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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS - UNIS MG MEDICINA VETERINÁRIA PROPEDÊUTICA MÉDICO VETERINÁRIO DE GRANDES ANIMAIS ANA PAULA DA SILVA BRUNA FERNANDES MONTEIRO CAMILA ESTEFÂNIA DE SOUZA EVELYN KAROLINE VICENTINI LOPES PORTFÓLIO II VARGINHA 2020 SUMÁRIO 1. RESENHAS-------------------------------------------------------------------------------- 3 1.1. Claudicação em cavalos Crioulos atletas--------------------------------------------------- 3 1.2. Afecções mais frequentes do aparelho locomotor dos equídeos de tração no município de Belo Horizonte---------------------------------------------------------------------- 5 1.3. Raiva equina----------------------------------------------------------------------------------- 7 1.4 Diagnostico etiológico de enfermidades do sistema nervoso central de equinos no estado de Minas Gerais, Brasil -------------------------------------------------------------------- 8 2. AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR DO CAVALO ATLETA------------------------- 10 3. ENTREVISTA RAIVA: autoridades sanitária monitoram morte de animais por raiva em Ampére--------------------------------------------------------------------------- 11 3.1. Ampére confirma mais sete casos de raiva animal---------------------------------------- 13 4. O USO DA TENOTOMIA PARA CORREÇÃO DE CONTRATURA TENDÍNEA TRAUMÁTICA EM EQUINOS---------------------------------------- 13 1. RESENHAS 1.1 Claudicação em cavalos Crioulos atletas Realizado por: Evelyn Karoline Vicentini Lopes ABREU, Henrique Castagna de; GASPERI, Diego de; LUZ, Thiago Reis Ribeiro da; POMPERMAYER, Endrigo; BRASS, Karin Erica; LA CÔRTE, Flávio Desessards de. Ciência rural. Claudicação em cavalos Crioulos atletas, Santa Maria, v. 41, n. 12, p. 2114-2119, 2011. No artigo é descrito um estudo epidemiológico com 198 cavalos Puro Sangue de Corrida (PSC) que demonstrou que 67,6% dos casos de interrupção do treinamento estão relacionados a problemas de claudicação, seguidos dos problemas respiratórios (20,5%). As causas mais comuns de claudicação estão localizadas nos cascos, entretanto, a atividade a qual o animal exerce tem grande influência no tipo e localização das lesões no sistema locomotor. Nos cavalos de rodeio, apartação, tambor e rédeas, a síndrome do navicular, osteoartrite társica distal, desmite proximal do suspensório da articulação metacarpofalângeana (A-MTCF) e alterações relacionadas à articulação femurotibiopatelar são as mais frequentes. O artigo escolhido teve como objetivo identificar as principais causas de claudicação diagnosticadas em cavalos da raça Crioula em treinamento para competições de rédeas e provas do Freio de Ouro, que incluem provas de rédeas, apartação e manejo com o gado. Como metodologia foram examinados 201 cavalos da raça Crioula, os animais deste estudo apresentaram histórico de baixo rendimento atlético e/ ou claudicação e por esse motivo foram submetidos ao exame clínico do aparelho locomotor. Foi realizado a inspeção, palpação, exame do cavalo em movimento, testes de flexão, bloqueios anestésicos e, quando necessário, exames complementares como radiografia, ultrassonografia e termografia. Foi levado em consideração a idade, sexo, membro afetado, o grau de claudicação e a afecção encontrada. Nos resultados, o autor apontou que foram diagnosticadas 223 alterações do aparelho locomotor nos 201 cavalos que participaram deste estudo, uma vez que alguns cavalos possuíam afecções mistas, resultando no diagnóstico de mais de um achado clínico importante. É possível que alguns aspectos relacionados ao manejo e treinamento sejam os fatores determinantes dessas diferenças entre os garanhões e as éguas da raça Crioula como o excesso de peso nas éguas, situação comum quando encerram campanha nas exposições e ingressam nos treinamentos, poderia ser um fator importante, ao contrário dos garanhões, que geralmente iniciam os treinamentos após a temporada de reprodução nas manadas. No exame, 61.6% dos animais apresentavam uma claudicação de grau II (de uma escala de I a V), sugerindo um bom nível de percepção do problema por parte dos profissionais envolvidos, tanto para a claudicação nos membros torácicos como nos pélvicos. Das alterações 3 identificadas nos membros torácicos, apenas 