Fecundação

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1 CONCEPÇÃO I EMBRIOLOGIA LETICIA LEÃO 30/03/2021 
 Fecundação 
Gameta feminino: 
Características gerais do oócito secundário (gameta) 
 
 Células do cummulus oophorus: corona 
radiata - Secretam matriz extracelular em 
abundância rica em ácido hialurônico 
 Zona pelúcida - Material glicoproteico; antes 
do espermatozoide liberar as enzimas, precisa 
se ligar. Zona pelúcida garante especificidade 
(humanos com humanos) 
Gameta masculino: 
 
Transporte do oócito feminino: 
 Na ovulação, as extremidades fimbriadas da 
tuba uterina se aproximam do ovário 
 Sai do ovário para o infundíbulo e a fertilização 
deve ocorrer preferencialmente na ampola 
para onde ele vai devido à peristalse. 
 A peristalse conduz em direção ao útero 
 Viabilidade do gameta feminino: 24h depois 
de ser liberado 
 Se fertilizado: 3 a 4 dias sofrendo mitose e se 
deslocando pela tuba 
Transporte do espermatozoide: 
 A ejaculação reflexa é dividida em: emissão e 
ejaculação 
 Emissão: o sêmen é enviado para a porção 
prostática da uretra pelos ductos ejaculatórios 
por peristalse dos ductos deferentes; a 
emissão é uma resposta autônoma simpática. 
 Ejaculação: o sêmen é expelido pela uretra 
pelo óstio uretral externo devido ao 
fechamento do esfíncter vesical no colo da 
bexiga, da contração do músculo uretral e da 
contração dos músculos bulboesponjosos 
 Os espermatozoides são transportados do 
epidídimo para a uretra por peristalse dos 
ductos deferentes. As glândulas sexuais 
(seminais, próstata e bulbouretrais) produzem 
secreções que são adicionadas ao fluido 
espermático no ducto deferente e na uretra. 
 Os espermatozoides passam pelo colo uterino 
graças a cauda 
 Enzima vesiculase - produzida pelas glândulas 
seminais forma um tampão (coagula o sêmen 
ejaculado) e impede o retorno do sêmen para 
a vagina 
 Na ovulação, o muco também ajuda o 
deslocamento dos espermatozoides. 
 Prostaglandina- estimulam a motilidade 
uterina no momento da relação sexual e 
auxiliam no transporte dos espermatozoides 
até o local de fecundação na ampola uterina. 
 A frutose secretada pelas glândulas seminais é 
fonte de energia para os espermatozoides no 
sêmen 
 
Maturação dos espermatozoides: 
 Os espermatozoides recém ejaculados não 
conseguem penetrar o oócito, por isso, 
passam por transformações (capacitação) que 
duram cerca de 7h 
 Durante a capacitação, glicoproteínas e 
proteínas seminais são removidas da cabeça 
do acrossomo 
 Essas mudanças não alteram o 
espermatozoide morfologicamente, mas o 
tornam mais ativo 
 
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 A capacitação ocorre na tuba uterina ou no 
útero devido a substancias secretadas nessas 
regiões 
 Acrossoma de um espermatozoide capacitado 
entra em contato com glicoproteína ZP3 da 
zona pelúcida. 
 Membrana plasmática+ íons cálcio+ 
prostaglandinas+ progesterona tem papeis 
importantes na reação acrossomica 
 A reação acaba antes do espermatozoide se 
fundir ao oócito 
 Quando entram em contato com a corona 
radiata sofrem alterações que resultam em 
perfurações no acrossoma 
 As mudanças produzidas na reação 
acrossomica estão ligadas a liberação de 
enzimas da vesícula acrossomica que facilitam 
a fecundação. Ex: hialuronidase e acrosina 
 
Viabilidade dos gametas: 
 Oócitos são fecundados dentro de 12h após a 
ovulação. 
 Após 24h não podem mais ser fecundados pois 
se degeneram rapidamente 
 Espermatozoides não sobrevivem (maioria) 
mais de 48h no trato genital feminino. 
 Após a ejaculação, os espermatozoides 
passam pelo colo uterino e chegam ao interior 
do útero 
 Alguns ficam armazenados nas pregas da 
mucosa e são liberados gradativamente 
 Atravessam o útero e entram nas tubas 
uterinas 
 O curto armazenamento de espermatozoides 
no colo aumenta esse armazenamento para 
liberação gradual, aumentando as chances de 
fecundação 
Obs: espermatozoides e óvulos podem ficar congelados por 
muitos anos para fertilização in vitro, nesse tipo de 
fertilização a capacitação do espermatozoide é induzida pela 
incubação desses em um meio especifico por várias horas. 
Fertilidade masculina: 
 Análise do sêmen 
 Espermatozoide= menos de 10% do sêmen 
 Infertilidade resulta de uma baixa contagem 
de espermatozoides, da pouca motilidade dos 
espermatozoides, do uso de medicamentos ou 
drogas, alterações endócrinas, obstrução de 
um ducto genital... 
Vasectomia: 
 Método mais eficaz de contracepção 
permanente masculina 
 Remoção cirurgia de todo ou um segmento 
dos ductos deferentes. Após a vasectomia não 
existem espermatozoides no sêmen, mas o 
volume ejaculado permanece 
 A reversão do procedimento é tecnicamente 
possível por meio de técnicas microcirúrgicas 
mas a taxa de sucesso varia. 
Dispermia e tripoidia: 
 Dois espermatozoides participando da 
fecundação= dispermia 
 Resulta em um zigoto com conjunto extra de 
cromossomos 
 Concepções triploides são cerca de 20% das 
anomalias de abortos espontâneos 
 Embriões triploides podem parecer normais 
mas quase sempre são abortados ou morrem 
logo após o nascimento 
A fecundação: 
 Local = ampola uterina 
 Se não for fecundado na ampola, passa 
lentamente pela tuba até o corpo do útero, 
onde degenera 
 Ela pode ocorrer em outras partes da tuba, 
mas não no corpo do útero 
 
