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Prova de Direito Civil

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Prova de Direito Civil: 
 
1 – A: Por vontade das partes, não podendo exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo 
doador ou pelo testador. 
2 – A: Caso determinado imóvel receba benfeitorias destinadas a conservá-lo ou a evitar-lhe a 
deterioração, tais benfeitorias serão classificadas como necessárias. 
3 – A: Configurou-se estado de perigo, pois Marco Aurélio precisou assumir obrigação 
excessivamente onerosa para poder se salvar. 
4 - No plano da existência encontram-se os requisitos mínimos do negócio. Sem eles, 
torna-se inexistente o negócio jurídico. Esses requisitos formam os pressupostos de 
existência. Para um negócio existir é necessário que aja agentes (quem contrata, 
contrata com alguém), objeto, forma definida, clara manifestação da vontade das 
partes. 
Desta forma, o plano da existência engloba agentes, objeto, forma e vontade do negócio 
jurídico. 
No tocante ao plano da validade, vale destacar o auxílio do art. 104 do Código Civil, que 
determina o que é necessário para a validade do negócio, a saber: 
1. o agente deve ser capaz, conforme o art. 1º, CC; 
2. o objeto deve ser lícito, possível, determinado ou determinável; 
3. a forma deve ser prescrita ou não defesa em lei; 
4. e, por último, a vontade deve ser livre, consciente e voluntária. 
Já no plano da eficácia, os principais elementos, chamados de acidentais, são: 
Condição, termo; e encargo. 
Esses elementos estão relacionados com a suspensão e resolução de direitos e deveres 
das partes envolvidas. De acordo com Flávio Tartuce em seu Manual de direito civil: 
volume único – 8 ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 
2018. 
Os elementos acidentais do negócio jurídico não estão no plano da sua existência ou 
validade, mas no plano de sua eficácia, sendo a sua presença até dispensável. 
Entretanto, em alguns casos, sua presença pode gerar a nulidade do negócio, situando-
se no plano da validade. 
I. Condição suspensiva e condição resolutiva 
A condição, que deriva da vontade das partes, faz com que o negócio jurídico dependa 
de um evento futuro e incerto, de acordo com o art. 121 do CC. 
Essa condição pode ser invalidada, de acordo com o art. 122 do CC, nos casos de 
condições : 
Física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas: Venda subordinada a uma 
viagem do comprador ao Sol, por exemplo. 
Ilícitas ou de fazer coisa ilícita: Venda dependente de um crime a ser praticado pelo 
comprador. 
Incompreensíveis ou contraditórias: João celebra com José um contrato de locação 
residencial, sob a condição de José não morar no imóvel. 
Além disso, a condição se divide em suspensiva e resolutiva. A primeira não gera efeitos 
jurídicos até sua implementação. Já a condição resolutiva é aquela em que os efeitos 
existirão até que o evento a interrompa. Aqui, a aquisição dos direitos se opera desde 
logo. Após a implementação da condição, o direito se extingue, de acordo com o art. 
128 do Código Civil. 
II. Termo 
O termo condiciona o negócio jurídico a um evento futuro e certo, conforme demonstra 
o art. 131 do Código Civil. Ele se subdivide em termo inicial e termo final. 
No termo inicial se tem o início dos efeitos negociais; suspendendo o exercício do 
direito, mas não sua aquisição. Por exemplo: Caio aluga sua casa de praia a José a partir 
do início do verão. 
No termo final, se predefine o momento em que o direito se extinguirá. Por exemplo: 
Manoela empresta seu carro a Felipe até o fim do mês de abril. 
III. Encargo 
Por fim, o encargo, previsto no art. 136 do CC, traz um ônus que pode ser posto ao 
beneficiado por um ato gratuito. Aqui, contudo, não se suspende nem a aquisição nem 
o exercício do direito. O art. 555 do CC trata da possibilidade de o estipulador exigir o 
cumprimento do encargo. 
É o caso, por exemplo, do donatário que doa um terreno a alguém com a condição que 
seja construído, em parte do terreno, um asilo. 
Além disso, merece especial atenção o art. 137 do Código Civil, que trata do encargo 
ilícito ou impossível. Esse artigo diz que os encargos ilícitos ou impossíveis serão 
considerados como não escritos, exceto se o encargo constituir o motivo determinante 
da liberalidade, gerando a invalidade do negócio jurídico. 
 
