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Circuito Arquitetônico: Ouro Preto, BH e Inhotim - do Colonial ao Contemporâneo

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE VIAGEM: UM CIRCUITO CRONOLÓGICO PELOS PRINCIPAIS 
PONTOS ARQUITETÔNICOS DE BELO HORIZONTE E REGIÃO. 
 
 
 
 
Tales Casagrande da Silva Miletho Pereira 
Saída de Campo I 
Profª Raquel Rodrigues Lima 
Escola Politécnica – PUCRS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre, 20 de Novembro de 2020 
 
 
O presente documento visa expor a organização de uma viagem que parte do Aeroporto Internacional 
Salgado Filho em Porto Alegre, e tem como ponto de chegada o mesmo local, dez dias depois. Foi pensado 
um circuito que revisite cronologicamente a arquitetura desde o período colonial, passando pelo 
Modernismo e terminando na contemporaneidade. Aleijadinho, Niemeyer e outras figuras importantes 
expor-se-ão do dia 29 de Janeiro a 08 de Fevereiro de 2021 nas cidades de Ouro Preto, Belo Horizonte e 
Brumadinho, por onde passaremos. 
 
 
Sumário 
 
1º dia - Desembarque, viagem e acomodação em Ouro Preto ____________________________________ 2 
 
2º dia - De Aleijadinho a Niemeyer em 1 dia __________________________________________________ 3 
 
3º dia - “Ô trem bão, sô...”. _______________________________________________________________ 5 
 
4 º dia - A volta (ao mundo) à Pampulha em (80 dias) uma tarde. _________________________________ 8 
 
5º dia - Passe livre para um ícone da Arquitetura Moderna belo-horizontina. ______________________ 11 
 
6º e 7º dia - Praça da Liberdade. __________________________________________________________ 14 
 
8º dia - “Arredando” para Inhotim. ________________________________________________________ 16 
 
9º - Conhecendo “os trem tudo” do Instituto. _______________________________________________ 17 
 
10º dia - “Bah!”, hora de voltar para Porto... ________________________________________________ 19 
 
Referências Bibliográficas. _______________________________________________________________ 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º dia - Desembarque, viagem e acomodação em Ouro Preto. 
 
Embarcando em Porto Alegre na madrugada do dia 29/01, Sexta-feira, chegaremos no Aeroporto Internacional de 
Belo Horizonte (CNF) por volta de 7:35, de onde pegaremos um ônibus e um metrô (ver imagem 2) até a Rodoviária 
de Belo Horizonte, posteriormente, usaremos uma linha executiva para o deslocamento até a Cidade de Ouro Preto, 
onde a chegada é prevista para perto do meio-dia. 
 
 
Img. 1 – Passagens de ida e volta (Porto Alegre, RS > Confins, MG > Porto Alegre, RS). Fonte: https://www.decolar.com/ 
 
 
 Img. 2 – Trajeto do Aeroporto à Rodoviária de Belo Horizonte. img. 3 – Belo Horizonte a Ouro Preto via Linha Intermunicipal 
 Fonte: https://moovitapp.com/belo_horizonte Fonte: https://www.clickbus.com.br/onibus/belo-horizonte-mg/ouro-preto-mg 
 
Chegando na ex-capital de Minas Gerais, após check-in na “Casa Alquimia’ alugada pelo aplicativo Airbnb, 
caso não tenha havido atrasos nas linhas de ônibus e, consequentemente, o almoço não tenha sido feito na 
estrada durante parada obrigatória, a sugestão é matar a fome preparando algo na própria cozinha que a 
casa oferece e, pelo resto do dia, descansar da exaustiva, mas econômica viagem, aproveitando a vista da 
acomodação e organizando os passos para os passeios turísticos do fim-de-semana que está por vir. 
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Img. 4 – Acomodação em charmosa casa de estilo colonial em Ouro Preto. Fonte: https://www.airbnb.com.br/ 
 
 
 
2º dia – De Aleijadinho a Niemeyer em 1 dia. 
 
 
Img. 5 – Rota de caminhada para o dia 30/01. 
 
No Sábado partiremos para as primeiras visitas de estudo. Pela manhã um circuito que cruza as principais 
igrejas da cidade, parando para um almoço com a culinária típica de Portugal, depois conduzindo a Narrativa 
para a época dos bandeirantes e encerrando no Modernismo. 
 
1- Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar - Igreja católica com interior banhado a ouro reverenciada 
pintura e exibição de artefatos religiosos. 
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2- Igreja de Nossa Senhora do Carmo – Obra do século XVIII, possui uma vista panorâmica da cidade, 
frontispício em sua fachada e altares no seu interior que é em partes banhado a ouro. 
 
3- Igreja de São Francisco de Assis – Com paredes de fachada curvas e um medalhão esculpido sobre a 
entrada, a obra em estilo derivado ao barroco evidencia as contribuições de Aleijadinho, um dos 
principais nomes da arquitetura mineira e também da negra brasileira, representativ idade esta 
que nem sempre é sabida. No interior é fundamental deitar-se nos bancos e admirar a suntuosa 
pintura do grande Mestre Ataíde. Pela sua relevância extraordinária, a Igreja foi tombada pelo Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 
 
4- Paróquia e Santuário de Nossa Senhora da Conceição – Um dos exemplos de restauro na cidade, com 
ornamentação em estilo Barroco, a construção é um marco do nascimento de Vila Rica, foi projetada 
por Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, e nela se encontram os túmulos das duas 
personalidades. 
 
5- Restaurante Taberna do Português – Com um misto da culinária trazida pelos colonizadores e da 
regional, encerraremos a manhã de apreciação da arquitetura religiosa degustando a feijoada, o 
bacalhau e etc. 
 
6- Mina do Bijoca - Seria inaceitável não passar por uma das incontáveis minas da região, já que estes 
locais e o seu produto natural deram nome à cidade e muitas ao seu redor e ao estado. Será possível 
fazer uma visita guiada que revela a história da Corrida do Ouro no Brasil e os objetos de trabalho 
resgatados desta época. 
 
7- Museu da Inconfidência - Armazém de artefatos que aludem à revolução que reivindicava a 
independência da Capitania de Minas Gerais do Domínio de Portugal. Este representante do Barroco 
tardio no Brasil já abrigou também a cadeia e a Casa da Câmara da cidade. Quanto à forma do edifício, 
pode-se dizer que se assemelha ao sistema tripartite, com uma base de pedra em tamanho 
expressivo, elevada por uma escadaria; corpo e coroamento, este último é dado pelo frontão que 
enquadra a entrada da simétrica fachada e se põe sob uma torre sineira com relógio, itens que 
reforçam ainda mais a relevância do edifício, que se encontra em uma posição elevada e que 
demonstra sua hierarquia perante os outros vizinhos que ladeiam a Praça Tiradentes. 
 
8- Chocolates Ouro Preto (Praça Tiradentes) – O bistrô da fábrica local de chocolates será nosso ponto 
de descanso para apreciar a vista da Praça Tiradentes ao pôr do sol. A estátua da praça seca é um 
dos pontos mais representativos e centrais da cidade e homenageia o famoso dentista e ativista, que 
morreu esquartejado em praça pública no Rio de Janeiro e teve os pedaços de seu corpo espalhados 
pela estrada que dá acesso a Ouro Preto. 
 
9- Grande Hotel de Ouro Preto – Dando um salto no tempo, a última parada do dia será o marco 
modernista da cidade. Se impondo discretamente em um ponto alto da cidade, o hotel mescla 
elementos muito corbusianos, como seus pilotis e uma expressiva rampa de entrada a algumas 
características coloniais, como as telhas de barro e a cor azul nas aberturas, agora atualizadas. O 
projeto contou com dicas de Lúcio Costa e o paisagismo ficou por conta de Burle Marx, que 
incorporou jardins na parte frontal, rompendo o padrão de fachadas sem recuo do centro histórico. 
 
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É possível ainda apreciar alguns dos Croquis de Niemeyer em exposição permanente do saguão e 
curtir a vista da cidade na Varanda do “Oscar”, restaurante que homenageia o arquiteto. 
 
