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Giardíase: Agente Causador e Epidemiologia

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Giardia duodenalis agente causador da 
giardíase. 
Taxonomia 
 Protozoa; 
 Phylum Sarcomastigophora; 
 Ordem Diplomonadina; 
 Gênero Giardia 
As giárdias não possuem mitocôndria 
nem complexo de Golgi, elas obtêm energia 
a partir de mitossomas, que são regiões no 
citoplasma. 
É uma zoonose. 
Foi separado em vários grupos 
genótipos, nomeados por letras, de A a H. 
 Pode parasitar qualquer espécie de 
mamífero. 
 Quando começaram a estudar sobre 
esses genótipos, notaram que eles 
tinham predileção por alguns 
hospedeiros. 
 Genótipos A e B são mais 
encontrados nos humanos; 
 Genótipo C e D são mais 
encontrados em gatos. 
 Mas há possibilidades de 
encontrar um genótipo A ou B 
em um bovino, por exemplo. 
 
Epidemiologia 
 A giardíase é uma doença 
cosmopolita, ou seja, ela é encontrada no 
mundo inteiro. 
 Nos países em desenvolvimento a 
prevalência da doença fica de 5 a 43%; já 
nos países desenvolvidos fica de 3 a 7%. 
Isso se dá por conta do saneamento básico, 
que em países desenvolvidos é bem maior. 
Nesses países ainda tem pequenos surtos, 
por que é de um clima mais temperado, e 
ele permite que a forma infectante da 
giárdia fique mais tempo viáveis no 
ambiente. 
 Segundo a OMS há cerca de 500 mil 
novos caso por ano. Com maior índice em 
crianças de até 12 anos, por conta de 
hábitos de higiene que em idade, 
principalmente de creche, não tem ainda 
essa noção tão clara. 
 Os surtos quando ocorrem estão 
normalmente relacionados à agua 
contaminada utilizadas para abastecimento. 
Transmissão 
 Apenas cistos são responsáveis pela 
transmissão, pois eles são mais resistentes, 
sobrevivendo na agua e no solo por 
semanas, conseguindo passar pelo 
estomago, sucos gástricos e então se 
proliferando no intestino delgado. 
Formas de transmissão: 
 Via oral – ingestão de água e 
alimentos contaminados com cistos; 
 Transmissão direta - através, 
principalmente, por mãos 
contaminadas 
 Autoinfecção – mais ocorrente em 
crianças. Por falta de uma higiene 
correta. 
 Zoonose – cistos pelo cães e gatos, 
através de contaminação ambiental. 
 Habito sexual 
O período de incubação é de 1 a 4 semanas. 
Ciclo de vida 
É um parasita monoxênico, o ciclo vai 
ser classificado como direto. Cada 
hospedeiro que ele entra vai completar o 
ciclo. 
 O ciclo se inicia com a ingestão dos 
cistos, eles possuem uma parede 
cística formada por quitina, ela 
permite a sobrevivência no ambiente 
e ao suco gástrico; 
 O cisto vai passar pelo estomago, 
com ação do suco gástrico vai formar 
fissuras na parede de quitina, indo 
para o duodeno; 
 Quando chega ao duodeno (ela sabe 
que chegou por conta dos sais 
biliares), o cisto vai eclodir a forma 
trofozoíta, de 1 cisto sairão 2 
trofozoítos. 
 Os protozoítas se proliferam por 
fissão binária e colonizam o duodeno; 
 Em um certo momento, ele vai se 
desprender da mucosa seguindo o 
transito intestinal 
 Nesse caminho ele começa a 
produzir quitina, a colocando na sua 
membrana celular; 
 No colón já foi formado a parede de 
quitina, vai sofrer divisão. 
 Após vai para o ambiente até ser 
ingerido por um novo hospedeiro 
Formas de vida 
 
 
Trofozoítos 
 Piriforme com simetria bilateral 
(Pêra); 
 Achatamento dorsoventral; 
 Concavidade central – facilitar a 
aderência nas microvilosidades 
intestinais; 
 2 núcleos funcionais; 
 2 discos adesivos ventrais; 
 Corpos medianos e corpos basais 
(citoesqueleto); 
 4 pares de flagelo (movimento 
super-rápido) 
 
