Buscar

Apostila_NR10_COMPLEMENTAR_SEP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 96 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAPACITAÇÃO EM NR-10 SEP 
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
 
 
 
Módulo: COMPLEMENTAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.inbraep.com.br 
(47) 3349-2482 
 
Copyright - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP 
Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
 
http://www.inbraep.com.br/
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 5 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5 
2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP ...................................... 8 
2.1 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência ............................................................... 9 
2.1.1 A distribuição de energia ......................................................................................... 9 
2.1.2 Redes de Energia Elétrica ..................................................................................... 11 
2.1.3 As linhas (redes) de transmissão ........................................................................... 11 
2.1.4 Subestações de transmissão ................................................................................. 12 
2.1.5 O sistema físico de distribuição (redes de energia elétrica urbanas) ..................... 13 
2.1.6 As redes de distribuição ........................................................................................ 13 
2.1.7 Subestação de distribuição .................................................................................... 15 
2.1.8 Transformador de distribuição ............................................................................... 15 
2.2 Características do Sistema Elétrico Brasileiro .............................................................. 16 
2.2.1Sistema Interligado Nacional - SIN ......................................................................... 16 
2.2.2 Transmissão de Energia Elétrica no Brasil ............................................................ 16 
2.2.3 Sistemas de Distribuição no Brasil ........................................................................ 17 
2.3 Características dos Sistemas Elétricos de Potência .................................................... 18 
2.3.1 Representação do Sistema Elétrico ....................................................................... 19 
3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ....................................................................................... 24 
3.1 Programação e Planejamento dos Serviços ................................................................ 24 
3.2 Trabalho em Equipe ..................................................................................................... 24 
3.3 Prontuário e Cadastro das Instalações ........................................................................ 25 
3.4 Métodos de Trabalho ................................................................................................... 25 
3.4.1 Definição e Objetivos ............................................................................................. 26 
3.5 Comunicação ............................................................................................................... 26 
4 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS ................................................................................... 27 
4.1 Comportamento Seguro ............................................................................................... 27 
4.1.1 Aspectos individuais .............................................................................................. 27 
5 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ................................................................ 29 
6 RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO ............................................................. 30 
6.1 Proximidade e Contatos com Partes Energizadas ....................................................... 30 
6.2 Indução Eletromagnética .............................................................................................. 30 
6.3 Descargas Atmosféricas .............................................................................................. 32 
6.3.1 Descarga atmosférica transversal ......................................................................... 32 
6.3.2 Descarga atmosférica longitudinal ......................................................................... 33 
6.4 Estática ........................................................................................................................ 33 
6.5 Campos elétricos e Magnéticos ................................................................................... 33 
6.6 Trabalhos em Altura, máquinas e equipamentos especiais ......................................... 34 
6.6.1 Procedimentos ....................................................................................................... 35 
6.6.2 Escadas ................................................................................................................. 36 
6.6.3 Cesta Aérea ........................................................................................................... 39 
6.6.4 Máquinas e Equipamentos Especiais .................................................................... 39 
7 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP ................................................................... 41 
7.1 Conceitos Básicos ........................................................................................................ 41 
7.1.1 Perigo .................................................................................................................... 41 
7.1.2 Risco ...................................................................................................................... 41 
7.1.3 Análise de Riscos .................................................................................................. 42 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
7.1.4 Avaliação de riscos ................................................................................................ 42 
7.1.5 Gerenciamento de Riscos...................................................................................... 43 
7.1.6 Níveis de risco ....................................................................................................... 43 
7.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos ....................................................... 43 
7.2.1 Caracterização da empresa ................................................................................... 43 
7.2.2 Identificação de perigos ......................................................................................... 43 
7.2.3 Estimativa de consequências e de vulnerabilidade ............................................... 46 
7.2.4 Estimativa de frequências ...................................................................................... 47 
7.2.5 Estimativa de riscos ............................................................................................... 47 
7.2.6 Avaliação e gerenciamento de riscos ....................................................................47 
8 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO - ANÁLISE E DISCUSSÃO ...................................... 48 
8.1 Objetivo do Procedimento ............................................................................................ 48 
8.2 Abrangência ................................................................................................................. 48 
8.3 Documento de Referência ............................................................................................ 49 
8.4 Definições .................................................................................................................... 49 
8.5 Procedimentos ............................................................................................................. 49 
8.6 Responsabilidades ....................................................................................................... 50 
8.7 Equipamentos de Proteção .......................................................................................... 51 
8.8 Treinamento ................................................................................................................. 52 
9 TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO ....................................................................... 53 
9.1 Em Linha Viva .............................................................................................................. 53 
9.2 Método ao Contato ....................................................................................................... 53 
9.3 Método ao Potencial ..................................................................................................... 53 
9.4 Método a Distância ....................................................................................................... 53 
9.5 Em Áreas Internas ........................................................................................................ 53 
9.6 Trabalhos Noturnos ...................................................................................................... 53 
10 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO ................................................... 55 
11 SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA .......................................................................... 56 
11.1 Dispositivos de Seccionamento.................................................................................. 56 
11.1.1 Chaves Fusíveis .................................................................................................. 56 
11.1.2 Chaves Facas ...................................................................................................... 57 
11.2 Dispositivos de Isolação Elétrica ................................................................................ 57 
11.3 Dispositivos de Travamento ....................................................................................... 57 
11.4 Aterramento Elétrico ................................................................................................... 58 
11.4.1 Aterramento elétrico fixo em Equipamentos ........................................................ 58 
11.4.2 Aterramento Fixo em Redes e Linhas ................................................................. 58 
11.4.3 Aterramento Fixo em Estais ................................................................................. 59 
11.4.4 Aterramento de Veículos ..................................................................................... 59 
11.4.5 Aterramento Temporário e Equipotencialização .................................................. 59 
11.5 Dispositivos de Sinalização ........................................................................................ 60 
11.6 Outros Dispositivos .................................................................................................... 61 
12 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI .................................................... 62 
12.1 Proteção dos Olhos e Face ........................................................................................ 62 
12.2 Proteção da Cabeça ................................................................................................... 62 
12.3 Proteção Auditiva ....................................................................................................... 63 
12.4 Proteção dos Membros Superiores ............................................................................ 64 
12.5 Proteção dos Membros Inferiores .............................................................................. 65 
12.6 Proteção Contra Quedas Com Diferença de Nível ..................................................... 67 
12.6.1 Esporas ............................................................................................................... 67 
12.6.2 Escadas ............................................................................................................... 67 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
12.6.3 Cestas Aéreas ..................................................................................................... 67 
12.6.4 Cinturão de segurança tipo para-quedista ........................................................... 68 
12.6.5Dispositivo trava quedas ....................................................................................... 69 
12.7 Proteção Respiratória ................................................................................................. 69 
12.8 Dispositivos de Manobra ............................................................................................ 69 
12.8.1 Varas de Manobra ............................................................................................... 70 
12.9 Bastões ...................................................................................................................... 70 
12.10 Instrumentos de Detecção de Tensão e Ausência de Tensão ................................. 71 
13 POSTURAS E VESTUÁRIOS DE TRABALHO ................................................................ 72 
13.1 Vestimenta de proteção tipo condutiva ................................................................... 72 
13.2 Vestimenta de proteção contra arco elétrico........................................................... 72 
14 SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS E 
EQUIPAMENTOS .................................................................................................................. 75 
15 SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO ......................................... 76 
15.1 Cone de Sinalização ............................................................................................... 76 
15.2 Fita de Sinalização ................................................................................................. 76 
15.3 Correntes para sinalização em ABS ....................................................................... 76 
15.4 Grade Metálica Dobrável ........................................................................................ 77 
15.5 Placas: .................................................................................................................... 77 
15.6 Situações de sinalização de segurança .................................................................. 79 
16 LIBERAÇÃO DE INSTALAÇÃO PARA SERVIÇO E PARA OPERAÇÃO E USO ............ 80 
17 TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE REMOÇÃO, ATENDIMENTO, TRANSPORTE DE 
ACIDENTADOS ..................................................................................................................... 82 
17.1 Transporte em Maca ..................................................................................................82 
17.2 Transporte sem Maca ................................................................................................ 85 
17.2.1 Transporte com Um Socorrista ............................................................................ 85 
17.2.2 Transporte com Dois Socorristas ......................................................................... 85 
17.2.3 Transporte com Três Socorristas ......................................................................... 87 
17.2.4 Transporte com Quatro Socorristas ..................................................................... 87 
18 ACIDENTES TÍPICOS ...................................................................................................... 88 
18.1 Exemplos de Acidentes Típicos com Eletricidade. ................................................. 88 
19 RESPONSABILIDADES ................................................................................................... 90 
19.1 SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho. ........................................................................................................................ 90 
19.2 PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ......................................... 92 
19.3 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional........................... 93 
19.4 CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ........................................... 93 
20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O Curso tem como objetivo atender as exigências do novo texto da Norma Regulamentadora 
nº 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Conforme a NR-10, que foi publicada 
na Portaria 508, de 29 de abril de 2016, e estabelece diretrizes básicas para implantação de medidas 
de controle e sistemas preventivos de segurança e saúde, de forma a garantir a segurança dos 
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interagem em instalações elétricas e serviços com 
eletricidade. 
Deste modo, a NR-10 possui uma área de aplicação bastante abrangente, desde indústrias e 
instalações comerciais, até mesmo instalações residenciais, em que o profissional atuante na área 
de eletricidade deverá estar capacitado e orientado a seguir os itens da norma aplicados à sua 
função. 
As fases de aplicação da NR-10 se estendem desde a geração, transmissão até distribuição 
de consumo de eletricidade, incluindo-se etapas de projeto, de construção, de montagem, de 
operação e de manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados em suas 
proximidades. 
O curso da NR-10 apresentado capacitará os participantes para prevenção, controle e 
medidas a serem tomadas em acidentes com eletricidade, atendendo ao novo texto da NR-10, 
credenciando-os para a execução de trabalhos em instalações elétricas. 
 