17,1% estavam localizadas proximal à articulação metacarpofalângeana, mostrando que lesões proximais, como na articulação cárpica, são menos frequentes no cavalo Crioulo do que nos cavalos de corrida. A ocorrência de problemas nos metacarpianos acessórios nos cavalos do estudo foi limitada à periostite do segundo metacarpiano em 7,6%, sendo bem inferior aos problemas que acometem os cavalos PSC, nos quais a doença metacarpiana dorsal é a mais importante em potros iniciando o treinamento e pode variar entre 70% e 80%. A maioria das reações proliferativas do segundo metacarpiano, como hemorragia subperiosteal e descolamento do periósteo, em animais em treinamento é decorrente de traumas infligidos pelo membro contralateral. No estudo, as alterações distais à articulação metacarpofalângeana no membro torácico representaram 68,6% dos casos, com a grande maioria sendo relacionada com os cascos dos membros torácicos. Defeitos de conformação associados ao treinamento intenso são fatores desencadeantes dessa alteração, que também pode estar relacionada com alterações da região podotroclear, geralmente associada à tendinite do flexor digital profundo, desmite do ligamento ímpar ou dos colaterais do osso navicular, osteíte e doença do navicular. Os problemas de conformação dos cascos foram observados em 80,9% das claudicações de membro torácico nos cavalos Crioulos, sem levar em consideração o tipo e localização da alteração principal que causou a claudicação. A concentração de exercícios sobre os membros pélvicos, característica da modalidade na qual competem, predisponha os cavalos Crioulos a mais problemas nestes do que nos torácicos. As principais causas de mialgias e miopatias da região glútea são atribuídas a fatores como inflamação das articulações do tarso ou femurotibiopatelar, excesso de peso ou inexperiência do cavaleiro, e ajuste incorreto dos equipamentos de montaria. A região da articulação do tarso foi o local da origem das claudicações em 78,8% dos casos, sendo que a inflamação das articulações intertarsiana distal e tarsometatarsiana foi a afecção mais frequentemente diagnosticada nos cavalos Crioulos. Em cavalos de outras raças que competem em rodeio, apartação, laço e corrida de tambores, as inflamações e osteoartrites das articulações distais do tarso também são extremamente comuns, e ocorre porque grande parte do peso do animal é transferida para os membros pélvicos durante a execução de manobras que envolvem rápida mudança de direção e paradas bruscas, colocando stress e torque nas articulações do tarso. As lesões distais ao do tarso representaram apenas 3,4%, mostrando que problemas distais do tarso não foram frequentes nos cavalos Crioulos do presente estudo. Comparado com 4 outros estudos foi possível observar que os cavalos Crioulos apresentaram as mesmas afecções encontradas, pode se relacionar essa frequência patológica devido as atividades desenvolvidas pelo animal. 1.2 Afecções mais frequentes do aparelho locomotor dos equídeos de tração no município de Belo Horizonte Realizado por: Camila Estefânia de Souza MARANHAO, R.P.A. et al. Afecções mais frequentes do aparelho locomotor dos equídeos de tração no município de Belo Horizonte. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. [online]. 2006, vol.58, n.1, pp.21-27. ISSN 1678-4162. O artigo “Afecções mais frequentes do aparelho locomotor dos equídeos de tração no município de Belo Horizonte”, foi escrito pela autora Renata P.A. Maranhão, et al., publicado pelo arquivo brasileiro de medicina veterináriae zootecnia [online] no ano de 2006. Palavras-chave: equino, sistema locomotor, afecções, tendinite. Os equinos são utilizados para tração tanto no meio rural quanto no urbano, como um “instrumento” de trabalho. Também podem ser utilizados para lazer e no meio atlético dependendo de sua finalidade. Esses animais acabam sendo submetidos a exercícios acima de seus limites, o que pode desencadear enfermidades principalmente em seu sistema locomotor. O animal utilizado no trabalho tem características que são dadas pelo que ele é submetido, como clima, treinamento, superfície de trabalho, conformação inadequada, casqueamento incorreto, entre outras. E essas características afetam o desempenho dos animais no trabalho como um reflexo do estado do aparelho locomotor. O exame físico do aparelho