 
 Img. 6 – Interior da Basílica de Nossa Senhora do Pilar. Img. 7 - Igreja de São Francisco de Assis. Fonte: 
https://www.ouropreto.com.br/atrativos/religiosos/igrejas/ http://www.voceviajando.com.br/foto-do-dia 
 basilica-menor-de-nossa-senhora-do-pilar/2017/02/igreja-de-sao-francisco-de-assis-ouro-preto/ 
 
 
 
Imagens 8, 9 e 10 – Croqui do Arquiteto, fachada e varanda do Grande Hotel de Ouro Preto. Fotos: Sergio Jatobá 
 
Imagem 11 – Plantas-baixas do Grande Hotel de Ouro Preto 
 
Aviso: mesmo sendo o nosso um trajeto curtíssimo (menos de 30 minutos de caminhada ao todo), a 
topografia da cidade é extremamente acidentada e o percurso sofre 154m de elevação, segundo o site 
Google Maps, sendo assim, tênis confortáveis e muita água serão fundamentais. 
 
 
 
3º dia – “Ô trem bão, sô...”. 
 
Para 31/01, o atrativo será a cidade de Mariana e o passeio até lá. A mineradora Vale possui linhas férreas 
que abrangem parte da região turística conhecida como “Circuito do Ouro” e chega até Vitória - Espírito 
Santo, portanto oferece viagens através do trem. O preço da viagem será de R$25,00 no Domingo e cruzará 
a serra proporcionando belas paisagens. 
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No caminho, será possível evidenciar o trajeto graças à singular pedra que se projeta no pico do Morro 
Itacolomi e ao chegar em Mariana, será possível ver a antiga locomotiva a vapor de 1949 que realizava o 
percurso. 
 
 
 Img. 12 - Trem da Vale no trecho Ouro Preto - Mariana Foto: Arlindo Silva Img. 13- Estação da ferrovia Vale de Mariana Fotos: Arlindo Silva 
 
O circuito do dia contará com cerca de 20 minutos de caminhada intercalados entre as paradas citadas logo 
a seguir e durante a execução será possível notar no projetista Arãao Reis influências de Haussman e, 
consequentemente, Hipódamo em um traçado semelhante ao tabuleiro de xadrez que define as ruas, 
mesmo a topografia não sendo a mais propícia a este tipo de urbanismo. Só no nosso trajeto de algumas 
quadras, ganharemos 77m de elevação. 
 
 Img. 14 – Percurso do dia 31/01 em Mariana Img. 15 – Traçado ortogonalizado de Mariana Fonte: https://mapstyle.withgoogle.com/ 
 
1. Praça da Sé - Este é realmente um ponto de encontro da cidade que pode ser literalmente apelidado 
de “sala de estar” da Catedral de Nossa Senhora da Assunção. Na imagem 16 é possível notar o corte 
ornamentado das vigas típico do estilo no atual Restaurante Gaveteiros, onde poderemos almoçar e 
observar o entorno da praça, composto 100% de vizinhos em estilo colonial. 
 
2. Praça Gomes Freire - Neste caso o nossa análise se volta à presença inusitada de um vizinho pós--
moderno em estrutura em vigas metálicas industrializadas que se mimetiza perfeitamente ao casario 
colonial do entorno, com seu respeito à volumetria, ritmação coerente das aberturas e até mesmo 
uma discreta pintura azul ao redor das janelas que alude às esquadrias ali corriqueiras. É interessante 
a anacronia à própria praça, que em seu centro possui um bebedouro para bovinos. 
 
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 Imgs. 16 e 17 – Ornamento na estrutura colonial e o “irmão moderno” na Praça Gomes Freire, respectivamente. Fonte: Google Street View 
 
3. Igreja Nossa Senhora do Carmo - Para concluir o circuito histórico-religioso do fim de semana, é 
relevante comentar que cada igreja era construída por sua freguesia, logo todas são bem 
hierarquizadas, dependendo de fatores como a localização. Por exemplo: na qual estamos há maior 
requinte já que é um ponto nobre da cidade, dada a proximidade a órgãos públicos; Nossa Senhora 
do Pilar em Ouro Preto é folheada a ouro em seu interior e assim por diante. 
 
4. Casa da Câmara - Com atividades administrativas até os dias atuais, este prédio já foi 
simultaneamente uma cadeia e hoje abriga ainda exposições de arte, artefatos históricos e, no andar 
de cima, o mobiliário dos séculos XVIII e XIX ganha destaque. 
 