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 Sinais químicos dos oócitos (liberados pelas 
células foliculares) guiam os espermatozoides 
capacitados (quimiotaxia) 
 A fecundação se inicia com o contato entre 
espermatozoide e oócito e encerra com a 
mistura de cromossomos maternos e paternos 
na metáfase da primeira divisão mitódica do 
zigoto 
 Alterações na sequência desses eventos 
podem causar a morte do zigoto. 
 Leva aproximadamente 24h 
Fases da fecundação: 
1. Passagem de um espermatozoide através da 
corona radiata: haluronidase- enzima liberada 
pela vesícula acrossomica do espermatozoide, 
enzimas da tuba uterina e a cauda do 
espermatozoide são importantes para essa 
penetração 
2. Penetração da zona pelúcida: resultado da 
ação de enzimas acrossomicas como esterase, 
acrosina e neuraminidase que causam lise 
(dissolução) da zona pelúcida e abre 
passagem para o espermatozoide. 
3. Reação zonal: após a penetração de um 
espermatozoide, a zona pelúcida muda sua 
composição para impedir a penetração de 
outros espermatozoides. Isso ocorre por meio 
da reação de enzimas lisossomais liberadas 
por grânulos corticais próximos a membrana 
plasmática do oócito. 
4. Fusão das membranas plasmáticas do oócito e 
do espermatozoide: se rompem na região da 
fusão para ela ocorrer. A cabeça e a causa do 
espermatozoide entram na membrana do 
oócito, enquanto as mitocôndrias e a 
membrana celular espermática não. 
5. Término da segunda divisão meiótica do 
oócito e formação do pronúcleo feminino. 
Quando o espermatozoide penetra o oóvito, 
ele é ativado a completar sua segunda divisão 
meiótica para formar oócito maduro. A partir 
disso, cromossomos maternos se condensam 
no núcleo e formam o pronúcleo feminino. 
6. Formação do pronúcleo masculino: já no 
citoplasma do oócito, o núcleo do 
espermatozoide aumenta de tamanho para 
formar o pronúcleo masculino e a causa se 
degenera. Morfologicamente, os pronucleos 
feminino e masculino são indistinguíveis. O 
oócito que contém os dois pronucleos é 
chamado de oótide 
7. Logo que os pronúcleos se fundem em um 
único agregado diploide, a oótide se 
transforma em zigoto. Então, os cromossomos 
no zigoto se organizampara o início das 
clivagens 
8. O zigoto é geneticamente único, pois, metade 
dos cromossomos é materna e outra paterna. 
Ele contém uma combinação diferente dos 
pais, garantindo a variabilidade genética da 
espécie humana e sendo a base da herança 
biparental. A meiose na fase da 
gametogênese possibilita a relocação 
aleatória dos segmentos. O sexo 
cromossômico do embrião é determinado na 
fecundação. Ele depende se o 
espermatozoide carrega um cromossomo X 
ou Y. 
Resumão da fecundação 
 Estimula o oócito a acabar a segunda divisão 
meiótica 
 Volta a um número diploide 
 Resulta na variabilidade genética da espécie 
 Determina o sexo cromossômico 
 Causa a ativação da oótide para iniciar a 
clivagem do zigoto. 
Obs: pré-seleção do sexo do embrião: São Técnicas 
microscópicas desenvolvida para separar os 
espermatozoides X e Y com base em: velocidade de 
migração em campo elétrico; capacidade natatória; 
forma; diferença no DNA (2,8% a mais no X) 
Técnicas de reprodução assistida: 
Fertilização in vitro (FIV): 
1. Os folículos ovarianos são estimulados a se 
desenvolverem e amadurecerem a partir da 
administração de citrato de clomifeno e 
gonadotrofinas, causando superovulação 
2. Oócitos maduros são aspirados por 
laparoscopia. Também podem ser recolhidos 
por uma agulha guiada por ultrassonografia 
inserida através da vagina 
3. Os oócitos são colocados na placa de petri 
que tem meio de cultura especial e 
espermatozoides capacitados 
4. A fertilização é monitorada e a clivagem dos 
zigotos entre 3 e 5 dias 
5. Dependendo dos fatores da mulher como 
idade, são transferidos de 1 a 3 embriões 
formados e são transferidos para o interior do 
 
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útero ou cateter da vagina para o colo uterino 
(os embriões remanescentes são 
armazenados em nitrogênio líquido e podem 
ser usados posteriormente) 
6. A paciente permanece em posição supina 
(face para cima) por várias horas. Após a FIV, 
as chances de gravidez múltipla são maiores, 
assim como as de aborto espontâneo.