locomotor consiste em anamnese, inspeção em repouso e movimento, palpação, teste com a pinça de casco e testes de flexão. As lesões de tecidos moles são consideradas positivas nos animais que apresentaram aumento de volume ou sensibilidade à palpação das estruturas. Para a observação de lesões osteoarticulares, utilizaram radiografia dos membros, na posição lateromedial nas regiões de falange distal até a articulação metacarpofalangiana nos membros torácicos e regiões de falange distal até metatarsofalangiana nos membros pélvicos e articulações cárpicas e társicas. Considerando positivo o animal que apresenta algum problema nas articulações observadas, como o estreitamento ou perda total do espaço articular, formação de osteófitos marginais, proliferação óssea periosteal e esclerose ou lise do osso subcondral. A alta incidência de lesões osteoartríticas na articulação társica ocorre porque a articulação, nessa atividade de tração é muito exigida ao suportar cargas em baixa velocidade. 5 http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=MARANHAO,+R.P.A. Em geral, as lesões indicativas de osteoartrite no carpo e tarso foram as mais frequentes. Apesar de os animais de tração não alcançarem grande velocidade, é possível que a carga excessiva, que não existe no animal de corrida, combinada com o excesso de trabalho no asfalto, seja a causa. As patologias mistas (associação das afecções) foram os principais achados na palpação metacárpica nos membros torácicos e metatársica nos membros pélvico. Isso indica que existe muitos fatores gerado distribuição de forças em diferentes estruturas. A incidência de enfermidades mistas foi maior nos membros torácicos, já que eles têm a função de suportar o peso e absorver o impacto. Concorda-se com o autor quando ele sugere que a etiologia das lesões tendíneas e de ligamentos é o esforço excessivo que esses membros tenham sido submetidos a uma carga excessiva do que sua estrutura corpórea aguenta. A tenossinovite nas bainhas dos tendões flexores ocorreu em maior frequência e a incidência foi mais alta nos membros pélvicos, pois eles proporcionam a propulsão do animal e por isso, expõe as estruturas a sobrecargas. Na maioria dos casos apresentou aumento de volume firme, sem calor ou sensibilidade. Sugerindo que o animal se adaptou a lesão já que a maioria dos animais não apresentou claudicação ao exame. Pelo mesmo motivo, a frequência de tendinite superficial isolada também foi maior nos membros pélvicos. Na metade dos animais, foi observado tendinites nos membros torácicos e pélvicos. As tendinites mistas teve um menor índice de alterações na região metacárpica ou metatársica. Além disso, tendinite profunda, não foi encontrada em nenhum dos membros avaliados. A desmite isolada e as enfermidades mistas foram às afecções que predominaram nos membros torácicos, e as tendinites e tenossinovites nos pélvicos. Os desequilíbrios dorsopalmar plantar e médio lateral podem favorecer o desenvolvimento de tendinite (doença do navicular) e a desmite nos ramos extensores do ligamento suspensório (O’Grady e Poupard, 2003). Por isso, práticas adequadas de casqueamento e ferrageamento deveriam é indispensável na prevenção dessas enfermidades. A etiologia dessa alta incidência de afecções nos animais de tração tem relação com o alto esforço articular, decorrente do trabalho, e as alterações biomecânicas provocadas por desequilíbrios podais e flacidez de ligamentos. A importância e contribuição do artigo para o nosso conhecimento foi a possibilidade de observar que a maioria das afecções que acometem cavalos de tração na maioria das vezes se dá pelo casqueamento e ferreamento inadequado juntamente com a excessiva sobrecarga que são submetidos diariamente e assim nos trouxe, um pouco mais de informação sobre as afecções que podem afetar o sistema locomotor dos equinos de tração com maior frequência. 6 Figura: Cavalos submetidos a tração urbana. 