 
5 – B: Os ébrios habituais são relativamente incapazes. 
6 – A: O contrato de prestação de serviços médicos é anulável por vício resultante de estado de 
perigo, no prazo decadencial de quatro anos, contados da data da celebração do contrato. 
7 – D: São anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for 
notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. 
8 - Conforme previsão do Código Civil vigente, defeitos ou vícios do negócio jurídico 
podem ser classificados em vícios do consentimento e vícios sociais. 
 
Negócio jurídico é uma relação formada dentro dos limites do ordenamento jurídico, 
por duas ou mais vontades, em que os atos praticados nesta relação visam em adquirir, 
modificar ou extinguir direitos e obrigações. 
Em regra, os negócios jurídicos são bilaterais, com duas vontades, ou plurilaterais com 
mais de duas vontades. Mas há também, os negócios jurídicos unilaterais, em que há 
uma única manifestação de vontade. 
Vícios de consentimento: 
 
ERRO OU IGNORÂNCIA 
 
O erro consiste falsa ideia da realidade, do real estado ou situação das coisas. A pessoa 
supõe que é uma coisa, mas na verdade se trata de outra, podendo tornar o negócio 
anulável. Neste caso, o agente erra sozinho, não sendo induzido a errar, pois se fosse, 
iria configurar como dolo. Segundo Flavio Tartuce “erro é um engano fático, uma falsa 
noção, em relação a uma pessoa, objeto do negócio ou a um direito, que acomete a 
vontade de uma das partes que celebrou o negócio jurídico”. 
No atual código civil, em seu artigo 138, dispõe que são anuláveis os negócios 
celebrados com erro, desde que este seja substancial. 
Assim, o erro é substancial quando interessar à natureza do negócio, sendo aquele em 
a pessoa ao manifestar sua vontade pretendendo praticar certo ato acaba praticando 
outro, ou seja, erro quanto à espécie de negócio; quando interessar ao objeto principal 
da declaração (error in corpore) ou a alguma das qualidades a ele essenciais (error in 
substantia). O primeiro diz respeito ao objeto da negociação. Surge quando o agente 
supõe que esta adquirindo certo objeto ou coisa e, entretanto adquire outro objeto. 
Somente nestes casos de erro, que se consegue a anulação do negócio celebrado. 
Um exemplo simples de erro é quando uma pessoa vai a uma joalheria com o intuito 
de comprar um cordão de ouro, mas ao chegar à loja não especifica, não diz à 
vendedora que deseja e um cordão de ouro. Então compra um cordão acreditando 
que é de ouro maciço, mas que na verdade é folheado a ouro. 
DOLO: 
 
O dolo define-se como a indução maliciosa a cometer o erro. O agente declarante da 
vontade não erra sozinho, o erro não é espontâneo, ele é induzido a praticar ato que 
não seja de sua real vontade. Consiste em sugestões ou manobras maliciosamente 
levadas a efeito por uma parte, a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade 
que lhe traga proveito, ou a terceiro”. 
Quanto aos tipos de dolo, o código cível trata de duas classificações: dolo principal e 
dolo acidental. Entretanto, no artigo 145, CC , diz que o negócio jurídico só é anulado 
por dolo quando este for a sua causa, isto é, o negócio só é anulável se este foi 
celebrado em consequência de que o agente foi induzido pela outra parte. 
O dolo principal (dolus causans dans contratui) é aquele em que é a causa 
determinante da confirmação do negócio jurídico. Configura-se quando o negócio é 
realizado e uma das partes utiliza-se de artifícios maliciosos para fazer que a outra 
parte erre e realize o negócio normalmente. Em síntese, o agente é enganado acerca 
da real situação e persuadido, fazendo com que acreditasse que aquele ato esteja 
certo, e se não fosse induzido, não teria realizado o negócio.O dolo é acidental, como diz o artigo 146 do código civil: “O dolo acidental só obriga à 
satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria 
realizado, embora por outro modo”. Trata-se então das condições do negócio, em que 
ele seria realizado independentemente da malicia empregada por outra parte ou 
terceiro ao agente. 
 
