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1 Curso Veteduka| Alícia de Souza Silva | MEDICINA VETERINÁRIA UFPA | Turma 2019 | @drabichinho VÍRUS • Facilmente inativado no ambiente → sabão, desinfetante, etc. • 20 min em ambiente seco o vírus resseca. FATORES DE RISCO • Colônias → +5 é colônia de gato! • Filhotes → +1 ano já tem imunidade natural • Exposição contínua • Gatos que comem em uma mesma tigela. TRANSMISSÃO • Por lambedura! “FIV é do gato puto e FELV é do gato bonzinho” o Diferente da FIV que transmite por mordida. o 1 ml = 1 milhão de partículas virais • Fezes, urina, secreção nasal • Venérea e vertical Como o vírus entra na célula O vírus possui uma capa protetora, a transcriptase reversa e o RNA. Quando ele entra no organismo do gato pela via de transmissão, ele procura células que se reproduzam de forma rápido e para entrar na célula ele precisa do receptor. Ao entrar, o envelope fica para fora e entra o RNA e a transcriptase reversa. Dentro da célula, a enzima transforma o RNA em DNA para entrar dentro do núcleo e se reproduzir. Quando o vírus entra no DNA da célula, ele faz OncoGene. Dessa forma, algumas células viram células neoplásicas. Subtipos de FELV • FELV-A: forma transmissível (presente na saliva dos animais), viremia transitória e causa a anemia hemolítica e linfoma. • FELV-B: neoplasias (linfome e leucemia) • FELV-C: desordens hematopoiéticas (anemia) • FELV-T: imunossupressão PATOGENIA Infecção Oronasal (lambedura) Entra em Linfócitos e Macrófagos “Cadê os linfonodos? Eba! Achei o mandibular” Viremia nos outros linfonodos! “Quero mais linfonodos!” Infecção Linfóide Sistêmica Eliminação do vírus (60- 70% dos gatos é capaz) 10% dos gatos tem uma infecção latente (medula óssea) 20-30% apresentam uma viremia persistente Partiu medula óssea! Sonho de consumo da FeLV Medula libera células já lesionadas Leucócitos, plaquetas, linfócitos... Boca e intestino! Contaminação por fezes Saliva contaminada 2 Curso Veteduka| Alícia de Souza Silva | MEDICINA VETERINÁRIA UFPA | Turma 2019 | @drabichinho FASES DA FeLV FASES DA FeLV O QUE ROLA? QUAIS TESTES? Viremia transitória Vírus passeia pelo corpo, mas o gato não fica necessariamente doente • ELISA: positivo. Consegue identificar a proteína P-27 • IFI: negativo, pois o vírus ainda não chegou na medula óssea e não tem contaminação das células • PCR: positivo, pois há material genético de vírus circulante. Viremia Leva entre 3-6 semanas e o vírus ainda está circulando. Vai ter infecção da medula óssea e liberar as células contaminadas para a circulação. • ELISA: positivo. • IFI: positivo, pois o vírus já chegou na medula óssea e tem contaminação das células • PCR: positivo Infecção progressiva Definitivamente infectado e em anos morrerá de FeLV. • ELISA: positivo. • IFI: positivo • PCR: positivo Eliminação completa Quando o sistema imune é tão bom que já elimina o vírus no linfonodo/orofaringe • ELISA: negativo • IFI: negativo • PCR: negativo Eliminação completa pós viremia É o gatinho em que o vírus circulou no organismo e em até 3 semanas eliminou completamente. • ELISA: positivo → negativo • IFI: sempre negativo • PCR: positivo → negativo Infecção latente Gatinho que fez viremia, passou de 3 semanas, vírus chegou na medula óssea, sistema imune foi competente para eliminar o vírus, mas não elimina por completo. O vírus restante se esconde. • ELISA: negativo • IFI: negativo • PCR: positivo DIAGNÓSTICO • ELISA: detecta o vírus circulante no sangue. Vai procurar a proteína P-27 (parte de fora do vírus, o envelope). Deve ser feito com sangue total, mas com o SORO! Fazer a coleta com paz e amor no gato. o SNAP positivo: Na fase super hiper FELV. ▪ Falso positivo? Pode ocorrer na fase apenas