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DETERMINAÇÃO SEXUAL E DEFEITOS PRODUZIDOS POR ALTERAÇÕES NOS CROMOSSOMOS SEXUAIS 1. Sexo cromossômico / determinação genética: 46, XX; 46, XY. 2. O gene SRY (do inglês sex-determining region Y) é o a região do cromossomo Y que determina o desenvolvimento dos genitais masculinos nos mamíferos térios (marsupiais e placentários). 3. O gene XIST é tanto necessário quanto suficiente para que ocorra a inativação do X, isto é, sem a presença do XIST a inativação do X. 4. No hermafroditismo verdadeiro o indivíduo possui diferenciação gonádica incompleta, nascendo com os dois órgãos sexuais, sendo estes bem formados. Possui os órgãos sexuais internos e externos dos dois sexos, o que inclui os ovários, útero, vagina, testículos e pênis. Estas pessoas são estéreis e, na puberdade, podem apresentar desenvolvimento das mamas e menstruação. Pode-se observar as pregas lábio-secrotais que poderão aparecer fundidas quase totalmente ou continuar separadas. Os órgãos sexuais podem se apresentar com testículo de um lado e contralateralmente ovário, testículo e ovário dos dois lados. Quando se fala em diagnóstico, é necessário fazer o estudo genético, além da anamnese e exame físico. No entanto, para se ter o resultado de hermafroditismo verdadeiro, deverá ser feita uma biopsia da gônada. Este exame irá demonstrar a presença de estruturas ovarianas e testiculares em um mesmo indivíduo. O pseudo-hermafroditismo masculino acontece quando o indivíduo apresenta fenótipo feminino ou masculino, no entanto, os órgãos sexuais externos não se desenvolvem completamente, assim como a genitália interna, que pode ser ambígua ou feminina. Porém, as gônadas sempre são masculinas. O pseudo-hermafroditismo masculino possui 4 subgrupos: Síndrome de Morris, Síndrome de Lubs, Síndrome de Gilbert-Dreyfu e Síndrome de Reifenstein. O pseudo-hermafroditismo feminino ocorre quando o indivíduo nasce geneticamente com o sexo feminino. Entretanto, o clitóris se desenvolve demasiado ou hipertrofia, adquirindo aparência e um formato que se assemelham a um pênis, apresentando graus de masculinização. Contudo, as mulheres que apresentam esta condição são férteis, já que os órgãos internos não são afetados. A etiopatogenia do hermafroditismo feminino - isto é, o estudo das causas das doenças e dos mecanismos patogênicos que atuam sobre o organismo para provocarem esta doença - pode ser idiopática, com causas desconhecidas para as características masculinas, ou pode ser causada por drogas androgênicas ingeridas pela gestante. E pela hiperplasia congênita das adrenais, que pode ser causada por herança gênica recessiva, o que causa baixa produção de corticóides pelas adrenais, resultando desta maneira na produção de altos teores de esteróides androgênicos, pelo estímulo excessivo do Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH). DEFINIÇÃO DO SEXO BIOLÓGICO · SEXO GONADAL: Testículos ou ovários – 7 º Semana do desenvolvimento embrionário; · SEXO FENOTÍPICO: Diferenciação sexual secundária – genitais internos e externos (masculinos ou femininos); · DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL: Identidade pessoal – resultado de vários fatores biológicos e influências ambientais e sociais. DETERMINAÇÃO GONODAL: Transformação da gônada bipotencial em testículo ou ovário. DIFERENCIAÇÃO SEXUAL: Resulta no desenvolvimento das genitálias até o desenvolvimento das características sexuais secundárias. Resposta específica dos tecidos aos hormônios produzidos pelas gônadas diferenciadas. CROMOSSOMOS SEXUAIS Porções distais dos braços curtos e longos dos cromossomos X e Y: regiões com alto grau de homologia, denominadas regiões pseudoautossômicas 1 (PAR1) e 2 (PAR2). CROMOSSOMO Y SRY: região situada no braço p (região 1 A1, com 35Kb) que contém uma sequência sinalizadora para a gônada indiferenciada se diferenciar em testículo, localiza-se no braço curto do cromossomo acima do centrômero. A mulher não tem esse gene, por isso ela não expressa características masculinas. Após ligar-se a uma proteína nuclear chamada SIP-1, o SRY provoca o encurtamento de 82% do DNA, o que medeia seus efeitos. No entanto, a caracterização do SRY não esclareceu totalmente o “problema” da diferenciação sexual. WT-1: gene presente no cromossomo 11 aparentemente envolvido na formação da gônada bipotencial (atuação anterior ao SRY). LIM-1: gene presente no cromossomo 17 também envolvido no desenvolvimento da gônoda bipotencial e dos rins. NR5A1: gene localizado no cromossomo 9 que codifica o fator esteroidogênico 1 (SF1). Seu RNAm é detectado na crista urogenital, que vai formar gônadas e adrenais. SF1 também regula enzimas envolvidas na esteroidogênese, bem como a transcrição do hormônio anti-mülleriano. SOX-9: gene presente no cromossomo 17 relacionado à condrogênese e à diferenciação gonadal. É transcrito nas estruturas gonadais masculinas seguindo a expressão do SRY. DAX-1: Demonstrou-se que DAX-1 (Xp21) e SRY atuam antagonicamente, em que o aumento da expressão do primeiro leva ao desenvolvimento feminino e o aumento da atividade do último leva ao desenvolvimento masculino. Células de Sertoli: secretam o hormônio anti-mülleriano (AMH) cujo papel (8 a 12 semanas de vida intra-uterina), é promover apoptose (morte) das células dos ductos de Müller (dão origem a genitais internos femininos) e evitar que se diferenciem a fímbrias, tuba uterina, útero e terço proximal da vagina. Células de Leyding: produção de Testosterona, responsável pelo desenvolvimento dos ductos de Wolff (dá origem às gônadas masculinas), que darão origem aos ductos deferentes, epidídimo, vesículas seminais e ductos ejaculatórios. A conversão de T a dihidrotestosterona (DHT) pela enzima 5-alfa redutase II (que ocorre nas células da genitália externa) leva à masculinização da genitália externa. SRY + HORMÔNIO ANTI-MULLERIANO: Efetua a apoptose do ducto de Muller. DETERMINAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL MASCULINA · Ausência de SRY e 2 cromossomos X (DAX1): Diferenciação em ovário (10 a 11 semanas de gestação); · 9º Semana: Desenvolvimento dos Ductos de Muller (dá origem às gônadas femininas). · Baixas Concentrações de Testosterona e DHT: Genitália Externa Feminina. A compensação de genes ligados ao X ocorre por INATIVAÇÃO de um dos cromossomos X nas mulheres. Essa inativação é aleatória nas células. MOSAICOS GENÉTICOS DETERMINAÇÃO SEXUAL ANORMALIDADES DA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL HERMAFRODITISMO VERDADEIRO: Condição rara. O indivíduo tem ambos os tecidos, testicular e ovariano, frequentemente associados a genitália ambígua. PSEUDO-HERMAFRODITISMO MASCULINO: Tecido gonodal MASCULINO, mas a genitália externa pode ser ambígua ou do sexo oposto ao dos cromossomos sexuais presentes. Possui Cariótipo 46, XY genitália externa feminina. Causas: Síndrome de insensibilidade androgênica e Deficiência na biossíntese de andrógenos. PSEUDO-HERMAFRODITISMO FEMININO: Mutações no Gene CYP21, que causa Deficiência da enzima 21-hidroxilase.
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