João Paulo Casalli Betto 
CREA -PR 74019/D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre ocupou lugar de destaque, tendo em vista 
a dependência da qualidade de vida e do progresso econômico da qualidade dos serviços elétricos 
que, por sua vez, dependem de como as empresas de eletricidade projetam, operam e mantêm os 
sistemas elétricos de potência. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
 
Figura 1 Importância da eletricidade para a sociedade. 
 
A energia elétrica proporciona à sociedade conforto, comodidade e praticidade, conduzindo a 
sociedade moderna a se tornar cada vez mais dependente de seu fornecimento e mais suscetível às 
falhas do sistema elétrico. Esta dependência dos usuários vem se traduzindo em exigências por 
melhor qualidade de serviço. 
Os crescimentos da população mundial e da economia nos países em desenvolvimento 
implicam, necessariamente, no aumento do consumo de energia, porém a produção de energia deve 
seguir os conceitos de desenvolvimento sustentável e de responsabilidade ambiental. 
 No Brasil, as fontes primárias que se transformam em eletricidade são predominantemente de 
origem hidráulica estando os locais produtores em regiões quase sempre distantes dos centros 
consumidores. Com isso, são necessárias grandes extensões de linhas de transmissão e instalações 
para repartir e distribuir a energia nos centros de consumo. 
Segundo o balanço energético nacional 2010, fornecido pela EPE - Empresa de Pesquisa 
Energética, a geração de energia elétrica no Brasil em centrais de serviço público e auto produtores 
atingiu 466,2 TWh em 2009, resultado 0,7% superior ao de 2008. 
A energia elétrica permanece como principal contribuição de centrais de serviço público, com 
87,8% da geração total. Nestas, a principal fonte é a energia hidráulica, que apresentou elevação de 
4,9% na comparação com 2008, em função do regime hidrológico favorável observado no período. 
O gráfico a seguir apresenta a estrutura da oferta interna de eletricidade no Brasil em 2009. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
 
Figura 2 Estrutura da oferta interna de energia elétrica Brasil – 2009 
Notas: 1 Inclui gás de coqueria; 2 Biomassa inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações 
 
Pode-se observar que, em 2009, o Brasil apresentou uma matriz de geração elétrica de 
origem predominantemente renovável, sendo que a geração interna hidráulica responde por 
montante superior a 76% da oferta. 
Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a capacidade instalada no Brasil 
em 2010 chegou a 112.398,49 Megawatts (MW) provenientes de 2.336 usinas hidrelétricas, 
termelétricas, eólicas, nucleares, pequenas centrais hidrelétricas e centrais geradoras hidrelétricas. O 
crescimento da potência em relação a 2009 foi de 5,7%. Nos últimos 10 anos, o acréscimo foi de 
50,1%. 
O atendimento dos aspectos de simultaneidade de produção e consumo, exigindo instalações 
dimensionadas para a ponta de carga e a longa distância entre os locais de geração e os centros 
consumidores pode ser traduzido pela necessária existência de um sistema de transmissão e de 
distribuição longos e complexos, apoiados por uma estrutura de instalações e equipamentos que, 
além de representarem importantes investimentos, exigem ações permanentes de planejamento, de 
operação e de manutenção, e estão como qualquer produto tecnológico sujeito a falhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.brSUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
2 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP 
O setor elétrico mundial tem passado por amplo processo de reestruturação organizacional. 
No modelo atual, os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos como: geração, 
transmissão, distribuição e comercialização. 
No Brasil, este processo de reestruturação foi desencadeado com a criação de um novo 
marco regulatório, a desestatização das empresas do setor elétrico e a abertura do mercado de 
energia elétrica. 
Para gerenciar este novo modelo do setor elétrico, o Governo Federal criou a estrutura 
organizacional apresentada na figura a seguir. 
 
