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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU Psicologia Turma : 006303A03 Bernardo Dias RA. 7420854 Fernanda Custódio Pereira RA. 2558884 Giovanna Gonçalves RA. 7091781 Joselene Rudelli RA. 5101339 Júlia Belém RA. 7144172 Nicole Magalhães RA. 2071730 APS DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS Proposta de intervenção psicossocial aos alunos com necessidades especiais, déficit e transtornos de aprendizagem na EE Prof.ª Maria Petronila L. M. Monteiro SÃO PAULO/ SP 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 4 2. COLETA DE DADOS ........................................................................... 5 2.1 Informações Gerais ............................................................................ 5 2.1 Entrevistas Diagnósticas ................................................................. 10 3. LEVANTAMENTO DE DEMANDAS DE INTERVENÇÃO ................. 12 4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ...................................................... 13 5. CONCLUSÃO .................................................................................... 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 19 ANEXO 1 – ENTREVISTAS DIAGNÓSTICAS ........................................... 20 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo propor uma intervenção psicossocial dentro de uma instituição escolar e, com isso, estabelecer pesquisas a fim de promovermos um conhecimento básico sobre a atual situação da instituição e elaborar uma intervenção, estabelecendo estratégias para que melhor atender suas demandas. O local Escolhido para realizar pesquisa foi a Escola Estadual Prof.ª Maria Petronila L. M. Monteiro, localizada em Santo Amaro na zona sul de São Paulo no qual de princípio estabelecemos contato com a diretora Tânia Pinto Figueiredo, que concordou em colaborar com projeto apresentado. Durante a entrevista Sra. Tânia nos informou sobre a história da escola e os seus principais objetivos como instituição, comentou as maiores dificuldades para com a adaptação e inclusão de alunos com necessidades especiais, deficits e transtornos de personalidades, pelo fato de o ambiente escolar não ter sido planejado para crianças com tais dificuldades. Por meio de entrevistas com professores, procuramos entender o contexto e as demandas da instituição, compreender como se dá as relações aluno- professor em sala de aula, e demais relações sociais no ambiente da escola e assim elaborar um método de atuação dentro da instituição que beneficie a todos. 5 2. COLETA DE DADOS 2.1 Informações Gerais As informações gerais da Escola Estadual Prof.ª Maria Petronila L. M. Monteiro foram coletadas através de entrevista com a direção da escola. ● Instituição: Escola Estadual Prof.ª Maria Petronila L. M. Monteiro ● Quadro de colaboradores: 1 Diretor, 1 Vice-Diretor, 1 Professor coordenador do ensino fundamental , 1 Professor coordenador do ensino médio , 10 Agente de Organização escolar, 2 funcionárias terceirizadas ( agente de serviços), 2 funcio- nárias terceirizadas ( Merenda terceirizada ), 79 professores. ● Ato de Criação: A Escola foi decretada como unidade escolar pelo Decreto nº 51334 de 29/01/1969, publicado no DOE de 30/01/1969, foi criado “3º Ginásio Estadual de Santo Amaro”, em Santo Amaro – São Paulo. Pelo Decreto. nº. 51813 de 01/03/1969, foi retificada para o “4º Ginásio Estadual de Santo Amaro”, funcionando na Praça Floriano Peixoto, nº 184, Santo Amaro, no prédio ocupado pelo “Grupo Escolar Paulo Eiró”. Em janeiro de 1986 conforme a resolução 24-B, publicada no DOE de 29/10/1976, a escola passou a denominar-se EEPG Prof.ª Maria Petronila Limeira dos Milagres Monteiro. Pela resolução 12 de 31/01/1978, a escola passou a denominar-se EEPSG Prof.ª Maria Petronila L.M. Monteiro, inaugurada em 19/10/1978. Em agosto de 1977, a escola passou a funcionar em prédio próprio localizado a Rua Campos Sales, 1050, atual Av. Mário Lopes Leão, nº1050, em Santo Amaro- São Paulo – Capital. Aos dezoito dias do mês de março de 1999, respeitando o parágrafo 1º, do artigo 1º, do Capítulo I (da caracterização), do Título 1º (das disposições preliminares), das normas regimentais básicas para as escolas estaduais, determinada pela Lei 9394/96 – LDBEN, a unidade escolar passou a ser denominada Escola Estadual Prof.ª Maria Petronila L. M. Monteiro. “A Dirigente Regional de Ensino, nos termos da deliberação CEE 10/97, indicações CEE 09/97, 13/97, Parecer CEE 67/98, e a vista do que consta do processo, expede a presente portaria: Artigo 1º-Fica aprovado o novo Regimento 6 Escolar da EE Prof.ª Maria Petronila Limeira dos Milagres Monteiro -DOE 05/02/99. ● Ata de criação: Data: 29/01/1969 (Mesma data do decreto) ● Decreto de criação da escola: Número: 51334 Data: 29/01/1969 D.O. de 29/01/1969. Página: 03 e 04 ● Mês/ano do início do funcionamento da escola: 01/03/1969 ● Nome original da escola: 3º Ginásio Estadual de Santo Amaro ● Nome atual da escola: EE. Profª. Maria Petronila L.M. Monteiro. ● Endereço ORIGINAL da escola: Praça Floriano Peixoto nº184 Santo Amaro ● Endereço ATUAL da escola: Av. Mário Lopes Leão nº. 1050 Santo Amaro ● Patrono/Patronesse (que dá nome à escola): Professora Maria Petronila Limei- ra dos Milagres Monteiro ● Cursos oferecidos: Ensino Fundamental: Ciclo II – ciclo intermediário (6º ano) Ciclo final , do 7º ano ao 9º ano. Ensino médio – regime de progressão parcial ( Quadro Curricular Anual ) ● Turnos e horário de funcionamento: Manhã: das 