e com bons antecedentes. Não se trata, portanto, de título executivo judicial (não produz efeitos civis). Não obstante, é possível que o ofendido, que não tenha sido beneficiado com composição civil dos danos, promova ação civil ex delicto de conhecimento.
DECORAR
 IMPEDE AÇÃO CIVIL:
Art. 65, CPP. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
 NÃO IMPEDE AÇÃO CIVIL:
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: 
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.
- Prazo prescricional: quando a ação civil se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, o prazo prescricional para a ação civil só começa a correr com o advento da sentença penal transitada em julgado (art. 200, CC). A prescrição ocorrerá com o decurso do lapso de três anos (art. 206, § 3º, V, CC). 
- Art. 387, V, CPP: a indenização prevista no dispositivo contempla as duas espécies de dano: material e moral. Nos casos de violência contra a mulher ocorridos em contexto doméstico e familiar, é possível a fixação de valor mínimo de indenização a título de dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou da parte ofendida, ainda que sem especificação do valor. Essa indenização não depende de instrução probatória específica sobre a ocorrência do dano moral, pois se trata de dano presumido. (STJ – Recursos Repetitivos)

Continue navegando