de viremia, em que o vírus ainda tá circulando. Entretanto, o gato ainda pode eliminar o vírus. Após 3-4 semanas pode repetir o teste. ▪ Associar a anamnese com o teste! • Imunofluorescência indireta: a célula doente “brilha” no microscópio. É positivo na fase da medula óssea! “Fiz ELISA e deu positivo e o tutor tá no pé se é ou não. O que eu faço? IFI!. Dessa forma, é definitivo o diagnóstico de FELV” • PCR: em qualquer célula, tecido ou sangue que CONTENHA o vírus ou partes dele. Se latente, tá escondido dentro do núcleo da célula e vai dar um falso negativo se coletar o sangue. Se estiver na medula óssea, é necessário coletar a medula óssea! o Falso positivo: Na fase de viremia, em que o vírus ainda tá circulando e ainda pode ser eliminado. ▪ Como achar o latente dentro da célula? Pedindo um PCR DNA vírus Diagnóstico de FeLV SNAP – e teimosia • Repete em 4-6 semanas • PCR de sangue, tecido e/ou DNA viral SNAP + e contato recente • Repete em 40-60 dias. Se ainda der positivo, é FeLV real. • Pareia com IFI. Se positivo, é FeLV real. SNAP + e sem certeza • Se filhote com menos de 6 meses/recém-nascido, pode ser falso positivo. Espera um pouco e faz outro. • Se positivo, mas feito com sangue total ou hemolisado, repete! 3 Curso Veteduka| Alícia de Souza Silva | MEDICINA VETERINÁRIA UFPA | Turma 2019 | @drabichinho SINAIS CLÍNICOS • Muito variável e múltiplo • Depende de: o Resposta imune o Subtipo viral o Fase de evolução no momento do diagnóstico. o Idade → Se filhote, não perdura. Se adulto, pode viver mais. • Perda de peso crônica e progressiva (63%) → Sempre pesar o gato em cada consulta. • Febre (42%), mas não é característico em gato • Desidratação (35%) • Aumento de linfonodo periférico (13%) • Imunossupressão: o + severo que na FIV → lesiona TODAS as células o Deficiência qualitativa e quantitativa de leucócitos o Linfopenia, neutropenia, trombocitopenia, etc o Redução de CD4 e CD8 (FIV afeta apenas CD4) o Atrofia de timo • Doenças mais “simples” ficam mais difíceis de serem tratadas! o Sarnas, esporotricose, dermatofitose, otites, etc. o Complexo gengivite-estomatite-faringite • Anemias (90%) o Micoplasma (90% são da FeLV) o Doenças imunomediadas → resposta contra o micoplasma? Não, mô. Quero matar as hemácias. (Regenerativa) o Alteração de medula óssea → Esgota! (Arregenerativa) ▪ Transfusão sanguínea ▪ Doxiciclina para Micoplasma ▪ Eritropoetina Humana para regenerativas. • Neoplasias (23%): o Leucemia: ▪ Leucograma SUPER alto o Linfomas (25%) com menos de 2 anos ▪ Tímicos (90%) ou mediastinais ▪ Predominante de células T ▪ Gatos apenas com FeLV = 60x mais predispostos para linfoma ▪ Gatos FeLV + FIV = 75x mais predisposto para linfoma • Uveíte: inflamação da túnica vascular da úvea o Blefaroespasmo o Hiperemia conjuntival o Edema de córnea o Fibrina e hemorragia na câmara anterior o Miose o Perda de visão o Dor • Sinais neurológicos o Mudanças de comportamento o Alteração na deambulação e marcha o Paralisia ascendente o Paresia dos membros pélvicos ou tetraparalisia o Alteração na micção o Oculares • Doença renal crônica por depósito de imuno- complexos! TRATAMENTO • Diagnóstico e tratamento rápido de doenças secundárias o Mais longo o Mais agressivo o Deve ser feito um cheque-up a cada 6-12 meses • Corticóides? Vamo evitar, mô! o Uso em doses baixas → 1-2mg/Kg • Antivirais (Proibidos no Brasil): o AZT: ▪ Inibe a replicação viral ▪ Maior tempo de sobrevida ▪ Maior qualidade de vida ▪ EF: anemia e anorexia o Raltegravir: ▪ Redução da carga viral (5 semanas) ▪ Possibilita a atuação do sistema imune ▪ Mais estudos (Estudos no Brasil) • Imunomoduladores: o Interferon humano: o Interferon felino:
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