 
Figura 3 Estrutura organizacional e os agentes do setor elétrico brasileiro. Fonte ANEEL 
 
 
Conselho Nacional de Política Energética – CNPE 
Órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas nacionais 
e diretrizes de energia, visando, dentre outros, o aproveitamento natural dos recursos energéticos do 
país, a revisão periódica da matriz energética e a definição de diretrizes para programas específicos. 
 
Ministério de Minas e Energia – MME 
Encarregado de formulação, do planejamento e da implementação de ações do Governo 
Federal no âmbito da política energética nacional. O MME detém o poder concedente. 
 
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE 
Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação direta, com a função precípua de 
acompanhar e avaliar, permanentemente, a continuidade e a segurança do suprimento 
eletroenergético em todo o território. 
 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 Empresa de Pesquisa Energética - EPE 
Empresa pública federal vinculada ao MME, que tem por finalidade prestar serviços na área 
de estudos e pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do setor energético. 
 
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL 
Autarquia vinculada ao MME, com finalidade de regular a fiscalização, a produção, a 
transmissão, a distribuição e a comercialização de energia, em conformidade com as políticas e 
diretrizes do Governo Federal. A ANEEL detém os poderes regulador e fiscalizador. 
 
Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS 
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, 
que tem por objetivo executar as atividades de coordenação e controle da operação de geração e de 
transmissão, no âmbito do SIN (Sistema Interligado Nacional). O ONS é responsável pela operação 
física do sistema e pelo despacho energético centralizado. 
 
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 
Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, 
com finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - 
SIN. Administra os contratos de compra e venda de energia elétrica, a contabilização e a liquidação 
destes. A CCEE é responsável pela operação comercial do sistema. 
 
 
2.1 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência 
 
O objetivo de um Sistema Elétrico de Potência (SEP) é gerar, transmitir e distribuir energia 
elétrica atendendo a determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade, qualidade, segurança 
e custos, com o mínimo impacto ambiental e o máximo de segurança pessoal. 
 
 Confiabilidade: pode ser definida como a probabilidade do SEP prover um adequado 
suprimento de energia elétrica dentro de um período de tempo desejado, de modo a 
satisfazer as necessidades do usuário. 
 Disponibilidade: é definida como a probabilidade do SEP prover suprimento de energia, 
quando requisitado pelo usuário. 
 Qualidade da energia: é a condição de compatibilidade entre sistema supridor e carga 
atendendo critérios de conformidade senoidal (idênticos ao da função). 
 Segurança: está relacionada com a habilidade do sistema de responder a distúrbios que 
possam ocorrer no sistema. Em geral, os sistemas elétricos são construídos para 
continuar operando após serem submetido a uma contingência. 
 
2.1.1 A distribuição de energia 
O sistema de distribuição de energia é aquele que se confunde com a própria topografia das 
cidades, ramificado ao longo de ruas e avenidas para conectar fisicamente o sistema de transmissão, 
ou mesmo unidades geradoras de médio e pequeno porte, aos consumidores finais da energia 
elétrica. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
A conexão, o atendimento e a entrega efetiva de energia elétrica ao consumidor do ambiente 
regulado ocorrem por parte das distribuidoras de energia. A energia distribuída, portanto, é a energia 
efetivamente entregue aos consumidores conectados à rede elétrica de uma determinada empresa 
de distribuição, podendo ser rede de tipo aérea (suportada por postes) ou de tipo subterrânea (com 
cabos ou fios localizados sob o solo, dentro de dutos subterrâneos). Do total da energia distribuída 
no Brasil, o setor privado é responsável pela distribuição de, aproximadamente, 60% da energia, 
enquanto as empresas públicas se responsabilizam por, aproximadamente, 40%. 
 
Assim como ocorre com o sistema de transmissão, a distribuição é também composta por fios 
condutores, transformadores e equipamentos diversos de medição, controle e proteção das redes 
elétricas. Todavia, de forma bastante distinta do sistema de transmissão, o sistema de distribuição é 
muito mais extenso e ramificado, pois deve chegar aos domicílios e endereços de todos os seus 
consumidores. 
 
Os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos, como: geração, transmissão, 
distribuição, utilização e comercialização. A oferta da energia elétrica aos seus usuários é realizada 
por meio da prestação de serviço público concedido para exploração à entidade privada ou 
governamental. As empresas, que prestam serviço público de energia elétrica, o fazem por meio da 
concessão ou permissão propiciados pelo poder público. 
 
Figura 4Estrutura Básica de um Sistema Elétrico. 
De acordo com a ABRADEE, o Brasil em 2015, contava com mais de 77 milhões de 
“Unidades Consumidoras” (UC), termo que corresponde ao conjunto de instalações/equipamentos 
elétricos caracterizados pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com 
medição individualizada e correspondente a um único consumidor. Do total de UCs brasileiras, 85% 
são residenciais. 
 
Pode-se dizer, por fim, que o setor de distribuição é um dos mais regulados e fiscalizados do 
setor elétrico; além de prestar serviço público sob contrato com o órgão regulador do setor, a 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a própria Agência edita Resoluções, Portarias e 
outras normas para o funcionamento adequado do setor de Distribuição, sendo muito rigorosa com 
sua fiscalização. Um exemplo são os Procedimentos de Distribuição (Prodist), oqual dispõe 
disciplinas, condições, responsabilidades e penalidades relativas à conexão, planejamento da 
expansão, operação e medição da energia elétrica. O Prodist, ainda, estabelece critérios e 
indicadores de qualidade para consumidores e produtores, distribuidores e agentes importadores e 
exportadores de energia. 
 
Outro referencial para o setor de distribuição é a Resolução 414 de 2010, a qual elucida, tanto 
para consumidores quanto para os demais agentes do setor, o que é a distribuição, conceitos-chave 
e normas de funcionamento, cobrança, atendimento, etc. 
 
2.1.2 Redes de Energia Elétrica 
 
Desde a descoberta da eletricidade até os dias de hoje, ainda não foi possível transmitir a 
energia elétrica pelo ar, ao menos não de forma economicamente viável. Desse modo, há a 
necessidade de encaminhar a energia gerada nas usinas, sejam elas térmicas, hidráulicas, termo-
nucleares, eólicas, solares, etc., até os centros urbanos - onde, em sua maioria, a energia elétrica 
será consumida. É, portanto, a partir desse ponto que surge a necessidade de construção das redes 
de energia elétrica – do contrário, não haveria como a energia gerada chegar ao seu destino final. 
 
Ao sair das usinas e seus geradores, a eletricidade é transportada através de cabos aéreos, 
ou seja, cabos visíveis por não estarem enterrados, sendo revestidos por camadas isolantes e 
fixados em grandes (e altas) torres de metal. Chamamos a todo esse conjunto de cabos e torres, 
portanto, de rede de transmissão de energia elétrica. As Transmissoras de energia costumam 
administrar as Linhas de Transmissão com as maiores voltagens; contudo, há também redes de 
menor voltagem dentro das próprias distribuidoras de energia elétrica, isso para permitir que as 
distribuidoras possam levar a energia de voltagens menores e mais seguras aos clientes de sua área 
de concessão. 
 