7 :00 ás 12:20 horas, Tar- de : das 13:00 às 18:20 horas, Noturno : das 19:00 às 23:00 horas ● Clientela: A comunidade da EE Profª Maria Petronila é de passagem , pois mui- tos pais trabalham nas regiões centrais e deixam o filho nesta escola, para que este tenha um acompanhamento maior e também buscam uma escola de quali- dade. A maioria da clientela desta Unidade Escolar reside na região periférica do bairro de Santo amaro, e procura esta escola por vários fatores: A - A clientela busca nesta escola melhor qualidade de ensino e mais segurança. B - A nossa U.E. se localiza próxima a diversas creches e núcleos sócio-educativos, onde as crianças permanecem no período contrário ao da escola, até que os pais retor- nem do trabalho. ● Finalidade/Missão: A escola tem a finalidade de transmitir além de conteúdos curriculares, os valores morais, éticos, de tolerância, aceitar as diferenças, bus- cando sempre o sucesso de todos os alunos para que possam progredir futura- mente em seus estudos e até mesmo na vida profissional. A escola tem como objetivo concentrar todos os recursos disponíveis para levar cada aluno a benefi- ciar-se das atividades de ensino, para que possa desenvolver afetiva, intelectual, social e coletivamente, levando em conta a valorização do conhecimento e o exercício da cidadania, percebendo a realidade sócio-político - cultural do meio 7 em que vive, sendo assim um agente transformador do mesmo. Dentre as metas da instituição estão a melhoria da qualidade com igualdade e equidade para to- dos, foco no desenvolvimento das competências e habilidades previstas no cur- rículo oficial do Estado de São Paulo, buscar a diminuição da evasão e reprova- ção, atuar no processo ensino - aprendizagem estimulando novas metodologias (principalmente as novas tecnologias) para gerar motivação nos alunos, maior participação dos pais na vida escolar do seu filho; buscando a melhoria de aprendizagem. ● Objetivos: São objetivos da EE Prof.ª Maria Petronila, além daqueles previstos na Lei Federal nº 9394/96 e das Diretrizes Norteadoras da Política Educacional do Estado de São Paulo 2019- 2022 .: Elevar, sistematicamente, a qualidade deensino oferecido aos educandos, formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, promover a integração escola –comunidade, proporcionar um ambiente favorável ao estudo e ao ensino, estimular os alunos a participação bem como a atuação solidária junto à comunidade, apoiar o Protagonismo Juvenil, melhoria da qualidade com igualdade e equidade para todos. A Escola tem como objetivo concentrar todos os recursos disponíveis para levar cada aluno a beneficiar-se das atividades de ensino, para que possa desenvolver afetiva, intelectual, social e coletivamente, levando em conta a valorização do conhecimento e o exercício da cidadania, percebendo a realidade sócio-política- cultural do meio em que vi- ve, sendo assim um agente transformador do mesmo . ● Metas: Promover a integração família-escola-comunidade, concentrar todos os recursos disponíveis para levar cada aluno a beneficiar-se das atividades de en- sino, discussões através de reuniões com a equipe administrativo-pedagógico e com os alunos representantes de classe, APM, Conselho de Escola, funcioná- rios, pais, grêmio estudantil as atividades educacionais propostas pelo Corpo Docente no Planejamento Anual e a responsabilidade de cada segmento para que a proposta pedagógica da escola continue elevando a qualidade de ensino e desta forma integrar a todos, pois se busca no processo educacional o exercício da cidadania, para atingirmos de forma crítica e culta a Qualidade de Vida, forta- lecer a mediação de conflitos na escola, atentando para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. ● Ações: 8 a) Atividade extraclasse, motivando o aluno para uma melhor aprendizagem, proposta inclusive da SEE do Currículo. b) Melhor articulação com as famílias para o comprometimento das mesmas na aprendizagem dos filhos. c) Buscar os pais para uma maior participação na escola através da APM, Conselho Escolar, parcerias que os envolvam em projetos. d) Reuniões de pais mais atraentes com recepções através de lanches e mensagens individuais. e) Os pais que não podem comparecer nas reuniões nos horários marcados, a direção e coordenação agenda outro dia em horários específicos de acordo com disponibilidade dos pais. f) A busca de soluções aos problemas que impeçam a vinda do aluno para a escola. g) Incentivar o trabalho docente coletivo, com estudo de metodologias diversificadas e o uso das tecnologias na sala de aula. ● Metas e ações a curto prazo: Sensibilizar o corpo discente para a busca de uma melhor qualidade de vida dentro e fora da Unidade Escolar, buscando o de- senvolvimento de suas potencialidades, para a valorização da auto-estima. O corpo docente irá trabalhar através de textos, leituras que envolvam esses te- mas, para que os alunos reflitam sobre os mesmos e juntos comecem a buscar mais amizade, mais aceitabilidade, mais respeito, procurando resolver as dife- renças através do diálogo. ● Metas e ações a longo prazo: A sensibilização e conscientização do corpo dis- cente frente ao desenvolvimento de seu potencial, auto-estima, competências e habilidades, a aquisição de conhecimentos e a transferência para o cotidiano le- vará o tempo global do Ensino Fundamental Séries Finais e do Ensino Médio. Neste longo período o pilar de sustentação está sendo as metas de curto e mé- dio prazo que dão a formação do aluno para uma vida saudável, tanto aspecto social