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Maria Luiza Peixoto - FMT LXII 4 FERTILIZAÇÃO INTRODUÇÃO: Para o processo de fertilização acontecer, é necessário que o espermatozóide passe por um processo chamado de capacitação. CAPACITAÇÃO Processo de maturação dos espermatozóides Os espermatozoides que chegam à vagina estão maduros, mas ainda não capacitados para a fecundação. Para tornarem-se capacitados, eles precisam entrar em contato com os líquidos da tuba uterina. Por fora do acrossomo existe uma membrana para proteger o acrossomo do pH vaginal e, por isso, é necessária essa capacitação. TAXIA ESPERMÁTICA A taxia espermática é o conjunto de fatores que impulsionam o movimento do espermatozoide do istmo da tuba para a ampola. A termotaxia é o movimento do espermatozoide atraído pela temperatura da ampola tubária, que é maior do que no istmo. A quimiotaxia é o movimento do espermatozoide atraído por substâncias químicas liberadas pelo ovócito na ampola. TRATO GENITAL FEMININO O aparelho reprodutor feminino é formado por dois ovários, duas tubas uterinas, o útero, a vagina e a genitália externa. O endométrio reveste o útero Fimbrias, que estão presentes na extremidade da tuba uterina, captam o ovócito que saiu do ovário durante a ovulação A tuba Uterina possui um tecido ciliado para ajudar no deslocamento do ovócito no processo de fertilização Demora cerca de 12h para o ovócito chegar até a ampola Todo mês um ovócito é liberado FERTILIZAÇÃO: Começa no encontro do Espermatozoide com o Ovócito e Termina na 1 divisão mitótica do zigoto (na metáfase). REAÇÃO ACROSSÔMICA O primeiro espermatozoide que atravessar a corona radiata e se acoplar à zona pelúcida vai desencadear a chamada reação acrossômica. Dentro do acrossomo existem enzimas que permitem a passagem do espermatozoide para perfurar a coroa radiata para chegar até a zona pelúcida REAÇÃO ZONAL Acontece após a entrada do espermatozóide na zona pelúcida. Essa reação, que é percebida pelo ovócito, libera grânulos corticais responsáveis por enrijecer a zona pelúcida de forma a impedir que os ligantes se acoplem a mais espermatozoides, impedindo a polispermia. Este processo é denominado reação zonal. A cabeça e cauda do espermatozoide entrarão no ovócito e acontecerá uma Fusão das membranas do espermatozoide e do ovócito porque eles possuem a mesma constituição. A mitocôndria paterna se degenera nesse processo. Além disso, com o material genético do espermatozoide em seu citoplasma (isolado do material genético do ovócito), o ovócito termina imediatamente sua meiose 2 E é formado o prónucleo feminino e masculino. Pronúcleo: núcleo com cromossomos descondensados Ovócito torna-se uma oótide nesse momento Maria Luiza Peixoto - FMT LXII 5 A formação do fuso de clivagem (fibras do fuso) é o fim da fertilização, formando um zigoto (Início da primeira divisão mitótica.) Fertilização termina até 24h após a ovulação Fator do início da gravidez: proteína imunossupressora. Impede que o zigoto seja reconhecido como estranho Aparece no soro materno 24h a 48h após a fertilização Pilula do dia seguinte não age na proteína imunosupressora. Zigoto produz a proteína imunossupressora RESULTADO DA FERTILIZAÇÃO: 1. Estimula o ovócito secundário a formar a 2° divisão meiótica 2. Restaura o n° diplóide de cromossomos 3. Variação da genética humana 4. Determina o sexo cromossômico do embrião 5. Causa a ativação do ovócito e início da clivagem DISPERIMIA E TRIPLOIDIA • Dois espermatozóides podem participar da fertilização – dispermia • Zigoto com 69 cromossomos – concepçao triplóide • 20% dos abortos espotâneos cromossomicamente anormais. FERTILIZAÇÃO IN VITRO → Coleta de vários ovócitos → Gonadotrofinas são injetadas na mulher. → Hipófise é estimulada para a produção de TSH → Ovócitos secundarios são coletados e colocados numa placa de Petri junto com espermatozoides capacitados → Espermatozoide passa num liquido ácido (que simula o que tem no trato genital feminino) antes para poder capacitá-los IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO Fixação no endométrio e geralmente, na parte superior do útero. Mais frequente na parede posterior que na anterior, onde a placenta cresce melhor. Pode acontecer dentro ou fora do utero tambéM IMPLANTAÇÃO CERVICAL Quando ocorre no colo uterino A parede possui a mesma constituição, mas o colo é mais fina. Espessura menor e não é adequada para o crescimento do embrião Tecido endocérvico Endométrio está mais bem preparado Pode ocasionar uma hemorragia interna devido a parede fina. PLACENTA PRÉVIA istimo -> transição entre colo uterino e corpo uterino. Placenta deveria sair previamente num parto normal(existem dois istimos) Pode ter gestação normal, mas deve ter um bom acompanhamento Diminuição da oxigenação do feto durante o parto normal, por isso, deve ser cesárea. Cesárea deixa algumas cicatrizes. Maria Luiza Peixoto - FMT LXII 6 IMPLANTAÇÃO EXTRA-UTERINA Geralmente na tuba uterina ou na cavidade abdominal GRAVIDEZ TUBÁRIA 95 a 97% das implantações ectópicas Tuba, ampola ou istmo SINAIS E SINTOMAS DA GRAVIDEZ TUBÁRIA: • Amenorréia (falta de menstruação) • Dor abdominal e sensibilidade • Sangramento • Peritonite • Tuba D pode ser confundida com apendicite O sangramento acontece porque não vai ter muito estímulo de progesterona, então o endométrio não vai ficar integro. DIAGNÓSTICO: • hCG é produzido mais lentamente • Ultra-sonografica endovaginal O que pode ser feito: • Procedimento medicamentoso no início • Remoção cirúrgica da tuba por laparoscopia GRAVIDEZ ABDOMINAL “Feto de Pedra”: Litopédio Criança calcificada Inibição da Implantação: Doses altas de estrógeno – levonorgestrel até 72h após a relação sexual. Vai acelerar a passagem do zigoto pela tuba e alterar a morfologia do endométrio ➔ Não deve ser usado como método anticoncepcional rotineiro Pílula do dia seguinte: • Pílula do dia Seguinte inibe a implantação • Pílula faz um aborto • Pode ter muitos efeitos colaterais: dores de cabeça, alteração de humor, alteração do ciclo menstrual • Deve ser usado em situações específicas REFERÊNCIAS: • Anotações da aula • MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia C línica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016 • SADLER, Thomas W.. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016.
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