Em resumo, o negócio jurídico é celebrado pelo agente para seu benefício, mas o 
comportamento da outra parte ou terceiro influencia em como o negócio irá se 
efetivar. Essa espécie de dolo não torna o negócio anulável, apenas obriga a parte que 
enganou a satisfazer a vítima por perdas e danos. 
 
Outro tipo de dolo, é o dolo por terceiro, que ocorre quando a parte que se aproveitar 
da outra tiver ciência ou não dos fatos. Se o autor do dolo tinha conhecimento acerca 
dos fatos, o negócio torna-se anulável, mas se não tiver conhecimento, o negócio não 
é anulável, entretanto a parte prejudicada poderá requer perdas e danos. 
 
COAÇÃO 
 
Pode ser conceituada como sendo a pressão física ou psicológica que é usada contra o 
negociante, a fim de obrigá-lo a realizar atos que não lhe interessam, que não são do 
seu querer. Inicialmente, a pessoa não tinha desejo, intensão de realizar certo negócio, 
porém, ela é forçada por outrem que se utiliza de algum motivo ou fato a celebrar tal 
negócio. Neste caso, não há manifestação de vontade, que é o elemento mais essencial 
para a efetivação do negócio. 
Em geral, existem as seguintes espécies de coação: a coação absoluta, que surge 
quando há violência física, isto é, o coator utiliza de força física para obrigar uma 
pessoa a realizar certo ato ou negócio jurídico, e, portanto, não possui nenhum 
consentimento da vítima, tornando o negócio ou ato nulo, inválido. A coação relativa 
ou moral surge quando há uma violência, uma pressão psicológica ou moral. Nesta, o 
coator faz ameaças a vítima, onde a pessoa realiza certo ato ou sofrerá as 
consequências da ameaça. 
Um exemplo que pode ser usado, é quando uma pessoa que está portando uma faca 
de cozinha, ameaça outra pessoa, dizendo que se ela não realizar certo negócio, ela 
irá morrer. 
ESTADO DE PERIGO 
 
O estado de perigo consiste em uma situação que o agente esta, como o próprio nome 
diz, em perigo de vida. Constitui-se como a situação em que o negociante, temeroso 
de grave estado de perigo, seja seu ou de sua família, assume obrigação 
desproporcional e excessiva, e, sendo esta necessidade conhecida pela outra parte por 
quem salva. Em suma, estado de perigo, consiste em situação de necessidade extrema 
física de vida, em quem, o negociante com medo desta situação, aceita obrigação 
exorbitante onerosa, que é conhecida pela outra parte, a qual se aproveita desta 
situação para cobrar abusivamente do agente. 
LESÃO 
 
Está posto no Código Civil vigente, no artigo 157, a saber: 
 
