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Resumo de suporte básico de vida

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Resumo de suporte básico de vida
Alunos : Gabriel xavier lopes do santos UP:18228485
Jhuly marcelino fernandes UP : 18212837
O sistema de emergências médicas
O sistema de emergência médica pré‑hospitalar teve sua consolidação durante a
guerra do Vietnã, reduzindo drasticamente o risco de morte dos feridos, seja através
do controle de grandes hemorragias, como também no transporte rápido das vítimas
até os centros especializados. Na década de 1970, houve uma valorização desse
tipo de atendimento e a criação de insumos importantes, como o desfibrilador
cardíaco, instrumento utilizado até hoje, contudo, com uma influência tecnológica
invejável. O Serviço de Emergência Médica (SEM) consiste num conjunto de ações
extra‑hospitalares, hospitalares e intra‑hospitalares que possibilitam uma ação
multidisciplinar rápida e eficaz em situações de emergência clínica ou traumática e
com risco de vida iminente.
O ATENDIMENTO PRÉ‑HOSPITALAR
O Ministério da Saúde define APH como os cuidados imediatos oferecidos às
vítimas de agravos traumáticos ou não, que podem acarretar sofrimento e até morte,
no local do acidente, prestados por profissionais treinados, como bombeiros,
policiais, médicos, equipe de enfermagem (enfermeiro, auxiliares e técnicos) até o
encaminhamento da vítima, que pode ser aéreo, terrestre ou marítimo, dependendo
da gravidade, para um serviço de saúde especializado. O APH envolve uma
sequência de atividades que compreendem desde a segurança do local, avaliação
inicial da vítima e estabilização dos sinais vitais é até o transporte adequado e
rápido para uma unidade especializada. Para que esse atendimento seja eficaz, é
necessário que a equipe tenha um preparo emocional, cognitivo e psicomotor. Antes
da determinação do tipo de atendimento, o socorrista é obrigado a avaliar a cena
para que possa dimensionar os riscos potenciais existentes nela, prevenindo, dessa
maneira, outros acidentes que possam vir a ocorrer. A avaliação de cena é divida
em quatro fases:
• Segurança – verificar se a cena é segura para ser abordada. • Cinemática do
trauma – verificar como se deu o acidente ou sinistro.
• Bioproteção – uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), luvas, óculos de
proteção e máscara, para evitar a contaminação por agentes biológicos ou
substâncias tóxicas.
• Triagem e número de vítimas. A execução do APH pode ser realizada em dois
modelos distintos: suporte básico de vida (SBV) e suporte avançado de vida (SAV).
Suporte básico de vida (SBV)
Consiste no atendimento básico, isento de cuidados invasivos, podendo ser
realizado por leigos previamente treinados. A unidade móvel é composta de um
motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem, cabendo a eles atender
situações de inexistência de risco imediato à vida.
Suporte avançado de vida (SAV)
É caracterizado pelo atendimento mais invasivo e com suporte ventilatório e
circulatório, em situações em que há um grau de comprometimento das funções
vitais capaz de comprometer seriamente a qualidade ou a expectativa de vida da
vítima. Essa unidade móvel é formada, obrigatoriamente, por um médico, um
enfermeiro e um motorista, que se revezam conforme escala de trabalho
pré‑determinada.
A CORRENTE DE SOBREVIDA
Uma vez abordada a cena do trauma ou o local onde a vítima se encontra e definida
a prioridade do resgate, que estará diretamente relacionada com o maior risco de
morte, o socorrista deve iniciar uma sequência de atividades padronizadas e
ordenadas, denominada Corrente de Sobrevida. Em 1992, a American Heart
Association (AHA), define a Corrente de Sobrevida como uma série, ordenada e
encadeada, de medidas que devem ser tomadas no atendimento de uma Parada
Cardiorrespiratória (PCR). Para que essa cadeia seja eficaz é necessário que todas
as etapas sejam realizadas, pois todas têm similar importância, além de serviços de
atendimento de emergência ágeis e bem-preparados. A cadeia de sobrevivência é
constituída de 5 elos:
1 – Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço e urgência.
2 – Ressuscitação cardiopulmonar (RCP), com ênfase nas compressões torácicas.
3 – Rápida desfibrilação.
4 – Suporte avançado de vida.
5 – Cuidados pós‑parada cardíaca eficiente.
Em 2015, de acordo com revisão das diretrizes do AHA, a cadeia/corrente de
sobrevida deve ser definida como a partir do local onde ocorreu a PCR, se intra ou
extra‑hospitalar, criando duas cadeias de sobrevivência do adulto. Para o
extra‑hospitalar, a ênfase é a resposta imediata à PCR súbita. Dentro desse
contexto, há a necessidade de exposição nas mídias sociais da necessidade de
recrutamento de voluntários para realizarem a RCP se estiverem próximos a uma
vítima de PCR. Já a prevenção desses eventos indesejáveis é o foco no
intra‑hospitalar (AHA, 2015).
ATENDIMENTO BÁSICO AO POLITRAUMATIZADO
O APH se inicia quando o socorrista chega à cena do trauma e, antes mesmo de
atender à vítima, avalia a cena, adota procedimentos de segurança local, que
confirmam a veracidade das informações, realiza a triagem e identifica as
prioridades. De acordo com um consenso geral, a avaliação rápida e precisa de
uma vítima de trauma é de extrema importância para que medidas sejam aplicadas
adequadamente ao suporte de vida, através de uma abordagem sistematizada e de
um tempo adequado. Dentre as etapas dessa sistematização, temos:
• Preparação.
• Triagem.
• Exame primário (CAB da vida).
• Reanimação.
• Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação.
• Exame secundário e história pregressa.
• Medidas auxiliares ao exame secundário.
• Reavaliação e monitoração após a reanimação.
• Cuidados definitivos.
É necessário que os exames primários e secundários sejam feitos continuamente no
decorrer do atendimento, haja vista que uma vítima de trauma pode reverter seu
quadro em muito pouco tempo.

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