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Pé Torto Congênito

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Ortopedia – Amanda Longo LouzadaPé torto congênito
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Definição:
· Alteração morfológica na integridade do pé 
· Acometendo sua estrutura óssea e miotendinea
Epidemiologia:
· É a deformidade ortopédica congênita mais frequente (incidência de 1 a 2 para cada mil nascidos vivos) e há relatos desde os tempos mais remotos.
· Pode ser bilateral ou unilateral, sendo o bilateral mais comum em meninos 
Tipos:
· Postural: flexível e corrige com a manipulação ou necessita apenas de algumas trocas de gesso para correção 
· Na maioria das vezes até 1 semana a alteração vai melhorando à medida que a criança vai se esticando
· Mais comum e mais benigno, pois as alterações não tão fixas sendo facilmente corrigida
· Idiopático: as deformidades são mais estruturadas e rígidas, não corrigem com a manipulação
· Pode ter fibrose no tendão de aquiles e do tibial posterior, tálus hipoplásico e calcâneo diminuído 
· Teratológico: caracteriza-se pela rigidez associado com outras síndromes com alto índice de recidivas e de difícil correção 
Anomalias congênitas associadas:
· Pé torto paralítico
· Artrogripose
· Nanismo diastrófico 
· Displasia de Streeter
· Síndrome de Larsen
· Síndrome de Freeman-Sheldon
Diagnóstico precoce:
· O diagnóstico é fácil, as deformidades são típicas (equino, varo, cavo e aduto) deve ser feito o mais precoce possível e avaliando outras anomalias congênitas. O calcâneo encontra-se hipoplásico em equino
· Atualmente tem se tentado fazer o diagnóstico intra-uterino, podendo ser visto no ultrassom morfológico
Talipe equino varo-ptc:
· Adução-supinação do antepé na articulação mediotársica;
· Varo do calcâneo, na articulação subtalar. 
· Eqüinismo do pé - na articulação tibiotársica (um pouco na subtalar);
· Cavismo - na articulação mediotársica; 
· Alterações esqueléticas: diminuição do ângulo entre corpo e colo do talo que tem direção medial e plantar; abertura do seio do tarso, diminuição de tamanho do navicular;
· Alterações de partes moles: (secundárias) - retração dos elementos posteriores, mediais, subtalares e plantares; distensão dos laterais e atrofia da panturrilha. Pé, perna e coxa menores. 
· Varo: a articulação está voltado para a lateral
· Adução: o dedão do pé é voltado para dentro 
· Cavo: arco plantar acentuado
· Equino: pisa com a ponta do pé 
· Pode ter casos de só ter pé equino e varo, e possui um prognóstico melhor
Diagnóstico por imagem:
· Ultrassom:
· Radiografia: deve pedir a incidência em perfil e AP para analisar a estrutura
· Ângulo metartarso-talar:
· Quando o ângulo está muito alterado indica que o tálus está hipoplásico, indicando o pé torto congênito
· Raio-x de perfil é de fácil reconhecimento da condição
· O núcleo de ossificação central do tálus fica muito pequeno no pé torto, e esse osso fica verticalizado 
· Ângulo talus-calcâneo: maior que 30º indica pé torto
Tratamento:
· Geralmente começa o tratamento na 2ª semana de vida
· Método de Ponseti: surgiu após avaliação aprofundada da anatomia patológica e funcional do PTC, tornando-se o método preferido para o tratamento do PTC idiopático nas duas últimas décadas. O fundamento da técnica é a mudança plástica dos elementos contraturados que apresentam elevada capacidade elástica e de remodelação óssea, de acordo com a clássica Lei de Wolff. O método combina manipulações seriadas e imobilização com gesso inguinopédico e, na maioria dos casos (70-90%), tenotomia de Aquiles no fim da primeira fase do tratamento.
· Melhor método de correção 
· Começa a corrigir de distal para proximal,
· Começa então com adução do dedo
· Depois corrige o cavo do médio pé
· Depois corrige o equino 
· O gesso pode ser trocado semanalmente ou quinzenalmente, de acordo com a idade do bebê
· Toda a correção deve ser feita baseada no tálus 
· A correção deve ser feita aos poucos pois pode gerar uma deformidade no pé da criança 
· Tenotomias: quando não consegue corrigir uma anormalidade após o uso do método de Ponseti
· Sendo mais comum a extensão do tendão de Aquiles
· É para alongar o dedão , e após coloca o gesso
· Ortese de Denis Browne: usado após corrigir todas as deformidades, para manter as estruturas no lugar
· Órtese de 23 horas: são órteses que são tiradas apenas para tomar o banho
· De 6 meses a 1 anos
· Tratamento cirúrgico: libera tendão por tendão e realinha os ossos
· É muito agressivo

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