 
Imgs. 18 e 19- Interior e Exterior da Casa da Câmara de Mariana. Fotos: Daniel Alves. 
5. Pelourinho - Mariana é uma cidade que carrega chagas não somente pela recente tragédia ambiental que foi 
o rompimento da barragem da Samarco, mas também pela cultura escravagista que ali existiu. O pelourinho 
servia não só como um marco de área destinada à justiça, mas também para o açoitamento de criminosos e 
servos. Este é um dos poucos exemplares do país e demostra expressiva evolução dos direitos humanos. 
 
6. Para completar o percurso com chave de ouro, passaremos na padaria Lafayette Gourmet e compraremos 
alguns pãezinhos-de-queijo para degustar durante a viagem e descobrir se é tão diferenciado assim como 
falam seus conterrâneos. 
 
 
 
 
 
 
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Imgs. 20 e 21 – A Igreja de N. S. do Carmo ao fundo do Pelourinho e as argolas usadas para prender os castigados. Fotos: Ana Vilela. 
 
Ao final da tarde, pegaremos o trem de volta para Ouro Preto. Ao chegar ainda terá tempo de fazer uma 
bela refeição de despedida no Santa Matula Bistrô, recolher os pertences e dirigir-se à rodoviária. De volta 
à “Beagá”, faremos uma corrida de Uber para a Av. Sicília no bairro Pampulha, onde seremos recebidos pelo 
Pedro Lavalle, nosso anfitrião para os próximos dois dias. 
 
 
 
4º dia – A volta (ao mundo) à Pampulha em (80 dias) uma tarde. 
 
Dando um grande salto no tempo, iremos para o século XX. No dia 01/02 poremos novamente os tênis de 
caminhada, pois dada a proximidade da casa do anfitrião à Lagoa da Pampulha poderemos pegar um Uber 
até o outro lado, mais especificamente na Rua Ilha Grande onde, intercalando caminhadas e caronas, 
iniciaremos o circuito no Conjunto Arquitetônico da Pampulha, conhecendo os cinco pontos, como mostra 
o diagrama a seguir: 
 
 
Img. 22 – circuito no conjunto arquitetônico da Pampulha Img. 23 - Oscar Niemeyer visitando a igreja projetada junto ao prefeito. 
 Foto: Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. 
 
Com obras que datam da década de 1940, o conjunto é de autoria do mestre do modernismo brasileiro e é 
considerado o momento de Niemeyer em que sua produção foi a mais individual de todos os tempos, tendo 
ele se desvencilhado de Lúcio Costa e de outros colegas com os quais costumava se associar no Rio de 
Janeiro. 
 
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Caso não seja sabido, é interessante mencionar que a Lagoa é artificial. Na verdade Oscar foi chamado para 
projetar um bairro de luxo com conceito aristocrático, onde morariam a elite intelectual e social da época. 
Pode-se dizer que o arquiteto foi a cabeça do projeto, mas não o protagonista. Figuras importantes tiveram 
grandes contribuições, tais como: Joaquim Cardoso, engenheiro de estruturas e entusiasta de arquitetura e 
arte; Cândido Portinari, famoso artista plástico que assinou os desenhos das cerâmicas empregadas 
recorrentemente; Paulo Werneck, responsável por alguns murais e o grande Roberto Burle Marx, cujo 
paisagismo de formas orgânicas foi par perfeito para a arquitetura de formas curvas de Niemeyer. 
Notado o contexto histórico no momento do empreendimento, vejamos as obras que nos guiarão pelo 
restante do dia: 
 
1- Pampulha Iate Clube - Com claras influências corbusianas como os pilotis do térreo e o acesso por 
meio de rampa, Oscar incorpora sua mais nova criação formal: o telhado borboleta, que subverte o 
tradicional e vira ao avesso os telhados que se viam convencionalmente, com concreto armado, 
imita-se então a morfologia do animal. 
O programa recebe uma organização espacial muito simples. Na asa maior o hall e as dependências 
de serviço e na asa menor um restaurante sobre o estacionamento de veículos aquáticos. 
 
 
Imgs. 23, 24 e 25 – Plantas-baixas e perspectivas ao nível do observador do Iate Clube. Fonte: UNDERWOOD, 2002, p. 62. 
 
