Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU Faculdade de Farmácia Apostila Tecnologia Farmacêutica e Cosmética Michelli Ferrera Dario 2018 Formas Farmacêuticas Semissólidas 2 As Formas Farmacêuticas Semissólidas são consistentes e pegajosas, de aparência translúcida ou opaca, destinadas à aplicação na pele ou mucosas. As indicações dependem do grau de absorção percutâneo. Possuem ação tópica ou permitem a permeação cutânea dos fármacos dependendo da sua viscosidade ou excipiente. Em geral, apresentam ação terapêutica local, ou seja, dependente do sítio específico de aplicação na pele. A ação tópica permite algumas atividades, como ação emoliente, antimicrobiana, desodorante, protetora, entre outras. Permeação cutânea A permeação dos ativos na pele utiliza diversas vias de permeação na pele: região folicular, ductos sudoríparos e estrato córneo descontínuo. A permeação depende dos seguintes fatores: Propriedades físico-químicas do fármaco (pH; hidrofobicidade, tamanho da molécula, estado físico, coeficiente de partição O/A) - Bases nas quais o fármaco é pouco solúvel aumentam a cedência do mesmo para a pele; pH do meio e da pele; Concentração do fármaco; Hidratação da pele - Algumas substâncias graxas e óleos presentes nas formulações podem provocar um efeito oclusivo, aumentando a hidratação da pele. Temperatura da pele; Estado da epiderme (principalmente estrato córneo); Idade da pele (hidratação); Uso de substâncias promotoras da absorção - Exs. dimetilsulfóxido (DMSO), dimetilformamida (DMF), dimetilacetamida (DMA), ureia, propilenoglicol. Classificação São classificadas quanto às suas características físicas ou aspecto em: pomadas, cremes, géis ou pastas. Pomadas Pomadas propriamente ditas hidrófobas absorvem muito pouco a água. São consistentes, oleosa e apresentam aparência translúcida. Em função de sua composição Formas Farmacêuticas Semissólidas 3 graxa, não são laváveis. São compostas de mistura de hidrocarbonetos líquidos e sólidos, ceras e silicones. Seu preparo depende de submeter a mistura à fusão. Pomadas propriamente ditas hidrófilas são consistentes e apresentam aparência translúcida. Devido a sua composição hidrofílica, são facilmente removíveis com água. Quimicamente são compostas por uma mistura de polímeros (PEG) de pesos moleculares distintos (PEG 400 + PEG 4000). Cremes e loções São emulsões semissólidas de aparência opaca e a viscosidade depende da composição. Os cremes hidrófobos são do tipo A/O (água-em-óleo) e os hidrófilos são O/A (óleo- em-água). São formadas por fase aquosa, oleosa e tensoativos. As formulações O/A são laváveis devido à fase externa da formulação ser aquosa. Géis São sistemas semissólidos constituídos por uma matriz polimérica (natural ou sintética) dispersa em fase líquida (água ou óleo de parafina). Os géis hidrófilos contem água na fase dispersa e, por isso, são laváveis. Pastas São constituídas de alta concentração de pós insolúveis e finos dispersos nos excipientes (em torno de 20-50%). Devido à elevada concentração de pós, são eficazes para absorver secreções de lesões. São exemplos de pastas: pasta dental e pasta de óxido de zinco. As formulações semissólidas são compostas por substância(s) ativa(s) e veículo. Os veículos podem ser: Base hidrófoba Substâncias lipófilas de origem animal: lanolina, derivados de lanolina, cera de abelha. São usadas para aumentar consistência de pomadas e não são laváveis com a água. Apresentam poucas incompatibilidades. Substâncias lipófilas de origem mineral: compostos extraídos do petróleo (vaselina, óleo mineral, parafinas). Substâncias lipófilas semi-sintéticas: ácidos graxos (ácido esteárico), álcoois graxos (doadores de consistência - cetoestearílico); ésteres - palmitato de isopropila. Formas Farmacêuticas Semissólidas 4 Substâncias lipófilas sintéticas: silicones, óleo de silicone, silicones voláteis e emulsionantes. Base hidrófila Polietilenoglicóis (PEG) - A consistência adequada é determinada pela mistura de polímeros sólidos e líquidos (PEG 400 e PEG 4000); Excipientes hidratados ou hidrogeis - géis aquosos (80-90% de água); viscosos; boa aderência e espalhabilidade; Géis de produtos minerais (bentonita, dióxido de silício); Géis de polímeros orgânicos - ésteres de celulose (MC; HEC; CMC), CMCNa, alginato de sódio, PVP (Kollidon®), Ácido Poliacrílico (Carbopol®) - laváveis com água. Base emulsionada Emulsão A/O ou O/A (mais empregadas). São compostas por: Substâncias lipofílicas Água Ceras auto-emulsionantes ou tensoativos (aniônicos; catiônicos; não iônicos; anfóteros) Conservantes - usados para preparações semissólidas que contém água na sua composição. Ex: parabenos Antioxidantes Quelantes