Outros elementos importantes das redes de transmissão são os isolantes de vidro ou 
porcelana, os circundam e sustentam os cabos, impedindo descargas elétricas durante o trajeto e, 
com isso, prevenindo acidentes e minimizando custos de perdas/ manutenção. 
 
Além das linhas de transmissão propriamente ditas, as redes de transmissão de energia 
elétrica também são compostas por subestações de transformação, dotadas de transformadores e 
equipamentos de proteção e controle. A seguir, descreveremos esses componentes em maiores 
detalhes. 
 
2.1.3 As linhas (redes) de transmissão 
 
As linhas de transmissão são basicamente constituídas por fios condutores metálicos 
suspensos em torres, também metálicas, por meio de isoladores cerâmicos ou de outros materiais 
altamente isolantes. Como os sistemas de potência são trifásicos, geralmente existem três conjuntos 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 de cabos de cada lado das torres, acompanhados por um cabo mais alto, no topo, que é o cabo 
para-raios, ou também chamado de cabo guarda. 
 
As linhas de transmissão se estendem por longas distâncias, conectando também, além de 
usinas geradoras aos grandes consumidores, aqueles que adquirem energia em alta tensão, como 
fábricas e mineradoras, ou às empresas distribuidoras de energia, as quais vão se encarregar de 
transportar a energia aos consumidores de menor porte. 
 
No Brasil, as linhas de transmissão são classificadas de acordo com o nível de tensão de sua 
operação, mensurado em Kilo Volt (kV - milhares de Volts). Para cada faixa de tensão, existe um 
código que representa todo um conjunto de linhas de transmissão de mesma classe. São eles: 
 
A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV 
 
A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV 
 
A3 – tensão de fornecimento de 69 kV 
 
Em termos organizacionais, a classe A1 é representativa do sistema de transmissão 
interligado, ou Sistema Interligado Nacional (SIN), também denominado rede básica. As empresas 
transmissoras também operam instalações de tensão inferior a 230 kV, que são as chamadas 
Demais Instalações da Transmissão (DIT). 
 
As classes A2 e A3, quando não são de propriedade das transmissoras, representam as 
redes denominadas de sub-transmissão, que, ao contrário das redes de transmissão propriamente 
ditas, são administradas pelas empresas de distribuição. 
 
2.1.4 Subestações de transmissão 
 
As subestações de transmissão são aquelas localizadas nas pontos de conexão com 
geradores, consumidores e empresas distribuidoras. Nos pontos de conexão com geradores, a 
função das subestações é elevar o nível de tensão da energia elétrica gerada para centenas de 
milhares de Volts. Já nos pontos de conexão com consumidores ou distribuidoras, a função das 
subestações de transmissão é rebaixar os níveis de tensão para dezenas de milhares de Volts. 
 
A elevação da tensão reduz a corrente elétrica que circula nas linhas de transmissão, 
reduzindo assim, consideravelmente, as perdas elétricas inerentes ao transporte da energia. Dentro 
da subestação de transmissão, o equipamento responsável tanto pela elevação como pela redução 
da tensão elétrica é chamado de transformador. 
 
Além do transformador, a subestação de transmissão conta com equipamentos de 
seccionamento (chaves) para manobras de manutenção e de situações de contingência, além de 
disjuntores e equipamentos de medição e proteção do sistema, como medidores de tensão, corrente 
e para-raios. 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
 
Figura 5: Subestações de transmissão [Fonte: ABRADEE] 
 
2.1.5 O sistema físico de distribuição (redes de energia elétrica urbanas) 
 
Como supracitado o sistema de distribuição de energia é aquela rede de energia elétrica que 
se confunde com a própria topografia das cidades, ramificado ao longo de ruas e avenidas para 
conectar fisicamente o sistema de transmissão (ou mesmo unidades geradoras de médio e pequeno 
porte, aos consumidores finais), que são majoritariamente os consumidores residenciais. 
 
Assim como ocorre com o sistema de transmissão, a rede de energia elétrica da distribuição é 
também composta por fios condutores, transformadores e equipamentos diversos de medição, 
controle e proteção das redes elétricas. Todavia, de forma bastante distinta do sistema de 
transmissão, o de distribuição é muito mais extenso e ramificado, pois deve chegar aos domicílios e 
endereços de todos os seus consumidores. 
 
2.1.6 As redes de distribuição 
 
As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa tensão. 
As linhas de transmissão com tensão igual ou superior a 230 kV constituem a chamada rede 
básica. Apesar de algumas transmissoras também possuírem linhas com tensão abaixo de 230 kV, 
as chamadas Demais Instalações da Transmissão (DIT), grande parte das linhas de transmissão 
com tensão entre 69 kV e 138 kV são de responsabilidade das empresas distribuidoras. Essas linhas 
são também conhecidas no setor como linhas de subtransmissão. 
 
Além das redes de subtransmissão, as distribuidoras operam linhas de média e baixa tensão, 
também chamadas de redes primária e secundária, respectivamente. As linhas de média tensão são 
aquelas com tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são muito fáceis de serem vistas em ruas e 
avenidasdas grandes cidades, frequentemente compostas por três fios condutores aéreos 
sustentados por cruzetas de madeira em postes de concreto. 
 
As redes de baixa tensão, com tensão elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são 
aquelas que, também afixadas nos mesmos postes de concreto que sustentam as redes de média 
tensão, localizam-se a uma altura inferior. As redes de baixa tensão levam energia elétrica até as 
residências e pequenos comércios/indústrias por meio dos chamados ramais de ligação. Os 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 supermercados, comércios e indústrias de médio porte adquirem energia elétrica diretamente das 
redes de média tensão, devendo transformá-la internamente para níveis de tensão menores, sob sua 
responsabilidade. 
 
 
Figura 6: As redes de distribuição [Fonte: ABRADEE] 
 
Nas redes de distribuição de média tensão também são, frequentemente, encontrados 
equipamentos auxiliares, tais como capacitores e reguladores de tensão. Ambos são, 
frequentemente, utilizados para corrigir anomalias na rede, as quais podem prejudicar a própria rede 
elétrica ou mesmo os equipamentos dos consumidores. 
 
Existem quatro tipos de redes de distribuição de energia elétrica. São eles: 
 
 Rede de Distribuição Aérea Convencional: É o tipo de rede elétrica mais 
encontrado no Brasil, na qual os condutores são nus (sem isolamento). Exatamente 
por isso, essas redes são mais susceptíveis à ocorrência de defeitos (curto-circuitos), 
principalmente quando há contato de galhos de árvores com os condutores elétricos. 
 
 Rede de Distribuição Aérea Compacta: Surgidas no Brasil na década de 1990, as 
redes compactas são muito mais protegidas que as redes convencionais, não somente 
porque os condutores tem uma camada de isolação, mas porque a rede em si ocupa 
bem menos espaço, resultando em menor número de perturbações. 
 