1.3 Raiva equina Realizado por: Ana Paula da Silva NANTES, J.H, ZAPPA, V- Raiva equina- Relato de Caso. Revista científica eletrônica de Medicina Veterinária. Jul.2008. A raiva é causada por um Lyssavirus da família rhabdoviridae, sendo uma doença pouco relatada em equinos. O vírus da Raiva é transmitido através da saliva contaminada em contato com ferimentos. No equino o método mais comum de infecção é por mordida de um carnívoro selvagem ou morcegos hematófagos que transportam o vírus. Nem sempre a mordida de um animal raivoso pode ter o vírus na saliva. Após a entrada do vírus no SNC, normalmente na medula espinhal, ocorrem onda ascendente de infecção e disfunção neuronal. As lesões primárias acometem o Sistema Nervoso Central, e a disseminação, a partir do local de infecção, ocorre apenas por meio dos nervos periféricos. Entra num período de incubação com tempo variável, dependo do local da mordida. A Raiva nos equinos pode ser confundida com outras doenças do Sistema Nervoso, Encefalomielite viral, mieloencefalopatia por Herpes vírus, Neurite da cauda equina, intoxicação por cavalinha, não tendo diagnóstico certo antes da morte. O objetivo do controle da raiva nos animais domésticos ou selvagens é a eliminação da Raiva humana. A doença tem prognóstico de que seja 100% fatal. Houve um relato de caso de Raiva em um equino, com 10 anos de idade, que foi atendido em uma cidade de Botucatu- SP, onde o animal apresentava paralisia e incoordenação motora, após o exame clínico foi realizado um tratamento sintomático, que não havendo melhora, o animal foi eutanasiado. Foi coletado material cefálico e enviado para laboratório de zoonoses da FMVZ- Botucatu, SP, onde se confirmou diagnóstico de Raiva. Foi coletado material cefálico e enviado para laboratório de zoonoses da FMVZ- Botucatu, SP, onde se confirmou diagnóstico de Raiva. O vírus da Raiva ocorre no mundo inteiro, incluindo Brasil, tendo exceção os países Japão, Reino Unido, Nova Zelândia, Antártida, e outras pequenas ilhas como o Havaí, onde foi completamente erradicado. Sendo 7 uma doença pouco relatada em equinos, no estado de São Paulo, nos anos de 1980 a 1994, foram diagnosticado 983 casos de Raiva em bovinos e 111 casos em equinos. No Rio Grande do Sul de 1978 a 1998, foram diagnosticados 12 casos em equinos e 77 casos em bovinos. O vírus da Raiva é transmitido através da saliva contaminada em contato com ferimentos. No equino o método mais comum de infecção é por mordida de um carnívoro selvagem ou morcegos hematófagos que transportam o vírus. Nem sempre a mordida de um animal raivoso pode ter o vírus 8 na saliva. Após a entrada do vírus no SNC, normalmente na medula espinhal, ocorrem onda ascendente de infecção e disfunção neuronal. As lesões primárias acometem o Sistema Nervoso Central, e a disseminação, a partir do local de infecção, ocorre apenas por meio dos nervos periféricos. Entra num período de incubação com tempo variável, dependo do local da mordida. A Raiva nos equinos pode ser confundidacom outras doenças do Sistema Nervoso, como Encefalomielite viral, mieloencefalopatia por Herpes vírus, Neurite da cauda equina, intoxicação por cavalinha, não tendo diagnóstico certo antes da morte. O objetivo do controle da raiva nos animais domésticos ou selvagens é a eliminação da Raiva humana. A doença tem prognóstico de que seja 100% fatal. O equino Mangalarga de 10 anos, da cidade de Botucatu, SP, foi encontrado no pasto pelo proprietário caído, com maxilar quebrado e apresentando incoordenação motora. Recebeu cuidados veterinários, fluidoterapia IV (5L Ringer lactato com D.M.S.O), e Dexacord IM. O animal teve piora, entrando em decúbito, com movimentos de pedalada, nistagmo, pela gravidade do caso, teve que fazer eutanásia. Não foi encontrado nenhuma anormalidade na necropsia. Contudo no exame do material encefálico foi diagnosticado Raiva. Este artigo teve como base conhecimento sobre a Raiva, sua importância por ser uma doença zoonótica, 100% fatal, que acomete animais domésticos e silvestres. Levando em consideração que se deve ter um maior cuidado ao manipular animais suspeitos de doenças neuronais. E da importância de manter os animais vacinados para que haja um controle e uma possível erradicação da doença. 1.4 Diagnóstico etiológico de enfermidades do sistema nervoso central de equinos no Estado de Minas Gerais, Brasil. Realizado por: Bruna Fernandes Monteiro O Brasil possui em seu território aproximadamente 5,5 milhões de equino, sendo equivalente ao quarto maior rebanho no mundo. Por este motivo se torna muito importante o diagnóstico etiológico das encefalopatias que afetam esta espécie, que podem ser zoonóticas e até fatais. A confirmação do diagnóstico pode ser feita através dos sinais clínicos e por exames laboratoriais capazes de identificar sua etiologia. 