Umectantes Doadores de consistência (álcoois graxos; carbômeros; HEC; gomas) Técnica de Preparo A técnica de preparo depende da preparação das bases e incorporação dos ativos Preparo das Bases - Em grande escala, utiliza-se: Batedeiras planetárias (formulações de viscosidade média) Tanques de mistura (formulações de viscosidade baixa) Rolos compressores (formulações de alta viscosidade – pastas) Dornas (para realização de sub-misturas) Formas Farmacêuticas Semissólidas 5 Em pequena escala, utiliza-se gral ou almofariz, pistilo e espátula; placa de vidro ou mármore (superfície áspera); espátula de aço inoxidável de lâmina longa e larga (ou polipropileno rígido); espátula menor. Acondicionamento e Armazenagem o Devem ser protegidas de ar; umidade; calor; luz em recipientes apropriados o Frascos (plástico ou vidro); Tubos (plástico ou metal) o Armazenagem em temperaturas inferiores a 30 °C Emulsões São dispersões nas quais a fase dispersa é constituída por pequenas gotículas de líquido distribuídas em um veículo no qual são imiscíveis, geralmente água e óleo. Permitem a veiculação de fármacos de natureza hidrofílica e lipofílica em uma mesma preparação e tornam palatáveis fármacos oleosos (óleo de rícino). Podem ser do tipo água-em-óleo (A/O) ou óleo-em-água (O/A). Emulsão O/A - Classificação de acordo com o tipo de tensoativo o Não-iônica - Emulsionantes não-iônicos não possuem carga específica (carga ionizável). Exemplo de emulsão base não-iônica: Polawax ® . Menor grau de irritabilidade cutânea, baixa toxicidade, menores problemas de compatibilidade com outros materiais e são menos sensíveis à mudança de pH e adição de eletrólitos. Compatíveis com ácidos em geral, incluindo o ácido retinoico, alfa-hidroxiácidos, filtros solares, ativos com pH ácido, extratos vegetais, óleos vegetais e vitaminas. o Catiônica - Poucos exemplos na área farmacêutica/Cosmética. Pode ser irritante para a pele. Ex.: condicionador capilar o Aniônica - Emulsionantes aniônicos se dissociam em solução aquosa formando íons carregados negativamente; baixo custo; podem ser mais irritantes para a pele que os demais tipos; Ex.: Lanette N ® – creme emoliente e toque levemente oleoso. Incompatíveis com ácidos e cátions polivalentes. Compatíveis com ureia, hidroquinona, di-hidroxiacetona e resorcina. o Emulsão A/O - A fase oleosa é a fase externa ou contínua e quando aplicada forma um filme oleoso protetor que permanece sobre a pele após a evaporação Formas Farmacêuticas Semissólidas 6 da água. A lenta evaporação da água confere à pele o efeito refrescante. Características: emulsão com alta viscosidade e coloração levemente amarelada. Indicado para peles muito secas. Ex.: Cold cream. Técnica de Preparo - Método de Mistura de Fases Em um recipiente de tamanho adequado, misture os componentes da fase oleosa (O). Em outro recipiente, misture os componentesda fase aquosa (A). Quando ambas as fases estiverem na mesma temperatura (60 – 80 ºC), verta a fase aquosa na oleosa e agite, vigorosamente, até a completa emulsificação. Inicie o resfriamento, com agitação lenta, até temperatura ambiente. Adicione as substâncias voláteis, aroma, essência. Formas Farmacêuticas Sólidas 7 Pós: “Preparações provenientes de drogas vegetais, animais ou substâncias químicas submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes assegurar homogeneidade e lhes facilitar a administração ou extração dos princípios ativos” (Farmacopeia Brasileira IV ed.). Pós são formas farmacêuticas sólidas constituídas por um ou mais princípios ativos pulverizados, destinados ao uso interno ou externo. Possuem como vantagens: Aumento da superfície de contato; Facilita a dissolução; Facilita a absorção; Atividade Farmacológica mais regular. Dentre as desvantagens, destacam-se: Aumento da superfície de contato; Diminui a estabilidade Físico e Química (Maior susceptibilidade à reações de oxidação e hidrólise). Os pós são classificados segundo a sua constituição em simples ou compostos e quanto à sua aplicação em uso interno ou externo. Pós para uso interno - devem possuir características efervescentes; Garantir a boa solubilidade do fármaco e boa conservação. Embalagem: recipientes de vidro ou plástico de boca larga, sachês ou papéis medicamentosos; Pós para uso externo - não podem ser irritantes à pele ou mucosas; Não devem possuir ação sistêmica; Apresentar boa fixação sobre a pele; Espalhabilidade e fluidez adequadas; Capacidade de absorção; Boa conservação. Embalagem: recipientes de plástico perfurado ou polvilhador. Métodos de Preparo Pós simples: Secagem - Estabilização – Divisão Grosseira – Pulverização (Trituração) - Tamisação. Pós compostos: Pulverização – Tamisação – Mistura Regra do Mistão Cada componente da mistura deve ser pulverizado e tamisado separadamente Misture primeiro o componente de menor peso. No caso de componentes de mesmos peso o mais denso (o que ocupa menor volume) dever ser adicionado primeiro à mistura. Mistura de dois pós em quantidades muito desiguais devem ser realizadas segundo o método da Diluição Geométrica Pós compostos contendo fármacos muito ativos, utilizar corante (0,1 à 0,25%) para assegurar por observação visual, sua perfeita homogeneidade. Formas Farmacêuticas Sólidas 8 Pós compostos contendo fármacos em quantidades muito pequenas, na ordem de mg ou mcg, devem ser diluídos em pós inertes (lactose, amido, talco, manitol, celulose microcristalina), adicionados de corante (0,1 à 0,25%), seguindo-se o método da Diluição Geométrica. Só então devem ser adicionados aos outros componentes, seguindo as regras do mistão. No caso de misturas eutéticas deve-se incorporar pós absorventes (lactose, amido, dióxido de silício) No caso de extratos fluídos, tinturas ou essências, utilizar pós absorventes ou promover a concentração (evaporação) do solvente a temperaturas entre 60-70º à vácuo. Misturas de pós efervescentes (bicarbonatos associados à ácidos cítrico ou tartárico), deve-se pulverizar e secar separadamente cada componente e depois proceder a mistura. Granulado: Forma farmacêutica sólida de aspecto granuloso e homogêneo, constituído por um ou mais princípios ativos associados à adjuvantes, destinados à administração direta (via oral) ou à obtenção de suspensões, cápsulas, comprimidos (revestidos ou não) ou drágeas. Vantagens em relação aos pós: Maior fluidez, Maior estabilidade Física e Química (Menor área superficial), Maior facilidade de molhabilidade (Alguns pós tendem a flutuar). Métodos de Preparo Via úmida (Fármacos não hidrolisáveis e termorresistentes). Pulverização – Tamisação – Mistura – Umectação – Granulação – Secagem – Calibração. Via seca (Fármacos hidrolisáveis e termossensíveis). Pulverização – Tamisação – Mistura – Compactação – Granulação. Por Fusão (Granulados ou Sais efervescentes) Secagem – Pulverização – Tamisação – Mistura – Fusão (Estufa 30- 40ºC) – Granulação – Secagem (Estufa temperatura inferior à 54ºC) – Calibração. Equipamentos Misturadores Granulador Formas Farmacêuticas Sólidas 9 Cápsulas - “Formas farmacêuticas sólidas que encerram o fármaco em invólucro mais ou menos elástico. O invólucro pode ser constituído de amido ou gelatina” (F. Bras. IV). Forma Farmacêutica sólida cujo(s) princípio(s) ativo(s) está envolvido(s) ou acondicionado(s) por um invólucro de gelatina. Classificação (de acordo com sua consistência) Cápsulas Gelatinosas Duras Cápsulas Gelatinosas Moles ou Soft Apresentam corpo e tampa destacáveis de diversos tamanhos, incolores ou coloridas Invólucro não contém substâncias emolientes. Destinam-se ao encapsulamento de fármacos sólidos (pós ou granulados) O invólucro é composto por gelatina farmacêutica (hidrólise parcial do colágeno), emolientes, conservantes para evitar a contaminação por fungos, corantes e opacificantes (F&D ou FD&C e Dióxido de titânio) Apresentam formatos, cores e tamanhos variados Destinam-se ao encapsulamento de fármacos líquidos (oleosos ou não), soluções, emulsões ou suspensões. Boas práticas de mistura o Misturas contendo mais de um fármaco, misture primeiro o componente de menor peso. No caso de componentes de mesmo peso; o mais denso (o que ocupa menor volume) deve ser adicionado primeiro à mistura. A mistura deve ser realizada segundo o método da Diluição Geométrica. o Fármacos normalmente prescritos em quantidades muitos pequenas, na ordem de mg ou µg, devem ser diluídos internamente em pós inertes (amido, talco), adicionados de corante, seguindo-se o método da Diluição Geométrica. o Formulações contendo fármacos muito ativos (dosagens inferiores a 10mg), de coloração branca, utilize corante para assegurar, por observação visual, sua perfeita homogeneidade no excipiente. o OBS: A mistura deverá seguir o método da Diluição Geométrica, em gral de vidro ou porcelana. Caso a capacidade do gral seja insuficiente para comportar toda a mistura, utilize um saco plástico de tamanho adequado, na etapa final da mistura. Formas Farmacêuticas Sólidas 10 o Misturas contendo fármacos com granulometrias muito diferentes, ou de origem natural, cuja granulometria esteja muito irregular, devem ser submetidos a operação de tamisação sem resíduos, em tamis de tamanho adequado, ao final da mistura. Equipamentos Encapsuladora Automática Encapsuladora Manual Procedimento de encapsulamento Calcular a densidade compactada do fármaco; Calcular e pesar a quantidade de excipiente