 Rede de Distribuição Aérea Isolada: Esse tipo de rede é bastante protegida, pois os 
condutores são encapados com isolação suficiente para serem trançados. Geralmente 
mais cara, essa rede é utilizada em condições especiais. 
 
 Rede de Distribuição Subterrânea: A rede subterrânea é aquela que proporciona o 
maior nível de confiabilidade e também o melhor resultado estético, dado que as redes 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 ficam enterradas. No entanto, as redes subterrâneas são bem mais caras que as 
demais soluções, sendo comuns apenas em regiões muito densas ou onde há 
restrições para a instalação das redes aéreas. 
 
 
Com relação às redes de iluminação pública (IP), que também podem ser do tipo aéreo ou 
subterrâneo, são redes que derivam das redes de distribuição das concessionárias. Apesar disso, a 
operação e a manutenção das redes de IP são de responsabilidade das prefeituras municipais. 
 
2.1.7 Subestação de distribuição 
 
As subestações de distribuição são as unidades responsáveis pela recepção da energia 
elétrica proveniente de redes de subtransmissão em alta tensão e, como também ocorre nas 
subestações de transmissão, pelo rebaixamento do nível de tensão a valores caracterizados como 
média tensão (entre 2,3 kV e 44 kV). Os componentes principais de uma subestação de distribuição 
são: o transformador, chaves, seccionadores, disjuntores e equipamentos de mediação e proteção 
contra raios ou curto-circuitos. 
 
As subestações de distribuição, ao contrário das de transmissão, estão localizadas nos 
próprios centros urbanos, já que são elas que distribuem a energia para as redes de distribuição. 
Uma preocupação constante das empresas concessionárias é o espaço necessário para a 
implantação de novas subestações de distribuição. Atualmente, existem soluções tecnológicas para 
compactar a estrutura elétrica dessas estações de forma a reduzir espaço, e assim os custos de 
terreno para sua instalação. 
 
 
figura 7: Subestação de distribuição [Fonte: ABRADEE] 
 
 
2.1.8 Transformador de distribuição 
 
Os transformadores de distribuição, como todos os demais transformadores eletromagnéticos, 
funcionam transformando os níveis de média em baixa tensão. Na grande maioria das regiões do 
país, os transformadores de distribuição transformam 13.800 V, ou 13,8 kV, em 220 V ou 127 V. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
Diferentemente dos transformadores de subestações, os de distribuição localizam-se nos 
postes de luz, podendo compor um único equipamento ou um conjunto de transformadores. São os 
transformadores de distribuição que alimentam as redes de baixa tensão, as quais efetivamente 
entregam a energia elétrica para os consumidores residenciais e pequenos comércios e indústrias. 
 
Os níveis de tensões praticados no Brasil são: 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 345 kV,300 
kV, 230 kV, 161 kV, 138 kV, 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23 kV, 13,8 kV, 440 V, 380 V, 
220 V, 110 V. 
 
2.2 Características do Sistema Elétrico Brasileiro 
 
O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil pode ser classificado como 
hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos 
proprietários. 
A maior parte da capacidade instalada é composta por usinas hidrelétricas, que se distribuem 
em doze diferentes bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país de maior atratividade 
econômica. São os casos das bacias dos rios Tocantins, Paranaíba, São Francisco, Paranaíba, 
Grande, Paraná, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, Uruguai e Jacuí, em que se concentram as maiores 
centrais hidrelétricas. 
 
Os reservatórios nacionais situados em diferentes bacias hidrográficas, que não têm 
nenhuma ligação física entre si, funcionam como se fossem vasos comunicantes interligados por 
linhas de transmissão. 
Como já visto, a capacidade instalada no Brasil em 2010 chegou a 112.398,49 Megawatts 
(MW). O crescimento da potência em relação a 2009 foi de 5,7%. Nos últimos 10 anos, o acréscimo 
foi de 50,1%. 
 
2.2.1Sistema Interligado Nacional - SIN 
Com o objetivo de ampliar a confiabilidade e otimizar os recursos energéticos e homogeneizar 
mercados foi criado o sistema interligado nacional – SIN, visto que o parque gerador nacional é 
constituído, predominantemente, de centrais hidrelétricas de grande e médio porte, instaladas em 
diversas localidades do território nacional. Por outro lado, existe uma concentração de demanda em 
localidades industrializadas, em que não se concentram as centrais geradoras. Estas características 
são imperativas para a implantação de um sistema de transmissão de longa distância 
A Operação Nacional do Sistema Elétrico por meio do ONS concentra sua atuação sobre a 
Rede de Operação do Sistema Interligado Nacional. O sistema interligado de eletrificação permite 
que as diferentes regiões permutem energia entre si, quando uma delas apresenta queda no nível 
dos reservatórios.2.2.2 Transmissão de Energia Elétrica no Brasil 
As linhas de transmissão no Brasil costumam ser extensas, porque as grandes usinas 
hidrelétricas, geralmente, estão situadas a distâncias consideráveis dos centros consumidores de 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 energia. Atualmente, o país está quase que totalmente interligado, de norte a sul. 
Apenas o Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e parte dos Estados do Pará ainda 
não fazem parte do sistema integrado de eletrificação. Nestes Estados, o abastecimento é feito por 
pequenas usinas termelétricas ou por usinas hidrelétricas situadas próximas às suas capitais. 
 
2.2.3 Sistemas de Distribuição no Brasil 
 Resolução nº. 414/2010 
 
 A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) consolidou os direitos e deveres dos 
consumidores de energia elétrica na nova Resolução nº. 414 em 15 de setembro de 2010, que trata 
das Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica, em substituição à Resolução nº. 
456/2000. 
As principais mudanças da nova Resolução nº. 414/2010, que trata das Condições Gerais de 
Fornecimento de Energia Elétrica são: 
 
 As distribuidoras passarão a oferecer atendimento presencial em todos os municípios 
de sua área de concessão ou permissão. 
 Regras para disciplinar a qualidade do atendimento comercial prestado pela 
distribuidora, com a padronização de todos os procedimentos e prazos. Em caso de 
violação dos prazos pela distribuidora, o consumidor passa a ter direito de receber um 
crédito financeiro em sua fatura de energia elétrica. 
 Suspensão do fornecimento só poderá ocorrer em horário comercial e só pode ser 
feita até 90 dias após o vencimento da fatura em aberto, a não ser em casos de 
determinação judicial ou outro motivo justificável. 
 
 Outra alteração da norma se refere às restrições ao consumidor inadimplente. Nesses 
casos, a distribuidora pode condicionar a prestação de alguns serviços, como ligação 
ou alteração da titularidade da unidade consumidora, bem como os pedidos de 
religação, de aumento de carga, de contratação de fornecimentos especiais ou de 
serviços. Entretanto, a distribuidora não pode condicionar o atendimento a essas 
solicitações ao pagamento de débito não autorizado pelo consumidor ou de débito 
pendente em nome de terceiros, exceto nos casos de sucessão comercial. 
 
A unidade consumidora de energia elétrica, dependendo da carga instalada, poderá ser 
enquadrada no grupo A ou no grupo B. 
 