8 Dentre as patologias desta espécie, podemos citar as infecções por Alfa vírus, Flavivírus, Herpes vírus equino tipo I e V (encefalomielite equina) e Herpes vírus, suíno tipo I (SHV-1). Recentemente Silva- 2011, relatou um surto de encefalite pelo vírus da Encefalite Equina do Leste (EEEV), no nordeste do país. E evidencias que sorológicas em equinos indicam a presença de EEEV, Encefalite Equina do Oeste (WEEV), Encefalite Venezuelana (VEEV) e Encefalite de Saint Louis (SLEV) sem diagnóstico conclusivo. O trabalho pretende identificar através da reação em cadeia da polimerase (PCR) específica. Os agentes infecciosos analisados foram: EHV-1, EHV-4, SHV-1, EEEV, WEEV, VEEV, SLEV e vírus da encefalite equina do Oeste do Nilo (WNEV). Estas informações podem fornecer conhecimento para elaborar futuros programas de controle. Amostras do sistema nervoso central de equinos que apresentaram óbito após sintomas neurológicos foram coletadas em Minas Gerais (MG) por médicos veterinários oficiais e encaminhados ao Laboratório de Saúde Animal oficial do instituto mineiro de agropecuária (IMA), pois este órgão fica responsável em MG pela execução dos programas sanitários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) de janeiro de 2009 a janeiro de 2011. As amostras foram enviadas refrigeradas ou em formol a 10%, dependendo da área coletada juntamente com um formulário com informações referentes como sexo, idade entre outras. Foram realizados testes como imunofluorescência direta (IFD), prova biológica (PB), realizada pelo inoculação intracerebral de amostras equinas em camundongos para detectar o vírus da raiva. Amostras negativas para raiva entraram na fila de um diagnóstico de PCR específicos para EHV-1 e EHV-4, SHV-1, ou RT-PCR para SLEV, WNV, EEEV, WEEV e VEEV. As amostras foram obtidas em 98 municípios de Minas Gerais. Dentre as 217 amostras coletadas, 47 que corresponde a 21% foram positivas para Raiva em áreas isoladas, ou seja, não houve surto. E entra as 170 amostras negativas para raiva, 20 que corresponde a 11% foram positivas para EHV-1, sem nenhum agrupamento sazonal e apenas casos isolados. Com sinais clínicos como ataxia, paralisia flácida dos membros e incoordenação. Não houve detecção de EHV-4. A avaliação clínica dos animais foi feita diversos médicos veterinários, o que pode influenciar na interpretação clínica. A evolução dos casos foi em 75% de 1 a 5 dias. E 70% dos equinos tinha até 4 anos e 65% eram sem raça indefinida. 9 Dentre as 170 amostras coletadas, apenas 1 foi positiva para SHV-1, isso consolida a ideia de que SHV-1 deve ser incluída no diagnóstico diferencial em equinos com neuropatias. E 1 amostra foi positiva para o vírus de Sant Louis. Não houve detecção de outros patógenos testados (WNV, EEEV, WEEV, VEEV) no SNC dos equinos analisados. Este artigo demonstra sintomas comuns de neuropatias equinas e suas etiologias virais, e como o exame clínico realizado por mais de um médico veterinário pode influenciar os resultados de uma pesquisa. fonte: A.S, Borges, 2000 Imagem: equino com dificuldade de posicionamento do membros. 2. AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR DO CAVALO ATLETA Realizado por: Evelyn Karoline Vicentini Lopes https://www.vetsmart.com.br/be/estudo/13144/como-podemos-contribuir-para-o-bem-estar- do-cavalo-atleta 10 Neste informe técnico publicado em uma revista, o autor médico veterinário Caio Nunes de Barros indica em como é possível contribuir para o bem estar do cavalo atleta, tendo que o confinamento, viagens e a alta exigência nas competições frequentemente elevam o estresse dos animais atletas, que podem apresentar irritabilidade, ansiedade, nervosismo, comportamentos agressivos e ou estereotipados. Esses fatores prejudicam a saúde, o bem estar e o desempenho do animal nas competições. No primeiro ponto é abordado sobre a importância de se realizar exames periódicos para possíveis alterações que podem iniciar de forma silenciosa como a gastrite e claudicações. Essas alterações podem afetar o comportamento do animal o deixando mais irritado e agressivo. O autor também aponta sobre a observação do comportamento e rotina do animal pelo proprietário. Em relação ao ambiente que o animal vive deve-se identificar