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EMERGÊNCIAS VETERINÁRIAS Resumos Módulo I – O ABC da Emergência Módulo II – A Anestesia na Emergência Módulo III – As Especialidades na Emergência MÓDULO I Antibioticoterapia na UTI Maior parte da inovação medicamentosa com relação a antibióticos foi inventada antes dos anos 70 e até hoje fazemos uso de grande parte destes, além dos que foram criados apenas depois dos anos 2000. Por se tratar de um recurso limitado devido a alta da resistência bacteriana cada vez mais presente em nossa realidade, a tendencia é cada vez mais ficar sem opções, principalmente com a frequência com que esses medicamentos são administrados de forma errônea. Por que é tão importante aprender sobre antimicrobianos? • Seu uso é frequente em hospitais, clínicas e casas • Interferem na ecologia microbiana das clínicas e hospitais • Princípios gerais são essenciais para escolhas terapêuticas adequadas Fatores que influenciam a escolha do ATB • Característica do paciente (idade, espécie, comorbidades) • Agentes etiológicos (perfil de colonização, prevalência nas infecções) • Propriedades dos ATBs (PK/PD*, mecanismo de ação...) *Farmacocinética/Farmacodinâmica Propriedades Farmacológicas (PK/PD) O que envolve a farmacocinética? • Absorção dos antimicrobianos • Distribuição • Metabolismo • Excreção Na maioria dos casos, o fator que mais demonstra importância pode ser o de Distribuição, devido fato de que, muitas vezes, o antimicrobiano escolhido ter de ser escolhido de acordo com outros fatores importantes, como a questão de atingir o local de infecção, ou seja, identificar o tecido que está localizada a infecção e qual é o antimicrobiano que mais se adequa para chegar até aquele tecido. É uma escolha minuciosa, e deve ser feita de maneira ímpar, sem generalizar medicações, consequentemente podendo evitar perda de tempo com antimicrobianos não adequados para aquele paciente em específico, e uma possível prevalência do agente agressor. *A farmacodinâmica não altera sua forma de ação, independente da situação, possui eliminação tempo-dependente ou eliminação concentração- dependente, além de efeito pós-antibiótico. Diferentemente da farmacocinética que muda de todas as formas de acordo com a idade, ou uma possível infecção já previamente encapsulada, generalizada, dentre outros fatores. Mecanismos de Ação EMERGÊNCIAS VETERINÁRIAS Resumos Ação Biológica – Bactericidas X Bacteriostátios Os antibióticos bactericidas são aqueles capazes de matar ou lesar irreversivelmente as bactérias. São eles: Aminoglicosídeos, Quinolonas, Beta- Lactâmicos, Metronidazol e Glicopeptídeos. Já os Bacteriostáticos são os que inibem o crescimento e a reprodução bacteriana sem provocar sua morte imediata, sendo reversível o efeito, uma vez retirada a droga. São eles: Tetraciclinas, Lincosamidas, Cloranfenicol, Macrolídeos e Sulfonamidas Efeito Antimicrobiano Um ponto muito importante antes de escolher a abordagem a ser utilizada, é identificar qual antimicrobiano é saber quais são classificados como Concentração-Dependente ou Tempo Dependente, pois altera totalmente a posologia e a frequência média de administração desses fármacos de acordo com a classificação. Concentração-Dependentes No caso desses antimicrobianos, são vistos como “efeitos rápidos”, o objetivo aqui não é o de fazer tratamento de longo período, mas sim superar CIM (Concentração Inibitória Mínima) de 4 a 8x por curtos períodos. São eles: • Aminoglicosídeos • Quinolonas • Tetraciclinas • Metronidazol • Azitromicina* Tempo-Dependentes Já neste caso, os antimicrobianos “tempo- dependentes” são considerados como “lentos”, pois o objetivo aqui é superar a CIM (Concentração Inibitória Mínima) em períodos prolongados, pois o efeito destes não se dá pelo aumento da dosagem, mas sim pela quantidade de tempo em que o agente agressor fica exposto ao antimicrobiano. São eles: • Penicilinas • Cefalosporinas • Clindamicina • Macrolídeos* • Sulfonamidas *A azitromicina, apesar de pertencer ao grupo de macrolídeos, ela se comporta de forma concentração-dependente, sendo uma exceção. Há, entretanto, uma terceira classificação onde entram os antimicrobianos que apresentam efeito Tempo dependente em período prolongado. Aqui o intuito a princípio, é maximizar o tempo de exposição do agente agressor a uma concentração inibitória de 4 a 8x maior que a mínima durante um curto período, e posteriormente ficar abaixo da CIM (Concentração Inibitória Mínima), ou seja, ele dá um pico de exposição, podendo em seguida se manter abaixo da concentração inibitória mínima e continuar surtindo efeito. São eles: • Carbapenêmicos • Vancomicina • Clindamicina • Macrolídeos EMERGÊNCIAS VETERINÁRIAS Resumos RESISTÊNCIA BACTERIANA Não se trata apenas do mal uso da antibioticoterapia, a resistência bacteriana vem de outras formas também, assim como os exemplos na imagem abaixo. Alguns dos agentes agressores estão diariamente na rotina hospitalar e clínica, tornando um desafio ainda maior lidar com eles de forma efetiva, por isso se faz necessário o conhecimento dos principais deles e saber identificar quais estão presentes no ambiente de trabalho, pois põe em risco não só a saúde dos pacientes como a de medicos e auxiliares. São eles: • Staphylococcus MRSA – Possível sensibilidade a Vancomicina • Staphylococcus MRSP – Possível sensibilidade a Meropenem • Pseudomonas ESBL • Klebisiella ESBL MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Terapia Empírica • Terapia Racional • Terapia Profilática Terapia Empírica É praticada geralmente quando não é possível identificar o agente agressor, ou quando já se conhece o tipo de agentes agressores do ambiente ou possíveis agentes que comumente afentam o local de infecção, como por exemplo, possíveis agentes agressores de uma piometra, ou uma infecção urinaria. Além de ser utilizada em situações de casos mais graves onde há um risco potencial à espera de um exame de cultura. Nesses casos, é autorizado o uso da antibioticoterapia de amplo espectro e considerar possíveis associações de antimicrobianos. Terapia Racional Aqui o protocolo de como agir, qual antimicrobiano usar, se torna diferente. A partir do momento em que o agente é identificado, é possivel direcionar uma terapia definitiva com ATBs (antibióticos) direcionados ao patógeno, mantendo um espectro estreito, com menor toxicidade, consequentemente podendo ter resultados mais acertivos. Terapira Profilática É utilizada em apenas três situações, como o exemplo de cirurgias onde há conhecimento prévio por parte do médico veterinário quais os riscos além de saber a presença de determinados agentes. É utilizada quando há contato íntimo com uma bactéria específica onde já se tem conhecimento de seu perfil, além de Em casos de procedimentos cirurgico, e quando há contado intimo com a bactéria. Consequentemente, em teoria, se torna mais fácil de lidar com o agente agressor, e a terapia é determinada pelo conhecimento da microbiota, também tendo chances de uma recuperação mais assertiva.
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