como no afetivo, intelectual e profissional, que todos os anos estarão sen- do reorganizados de acordo com a necessidade da clientela. Ao falarmos de vida saudável temos que trabalhar a qualidade de vida e isto é feito de forma interdis- ciplinar ou multidisciplinar no correr do ano letivo quando trabalhamos projetos de meio ambiente, higiene e saúde, atividades esportivas, desenvolvimento susten- tável, normas de convivência para um relacionamento ético e temas gerais como: 9 dengue, sedentarismo, o dia do desafio, semana cultural, palestras orientadoras dos aspectos saúde, preservação do meio ambiente, orientação vocacional e mercado de trabalho realizado, Junior Achivement – com Palestras e Dinâmicas ligadas , Proteção Ambiental e Sustentabilidade - ,Teatro SESI-FIESP formam a base das atividades pedagógicas e toda atividade cultural que gere cultura, enri- queça o currículo e estimule a busca de conhecimento e traga o mínimo gasto fi- nanceiro para a comunidade. ● Objetivos do ensino fundamental: Estimular o hábito da leitura, complementar a alfabetização, a leitura matemática do mundo em que vive a aplicação dos co- nhecimentos adquiridos através das ciências humanas, naturais e das diferentes formas de linguagem, propiciando assim ao discente desenvolver suas habilida- des e atingir as competências necessárias para acompanhar o Ensino Médio ou Cursos Técnicos que o preparem para o mercado de trabalho, além disso, que o jovem seja crítico e busque uma cidadania através de relações onde o respeito mútuo esteja presente. ● Objetivos do ensino médio: Estimular o hábito da leitura e o aprofundamento dos conhecimentos gerados na matemática, nas diferentes formas de linguagem, nas ciências humanas e naturais junto da tecnologia. Trabalhando e aprimorando habilidades e competências para que o jovem esteja mais preparado para com- petir no mercado de trabalho e com competências e habilidades para seguir seus estudos, seja em nível técnico como universitário, portanto tendo uma formação globalizada que o levará a novas conquistas de cidadania; que estará sendo tra- balhado através da filosofia e sociologia que buscam a integração social do alu- no. 10 2.1 Entrevistas Diagnósticas Foram realizadas entrevistas com 3 professores que lecionam para os alunos do 6° ano ao 3° do ensino médio, nesta instituição. Buscamos abordar conceitos gerais na perspectiva do entrevistado, a fim de promover a liberdade de expressão para respectivos temas, visando dar ênfase ao assunto: Alunos com necessidades especiais, déficit e transtornos de aprendizagem. Tema ao qual foi levantado em nossa primeira conversa junto a direção da escola. Após as entrevistas as gravações em áudio foram transcritas (vide anexo 1) e e a súmula das respostas de cada um dos entrevistados foram organizadas conforme se vê na tabela 1. Tabela 1 - Pesquisa de intervenção qualitativa: Súmula das principais ideias dos entrevistados frente as questões que consideramos mais relevantes para destacar. Questões destacadas Entrevistado 1 Entrevistado 2 Entrevistado 3 Principais dificuldades dos alunos Menor vínculo dos alunos com a comunidade escolar Dificuldades de aprendizado e locomoção, alunos com deficiência e problemas psiquiátricos Falta de suporte da família Principais dificuldades dos professores É a estrutura da Rede Estadual, faltando livros. Quantidade de alunos na sala. Falta da possibilidade de realização de atividades externas. Falta de uma equipe inclusiva, materiais e cursos que ensinem os professores a suprirem as necessidades dos alunos especiais. Falta de priorização da família para os alunos e os estudos. 11 Maior dificuldade dos alunos com necessidades especiais, deficit de atenção e transtornos de aprendizagem Presença maior de casos de Hiperatividade, Dislexia e problemas de aprendizagem. Indisciplina como forma de autoafirmação no grupo social ou isolamento. Falta de tempo e estrutura para uma atividade diferenciada. Professores despreparados. Na escrita, na maioria das vezes a escrita é um dos primeiros fatores a serem observados com suas respectivas dificuldades. Envolvimento da família no processo educacional dos alunos com deficit de atenção e transtorno de aprendizagem Sim, porém, os pais geralmente têm dificuldades de entender os problemas. Sendoassim, o envolvimento da família não costuma ser produtivo e, em certos momentos, é desestimulado para tentar proteger a criança. Sim. A coordenação passa as informações e instruções para as famílias pois elas que são muito importantes neste processo. Sempre, a escola e a família precisam sempre andar de mãos dadas. Especialização dos professores para condução dessas demandas. Não há qualquer tipo de especialização em relação a casos desse tipo. A prefeitura nos dá cursos mas ainda não atendem todas as necessidades. Sim. Sempre são feitas reunião de cada caso para desenvolvermos a melhor abordagem. Fonte: Tabela 1 – Pesquisa de intervenção qualitativa elaborada pelo próprio autor 12 3. LEVANTAMENTO DE DEMANDAS DE INTERVENÇÃO A parir da coleta de dados realizada na Escola Estadual Prof.ª Maria Petronila Limeira dos Milagres Monteiro levantamos as seguintes demandas de intervenção psicossocial. Interação dos alunos com a comunidade escolar. Equipe inclusiva e multidisciplinar dentro ou fora da escola, como um apoio voluntário. Cursos específicos que atendam todas as necessidades dos professores. Especialização de professores para atendimento das demandas específicas. Inclusão de um psicólogo escolar no apoio e orientação dos pais e professores as demandas de transtornos de aprendizagem. Oportunidades de escuta, acolhimento, orientação e apoio a pais e professores. Oficinas e projetos voltados a necessidades do dia a dia, sendo aplicados na prática conforme realidade. 