a estrutura e possíveis melhorias com alterações simples como por exemplo possibilitar que o animal tenha contato visual com outros animais e a movimentação do ambiente, não esquecer do manejo pois ele é fundamental na qualidade do bem estar. Importante manter uma rotina de exercícios regulares, como trotes que ajudam a aliviar estresse e ansiedade. Outro fator é sempre tentar deixar o animal confortável, como por exemplo ao embarcar dentro de um veículo não deixar o animal preso no interior do mesmo por muito tempo. No manejo alimentar, o fornecimento de volumoso em duas ou mais redes de feno, com orifícios menores pode auxiliar a reduzir o estresse, pois o animal passa mais tempo se alimentando, mimetizando o seu comportamento natural. Do mesmo modo, aumentar a variedade e a quantidade de forragem fornecida também é indicado. Também, pode ser feito o uso de suplementos existentes no mercado, que são voltados especificamente para a melhoria do bem-estar, comportamento e funcionamento do cérebro como um todo. Um exemplo, é o Triptofano, que é um aminoácido precursor da serotonina que traz a sensação de bem estar. As mudanças na dieta, exercício e ambiente, podem melhorar o bem-estar dos cavalos e com isso o seu desempenho. Segundo o autor, um animal que trabalha em sua plenitude mental e física, com baixos níveis de estresse e ansiedade é capaz de aprender melhor o que lhe é ensinado durante os treinos, e colocar em prática, minimizando distrações durante a prova. 3. ENTREVISTA RAIVA - Autoridades sanitárias monitoram morte de animais por raiva em Ampére Realizado por: Ana Paula da Silva 11 A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR) está monitorando um foco de raiva em animais em Ampére, sudoeste do Estado. Desde o começo da semanaprofissionais da instituição acompanhados de médicos veterinários que atuam na cidade estão realizando coletas de amostras de sangue de bovinos e equinos que foram a óbito. Um caso registrado na comunidade de Linha São Paulo deu positivo. Outras quatro mortes estão sob suspeita de terem sido provocadas pela doença. De acordo com o Assistente de Fiscalização da ADAPAR, Adilson De fante, o primeiro caso confirmado é em uma vaca. “Esse caso veio à tona no início da semana e imediatamente fizemos a coleta da amostra. O resultado deu positivo. Por isso estamos fazendo todo o trabalho de orientação aos produtores e vamos delimitar uma área entre 5 a 12 km para fazer visitas nas propriedades. No início da próxima semana passaremos mais detalhes da nossa ação para evitar que isso se alastre.” Outros quatro casos aguardam resultado de exame. Em um deles o resultado deu negativo, mas será feita prova biológica para tirar as dúvidas. “Temos uma morte de um cavalo na comunidade do Bom Princípio. De primeiro momento deu negativo. Porém, o laboratório informou que será feita essa prova biológica para confirmar a causa da morte do equino.” O Secretário de Agricultura de Ampére, Antelmo Fistarol, disse a reportagem das Rádios Ampére AM e Interativa FM que a situação está sendo monitorada e todos os esforços estão sendo feitos para evitar que isso cause maiores prejuízos para os produtores. Até agora são três comunidades rurais que têm casos de mortes de bovinos e equinos: São Paulo, Bom Princípio e Santa Luzia. O médico veterinário, Marlon Molon, comenta que a situação preocupa, mas que não é necessário alarde. Ele disse que os produtores já estão providenciando a vacinação dos animais contra a raiva e é preciso o agricultor ficar atento caso verifique alteração em algum anima. “Orientamos que os produtores fiquem em alerta. Caso perceba alguma alteração é necessário 12 procurar um profissional e comunicar a ADAPAR para que sejam tomadas todas as providências.” O médico esclarece que dois sintomas típicos da doença são fáceis de serem percebidos. “Um deles é se o animal apresentar sinais de enfraquecimento nas pernas, ficar cambaleando, e outro é se ele estiver babando,” explica. Marlon também ressalta se for percebido esses sintomas a pessoa deve evitar contato com o animal. Fonte: Jornalista Júlio Cézar Alves (Rádio Ampére). 