padrão necessária; Transferir todos os componentes da formulação para o gral e homogeneizar; Transferir para a Encapsuladora manual e proceder a encapsulação. Comprimidos: Forma farmacêutica sólida de dosagem unitária, com formatos variados, obtida pela compressão de pós ou granulados, podendo ou não estar revestido. Os comprimidos e cápsulas são as formas farmacêuticas preferidas para administração via oral. Dentre as vantagens da administração de fármacos na forma de comprimidos, destaca-se: Fácil uso; Dose correta e alto grau de precisão; Praticidade na fabricação; Maior estabilidade do P.A.; Permite utilizar revestimento; Controlar/modificar a liberação do fármaco; Menor volume ocupado; Permite fabricação em escala industrial. o Tipos: uso oral (comprimidos convencionais, compressão múltipla, ação prolongada, revestidos, mastigáveis); sublingual; efervescente; vaginal e para implante. o Composição: Independente do processo de obtenção, os comprimidos de liberação convencional contém alguns adjuvantes: o Diluentes ou “fillers”: Ex: Lactose, Celulose microcristalina, Manitol, Sorbitol, Fosfato de Cálcio dibásico,Amido. o Aglutinantes ou “binders”: Ex: Polivinilpirrolidona (PVP), Amido pré- gelatinizado, Pasta de amido, Gelatina, Goma arábica, Alginatos. Formas Farmacêuticas Sólidas 11 o Desintegrantes: Ex: Amidos e seus derivados (Amido glicolato de sódio), Celulose e seus derivados (Croscarmelose), PVP modificado (Crospovidone). o Lubrificantes: Deslizantes (Talco, Dióxido de silício coloidal) e antiaderentes (Ácido esteárico, Estearato de magnésio, Óleos vegetais hidrogenados). o Processos de Obtenção o Granulação Seca ou Granulação por Compressão: Envolve a compactação ou pré-compressão dos componentes seguida de granulação. Indicada para fármacos termossensíveis ou passíveis de hidrólise. Contempla os seguintes processos de obtenção: fracionamento → Tamisação → Mistura → Compactação → Granulação → Compressão. o Granulação Úmida: Envolve a produção de uma massa úmida por meio da adição de um ligante ou aglutinante, seca e calibrada antes de ser lubrificada e comprimida. Indicada para fármacos termorresistentes e não passíveis de hidrólise. Contempla os seguintes processos de obtenção: fracionamento → Tamisação → Mistura → Umectação → Granulação úmida → Secagem → Calibração → Lubrificação → Compressão. o Compressão Direta: Método Simples baseado em duas etapas chaves: Mistura e Compressão. A evolução dos Processos de Obtenção por Compressão Direta é consequência de 3 fatores básicos: surgimento de novos excipientes ou novas formas de obtenção destes (Ex: Lactose + Celulose); otimização das características de compressibilidade de alguns ativos; evolução das máquinas de compressão. Contempla os seguintes processos de obtenção: fracionamento → Tamisação → Mistura → Compressão. o Problemas durante o processo de produção o Capping: termo utilizado para expressar a “saída” da “tampa” dos comprimidos. Formas Farmacêuticas Sólidas 12 o Picking: termo utilizado para descrever a retirada de material da superfície dos comprimidos através dos punções. o Sticking: termo utilizado para descrever material aderido nas paredes das matrizes e nas faces dos punções. o Especificações o Peso Médio; o Dureza; o Friabilidade (friabilômetro); o Espessura. Comprimidos de Liberação Modificada: Sistema onde a liberação do fármaco é determinada de acordo com objetivos ou conveniências não oferecidas pelos sistemas de pronta liberação. Abrange todos os sistemas diferentes dos convencionais (USP, 2005). Tipos o Liberação retardada - Indica que o fármaco não é liberado imediatamente após a administração, mas um tempo depois. o Liberação repetida - Indica que a dose individual é liberada regularmente logo após a administração, e uma segunda ou terceira dose são subsequentemente liberadas, em intervalos intermitentes. o Liberação prolongada - Indica que o fármaco é disponibilizado para absorção por uma período de tempo mais prolongado do que a partir de uma forma farmacêutica convencional. Entretanto fica implícito que o início da ação é retardado, por causa da velocidade de liberação global mais lenta a partir da forma farmacêutica. o Liberação Sustentada - Indica uma liberação inicial do fármaco, suficiente para disponibilizar a dose terapêutica logo após a administração, a qual é seguida de uma liberação gradual do fármaco, por uma período de tempo estendido. o Liberação Estendida - Refere-se a formas farmacêuticas que liberam o fármaco lentamente de modo a manter as concentrações plasmáticas no nível terapêutico, por um período de prolongado de tempo (em geral, entre 8 a 12hs). Formas Farmacêuticas Sólidas 13 o