Grupo A (alta tensão): é composto por unidades consumidoras, que recebem energia em 
tensão igual ou superior a 2,3 kilovolts (kV) ou são atendidas a partir de sistema subterrâneo de 
distribuição em tensão secundária, caracterizado pela tarifa binômia (aplicada ao consumo e à 
demanda faturável). No grupo A, geralmente, se enquadram indústrias e estabelecimentos 
comerciais de médio ou grande porte. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
Grupo B (baixa tensão): é caracterizado por unidades consumidoras atendidas em tensão 
inferior a 2,3 kV, com tarifa monômia (aplicável apenas ao consumo). 
 As unidades consumidoras são classificadas em classes e subclasses pela distribuidora de 
acordo com a atividade nela exercida. O consumidor do tipo B1 é o residencial. O consumidor rural é 
chamado de B2, enquanto estabelecimentos comerciais ou industriais de pequeno porte são 
classificados como B3. A iluminação pública é enquadrada no subgrupo B4. 
 
 
2.3 Características dos Sistemas Elétricos de Potência 
 
Como já estudamos Sistemas elétricos de potência (SEP) é o conjunto constituído por 
centrais elétricas, subestações de transformação e de interligação, linhas e receptores, ligados 
eletricamente entre si. São grandes sistemas de energia que englobam geração, transmissão e 
distribuição de energia elétrica. 
A geração de energia elétrica se faz em usinas localizadas em função de suas características 
próprias. Usinas hidrelétricas, que usam represamento de rios e lagos, são localizadas nos pontos 
dos rios e lagos considerados mais eficientes para o armazenamento do volume ideal de água. 
Usinas térmicas podem ser localizadas em pontos mais convenientes para a transmissão e controle. 
Geradores eólicos são localizados em pontos com maior volume de ventos. 
O sistema elétrico de potência engloba todas as formas de geração de energia elétrica e sua 
transmissão até os consumidores. 
Os Sistemas Elétricos de Potência apresentam as seguintes características: 
• Normalmente são trifásicos; 
• Apresentam um grande número de componentes; 
• Possuem transformadores, que particionam o sistema em seções de diferentes níveis 
de tensão. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
 
2.3.1 Representação do Sistema Elétrico 
 
Os sistemas elétricos podem ser representados graficamente por meio de Diagramas. 
Usar símbolos gráfico para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação é o 
que denominamos como diagramas elétricos. A correta leitura e interpretação de diagramas é 
essencial para a carreira de um bom eletricista, pois o diagrama elétrico garante uma linguagem 
comum a qualquer eletricistas pois o desenho é uma representação visual universal. Desta maneira 
se você sabe ler um diagrama elétrico aqui no Brasil você vai saber ler um diagrama elétrico em 
qualquer parte do mundo. 
Nem todos os eletricistas sabem ler e interpretar um diagrama elétrico e isso torna um 
diferencial entre a categoria de trabalho. Os chamados eletricistas práticos, aqueles que fazem as 
instalações mas não tem a teoria da eletricidade são profissionais que muitas vezes não sabem ler e 
interpretar diagrama elétricos. 
 
Existem quatro tipos de diagrama elétricos: 
• Diagrama funcional; 
• Diagrama multifilar; 
• Diagrama unifilar; 
• Diagrama trifilar; 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
Diagrama funcional. 
O diagrama funcional é bastante usado por se referir a apenas uma parte da instalação 
elétrica, ele possui todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito elétrico, 
permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo. 
Este diagrama não demonstra com exatidão a posição exata dos componentes nem medidas 
de cabos ou percurso real destes. Os condutores são representados por retas sem inclinação e de 
preferências sem cruzamentos. Usado para explicar o funcionamento e não posicionamento de 
componentes. 
 
Diagrama Multifilar 
O diagrama multifilar é representação mais minuciosade uma instalação elétrica, assim como 
no diagrama funcional ele também mostra todos os condutores e componentes. Mas, além disso ele 
tenta representar os componentes da instalação bem como os condutores em sua posição correta. 
Desenhando em plano tridimensional ele representa detalhes de componentes e conexões. 
Devido sua complexidade este diagrama é pouco usado, sua interpretação para grandes circuitos é 
demasiada complexa. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
 
Diagrama unifilar 
O diagrama unifilar é o mais usado pelos eletricistas instaladores nas obras. Ele é 
desenhando sobre a planta baixa (planta arquitetônica) e apresenta os dispositivos e trajeto dos 
condutores rigidamente em suas posições físicas apesar de ser em uma representação 
bidimensional. 
Uma diferença aos dois outro modelos de diagrama e que neste todos os condutores de um 
mesmo percurso são representados por um único traço e símbolos que identificam neste traço os 
outros condutores. 
Não é representado com clareza neste diagrama o funcionamento da instalação, pois não 
permite visualizar com clareza o percurso da corrente elétrica. A prática adquirida com o tempo na 
leitura deste tipo de diagrama proporciona ao eletricista saber interpretar com facilidade uma 
instalação elétrica e sem o auxílio de outros diagramas. 
O diagrama unifilar serve especialmente para se verificar, com rapidez, quantos condutores 
passarão em determinados eletrodutos e qual o trajeto do mesmo. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
 
Diagrama trifilar. 
Amplamente usado em sistemas de comandos elétricos e maquinas trifásicas o diagrama 
trifilar representa cada uma das três fases de uma sistema elétrico e suas respectivas derivações, 
tendo características muito parecidas com o diagrama unifilar. 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 Os diagramas compõem, junto a outros documentos elétricos, o prontuário das instalações 
elétricas. A norma NR10 criou uma obrigatoriedade para que as empresas possuam e mantenham 
atualizados os diagrama elétricos. A facilidade que o diagrama proporciona ao profissional que for 
realizar uma manutenção é tão grande quanto a segurança que o mesmo propicia, os acidentes em 
eletricidade acontecem com menos frequência em instalações que possuem diagramas corretos e 
atualizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
A organização do trabalho tem um papel fundamental para uma padronização e segurança 
dos trabalhadores envolvidos, visto que nesta etapa será feita a avaliação prévia, estudo e 
planejamento de atividades e ações. 
Segundo a NR-10, antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus membros, em conjunto com 
o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as 
atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos 
e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. 
A organização do trabalho determina a atividade das pessoas, as responsabilidades e o modo, 
em que o trabalho será realizado. 
Em trabalhos com eletricidade, para obter uma organização do trabalho eficaz, há 
necessidade de alguns fatores como: 
 Programação e planejamento dos serviços. 
 Trabalho em equipe. 
 Prontuário e cadastro das instalações. 
 Métodos de trabalho. 
 Comunicação. 
 