13 4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Justificativa: Diante das demandas levantadas através da coleta de dados e respeitando a história sócio cultural da instituição nossa proposta de intervenção psicossocial busca facilitar um processo coletivo onde os envolvidos são considerados seres capazes de entre eles identificar e resolver os conflitos existente dentro de um espaço de cooperação e diálogo. Segundo Foucault (2003 p.4 apud NETO 2010, p.4) eles não precisam “que os ajudemos a ‘tomar consciência’”, pois “a consciência está ali”. “Eles são os sujeitos da própria experiência e com certa assessoria saberão, com clareza, construir o desenho de seus próprios problemas e o arsenal de instrumentos para uma “ação possível””. (FOUCAUL 2003, p. 6 apud NETO 2010, p.4). Objetivo: Facilitar a interação entre os envolvidos para que possam dentro da sua realidade identificar e resolver os problemas existentes dentro de um espaço colaborativo. Público Alvo: Alunos com necessidades especiais, déficit de atenção e transtornos de aprendizagem, seus respectivos pais e professores da Escola Estadual Prof.ª Maria Petronila Limeira dos Milagres Monteiro. Metodologia: Através de uma metodologia construtivista pensamos na criação de um espaço para escuta, apoio e orientação aos pais e professores a fim de facilitar o processo educacional com estratégias cognitivas para o desenvolvimento do aluno. As rodas de conversas, ou laboratório de diálogo, serão realizadas mensalmente ou conforme necessidade, alinhando as pautas discutidas em conselho de classe. Além disso, teremos oficinas para a criação, desenvolvimento e acompanhamento dos projetos educacionais e psicológicos. Recursos Necessários: Sala de aula ou ginásio onde acontecerão os encontros Notebook Tela e data show 14 Papeis e canetas Som Microfone, se necessário Cronograma: Nossa proposta será inicialmente encontros mensais, porém o cronograma será construído no nosso primeiro encontro que acontecerá em 01/06/2021, junto a direção e professores conforme realidade da escola. Avaliação dos resultados: Propomos como avaliação dos resultados eleger líderes por projeto e um guardião ou mais dependendo da necessidade, que ficará responsável por auxiliar esse líder, acompanhar as atividades sendo realizadas na prática e levar para os encontros os pontos identificados como positivos ou de dificuldades de aplicação. Tanto líder como guardião serão elegidos pelos próprios participantes. Como forma de medir os resultados sugerimos a aplicação de questionários periodicamente. 15 5. CONCLUSÃO Bernardo Dias Através da pesquisa-intervenção realizada, podemos perceber que as de- mandas apresentadas pelos professores entrevistados variaram consideravelmente. Isso pode ocorrer devido a diferença de tempo de trabalho dos professores, com aqueles mais antigos podendo sofrer com a fadiga de anos trabalho e convivência com o sucateamento apresentado pelo Estado e um certo nível de habituação a for- ma como as coisas tendem a funcionar e aqueles mais novos sendo mais esperan- çosos e acreditando mais que os problemas podem ser solucionados mais facilmen- te. Devido a isso, percebe-se que para ter uma intervenção de maior sucesso se- ria ideal conversar com a totalidade do corpo docente da escola, procurando possibi- litar um maior diálogo entre os mesmos, de forma a gerar um consenso em relação às demandas da escola e poder gerar um plano de ação coeso com investimento de todos. Fernanda Custódia Com o projeto presente elaborado, posso concluir que independente dos fato- res recorrentes, cada individuo presente na instituição possui uma vivência diferente do outro, então o que um percebe ou até mesmo dá ênfase ou diferencia suas de- mandas em seu cargo, pode não ter tanta percepção ou ênfase em outros, com as entrevistas pude ver que a realidade de um professor é diferente do outro, então sempre para um pesquisa de campo é necessária uma abordagem que pegue dife- rentes indivíduos, com diferentes vivências, realidades e pontos de vista. A escola selecionada para a pesquisa de campo pôde nos abranger a ter um olhar diferenciado, sempre respeitando a realidade do outro e buscando compreen- der sua visão. Em qualquer instituição é de extrema importância a comunicação, uma frase de Vygotsky me marcou muito e pude compreende-lá com essa pesquisa é “ A interação social é a origem e o motor da aprendizagem.”, ou seja, a interação 16 social, a comunicação e todos os fatores que beneficiem a linguagem, são necessá- rios para a aprendizagem de qualquer ser. Giovanna Gonçalves Com base em uma série de entrevistas com os docentes da escola estadual Maria Petronila dos Limeira dos Milagres Monteiro, podemos perceber que o papel de um psicólogo dentro da escola poderia beneficiar tanto instituições quanto os alu- nos. Por intermédio de conflitos que podem existir em qualquer instituição, como na relação aluno e professor, levando seu trabalho para além de intervenção em pro- blemas de aprendizagem mas o papel de ouvir e acolher alunos e professores e le- vantar reflexões que auxiliem na melhora dos relacionamentos sociais dentro do ambiente escolar, levando essa melhoras para além do contexto escolar. Joselene Rudelli Neste trabalho abordamos o assunto Intervenção Psicossocial através do mé- todo pesquisa – intervenção, a fim de desenvolver uma proposta de intervenção psi- cossocial que estivesse dentro da realidade dos alunos com necessidades especi- ais, déficit e transtornos de aprendizagem da instituição escolar E.E. Prof.