Liberação Controlada - Refere-se a formas farmacêuticas que liberam o fármaco em uma velocidade constante e fornecem concentrações plasmáticas que permanecem invariáveis com o tempo. o Liberação Modificada - Formas farmacêuticas perorais que liberam fármacos continuamente, em velocidades que são controlados o suficiente para fornecer períodos de ação terapêutica prolongada após cada administração de uma dose única. Vantagens o Adesão do paciente; o Redução nas variações das concentrações plasmáticas; o Redução de efeitos colaterais sistêmicos e locais; o Minimização da acumulação do fármaco nos tecidos corporais com terapia crônica; o Esquema posológico simplificado com menor administração de ativo; o Controle mais adequado da absorção do fármaco. Desvantagens o Impossibilidade da interrupção imediata da ação terapêutica; o O médico perde a flexibilidade no ajuste dos regimes posológicos, fixados durante a concepção da forma farmacêutica; o Dor e rejeição no caso de implantes; o A produção pode envolver processos e equipamentos mais caros. Revestimento de comprimidos: O revestimento de comprimidos consiste na aplicação de um material sobre a superfície externa de um comprimido com a intenção de conferir benefícios e propriedades à forma farmacêutica em relação à não-revestida. O líquido de revestimento (solução ou suspensão) contém um polímero em um meio líquido apropriado, junto com outros adjuvantes, como pigmentos e plastificantes. Essa solução é aspergida sobre leito misturado de comprimidos em rotação ou leito fluidizado. Os comprimidos são revestidos por inúmeros motivos: o Proteção do princípio ativo contra a exposição destrutiva ao ar e/ou umidade; Formas Farmacêuticas Sólidas 14 o Mascarar sabor do fármaco quando é deglutido; o Melhorar a estética e proporcionar peculiaridades distintivas ao produto. o O processo de revestimento com película proporciona um revestimento fino e liso, com um material que se assemelha ao plástico dando maior resistência física aos comprimidos. o Proporcionar características especiais de liberação do fármaco, como os de liberação entérica. Formas farmacêuticas de Liberação Entérica o Formas farmacêuticas com revestimento entérico desenvolvidas para liberar seu conteúdo ativo no intestino (evitar a degradação de fármacos sensíveis ao pH ácido do estômago; reduzir os efeitos adversos de alguns fármacos). o São geralmente formas farmacêuticas sólidas, compreendendo grânulos, cápsulas ou comprimidos de liberação modificada que resistem sem alteração, à ação do suco gástrico e que, em contrapartida, devem desagregar rapidamente no suco intestinal. o As formas de liberação entérica são também designadas como formas de liberação retardada, ou seja, aquelas que liberam o fármaco em tempo diferente do sistema convencional e em local bem determinado, sendo depois, a liberação praticamente imediata. Supositórios: São formas farmacêuticas sólidas destinadas à inserção nos orifícios corporais onde se fundem, amolecem ou dissolvem, exercendo efeitos locais ou sistêmicos. Características o São destinados à ação local ou sistêmica, sendo utilizados quando os fármacos não são bem tolerados ou decompõem-se por via oral, quando o paciente não consegue ou não quer ingerir fármacos por via oral. o Supositórios em geral são usados pelas vias retal (Supositórios) e vaginal (Óvulos) e, algumas vezes pela via uretral (Velas). Formas Farmacêuticas Sólidas 15 o A forma e o tamanho de um supositório devem permitir a fácil aplicação sem causar distensão muscular e, uma vez inserido deve permanecer retido por um período apropriado. o Uma vez inserido, a base do supositório se funde, amolece ou dissolve, distribuindo a substância ativa nos tecidos locais. o O fármaco pode permanecer retido na cavidade e exercer um efeito local ou pode ser absorvido e desenvolver uma ação sistêmica. Ação o Local - utilizados para aliviar constipação, dor, prurido e inflamação associados a hemorroidas ou outras condições anorretais. Estes contém anestésicos locais, vasoconstritores, adstringentes, analgésicos, emolientes e protetores; os supositórios deglicerina agem por meio de irritação local das mucosas, causando o efeito laxativo; os supositórios vaginais ou óvulos são empregados como contraceptivos, antissépticos e agentes específicos no combate à invasão de agentes patogênicos; os supositórios uretrais podem conter substâncias antibacterianas ou anestésicas locais para a realização de exames de uretra. o Sistêmica - As membranas mucosas do reto e da vagina permitem a absorção de muitos fármacos solúveis para a obtenção de efeito sistêmico. Vantagens: fármacos destruídos ou inativados pelo pH ou pela