3.1 Programação e Planejamento dos Serviços 
 
A programação e planejamentos dos serviços preveem os principais riscos e falhas que 
podem ocorrer no trabalho a ser executado, utilizando das técnicas de análise de risco para prevenir 
quaisquer acidentes que venham a ser identificados. A NR-10 estabelece que em todas as 
intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco 
elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a 
segurança e a saúde no trabalho. 
Outro aspecto da programação e planejamento é de determinar a quantidade de recursos 
humanos (trabalhadores) e recursos materiais (máquinas e ferramentas) necessários, bem como o 
tempo de duração do serviço. 
O planejamento possibilita avaliar o melhor caminho adequado e reavaliar todo o processo 
que se destina, estabelecendo a melhor programação para cada serviço a ser execultado, além de 
estabelecer o profissional correto para cada tarefa. 
A programação estabelece os procedimentos passo a passo a serem tomados para a 
execução de determinado serviço, duração e medidas de segurança a serem tomadas. 
Os objetivos e medidas da programação e planejamento devem ser claros e de fácil 
entendimento, pois não poderá haver dúvidas, por parte dos trabalhadores, sobre todo o processo, 
bem como em suas tarefas a serem executadas. 
O supervisor responsável pela programação e planejamento dos serviços deve conhecer todo 
o processo, em que o serviço esta submetido, participando do planejamento, corrigindo 
irregularidades e situações de risco e perceber as dificuldades encontradas, após o fim do serviço, 
de modo que procure melhorar, ainda mais, os procedimentos. 
3.2 Trabalho em Equipe 
 
O trabalho em equipe é fundamental para serviços, em que há necessidade de mais de um 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 profissional. Para um trabalho em equipe eficiente, todos os profissionais devem estar envolvidos e 
buscando o mesmo objetivo, sendo que equipe é um grupo de pessoas, que se junta para alcançar 
um objetivo em comum. 
Para uma equipe alcançar o objetivo comum, de modo eficaz, cada membro deve saber suas 
funções, suas responsabilidades e a importância da tarefa para a equipe, além de ter uma visão 
sistêmica (visão geral) sobre o serviço. 
A NR-10 estabelece que antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em Alta Tensão 
(AT), o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma 
avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender 
os princípios técnicos básicos e as melhores técnicasde segurança em eletricidade aplicáveis ao 
serviço. 
 
3.3 Prontuário e Cadastro das Instalações 
Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário 
de Instalações Elétricas com os esquemas unifilares atualizados, contendo as especificações do 
sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção, além disso, devem 
conter, no mínimo: 
a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de 
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas 
de controle existentes; 
b) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o 
ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; 
c) Documentação comprobatória da qualificação, da habilitação, da capacitação, 
da autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; 
d) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de 
proteção individual e coletiva; 
e) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; 
f) Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas 
de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. 
Os prontuários e cadastros das instalações devem ser visíveis e de conhecimentos de todos 
os profissionais, que irão realizar os serviços em eletricidade. Dependendo da empresa, esses 
documentos podem estar disponíveis na Intranet (rede interna de computador) ou até mesmo 
impressas em pastas para consultas, em que as mesmas deverão ser atualizadas por profissional 
legalmente habilitado, sempre que houver novos procedimentos de trabalhos, esquemas elétricos, 
testes de Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), 
treinamentos e plano de emergência entre outros procedimentos que influem, diretamente ou 
indiretamente, com a segurança no trabalho. 
3.4 Métodos de Trabalho 
O método de trabalho consiste em analisar a melhor maneira de realização do trabalho com 
segurança, para isso exigindo conhecimentos técnicos e habilidades do profissional. 
O treinamento dos profissionais e a utilização de ferramentas adequadas, bem como os 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 equipamentos de proteção são essenciais para um método de trabalho eficaz. 
O estudo dos métodos de trabalho tem assumido cada vez mais relevância. Não no sentido 
de limitar o homem a executar as tarefas mecanicamente, mas com o objetivo de que ele participe 
em todo o sistema de trabalho, apelando à sua criatividade, ao seu sentido crítico e ao seu 
conhecimento da tarefa. No entanto, para isso é preciso executantes com formação adequada, com 
conhecimentos de base, que lhes permitam se adaptar às tecnologias, flexibilizar as tarefas e os 
métodos e partir sempre para novas tarefas e novos métodos. 
Os serviços em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT) somente podem ser 
realizados, quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional 
autorizado 
3.4.1 Definição e Objetivos 
Método é um conjunto de movimentos empregados na realização de uma operação, tendo 
uma sequência finita de acontecimentos e determinada utilização de dispositivos (ferramentas). 
O melhor método de trabalho é aquele que proporciona segurança sendo simples, rápido, 
econômico e menos fatigante, buscando melhoras na qualidade em geral. 
O objetivo de um estudo do método é aperfeiçoar os procedimentos implantados no posto de 
trabalho, aperfeiçoando as concepções de equipamentos, buscando uma economia na utilização das 
máquinas, materiais e recursos humanos, reduzindo a fadiga e aumentando a segurança geral. 
Quando se propõe a fazer um estudo de métodos, há que fazer a escolha dos problemas a 
estudar, isto é, há que definir prioridades, sendo que uma delas é a segurança. 
 
3.5 Comunicação 
A comunicação é o principal pilar para uma organização do trabalho, sendo esta a 
responsável pela transmissão dos procedimentos e métodos, além de informações que possibilitam a 
proteção e prevenção de acidentes. A comunicação tem a função de informar a equipe sobre os 
objetivos do serviço e o papel de cada profissional no processo. 
Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT), bem como 
aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento, que permita a 
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante 
a realização do serviço. 
A comunicação deve ser feita via radio ou telefone, tendo a equipe ou centro de operações 
informações sobre qualquer anormalidade dos procedimentos e riscos decorrentes não analisados. 
Não se pode esquecer que a segurança em eletricidade vai além da comunicação verbal, 
tendo exigências de comunicação visual, com placas, cones, faixas e cartões comunicando os 
perigos ou riscos dos serviços decorrentes a área energizada. 
A comunicação abrange também a importância em divulgar informações relacionadas com os 
riscos, planos, objetivos, entre outros, criando um clima no qual as pessoas estejam sempre 
estimuladas em trazer notícias a respeito dos perigos, dos incidentes e das lesões, surgindo uma 
preocupação de todos pela segurança. 
 
 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
4 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS 
Muitas vezes, o comportamento é decisivo para os meios pelos quais os objetivos serão 
atingidos e as razões pelas quais outros não poderão ser alcançados. 
Uma das grandes indagações que se faz no mundo da segurança é saber o que separa os 
equipamentos modernos, normas e procedimentos, orientações de treinamento da atuação concreta 
dos trabalhadores. 
O comportamento pode ser entendido como um conjunto de relações que se estabelecem 
entre aspectos de um organismo e aspectos do meio, em que ele atua e as consequências da sua 
atuação, sendo o meio caracterizado como máquinas, ferramentas, relação com colegas e 
supervisores, normas e procedimentos entre outros. 
Competências são repertórios de comportamentos que algumas pessoas dominam melhor 
que outras, o que as faz eficaz em uma determinada situação. Pode-se, também, designá-las com a 
sigla CHAI - reunião de conhecimentos, habilidades, atitudes e interesses que, em ação, diferenciam 
umas pessoas das outras. As competências são observáveis na situação cotidiana de trabalho e/ou 
em situações de teste, quando evidenciam, de forma integrada, atitudes assertivas, características 
pessoais, conhecimentos adquiridos. 
As formas de comportamento em espaços coletivos, abordagem com os colegas e superiores, 
linguagem utilizada e apresentação pessoal pode fazer toda a diferença no relacionamento com a 
empresa e equipe em que se atua. 
 