ª Maria Petronila L. M. Monteiro. Como parte, realizamos a coleta de dados através de en- trevistas diagnósticas com resultados qualitativos e com base nisso, levantamos as demandas para o desenvolvimento do trabalho e concluímos que a pesquisa- intervenção traz em sua essência a oportunidade de proximidade e análise da vida dos grupos na sua diversidade qualitativa, ou seja, na forma como cada um tem de perceber a realidade e agir sobre ela como indivíduo e em sociedade. E que uma proposta de intervenção tem como propósito respeitar a história sócio cultural e polí- tica do grupo e aumentar o índice de autonomia desse grupo para que os próprios envolvidosresgatem suas capacidades de ação frente aos problemas do cotidiano. Este trabalho foi muito importante para o aprofundamento deste tema, pois nos permitiu conhecer mais de perto a realidade dos alunos e professores que en- frentam todos os dias dificuldades de acessibilidade, integração social, preconceito, 17 falta de estrutura dentre outros. Além de aperfeiçoar nossas competências em inves- tigação, escuta, flexibilização, organização e comunicação como futuros psicólogos. Júlia Belém Alguns estudos mostram a possibilidade de intervenção com o pais como par- te do tratamento de déficit de atenção, fazendo com que os pais sejam treinados para saber lidar com a criança com déficit, participem de grupos e algumas ativida- des, esses estudos tem demonstrado uma variedade muito grande de opões para que os pais possam participar do tratamento junto de seus filhos. Hoje, os tratamentos farmacológicos são os mais usados, isso se dá pela falta de informação sobre outras terapias e pelas condições mentais da pessoa que irá cuidar dessa criança. O resultado da participação dos pais no tratamento de seus filhos é a redução dos sintomas nas crianças. Nicole Magalhães Nesse trabalho tive a função de ser representante do grupo frente a algumas questões importantes para o desenvolvimento e criação do projeto, ajudei a escolher o tema do trabalho e decidido o tema fui em busca da instituição escolar, eu fui alu- na da E.E Profº Maria Petronila Limeira dos Milagres Monteiro durante o ensino fun- damental II e ensino médio e durante minha passagem pela escola e convívio diário pude ao longo dos anos notar a necessidade de uma intervenção psicossocial e a necessidade de um aconselhamento a qual apenas o psicólogo seria capaz de su- prir, daí então quando me formei em 2017 decidi cursar psicologia e me especializar na psicologia escolar, essa atividade supervisionada me ajudou a estar um pouco mais próxima daquilo a qual é meu objetivo como futura psicóloga, pude interagir não como ex aluna da instituição mas também como alguém junto de um grupo dis- posto a orientar e intervir, desta maneira não digo que foi fácil para mim separar o 18 pessoal do profissional, mas acredito que me saí de acordo com o que se exige de uma profissional da área da saúde, ao conversar com antigos professores e amigos professores que trabalham na escola, precisei não apenas inúmeras vezes apresen- tar o que pretendíamos como também gerenciar tempo dos integrantes do grupo disponível e conciliar com o horário que os professores tinham disponível para fa- zermos a entrevista, junto disso vi que perfil de fala e habilidades que cada integran- te do grupo possuía de acordo com quem iria entrevistar, tornando assim a entrevis- ta uma pouco mas tranquila já que as personalidades de expressão do entrevistado e do entrevistador eram similares pelo que noto da convivência que tenho com os meus colegas e também com os professores, afim de tornar esse momento de en- trevistas que poderia se tornar algo estressante e maçante para ambos mais leve, participei para dar suporte de duas entrevistas e solicitei a permissão da diretora es- colar a Sra. Tânia Pinto Figueiredo de maneira informal de modo que eu pudesse saber antes o que a escola poderia precisar para assim sugerir tal tema de interven- ção para o grupo, depois de uma conversa informal com a diretora responsável e concordância do grupo perante o tema, fiz um e-mail formal solicitando a autoriza- ção, quando a mesma permitiu demos inicio a nossa jornada de intervenção psicos- social, essa atividade me deu uma visão panorâmica de muitos aspectos que para mim antes não eram tão aprofundados, me deu a oportunidade de conhecer de fato a fundo a escola em que estudei, devido ao meu vinculo afetivo e emocional com a escola me ausentei de ter contato além do necessário com os entrevistados, decisão tomada para não ferir o caráter idôneo desde trabalho, porém não me ausentei de prestar qualquer suporte necessário para o desenvolvimento do mesmo, sendo as- sim apresentei os professores e gravei as entrevista apresentadas, o trabalho me acrescentou não apenas na vida profissional como na vida profissional, me dando experiência e exigindo sabedoria, pois acalmar professores ansiosos e as vezes in- seguros não é simples, mas no fim tudo correu bem e conseguimos concluir a ativi- dade a nós proposta, aprendi não apenas agir como também pensar no outro, pedi orientação quando necessário do professor mestre, e acredito firmemente que deixa- remos nossa marca na escola que não apenas é a escola que estudei, mas também uma escola com o publico carente de orientação e ajuda. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL EM SAÚDE E FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO. Disponível em file:///C:/Users/Windows%2010/Desktop/Psicologia/2%C2%BA%20ano/3%C2%B0% 20semestre/Interven%C3%A7%C3%B5es%20Psicosociais/Aula%2005/TEXTO%20 5%20%20Interven%C3%A7%C3%A3o%20psicossocial%20em%20sa%C3%BAde% 20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20psic%C3%B3logo.pdf Acessado em 26 de abril 2021. PSICOLOGIA E AS PRÁTICAS INSTITUCIONAIS: A pesquisa-intervenção em movimento. Disponível em file:///C:/Users/Windows%2010/Desktop/Psicologia/2º%20ano/3°%20semestre/Interv enções%20Psicosociais/Aula%2004/texto%204.pdf Acessado em 27 de abril de 2021. file:///C:/Users/Windows%2010/Desktop/Psicologia/2º%20ano/3°%20semestre/Intervenções%20Psicosociais/Aula%2005/TEXTO%205%20%20Intervenção%20psicossocial%20em%20saúde%20e%20formação%20do%20psicólogo.pdf file:///C:/Users/Windows%2010/Desktop/Psicologia/2º%20ano/3°%20semestre/Intervenções%20Psicosociais/Aula%2005/TEXTO%205%20%20Intervenção%20psicossocial%20em%20saúde%20e%20formação%20do%20psicólogo.pdf file:///C:/Users/Windows%2010/Desktop/Psicologia/2º%20ano/3°%20semestre/Intervenções%20Psicosociais/Aula%2005/TEXTO%205%20%20Intervenção%20psicossocial%20em%20saúde%20e%20formação%20do%20psicólogo.pdf file:///C:/Users/Windows%2010/Desktop/Psicologia/2º%20ano/3°%20semestre/Intervenções%20Psicosociais/Aula%2005/TEXTO%205%20%20Intervenção%20psicossocial%20em%20saúde%20e%20formação%20do%20psicólogo.pdf 20 ANEXO 1 – ENTREVISTAS DIAGNÓSTICAS 1. ENTREVISTA 1: 1.1 Identificação pessoal NOME: Sarah Vilhena de Moraes CARGO: Professora de Geografia SOBRE: Docente na disciplina de Geografia com alunos do 7º ano desde 2009 até o momento na instituição, possui experiência com alunos do fundamental ll do 6º ano até o 9º ano, além de professora na rede estadual também é professora da rede municipal. Data: Entrevistas realizada em 16/04/2021 ás 17:02 com término ás 17:42 1.2 Perguntas 1. Quais as principais dificuldades encontradas nos alunos? R: Colégio Petronila é uma escola de passagem, ou seja, por se localizar fora de uma comunidade, precisa que seus alunos venham até ela pelo meio de transportes públicos, o que acaba por selecionar financeiramente os alunos. Em consequência disso, há um menor vínculo dos alunos com a comunidade escolar e, quando chegam ao ensino médio, essa melhor condição financeira acaba se transformando em arrogância por parte dos alunos, que leva também a um pequeno empenho em participar das aulas. 2. Quais as principais dificuldades para a realização do seu trabalho? R: Maior dificuldade é a estrutura da Rede Estadual, faltando livro para os alunos, o que leva a necessidade dos próprios professores ficarem levando os livros para os alunos em cada aula. Devido a isso, os alunos não levam material escolar para casa, fazendo com que os estudos apenas aconteçam no ambiente escolar. Assim, boa parte do trabalho realizado em aula se perde devido à falta de reforço. Trabalhos como dever de casa só são realizados poralunos que desejam faze-los por conta própria, que são a minoria. Também há casos de aulas vagas, ou seja, sem professores. Outro problema apontado é a quantidade de alunos na sala de aula. Cada sala tem aproximadamente 36 alunos, quando o ideal seriam apenas 25. Apesar disso ser uma realidade de toda a rede estadual, ainda assim dificulta o trabalho pedagógico. O terceiro problema apontado é a falta da possibilidade de realização de atividades externas, como museus, zoológicos ou idas ao “Cesc”. Isso acontece pois o transporte para tais lugares deve ser pago pelos alunos, inviabilizando a atividade. 3. O que você sente falta na questão recursos dentro do ambiente com os alunos? R: Falta de tecnologia para atividades com os alunos, com TVs sem áudio, falta de tomadas e impossibilidade da realização de aulas de computação devido à falta de um professor especializado para tal matéria. CURSO: Psicologia DISCIPLINA: Intervenções Psicossociais PROFESSOR: Daniel Soares ESTUDANTES: 7420854 Bernardo Dias; 2558884 Fernanda Custódio; 7091781 Giovanna Gonçalves; 5101339 Joselene Rudelli; 7144172 Júlia Belém; 2071730 Nicole Magalhães 21 EM RELAÇÃO AOS TRANSTORNOS E DEFICTS DE APRENDIZAGEM De acordo com a professora Sarah, alunos com necessidades especiais, déficits de atenção e transtorno de aprendizagem são uma dificuldade em toda a rede pública, porém menos na rede Estadual do que na Municipal, devido à falta de apoio oferecido pelo estado em situações do caso. 1. Em qual momento os alunos com necessidades especiais, déficits e transtornos de aprendizagem demonstram mais dificuldades? R:Presença maior de casos de Hiperatividade, Dislexia e problemas de aprendizagem. Em geral esses alunos acabam se tornando indisciplinados como forma de se afirmar no grupo social ou se isolam completamente, se fechando em suas bolhas. Existe também a dificuldade de se arranjar um tempo para fazer uma atividade diferenciada com esse aluno. Também há a necessidade da presença de uma pessoa auxiliar dentro da sala de aula. 2. Que modificações você acredita que a aula e a dinâmica de explicação podem sofrer para melhorar o acompanhamento desses alunos na disciplina? R: Durante a Pandemia da COVID-19 o número de alunos nas salas de aula foi reduzido para 8. Essa alteração fez com que a dinâmica da aula melhorasse muito. Com poucos alunos, o empenho melhora, a aula se torna mais leve e divertida, a interação social se torna mais saudável e o interesse pelo conteúdo da aula aumenta. Enquanto isso, nas aulas com 36 alunos, a dinâmica fica mais focada na transmissão de conhecimento, sem muita interação. Sendo assim, a principal modificação seria a redução do número de alunos na sala de aula. 3. Quais sintomas levam a percepção de que o aluno possa ter um desses transtornos? R: O primeiro sinal de um problema de aprendizagem é a habilidade de escrita do aluno. 