ação de enzimas no estômago ou no intestino; substâncias irritantes para o estômago; medicamentos destruídos pelo fígado desviam da circulação porta após a absorção retal; é uma via eficiente no tratamento de pacientes com vômito. Fatores que afetam a absorção de fármacos por via retal o Fatores fisiológicos: conteúdo colônico, via de circulação, pH e ausência de capacidade tamponante dos fluídos retais. o Fatores físico-químicos: solubilidade óleo/água, tamanho da partícula, natureza da base. Bases para supositórios o Bases Gordurosas ou Oleosa: São as mais frequentemente empregadas. Ex.: manteiga de cacau Formas Farmacêuticas Sólidas 16 o Bases Hidrossolúveis ou mucilaginosas: a base de polietilenoglicóis o Bases Mistas: Constituídas pela mistura de materiais oleosos e hidrossolúveis. Modo de preparo o Por Moldagem: As etapas para moldagem incluem a fusão da base, incorporação das substâncias ativas, colocação da base no molde, resfriamento da base e solidificação do supositório e remoção do molde. o Por Compressão: Os supositórios podem ser preparados forçando a passagem da mistura da base e do fármaco para dentro de moldes em máquinas de produção especiais. Água Purificada 17 Água – Uso farmacêutico Importância nos processos de limpeza materiais e superfícies, porém pode carregar substâncias que comprometa a qualidade do produto como a vida útil dos equipamentos. Contaminantes da água e suas consequências o Particulado: micro e macro partículas. Terra, ferrugem, coloides, sais precipitados (CaCO3; SiO2) - entupimento de válvulas, tubulações, filtros, membranas de osmose reversa, e outros. o Compostos inorgânicos: sais dissolvidos (Ca2+; Mg2+; Fe3+; Cl-; NO3-), metais pesados (cromo, chumbo, cádmio, mercúrio) aumento da condutividade; alteração das características e da qualidade do produto acabado. o Micro-organismos: bactérias; fungos; leveduras - contaminação dos produtos; formação de biofilme. Tipos o Potável o Água para injetáveis o Purificada o Obtida por meio de destilação, tratamento de troca iônica, osmose reversa, ou outro processo adequado. o A água purificada não contém substâncias químicas adicionadas o Métodos de obtenção: o Deionização: é um processo de purificação que utiliza resinas sintéticas para permitir a troca seletiva de íons H+ ou OH- pelas impurezas ionizadas na água como íons cátions (Na + , Ca 2+ , Mg 2+ ) e ânions (Cl - , SO4 2- ). O produto final dessas duas trocas é H + e OH - , formando moléculas de água. Vantagens: remove sólidos ionizáveis dissolvidos, remove gases ionizados dissolvidos, remoção de compostos inorgânicos com eficiência, baixo custo operacional, regenerável, fácil operação. Desvantagens: não remove material orgânico dissolvido, material particulado, não remove pirogênio e bactérias, resinas de troca iônica podem ser geradoras de outros contaminantes. Água Purificada 18 o Destilação: neste processo a água passa do estado líquido para gasoso e depois volta para o estado líquido. É a mudança do líquido para o vapor que promove a separação da água das impurezas, as quais algumas vezes tem o ponto de ebulição maior que a água e então permanecem no estado líquido. Vantagens: remove uma grande porcentagem dos contaminantes, qualidade microbiológica alta, reutilizável continuamente, investimento inicial não muito alto, fácil operação. Desvantagens: grande consumo de água (20 - 30L /1L purificada), grande consumo de energia (900W), não remove gases e outros compostos orgânicos, requer efetivamente manutenção regular para assegurar um bom desempenho. o Osmose reversa: A osmose reversa requer uma pressão externa para que reverta o fluxo da osmose natural. Consiste na aplicação mecânica de uma pressão superior à pressão osmótica do lado da solução mais concentrada. Assim, a água pura pode ser retirada de uma solução salina por meio de uma membrana semipermeável. Na prática, pressiona-se a solução por meio de uma bomba e passa esta solução sob alta pressão por um vaso de pressão, em que está contida a membrana de osmose reversa. Vantagens: melhor aproveitamento da água, baixo consumo de energia, retém compostos não iônicos, bactérias, vírus, pirogênio e muitos compostos orgânicos. Desvantagem: equipamento mais caro, processo demorado, membranas sujeitas a incrustações e obstruções a longo prazo, não separa compostos orgânicos de baixo peso molecular, gases dissolvidos e dióxido de carbono, devendo assim utilizar pré-tratamento com filtro de 5 micrômetros. Formas Farmacêuticas Líquidas Não-Estéreis 19 São preparações formadas pela dispersão de um ou mais fármacos em um solvente adequado, ou em uma mistura de solventes miscíveis entre si. Soluções: São preparações