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Medicina UNEB – Turma XIII P á g i n a | 1 estrógeno placentário Os estrógenos também são produzidos pelos sinciciotrofoblastos, os quais se assemelham às células granulosas ovarianas por não possuírem CYP17 e serem dependentes de outro tipo celular que lhes forneça andrógenos para aromatizá-los. No caso do feto, estas células auxiliares encontram-se no córtex suprarrenal, o qual contém uma zona definitiva externa, uma zona de transição média, e uma zona fetal interna. A zona fetal é a porção predominante do córtex suprarrenal no feto, é o local da maior parte da esteroidogênse adrenal fetal, liberando sulfato de de-hidroepiandrosterona (DHEAS) durante a maior parte da gestação. A produção do DHEAS da adrenal fetal torna-se absolutamente dependente do ACTH da hipófise fetal ao final do primeiro trimestre e sua liberação da zona fetal pode ter dois destinos: O DHEAS pode ir diretamente para o sinciciotrofoblasto, onde é dessulfatado por uma esteroide sulfatase placentar e utilizado como substrato para a síntese de 17β-estradiol (E2) e estrona (E1). O DHEAS pode seguir para a 16-hidroxilação no fígado fetal, formando 16-hidroxil-DHEAS que é convertido pelo sinciciotrofoblasto no estriol (E3). Os níveis de estrógenos maternos aumentam ao longo da gestação. Como a produção de estrógeno é dependente de um feto saudável, os níveis de estriol podem ser utilizados para avaliar a saúde fetal. Os estrógenos aumentam o fluxo sanguíneo útero-placentar, a expressão de receptores para LDL nos sinciciotrofoblastos e induzem vários componentes envolvidos no parto (prostaglandinas, receptores de ocitocina). Os estrógenos aumentam o crescimento mamário, direta e indiretamente, por estimularem a produção de prolactina pela hipófise materna, de forma que aumentam o tamanho e o número de lactotrofos e pela conversão de andrógenos em estrógenos pela CYP19 presente no tecido mamário. Fonte: Berne, 7ª ed.
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