Sendo agora de propriedade privada, é a mais polêmica das obras do conjunto, com grande demora 
para seu reconhecimento como patrimônio mundial da UNESCO, bem como as outras, existe um 
anexo destinado a estacionamentos que desconfigura totalmente o padrão construtivo original e 
obstrui a visão entreo mesmo e a Igreja de São Francisco de Assis. Anteriormente, à partir da baía 
era possível enxergar todos os outros componentes do conjunto. 
 
2- Cassino – Este grande prédio que em momentos se assemelha à Ville Savoye consiste em um prisma 
de base retangular com uma adição volumétrica ovalada para restaurante e pista de dança e outro 
em forma de “T” que configura os serviços. 
Infortunadamente, em 1946 os Jogos são proibidos no brasil e a edificação perde sua função em 
menos de uma década. Em 1957 o edifício é reaberto e passa a se tornar o Museu de Arte da 
Pampulha (MAP), uso que se estende aos dias atuais. 
 
ALMOÇO – seguindo o percurso, convenientemente encontraremos um restaurante da Rede 
Mc’Donalds, onde faremos uma das refeições econômicas* da semana. 
 
 
 
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3- Casa do Baile - Este é o menor e mais aconchegante. Flutuando sobre as águas em uma pequena ilha 
de acesso exclusivo por uma passarela, é composto por um volume circular que abrigava salão e 
restaurante de onde surge uma marquise de desenho serpenteante que leva o visitante até um 
pequeno palco, cujo pano de fundo são os azulejos de Portinari. 
 
 
Imgs. 26, 27 e 28 – Perspectivas aéreas e dos jardins da Casa do Baile. Fotos: Marina Guinard. 
 
4- Igreja de São Francisco de Assis – Considerada por alguns a obra prima do arquiteto modernista 
possui uma cobertura com design extremamente particular em concreto armado, onde as curvas 
orgânicas imperam e são sustentadas por paredes afrescadas e azulejadas por Portinari e abrigam 
um altar com lindo mural de Paulo Werneck. 
 
 
Imgs. 29 e 30 - Fachadas da Igreja de São Francisco de Assis, também conhecida por Igreja da Pampulha Foto: Monique Rennne. 
 
 Img. 31 - A igreja em Construção Img. 32 - Croqui de Oscar Niemeyer. 
 Foto: Acervo Museu Histórico Abílio Barreto. Fonte: ArchDaily Brasil. 
 
5- Casa Kubitscheck - Encomendada pelo político mineiro Juscelino Kubitscheck, esta é outra obra que 
possui o telhado borboleta como característica mais marcante e demonstra uma evidente inspiração 
na Casa Errázuriz de Le Corbusier no Chile, também por conta de suas janelas em fita e rampa de 
acesso, justapondo-se à tendências brutalistas do país no período, como a lareira em 
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pedra de forma ondulada. O paisagismo organicista com lago artificial é mais uma vez da conta de 
Burle Marx e são ainda incorporados recursos estilísticos típicos da arquitetura vernacular mineira, 
como as esquadrias em madeira azuis (não mais presentes). 
Interessante mencionar o fato de que o terreno é de duas frentes e uma das fachadas é ocupada 
pelos fundos de uma “mini Casa JK” que servia como edícula para recepção de convidados, separada 
da residência por jardim interno com obras de arte de Portinari. 
Hoje o local além de guardar registros da história do ex-presidente da república e sua família, é um 
museu onde o mobiliário original é a própria exposição, contando com peças assinadas por figuras 
icônicas como Zanine Caldas e Lina Bo Bardi. 
 
 
 Img. 33 – A fachada e o paisagismo de Marx. Imgs. 34 e 35 - O interior e o pátio de fundos da casa Kubitscheck. 
 Fonte: umafotopordia.com Fotos: Monique Renne 
 
Ao final do dia terá sido evidenciado o potencial e a riqueza arquitetônica da região, que é um dos maiores 
polos de exemplares modernistas do país. Sabe-se que em 2016 o Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi 
tombado, mesmo com esforços contrários por parte iniciativas privadas, entretanto o apoio popular parece 
ter um lado definido: o da cultura e história, a exemplo do alvoroço promovido para a derrubada do anexo 
de estacionamentos posteriormente incorporado no Pampulha Iate Clube. 
 
 
 
 
5º dia - Passe livre para um ícone da Arquitetura Moderna belo-horizontina. 
 