farmacêuticas líquidas que contém uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em um solvente apropriado ou uma mistura de solventes miscíveis entre si. Vantagens: Doses homogêneas; Disponibilidade imediata para absorção e distribuição; Podem ser usadas por qualquer via de administração; Podem ser administradas a pacientes que não podem engolir comprimidos ou cápsulas; As doses são ajustadas com facilidade. Desvantagens: Alguns fármacos são menos estáveis em solução; Solubilidade; Fármacos com sabor desagradável requerem adjuvantes para mascarar o sabor; Difíceis de acondicionar, transportar e armazenar; Dose menos exata. Tipos o Espíritos: Soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas de substâncias voláteis, como a cânfora e a hortelã. A concentração alcoólica é acima de 60%. O elevado teor alcoólico de um espírito é necessário para garantir a solubilidade do ativo, assim a adição de água pode causar turbidez ou precipitação. o Tinturas: Contém materiais de origem vegetal ou substâncias químicas em solventes alcoólicos ou hidroalcoólicos. o Águas aromáticas: São soluções aquosas claras saturadas de óleos voláteis ou outras substâncias aromática ou voláteis. Nos dias atuais são pouco utilizadas, podem ser usadas para perfumar e flavorizar. o Elixires: São soluções que usam um veículo hidroalcoólico edulcorado indicado para uso oral e normalmente flavorizados para melhorar a palatabilidade. Os componentes dos elixires apresentam características diferentes de solubilidade em água e etanol, portanto a concentração de etanol na formulação varia amplamente. o Xaropes: São soluções orais que contêm uma elevada concentração de sacarose ou outros açúcares, com ou sem adição de fármacos e flavorizantes. Os xaropes são um meio agradável de administrar na forma líquida um fármaco de sabor desagradável. Formas Farmacêuticas Líquidas Não-Estéreis 20 Adjuvantes: o Flavorizantes: Aroma de morango, cereja e etc o Edulcorantes: Sacarina, ciclamato de sódio o Agentes para aumentar a viscosidade: Glicerina, sorbitol o Antioxidantes: BHA, metabissulfito de sódio o Conservantes: Parabenos, fenoxietanol o Quelantes: EDTA Líquidos não-estéreis: São aqueles nos quais se admite conceitualmente a presença de carga microbiana, embora limitada, tendo em vista sua utilização. A estabilidade do produto deve ser garantida evitando-se perda da atividade terapêutica, mudanças das características do produto,pH, precipitação, produção de gases e alteração de viscosidade. As fontes mais prováveis de contaminação são: direta (matéria prima, materiais de embalagem, fluidos gasosos, água), indireta (processos de limpeza, instalações inadequadas, operadores despreparados, falta de processos de validação). Processos de fabricação - Fatores importantes: o Solubilidade o Tempo de mistura para total dissolução do fármaco. o Estabilidade da solução o Sequência de adição dos componentes o Definição da técnica de fabricação o Necessidade de aquecimento o Redução do tamanho da partícula a ser dissolvida o Filtração Formas Farmacêuticas Líquidas Estéreis 21 São medicamento estéreis: injetáveis e colírios Injetáveis Também chamados de parenterais o Vantagens: ação rápida, absorção pode ser completa, evita degradação pelo pH e enzimas do trato gastrintestinal, pode ser administrada mesmo sem a cooperação do paciente. o Soluções aquosas e oleosas, infusões, pós liofilizados, suspensões e emulsões. o Veículo aquosos: Água para injeção USP - água purificada por destilação ou osmose reversa; livre de pirogênios e de sólidos totais; deve ser adequadamente armazenada (até no máximo por 24 horas) - coletada e armazenada em recipientes estéreis e apirogênicos. o Veículo não-aquoso - Usado no caso de fármacos insolúveis em água (exceto intravascular) para promover liberação prolongada, por via intramuscular. Requisitos: Viscosidade (interferem na sensação de dor e difusão), Pureza (ausência de microrganismos e substâncias químicas tóxicas), Inocuidade (apenas a água responde a este requisito). Ex.: óleos (mineral, vegetais) - têm alta viscosidade e sofrem oxidação (uso de antioxidantes), somente IM e SC. o Adjuvantes: conservantes, antioxidantes, quelantes, agentes suspensores ou espessantes, anestésicos locais, tampões, solubilizantes/emulsificantes. Colírios o São formas farmacêuticas estéreis destinadas ao tratamento de afecções do globo ocular, incluindo pálpebras, conjuntiva e córnea, ao preparo pré-operatório, para fins diagnósticos ou à limpeza do globo ocular. o Soluções empregadas com finalidade de limpeza e manutenção de lentes de contato devem apresentar os mesmos requisitos exigidos para colírios. o As formas líquidas