3.1. Ampére confirma mais sete casos de raiva animal realizado por: Ana Paula da Silva De acordo com informações recebidas e apuradas pelo departamento de jornalismo das Rádios Ampére AM e Interativa FM, de Ampére, no final da tarde desta quarta-feira (31), foram confirmados mais sete casos de raiva animal no município. Até hoje existia apenas um caso. Agora, o número sobe para oito mortes de bovinos e equinos em virtude da doença. A médica veterinária e fiscal de defesa agropecuária da Adapar de Realeza, Luiza Coutinho, informou que os exames confirmaram a doença nesses casos. “Das oito amostras que aguardavam resultados laboratoriais junto à Adapar, sete delas tiveram resultado positivo. As comunidades afetadas foram Santa Luzia, Água Doce, Scariot, Bom Princípio e São Paulo. Dos animais positivos foram seis bovinos e um equino,” revela. Desta forma, o município de Ampére tem oito casos confirmados da doença: Um foi havia sido confirmado no dia 24 deste mês e agora hoje mais sete. ARTUZZI, Evandro- Ampére confirma mais sete casos de raiva animal. 2019. 4. O USO DA TENOTOMIA PARA CORREÇÃO DE CONTRATURA TENDÍNEA TRAUMÁTICA EM EQUINOS. Realizado por: Camila Estefânia de Souza Link:https://cavalus.com.br/saude-animal/o-uso-da-tenotomia-para-correcao-de-contratura- tendinea-traumatica-em-equinos 13 https://cavalus.com.br/saude-animal/o-uso-da-tenotomia-para-correcao-de-contratura-tendinea-traumatica-em-equinos https://cavalus.com.br/saude-animal/o-uso-da-tenotomia-para-correcao-de-contratura-tendinea-traumatica-em-equinos Todos os cavalos estão susceptíveis a acidentes que envolvem o aparelho locomotor, resultado este que gera um grande desconforto ao animal, proporcionando uma alteração funcional, em alguns casos um distúrbio estrutural que muda toda biomecânica da locomoção, denominada claudicação. Geralmente as claudicações ocorrem em membros anteriores, pelo fato de sustentarem cerca de 60 a 65% do peso total do animal, porém pode ocorrer também em membro pélvico. Os fatores que estão ligados à existência da claudicação são traumas, algumas anomalias, sendo elas, congênitas ou adquiridas, processos infecciosos, distúrbios metabólicos, problemas no sistema circulatório ou sistema nervoso, ocorrem também pela associação de todos os fatores citados. As contraturas tendíneas são alterações intimamente ligadas às claudicações, é nela onde se tem dificuldade de extensão completa dos membros ou a restrição de uma articulação quando se encontra na posição flexionada, forçando o animal a caminhar somente sobre a pinça do casco. Envolve estruturas anatômicas como os tendões flexores, o aparelho suspensor, a cápsula articular, a fáscia da região, os ossos e a pele. Essas deformidades podem ocorrer nas articulações interfalangianas distal, metacarpo/metatarso-falangeanas, rádio-cárpica- metacárpicas e na região társica, porém este mais raro e podem ser classificadas como congênitas ou adquiridas em qualquer fase da vida. 14 As contraturas tendíneas adquiridas ocorrem por diversas formas, mas geralmente se dá por traumas, lesão esta que predispõe o animal a um quadro de dor e relutância em apoiar a face palmar ou plantar do casco ao solo, evitando o apoio. A dor de posicionar o membro ao solo faz com que o animal encontre uma posição de conforto, optando pelo afastamento dos talões do solo e apoiando em pinça, com o tempo esta posição ocasiona uma alteração nos tendões flexores digital superficial e profundo. Para as afecções de grau moderado posiciona-se a sola no chão e com o peso do animal a estrutura do flexor é esticada, então é posta uma tala para auxiliar a reposição do membro de maneira correta. Dependendo a angulação do casco em relação ao solo a única alternativa para correção é a cirúrgica através da técnica de Tenotomia. A técnica de tenotomia se dá pela secção do TFDS ou TFDP , fazendo com que o casco volte a posição normal após a liberação tendíneas. Após o procedimento cirúrgico é importante à colocação de ferradura ortopédica, evitando a sobrecarga do membro logo após a cirurgia. A reabilitação deve ser iniciada após alguns dias procedimento com caminhadas leve, várias vezes ao dia com pouco tempo de duração. O uso de Anti-inflamatórios e Analgésicos também são recomendados. Um programa equilibrado de treinamento e descanso é essencial para o bom desempenho do animal, juntamente com a estrutura e tipo de solo que se utiliza para os treinamentos para evitar problemas como esse no sistema locomotor. 15
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