Na Terça-feira (02/02), após o almoço, subiremos da Av. Sicília em uma das linhas de ônibus destacadas em 
vermelho na imagem abaixo e desceremos do metrô na Av. Olegário Maciel, onde faremos check-in em uma 
hospedagem muito especial: (vide imagem 37). 
 
 
 Img. 36 - Trajeto da Av. Sicília à Av. Olegário Maciel, segundo Img. 37 - Nosso ponto de descanso para os próximos dias na capital. 
 o aplicativo de mobilidade urbana. Fonte: Moovit App. Fonte: Airbnb.com 
 
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logo que chegarmos ao destino, daremos de cara com mais uma icônica obra de Oscar Niemeyer. O Conjunto 
Habitacional Governador Juscelino Kubitschek, ou Edifício JK, como também é conhecido, desperta até hoje 
questionamentos nos curiosos: “seria esta a origem do termo ‘JK’ para apartamentos compactos?”; “para 
onde será que aponta a seta das circulações verticais?”. Será então este o local onde nos hospedaremos em 
um apartamento alugado, pensando em poder explorar e estudar não apenas seus espaços externos, mas 
também internos pelo resto do dia e durante a estada. 
De extenso programa, onde originalmente constam boate, rodoviária, cinema, lavanderias públicas e etc. o 
empreendimento veio a se assentar em um terreno de propriedade pública, sendo assim, houveram 
dificuldades burocrática as quais o então governador Juscelino resolveu com artimanhas tais como o 
argumento de que os sete primeiros pavimentos seriam configurados por repartições públicas. Quanto ao 
uso, é de fato misto, mas diferentemente do Edifício Copan, Irmão de São Paulo, esta mescla acontece no 
mesmo bloco e não separadamente. 
É interessante mencionar seus pilares em “W” nada convencionais e a adoção de extensos corredores que 
se referenciam na Unitè de Habitación de Charles Edouard Jeaneret. 
 
 
 Img. 38 - Pilares excepcionais. Img. 39 – Vista axonométrica por prédio vizinho Img. 40 - Setorização de pavimento não tipo 
 Fonte: Revista Casa Vogue. Fonte: 5º andar (site de aluguel de imóveis). Fonte: Arquivo do Prof. Casio Pea, PUCV. 
 
Sobre os aspectos volumétricos, temos: bases que compreendem ambos os quarteirões inteiros; um 
pavimento circular que deveria servir como boate, mas por muito tempo sediou uma fábrica de jeans; dois 
polígonos retangulares planos (os blocos mistos) e um anexo com desenho planimétrico de seta. 
Ainda falando sobre volumetria, a solução de distribuição das unidades tipologicas é extremamente peculiar, 
de forma que módulos quadrados de 3,16m entre viga-viga e laje-laje são acomodados como em diferentes 
layouts para cada pavimento, por exemplo: 
 
No BLOCO A: 
• Tipo 01 – “JK” (studio) em = 1 módulo; 
• Tipo 02 – Apartamento sala/quarto = 2 módulos; 
• Tipo 03 – Apartamento de dois quartos = 3 módulos; 
• Tipo 04 – Apartamento de dois quartos com dependência de funcionário(a) = 4 módulos; 
• Tipo 05 – Apartamento de três quartos com dependência de funcionário(a) = 5 módulos. 
 
 
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No BLOCO B: 
• Tipo 01 – Unidade de Escritório = 1 módulo; 
• Tipo 02 – Unidade semi-duplex, com meio nível e duas fachadas para Leste e Oeste = 2 módulos; 
• Tipo 03 – Tipologia desconhecida. 
 
 
Img. 41 – o concreto armado como processo construtivo típico de Oscar Img. 42 – Perspectiva Isométrica da fachada Sul 
 Fonte: arquivo público da cidade de Belo Horizonte Fonte: arquivo público da cidade de Belo Horizonte 
 
A história do Conjunto JK é marcada por um passado desagradável. Em seus primórdios tinha como público 
alvo a classe média emergente, mas os vinte anos que congelaram a construção foram sucedidos por outra 
realidade. O condomínio foi frequentementecapa de manchetes policiais por ser um centro de drogas, 
crimes e prostituição, fato que ocasionou até mesmo a abertura de uma delegacia de polícia nas 
dependências do andar térreo que perdura até os dias de hoje, entretanto, nos últimos anos houve um 
movimento de reabilitação do espaço. Devido à sua relevância arquitetônica artistas, intelectuais e afins 
foram aos poucos fazendo dali o seu lar e atualmente a associação que une os mais de 6600 condôminos 
(valores que se aproximam ou superam uma cidade do interior, como Capivari do Sul-RS) das 5700 unidades 
exerce uma participação ativa, reformista e até mesmo marketeira, por meio das redes sociais. 
 