instiladas são rapidamente eliminadas pelas lágrimas, tendo ação bastante fugaz e obrigando a repetidas aplicações. o Soluções, suspensões e pomadas Formas Farmacêuticas Líquidas Estéreis 22 o Adjuvantes: antioxidantes, quelantes, agentes doadores de viscosidade, tampões, corretivo de isotonia. o As suspensões oftálmicas são planejadas quando: se quer aumentar o tempo de contato entre o fármaco e a mucosa; promover a ação por mais tempo; o fármaco é insolúvel no veículo desejado; o fármaco é instável na forma de solução. As suspensões devem ter tamanho de partícula em torno de 10 μm, distribuição homogênea e de fácil ressuspensão e não deve tender a formar agregados de maiores dimensão de partículas o As pomadas oftálmicas são planejadas quando: se quer aumentar o tempo de contato entre o fármaco e a mucosa, promover a ação por mais tempo, quando o fármaco é instável em veiculo aquoso. Requisitos dos produtos estéreis o Limpidez (soluções) o pH e tonicidade compatíveis com os tecidos onde são aplicados - Garante tolerância pelos tecidos e mucosas e estabilidade do fármaco durante armazenagem (hidrólise) o Isotonia - osmolaridade ideal dos injetáveis é de 300 mOsm/L o Ausência de pirogênio (injetáveis) - pirogênios são substâncias que induzem a febre. Pirogênios exógenos: bactérias (endotoxina bacteriana: lipopolissacarídeo - LPS), fungos, vírus e outros não microbianos, como por exemplo fármacos; Pirogênios endógenos. Testes de pirogênio recomendados: método in vivo em coelhos e Reagente LAL. Esterilidade - Pode ser obtida por diferentes técnicas: Calor úmido - Destruição microbiana por termocoagulação e desnaturação de enzimas e proteínas estruturais da célula microbiana. Porém é importante lembrar que calor úmido não destrói pirogênio. Calor seco - Destruição microbiana por termocoagulação e desnaturação de enzimas e proteínas estruturais da célula microbiana Filtração - Filtração esterilizante (membrana com poro de 0,22 μm) Gás (óxido de etileno) - O material pode ser esterilizado diretamente em sua embalagens primária e secundária. Maquilagem para os lábios 23 Batom: Formas cosméticas moldadas (matrizes graxas sólidas) contendo substâncias coloridas dissolvidas (corantes) ou dispersões de pigmentos em uma base composta por ceras, emolientes e demais componentes oleosos. Principais funções: o Alterar o aspecto natural dos lábios, conferindo cor, definição e cobertura uniforme com mascaramento de imperfeições Propriedades gerais desejadas o Aplicação facilitada com deslizamento adequado o Características organolépticas agradáveis o Forma de apresentação conveniente o Homogeneidade da cor o Inocuidade não sensibilizar a mucosa labial o Estabilidade em condições diversas de armazenamento (temperatura, umidade e luminosidade) o Durante aplicação e armazenamento, não deve sofrer alterações no aspecto físico (ausência de rachaduras) o Composição o Agentes graxos (consistência) - Ex.: ceras (naturais ou sintéticas) o Agentes graxos (emoliente) - Ex.: lanolina e derivados, fluidos de silicone, óleo mineral o Agentes doadores/modificadores da cor: o Corante - solúvel no meio em que se encontra disperso o Pigmento - Substância colorida insolúvel o Agentes hidrofílicos: atuam como compostos umectantes, com propriedades solventes e doadores de viscosidade. Ex.: propilenoglicol o Aditivos: antioxidantes, conservantes, fragrâncias, filtros UV, flavorizantes ou edulcorantes o Substâncias ativas o Hidratantes higroscópicos, NMF, aminoácidos, extratos vegetais o Protetores físicos formadores de filme o Filtros solares o Vitaminas o Antirradicais livres Maquilagem para os lábios 24 o Regeneradores celulares o Técnicas de Preparo o Escala laboratorial o Dispersão de pigmentos → Preparação da massa base (Aquecimento moderado e controlado para fusão das ceras) → Adição da dispersão de pigmentos na massa base → Espatulação (homogeneização e eliminação de ar) → Aquecimento (fusão) → Incorporação dos demais aditivos → Moldagem → Resfriamento → Envase em estojos e flambagem Gloss Labial: Formas cosméticas moldadas, líquidas ou semissólidas, transparentes ou opalescentes e coloridas ou não, utilizadas para modificar levemente o aspecto natural dos lábios por meio da doação de brilho. Complementa a aplicação dos batons Lápis e delineador labial: Formas cosméticas moldadas (matrizes cerosas ou graxas) aplicadas para modificar o aspecto natural dos lábios, conferindo cor e definição. Lápis confere cor aos lábios, enquanto o delineador confere definição ao contorno. Protetor labial: Forma cosmética composta por substâncias graxas cuja finalidade é proteger a mucosa labial das condições ambientais adversas.
Compartilhar