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A teoria do Duplo Estatuto é guiada por relações jurídicas criadas internacionalmente e que se organizam no plano político, ela surgiu a partir do julgamento de um habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal em que se discutiu a prisão civil por dívida, o STF, posteriormente a decisão proferida, ratificou o entendimento por meio da Súmula Vinculante nº 25: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito.” O STF buscou resolver tal impasse, por meio de tal decisão, a qual se tornou paradigmática para a interpretação e aplicação dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, segundo leciona Helisane: Essa possibilidade diversa do status legal conferido aos Tratados de Direitos Humanos é denominada de Teoria do Duplo Estatuto, ou seja, dependendo do rito pelo qual cada Tratado de Direitos Humanos é incorporado, será a hierarquia legal que será atribuída a ele. Resumindo: os Tratados aprovados pelo rito qualificado terão status equivalente às emendas constitucionais, enquanto aqueles que foram incorporados pelo rito comum terão status supralegal. (Mahlke; Helisane, 2017, p. 123) Portanto, percebe-se que a Teoria do Duplo Estatuto dos tratados de Direitos Humanos adotada pelo Supremo Tribunal Federal consiste em conferir natureza constitucional aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados pelo rito qualificado do art. 5º, § 3º, e natureza supralegal a todos os demais, anteriores ou posteriores à emenda constitucional nº 45/2004, e que tenham sido aprovados pelo rito comum, já os não possuírem assuntos ligados aos Direitos Humanos terão força de lei Ordinária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Mahlke, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
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