4.1 Comportamento Seguro 
 
Trabalhar somente com estratégias para se conseguir um ambiente de trabalho seguro não é 
suficiente. O ideal é que se estabeleça a combinação de estratégias com programas de capacitação 
e de relacionamento e que estas possam estar alicerçadas nos aspectos individuais, na organização 
e em políticas de trabalho. 
O comportamento seguro pode ser definido por meio da capacidade de identificar e controlar 
os riscos da atividade no presente, para que isso resulte em reduçãoda probabilidade de 
consequências indesejáveis no futuro, para si e para o outro. 
Não há dúvida de que aprender a se comportar de forma preventiva pode ser um dos meios 
de prevenir lesões e doenças relativas ao trabalho e um dos pontos que evidencia isto é a mudança 
de comportamentos. 
 
4.1.1 Aspectos individuais 
 
Sabe-se que indiferentemente do nível, em que estejam enquadrados os trabalhadores, os 
variados costumes, as atitudes, os conhecimentos e até mesmo as condições físicas e mentais se 
modificam de tempo em tempo na medida em que neles se aprofundam: 
 
 
 
 A experiência. 
 A capacitação. 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
 A idade e condições físicas. 
 O estresse. 
 Os interesses pessoais. 
 A satisfação no trabalho. 
 A vida fora do trabalho. 
 As ambições e a satisfação no trabalho. 
 As atitudes. 
 A motivação no trabalho. 
 As ações. 
 O conhecimento. 
 A percepção. 
 
A motivação é a força que estimula uma pessoa a tomar uma atitude. As pessoas são 
motivadas pelos desejos ou por impulsos que têm. 
Para ser possível motivar uma pessoa para que ela adote o comportamento seguro se deve: 
 
 Desenvolver a percepção relacionada com os riscos; 
 Difundir amplamente informações sobre acidentes; 
 Fixar cartazes com informações sobre atitudes inseguras; 
 Exigir o comprometimento com as normas de segurança; 
 Estimular a apresentação de sugestões, que visem o aprimoramento das medidas de 
prevenção. 
 
Não há um único caminho que possa levar aos aspectos comportamentais com segurança. 
No entanto, alguns procedimentos auxiliam neste sentido, que são: 
 
 Definir claramente as responsabilidades; 
 Explicitar o reconhecimento àqueles que souberam cumprir as recomendações; 
 Facilitar o comportamento seguro, eliminando obstáculos; 
 Facilitar o entendimento do trabalhador sobre o porquê do estabelecimento das 
“exigências”; 
 Realizar treinamento para reduzir a possibilidade de erros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
5 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS 
 
Toda a condição que ocasione riscos à saúde e à vida dos profissionais, não sendo essas 
sanadas pelos Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletiva 
(EPC) são consideradas condições impeditivas para o serviço. Em alguns casos, os próprios 
equipamentos de segurança apresentam irregularidades, surgindo assim uma condição impeditiva 
para o serviço. 
Os serviços em instalações energizadas ou em suas proximidades devem ser suspensos de 
imediato na iminência de ocorrência, que possa colocar os trabalhadores em perigo. 
Os trabalhadores devem interromper as tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que 
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para a segurança e a saúde própria ou a de 
outras pessoas, comunicando imediatamente o fato ao superior hierárquico, que diligenciará as 
medidas cabíveis. 
O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades, quando verificar 
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja 
possível. 
As situações ou condições de risco podem ser diretas ou indiretas: 
Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou a vida do 
profissional diretamente. Exemplo: Equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o 
serviço. 
Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou a vida do profissional 
indiretamente. Exemplo: Condições climáticas, Iluminação e perigo de desmoronamento. 
Além desses fatores, a NR-10 estabelece que os serviços em instalações elétricas 
energizadas em Alta Tensão (AT), bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência 
(SEP), não podem ser realizados individualmente, visando assim uma melhor avaliação prévia das 
atividades e dos riscos, até mesmo uma alternativa mais rápida de socorro na ocorrência de um 
eventual acidente. 
Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em Alta Tensão (AT), bem como aqueles 
que interajam no Sistema Elétrico de Potência (SEP), somente pode ser realizado mediante ordem 
de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área, caso contrário, 
o profissional não poderá realizar o serviço, sendo deste modo uma condição impeditiva para o 
serviço. Além disso, os serviços somente podem ser realizados, quando houver procedimentos 
específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso NR-10 Complementar – SEP 
Copyright – É proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento 
Profissional Ltda. Lei 9.610/98. 
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso 
 
 
 
 
 
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO 
PROFISSIONALIZANTE 
Cursos e Treinamentos Profissionalizantes 
www.inbraep.com.br 
SUA SEGURANÇA COMEÇA AQUI 
 
 
6 RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO 
Como já visto no curso básico, risco é a capacidade de uma grandeza com potencial para 
causar lesões ou danos à saúde das pessoas. 
Existem diferentes tipos de riscos devido aos efeitos da eletricidade no ser humano e no meio 
ambiente, ainda mais no Sistema Elétrico de Potência (SEP). Os principais riscos são o choque 
elétrico, o arco elétrico, a exposição aos campos eletromagnéticos e riscos adicionais. 
Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada ambiente 
ou processos de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no 
trabalho são vistos como um risco adicional. 
No Sistema Elétrico de Potência (SEP) os riscos são muito elevados, visto que o contato com 
partes energizadas, possivelmente ocasionará a morte do trabalhador, além de eventualmente o 
trabalhador ficar mais exposto aos riscos adicionais, visto que muitos dos serviços são feitos em 
ambiente externo, em que há maior risco em relação às condições atmosféricas. A altura é outro 
risco adicional muito comum, pois muitos serviços também são realizados em torres ou postes 
elétricos. 
 
6.1 Proximidade e Contatos com Partes Energizadas 
 
Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que 
seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de 
acidentes. 
Os contatos com partes energizadas é o principal responsável por acidentes e morte no 
sistema elétrico de potência, por isso, as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas 
ou examinadas devem ser dispostas de modo a permitir um espaço suficiente para trabalho seguro. 
Sabe-se que o choque elétrico causa efeitos diversos como: contrações violentas dos 
músculos, queimaduras, parada respiratória, parada cardíaca, eletrólise de tecidos, fibrilação 
ventricular, hemorragias internas e morte. 
Para evitar os perigos de estar nas proximidades e contatos com partes energizadas, as 
instalações devem ser isoladas e sinalizadas. 
As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de 
se conservarem distâncias

Outros materiais