 Esse protozoíta vive no duodeno e 
jejuno, mergulhados na cripta, 
aderidos à mucosa. 
 É um parasita anaeróbico (sem O2); é 
aerotolerante, consegue suportar 
baixas concentrações de oxigênio 
sem morrer; 
 A nutrição é através de transporte 
de membrana e, principalmente, 
pinocitose; 
 Deslocamento é rápido por conta da 
quantidade de flagelos. 
Cistos 
 Tem um formato ovoide, com 
presença de parede cística de 
quitina; 
 4 núcleos; 
 Eliminados quando há fezes 
formadas, para ter tempo do 
transito intestinal para formar a 
parede de quitina. 
 Formas de resistência na água 
permanecendo viável por até 2 
meses; 
 O processo de encistamento vai ser 
no colón, onde já terá o cisto pronto; 
 Desencistamento se inicia quando o 
cisto passa pelo pH do estomago; 
eclodindo depois na região duodenal. 
Patologia 
 A patologia pode ser desde uma 
enterite branda e autolimitada até diarreias 
crônicas e debilitantes. A grande maioria dos 
hospedeiros serão assintomáticos. O 
paciente pode ser sempre assintomático, 
porém com o tempo esse paciente vai 
apresentar perda de peso. 
 Os pacientes assintomáticos para 
controle de parasitose, pois elas não sabem 
que estão parasitadas e liberando cistos 
para o ambiente, e por não terem sintomas 
não são tratados. 
 Quando há sintomatologia ela pode 
ser: 
 Aguda ou intermitente (períodos com 
diarreias e períodos sem); 
 Dores abdominais; 
 Náusea; 
 Diarreia liquida, com presença de 
muco e muita gordura, sendo 
chamado de esteatorreia (odor 
insuportável); 
 Deficiência de absorção intestinal e 
perda de peso. 
Adesão via disco ventral 
 Batimento dos flagelos – quando os 
flagelos batem vai nadar contra a 
mucosa e a pressão física do corpo 
contrário do parasita à mucosa gera 
essa fixação; 
 Processo de ligação proteica – na 
membrana dentro do disco da giardia 
tem lectina que vão se ligar a manose; 
essa ligação vai gerar o alosterismo 
proteico, aproximando o parasita da 
mucosa causando a adesão. 
Mecanismo de patogenicidade 
 É uma ação mecânica – a giardia 
recobre a mucosa que absorve 
gordura, na região com giardia a 
gordura “pula”, o que vai fazer com 
que ela seja eliminada a gordura nas 
fezes. 
 Parasitas em grande quantidade 
aderem e recobrem a parede do 
duodeno, formando um tipo de 
“tapete”; 
 Parasita se desloca arrancando as 
microvilosidades, formando lesões 
diminuindo a absorção; 
 Secreção de proteases; 
 Indução de apoptose de enterócitos; 
 A giárdia não sai da luz intestinal, não 
é capaz de invadir tecidos. 
Resposta imune do hospedeiro 
A resposta imune vai ser baseada em 
PMN e eosinófilos, produção de IgA 
(mucosas). Não tem resposta com memória. 
Essa produção de IgA na mucosa faz 
com que gere uma inflamação crônica, 
fazendo com que as microvilosidades do 
tecido ficam atrofiada, diminuindo a 
capacidade de absorção de nutrientes. 
A giardia tenta escapar do sistema 
imune, onde a variação antigênica retarda a 
resposta imune. 
A capacidade de sobrevivência dela 
em ambiente de luz intestinal, sem contato 
com tecidos favorece que tenha essa 
resposta inespecífica. 
O encistamento é também um 
mecanismo de escape. 
Diagnostico 
 Parasitológico de fezes; 
 Fezes formadas vão ter 
cistos; 
 Em diarreia vai ser 
encontrada trofozoítas. 
 O ideal é pedir 3 amostras, 
pois não tem produção 
continua de cistos. 
 Teste imunológico – para pesquisa 
de antígenos nas fezes. É mais caro 
e pode ter reação cruzada com 
outros organismos. 
Medidas preventivas de transmissão 
 Saneamento básico – tratamento de 
esgoto e agua; 
 Higiene pessoal – creches e asilos um 
cuidado maior; 
 Alimentos crus; 
 Tratamento dos doentes; 
 Tratamento dos portadores 
assintomáticos – MUITO 
IMPORTANTE; 
 Diagnóstico e tratamento de animais 
de estimação; 
 A vacina para animais domésticos não 
é recomendada, pois tem uma 
proteção baixa, não sendo efetiva; 
 Descontaminação ambiental – cloro, 
vapor de agua, vassoura de fogo. 
Tratamento 
 Diversos antiparasitários; porem há 
uma resistência da giárdia com alguns 
medicamentos, principalmente os 
mais comuns.

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