“A lesão se constitui quando no ato da celebração ou execução do negócio jurídico, a 
pessoa obriga a si própria a uma prestação de valor desproporcional ao da prestação 
oposta, qual seja, a prestação da outra parte que compõe o negócio jurídico, tanto 
sendo credor ou devedor.” 
 Para que haja a lesão numa relação jurídica, é necessário que existam dois requisitos, 
sendo um objetivo e o outro subjetivo: o requisito objetivo é onerosidade da prestação 
de uma parte da relação estabelecida, isto é, ao importe que a pessoa irá ter em seu 
patrimônio financeiro. Logo, a onerosidade deverá ser excessiva, ao tanto que a 
tornará desproporcional à outra prestação, e por consequência fazendo com que o 
indivíduo perca o interesse em manter o vínculo. No que tange ao requisito subjetivo, 
está relacionado com a pessoa que compõe a relação jurídica. É a situação pessoal do 
indivíduo formador da relação jurídica, sendo esta situação de iminente necessidade 
ou por inexperiência em celebrar negócios. Quando há urgente necessidade, um 
exemplo é o de uma pessoa que está muito doente, e que para tentar se curar, paga 
uma quantia exorbitante por algum tratamento que, geralmente não chega àquela 
quantia. 
DOS VÍCIOS SOCIAIS 
 
Dos vícios sócias do negócio jurídico, acontece o oposto dos vícios do consentimento, 
pois enquanto este o defeito se encontra na declaração de vontade de umas das partes 
da relação processual, aquele se qualifica pelo fato de o defeito se encontrar na 
intenção do indivíduo em manifestar a sua vontade, em que esta intenção é voltada 
para o fim de prejudicar o meio social, isto é, para burlar a sociedade, para iludir 
terceiros. Os vícios são a Fraude Contra Credores e Simulação. 
DA FRAUDE CONTRA CREDORES 
 
O vício do negócio jurídico, está prevista legalmente nos artigos 158-165, CC de 2002. 
Esse vício consiste no devedor querer fraudar, prejudicar interesses de terceiros ou 
ainda burlar a lei. Fraudar credores, é ação praticada pelo devedor, que já está numa 
situação de insolvência, ou que por praticar este ato, se torna insolvente causando 
prejuízos aos credores. O insolvente, é aquela pessoa que já não possui patrimônio, 
condições econômicas de pagar o que deve. Assim, caracteriza-se pelo fato de o 
devedor, de um ou mais credores, que assume obrigações com estes, mas não tem 
como cumprir a prestação, ou quando possui condições, se desfaz de seu patrimônio, 
tornando-se insolvente, e, portanto não tendo como cumprir com a prestação que lhe 
cabe. 
Após análise, existem dois requisitos, sendo o primeiro a má – fé do devedor, ou seja, 
a malícia, o fato deste manifestar a sua vontade com o planejamento de causar 
prejuízo para com o credor. O segundo requisito, diz respeito à intenção do devedor 
de prejudicar o credor, tendo a consciência de que está produzindo um dano. Esses 
requisitos são de ordem subjetiva. Sendo assim, esta anulação deverá ser requerida 
pelo credor que tiver seus direitos lesados, por meio da ação Pauliana, que tem por 
objetivo, reconhecer a fraude e efetivar a anulação do negócio jurídico celebrado. 
DA SIMULAÇÃO 
 
Esta espécie de vício social do negócio jurídico, está estabelecida no artigo 167, do 
código civil vigente. 
Inicialmente, simulação, significa enganar, iludir. Se configura no fato de a 
manifestação da vontade das partes, ser diferente da real intenção destas ao celebrar 
o pacto jurídico. Nesse contexto, há uma conspiração das partes, que 
intencionalmente celebram o negócio manifestando a falsa vontade, a falsa realidade, 
mas o real querer delas é profundamente divergente do que foi manifesto. Em suma, 
há a manifestação da vontade das partes em pactuar e produzir os efeitos inerentes 
ao negócio jurídico, mas que no plano dos fatos, estes efeitos existem para iludir, 
enganar terceiros que não estejam envolvidos na relação, sobre a real situação que 
está acontecendo entre as partes, sendo o conteúdo do pacto inverídico. 
9 – A: A validade do negócio jurídico requer agente capaz; objeto lícito, possível, determinado 
ou determinável; e forma prescrita ou não defesa em lei. 
10 – A: Quando contraiu matrimônio.

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