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Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto MEIOS DE DEFESA ➢ Espécies: o Embargos à execução o Impugnação o Exceção de pré-executividade DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO ➢ Os embargos à execução consistem em ação de conhecimento autônoma, ou seja, não tem natureza de recurso nem de contestação. ➢ É um meio de defesa nas execuções lastreadas em títulos executivos extrajudiciais Natureza Jurídica ➢ Ação desconstitutiva ➢ há uma oscilação de posicionamento da doutrina a estes respeitos. Partes ➢ Embargante = executado, aquele que propõe o embargo ➢ Embargado = exequente, autor da execução, pessoa que o embargo contraria Garantia do Juizo ➢ É desnecessária a garantia do juízo, ou seja, o devedor não precisa penhorar ou depositar bens para apresentar embargos. ➢ Ou seja, não é obrigatória. O embargo poderá ser interposto sem necessidade de penhora, deposito ou caução. ➢ SALVO no caso de execução fiscal, onde a garantia será exigida para suspender os efeitos da execução evitando os atos de cobrança. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. Competência ➢ Será proposto onde está tramitando a execução, pois não pode ser autônomo, tem que haver uma execução (dependência) ➢ Processo será distribuído por dependência e autuados partados o Os embargos marcham em apartado, as copias das peças relevantes instruirão o processo, as quais podem ser autenticadas pelos advogados que se responsabilizam pelo ato praticado. § 1º Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. ➢ Há a possibilidade de execuções por carta, quando houver envolvimento de dois juízos no processo. o Nesse caso, os embargos podem ser endereçados ao juízo deprecante ou deprecado. Deprecante = aquele que emitiu a comunicação. Juizo onde se tramita o processo e que emite carta precatória para outro juízo solicitando-lhe a execução de atos. Tais como: intimação, penhora, etc. Será onde tramita a execução. Deprecado = aquele que recebe a comunicação. Juizo que recebe a carta precatória e fará os atos solicitados pelo deprecante. No caso da execução será onde se localiza os bens a penhora. o Vale destacar que a competência para o julgamento dos embargos é do juiz deprecante. o Somente será competente para o julgamento o deprecado, quando existirem vícios ou defeitos na penhora, avaliação ou alienação de bens realizados pelo juízo que recebeu a carta. § 2º Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado. Prazo ➢ O prazo para oferecer os embargos é de 15 dias, cujo inicio será contado com base no art. 231 da Lei de Ritos Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do art. 231 . ➢ Quando tem mais um executado: a contagem do prazo é a partir da juntada de cada um dos mandados ➢ Em caso de executados cônjuges ou companheiros: será contado a partir da juntada do último mandado. § 1º Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de companheiros, quando será contado a partir da juntada do último. ➢ Contagem de prazo nas execuções por carta: o Da juntada da carta o Da juntada aos autos da comunicação do cumprimento da carta precatória § 2º Nas execuções por carta, o prazo para embargos será contado: I - da juntada, na carta, da certificação da citação, quando versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens; II - da juntada, nos autos de origem, do comunicado de que trata o § 4º deste artigo ou, não havendo este, da juntada da carta devidamente cumprida, quando versarem sobre questões diversas da prevista no inciso I deste parágrafo. ➢ Não se aplica os prazos descritos no art. 229 Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto § 3º Em relação ao prazo para oferecimento dos embargos à execução, não se aplica o disposto no art. 229 . § 4º Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante. Moratória legal (parcelamento) ➢ Quando o portador de titulo executivo extrajudicial vai ao judiciário para cobrar seu titulo executivo contra determinado devedor, ao ser intimado este devedor poderá: o REALIZAR O PAGAMENTO INTEGRAL ▪ O executado paga ao exequente todo o montante devido. o SOLICITAR PARCELAMENTO ▪ O exequente pode pedir para realizar o pagamento de forma parcelada. ▪ Trata-se de um direito potestativo/exclusivo do devedor, independente da concordância do credor, PORÉM obedece a requisitos: ▪ Requisitos para ser concedido o parcelamento: • O requerimento do executado dentro do prazo para oferecer embargo à execução, ou seja, dentro dos 15 dias. • Depósito de 30% do valor da execução somado as custas e aos honorários de advogado. O restante deverá ser pago em 6 parcelas com juros de 1% ao mês. • Ao optar pelo parcelamento, automaticamente desiste do direito de opor embargos, já que ao pedir parcelamento o executado concorda que deve, assim não poderá querer embargar depois para mudar essa posição. • O parcelamento só é possível em execução fundada em titulo executivo extrajudicial. E Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto segundo Didier Jr, o parcelamento também é compatível com a execução fiscal. Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. § 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos o OFERECER DEFESA ▪ Que poderá ser o embargos à execução ▪ Interposto o embargo e sendo este recebido, segue o artigo 920 • O exequente será ouvido no prazo de 15 dias • O juiz julgará imediatamente o pedido ou designará a audiência • Encerrada a instrução o juiz proferirá a sentença Art. 920. Recebidos os embargos: I - o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; II - a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência; III - encerrada a instrução, o juiz proferirá sentença. o INERTE ▪ Não oferecer pagamento voluntário nem defesa, apenas deixar a execução correr. Obs.: Não se aplica ao cumprimento de sentença. Matérias aplicáveis aos embargos (art. 917) ➢ inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação o Inciso I, art. 917 ➢ penhora incorreta ou avaliação errônea; o Inciso II, art. 917 Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto o Poderá ser impugnada por simples petição no prazo de 15 dias § 1º A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato. ➢ excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; o Inciso III, art. 917 o Há excesso de execução quando: §2 § 2º Há excesso de execução quando: I - o exequente pleiteia quantia superior à do título;O embargante, nesse caso, declarará na petição inicial o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. (art.917, §3) Caso, não aponte o valor correto e nem apresente o demonstrativo, os embargos: se tiver só o excesso de execução como único fundamento – será rejeitado liminarmente, sem resolução de mérito; se tiver outros fundamentos, estes serão processados, mas o juiz não examina a alegação do excesso de execução. (art.917, §4) II - ela recai sobre coisa diversa daquela declarada no título; III - ela se processa de modo diferente do que foi determinado no título; IV - o exequente, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o adimplemento da prestação do executado; V - o exequente não prova que a condição se realizou. ➢ retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa; o inciso IV, art. 917 o O exequente pode requerer a compensação de ser valor com o dos frutos ou dos danos. O juiz pode nomear um perito para apuração dos valores. § 5º Nos embargos de retenção por benfeitorias, o exequente poderá requerer a compensação de seu valor com o dos frutos ou dos danos considerados devidos pelo executado, cumprindo ao juiz, para a apuração dos respectivos valores, nomear perito, observando-se, então, o art. 464 . Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ➢ incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; o Inciso V, art. 917 ➢ qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. o Inciso VI, art. 917 Obs.: extras § 6º O exequente poderá a qualquer tempo ser imitido na posse da coisa, prestando caução ou depositando o valor devido pelas benfeitorias ou resultante da compensação. § 7º A arguição de impedimento e suspeição observará o disposto nos arts. 146 e 148 . Rejeição liminar ➢ O juiz rejeitará liminarmente os embargos: Art. 918. O juiz rejeitará liminarmente os embargos: I - quando intempestivos; II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido; III - manifestamente protelatórios. Parágrafo único. Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento de embargos manifestamente protelatórios o Embargos meramente protelatórios o Embargo protelatório é o nome dado aos embargos propostos sem necessidade, apenas para ganhar tempo, e são considerados atos atentatórios a dignidade da justiça. o O embargo interposto com o objetivo apenas de protelar a execução ou dificultar que a prestação seja adimplida será punido quando o juiz assim o identificar. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO JUDICIAL ➢ Matérias passíveis de alegação previstas no artigo 525 §1, CPC o A ausência ou a deficiência do demonstrativo também é matéria de impugnação do cumprimento de sentença (art. 524) o O juiz ao receber o pedido de impugnação, deve despachar determinando que a parte emende o requerimento de cumprimento de sentença, sob pena de extinção. ➢ Também é passível a alegação de nulidade da sentença arbitral. ➢ Não tem efeito suspensivo, podendo ser atribuído mediante garantia de juízo e relevância dos motivos alegados. o Art. 525, §6 Obs.; O cumprimento de sentença tem uma particularidade na prática, que faz com que toda impugnação tem um efeito suspensivo. Porque você entrou com cumprimento de sentença, o juiz manda intimar para se manifestar, a parte apresenta a impugnação. Em tese deveria continuar o pedido da execução enquanto a parte estava respondendo a impugnação, mas na prática acontece que aquele prazo que espera a parte se manifestar sobre a impugnação, não é praticado nenhum ato na execução. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ➢ Ou objeção de não-executividade ➢ Não está prevista no nosso ordenamento jurídico, ➢ É uma criação doutrinária Pontes de Miranda, que está em pleno vigor ➢ Pode ser utilizado tanto na ação de execução como no cumprimento de sentença ➢ Caracteriza-se como meio de defesa do executado que permite a ele carrear a questão ao juiz sem antes impugnado ou oferecido embargos. ➢ Meio de defesa independe de embargos ➢ Cabível quando se tratar de matéria de ordem pública e não houver necessidade de dilatação probatória ➢ Serão examinadas pelo julgador até que ocorra a extinção do processo, por meio de simples petição. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ➢ Não tem prazo, deve ser impetrado durante a execução, até a sentença ➢ Não impede a ocorrência de atos executivos e o juiz pode conceder efeito suspensivo a defesa mencionada lastreado no poder de cautela a ele atribuído, desde que estejam presentes os seguintes requisitos: probabilidade do direito do executado quanto a desconstituição do título ou inexigibilidade da obrigação; e perigo de dano.
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