4.Qual procedimento é adotado nesse caso? R: É um movimento espontâneo. Primeiro há uma conversa entre os diferentes professores sobre o comportamento do aluno em sala. Quando é formado um consenso em relação ao aluno o caso é levado a coordenação. No entanto não há qualquer tipo de trabalho para melhora do aluno além do encaminhamento para psicólogos do Estado(que muitas vezes devolvem o aluno afirmando que não há qualquer tipo de problema de aprendizagem) ou a convocação dos pais dos alunos, que por muitas vezes acabam apenas dando broncas em seus filhos. 5.Existe uma forma de obter um diagnóstico concreto? R: Não. Acontece apenas de alunos já chegarem na escola com laudos informando sobre deficiência de aprendizado. Mas não há qualquer forma de obtenção de um diagnóstico concreto por parte da escola. 6.Após a confirmação de um diagnóstico de transtornos de aprendizagem e/ou outros tipos de déficits, quais medidas são tomadas? R: Nenhuma. Houve apenas um caso de um aluno com Hiperatividade que chegou na escola junto com um pequeno manual enviado por sua psicóloga de como atender melhor às necessidades dele. 7. A escola envolve a família no processo educacional sempre que existe tal diagnostico? R:Sim, há o envolvimento dos pais nas questões dos alunos. Porém, os pais geralmente tem dificuldades de entender os problemas apresentados pelos filhos, chamando-os muitas vezes de “vagabundagem”, dando broncas e, em alguns casos, agredindo os filhos. Sendo assim, o envolvimento da família não costuma ser produtivo e, em certos momentos, é desestimulado para tentar proteger a criança. 22 8. A presença desses transtornos podem levar o aluno a sofrer bullying por parte de seus colegas de classe? Neste caso que medidas são tomadas? R:Sim, há casos em que isso acontece. Utilizamos palestras para mostrar que tais atitudes são erradas.Medidas imediatas, como advertência ao agressor, além dele ser chamado para uma conversa com a coordenação e, eventualmente, comunicação a família do acontecido. Não há medidas de acolhimento para a criança que sofreu bullying. 9. Os professores recebem algum tipo de especialização para conduzir esse tipo de caso? Como funciona? R:Não há qualquer tipo de especialização em relação a casos desse tipo. 2. ENTREVISTA 2: 2.1 Identificação pessoal NOME: Professor Alessandro Teixeira da Silva CARGO: Professor de História SOBRE docente na disciplina de História com alunos do 8º / 9º ano desde 2005 – até o momento da E.E Profº Maria Petronila Limeira dos Milagres Monteiro, possui experiência com alunos do fundamental II, além de professor na rede estadual também é professor da rede municipal com alunos do fundamental II e EJA. Data: Entrevista realizada em 22/04/2021 ás 19:00 com termino ás 19:50 2.3 Perguntas 1. Quais as principais dificuldades encontradas nos alunos? R: Alguns alunos apresentam dificuldades de aprendizado, outros alunos com deficiência sofrem com problemas de locomoção e existem alunos com problemas psiquiátricos. 2. Quais as principais dificuldades para a realização do seu trabalho? R: A falta escola de uma equipe inclusiva para garantir melhores condições dos alunos, uma formação na própria escola, A falta de materiais cursos que ensinem os professores a suprirem as necessidades dos alunos especiais. 3. O que você sente falta na questão recursos dentro do ambiente com os alunos? R: A escola não foi planejada para a mobilidade dos alunos com deficiências. EM RELAÇÃO AOS TRANSTORNOS E DEFICTS DE APRENDIZAGEM 1. Em qual momento os alunos com necessidades especiais, déficits e transtornos de aprendizagem demonstram mais dificuldades? R: O professor deve estar atento a essas dificuldades, mas cada aluno leva tempo diferente para aprender, estar dentro da sala de aula já é uma superação para esses alunos por todos os problemas 23 que eles enfrentam no aprendizado sem os professores preparados e podemos notar que eles superam essas dificuldades e também as dificuldades do convívio social e as de integração. 2.Como é a atividade em grupo com esses alunos? R:Atividades em grupo com esses alunos quase não existem, trabalhamos mais com atividades individuais com eles. Quanto aos com deficiência locomotora trabalhamos em grupos mas depende do caso podemos ter a sensibilidade de avaliar a integrar esses alunos em grupos. 3. O comportamento desses alunos influencia a dinâmica da aula? R:Eles influenciam muito, pois eles têm dos mais diversos problemas e temos o papel de fazê-los se interessar na aula se sentirem acolhidos. Para alguma dessas deficiências prefeitura oferece materiais para trabalharmos com esses alunos. 4. Que modificações você acredita que a aula e a dinâmica de explicação podem sofrer para melhorar o acompanhamento desses alunos na disciplina? R:Muito difícil explicar um jeito certo, mas temos que ver que tipo de metodologia se encaixa com o perfil do aluno. São casos diferentes em graus diferentes que temos que avaliar para nãoexcluirmos esses alunos, construímos esses modelos ao longo do ano. 5. Quais sintomas levam a percepção de que o aluno possa ter um desses transtornos? R: E muito difícil para todos nós professores temos percepção porque não temos uma turma com 10 alunos e sim 35 à 40 alunos. Requer tempo, no contato diário que percebemos essas dificuldades. Alguns casos são leves e não perspetiveis mas em outros como a dislalia e a dislexia temos uma noção. 6.Qual procedimento é adotado nesse caso? R: Encaminhamos os alunos a coordenação da prefeitura, e eles começam a enviar aos postos da prefeitura para investigar se tem realmente algum deficit. 7.Existe uma forma de obter um diagnóstico concreto? R: Apenas com laudos podemos ter certeza. 8.Após a confirmação de um diagnóstico de transtornos de aprendizagem e/ou outros tipos de déficits, quais medidas são tomadas? A escola envolve a família no processo educacional sempre que existe tal diagnostico? R: Sim. A coordenação passa as informações e instruções para as famílias pois elas que são muito importantes neste processo. 9. A presença desses transtornos podem levar o aluno a sofrer bullying por parte de seus colegas de classe? Neste caso que medidas são tomadas? R:Na escola é muito difícil ocorrer o bullying eles estão desde pequenos juntos, as crianças muitas vezes ajudam essas outras crianças com deficiências e até mesmo ajudam a detecta- los. 10. Os professores recebem algum tipo de especialização para conduzir esse tipo de caso? Como funciona? R: A prefeitura nos dá cursos mas ainda não atendem todas as necessidades, são cursos pequenos de 20 horas para crianças essas deficiências mas alguns ou sindicato mas muitas vezes esses cursos não atendem a necessidade dos professores e por muitas vezes optam eles mesmos procurarem e pagarem por esses cursos para trabalharem com esses alunos. 24 11.Existe algum tratamento diferenciado quanto ao desenvolvimento educacional e social? Qual? Na verdade não deveria ocorrer este tipo de tratamento diferenciado por conta da inclusão, o estado deveria garantir todos os meios para essa criança se sentir inclusa tanto na parte social e na aprendizagem .Tanto que agora muitos alunos estão em vulnerabilidade social porque muitas vezes não tem como acessar a internet nem alimentação e o governo que deveria arrumar meios de contornar esta situação joga tudo na mãos dos pais que nesse momento não tem nem como se sustentar. 3. ENTREVISTA 3: 3.1 Identificação pessoal NOME: Jussemara Artoni CARGO: Professora de inglês e português SOBRE: Docente na disciplina de inglês desde 2020, com alunos do 6º ano até o 3º do ensino médio. Data: Entrevistas realizada em 24/04/2021 das 19:00 ás 19:40 3.2 Perguntas 1. Quais as principais dificuldades encontradas nos alunos? R:A falta de suporte da família é a maior dificuldade encontrada no momento atual. 2. Quais as principais dificuldades para a realização do seu trabalho? R: Falta de priorização da família para os alunos e os estudos, os alunos precisam de uma ajuda e infelizmente a maioria das famílias não colaboram. 3. O que você sente falta na questão recursos dentro do ambiente com os alunos? R: Não encontro nenhuma falta dos recursos necessários. EM RELAÇÃO AOS TRANSTORNOS E DEFICTS DE APRENDIZAGEM 1. Em qual momento os alunos com necessidades especiais, déficits e transtornos de aprendizagem demonstram mais dificuldades? R: Na escrita, na maioria das vezes a escrita é um dos primeiros fatores a serem observados com suas respectivas dificuldades. 2.Como é a atividade em grupo com esses alunos? R: Faço a atividade em grupo normalmente, porem explico para a turma, para terem uma paciência e respeito com todos. 3. O comportamento desses alunos influencia a dinâmica da aula? R: Não, apenas se tiverem stressados, que acabam tendo algumas mudanças. 25 4. Que modificações você acredita que a aula e a dinâmica de explicação podem sofrer para melhorar o acompanhamento desses alunos na disciplina? R:Professora tem que passar calma, confiança, e sempre ter conversas com os alunos que os conscientizem que suas atitudes fazem a diferença. 5. Quais sintomas levam a percepção de que o aluno possa ter um desses transtornos? Qual procedimento é adotado nesse caso? R:Uma oscilação, comunicação, fora do comum, e ao percebermos certos sintomas, levo o aluno para tomar um ar e levo o caso para a coordenação, onde são discutidos as melhores maneiras de conduzir. 6.Após a confirmação de um diagnóstico de transtornos de aprendizagem e/ou outros tipos de déficits, quais medidas são tomadas? A escola envolve a família no processo educacional sempre que existe tal diagnostico? R:O encaminhamento para a coordenação e temos tudo documentado, para controle próprio. 7.A escola envolve a família no processo educacional sempre que existe tal diagnostico? R:Sempre, a escola e a família precisam sempre andar de mãos dadas. 8. A presença desses transtornos podem levar o aluno a sofrer bullying por parte de seus colegas de classe? Neste caso que medidas são tomadas? R:Sim, infelizmente, porém uma conversa com eles para conscientizar eles de seus atos tem seus resultados positivos.Levo o aluno para a coordenação e o conscientizo. 9. Os professores recebem algum tipo de especialização para conduzir esse tipo de caso? Como funciona? R: Sim. Sempre são feitas reunião de cada caso para desenvolvermos a melhor abordagem tomada. 10.Existe algum tratamento diferenciado quanto ao desenvolvimento educacional e social? Qual? R:Se a criança estiver fazendo os tratamentos direitinho não tem o porque modificarmos a sala de aprendizagem, o tratamento é feito individualmente de cada aluno.
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