Img. 43 – Projeção na empena cega de 
autoria dos moradores. 
Fonte: @vivajk no Instagram. 
 
 
 
Img. 44- Praça Raul Pila, com seu 
traçado geométrico simétrico, na qual 
poderemos sentar para observar nosso 
objeto de estudo, ou vice-versa. 
Fonte: Blog Vitruvius. 
 
Img. 45 – Esquema de divisão dos 
módulos expresso na fachada. 
Fonte: ArchDaily (editado). 
 
 
 
 
 
 
 
6º e 7º dia – Praça da Liberdade 
 
Chegando ao centro da cidade será de suma necessidade conhecer as origens do traçado urbanístico de Belo 
Horizonte. Em seus primórdios, a cidade colonial passa a ser vista como antiquada e as residências perdem 
o posto de “foco das relações sociais” dando lugar aos espaços públicos, como ruas, praças e edificações 
coletivas. 
Data de 1897 a inauguração da cidade e, simultaneamente a Praça da Liberdade, projetada para integrar o 
poder republicano e abrigar as Secretarias de Estado (Finanças, Agricultura e Interior). O primeiro projeto 
paisagístico é de autoria do francês Paul Villon, com ajardinamentos, parterres e fontes em estilo europeu 
bucólico que se aproxima do organicismo renascentista. 
Em 1920 o novo padrão de sociabilidade influencia a sistemática da cidade com a implantação de novos 
instrumentos: o cinema, o bonde, os cafés e etc., a Praça também sofre alterações. Motivadas pela visita dos 
reis belgas que estava por acontecer e financiadas por verbas nacionais, as autoridades locais removeram 
os coqueiros que obstruíam as fachadas dos prédios públicos, substituíram as fontes e o atual desenho 
geometrizado toma posse. Tais mudanças põe a praça e a cidade no mapa, rendendo-lhes reconhecimento 
de cronistas internacionais. 
Na década de 1970, após anos de certo ostracismo, a Feira Hippie vem para reestruturar a funcionalidade 
da praça por quase vinte anos, quando os artesãos são expulsos e transferidos para Afonso Pena, para que 
a “Feira de Domingo” tome seu lugar, restando apenas a feira de Flores da Liberdade. 
Nos anos 1990, a praça e grande parte das edificações são tombadas. 
Na virada do segundo milênio, surge então uma nova cidade administrativa ao Norte, concebida por 
Niemeyer e sob a gestão do governador Aécio Neves é criado o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, com 
concurso público de arquitetura para restauração do patrimônio da região, entretanto surtiram várias 
críticas aos primeiros projetos, que segundo a CAU-MG e a IEPHA-MG, descaracterizavam a história. Estas 
duas instituições iniciaram uma ação judicial e conseguiram barrar as reformas propostas para a Secretaria 
da Fazenda. Já para o Prédio do Museu das Minas e do Metal da Gerdau venceu Paulo Mendes da Rocha, 
que também recebeu protestos advindos das autoridades arquitetônicas, porém, mediante cessões de 
ambas as partes, houve um consenso e a obra foi adiante. 
 
1. Espaço TIM/UFMG do Conhecimento - Planetário e terraço astronômico com telescópios e 
tecnológica fachada digital e exposições sobre a humanidade, junto à Secretaria de Educação; 
 
2. Museu das Minas e do Metal – Anexo ao prédio da Secretaria de Educação, recebeu intervenções 
contemporâneas do Arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que incorporou um bloco envidraçado para 
o elevador e outro de cor vibrante para a escada, gerando belas cenas anacrônicas. 
Esta é talvez a a edificação com maior riqueza de detalhes decorativos opulentos em seu projeto 
original, recebendo encomendas da Bélgica (quem sabe novamente motivadas pela visita real) de 
vigas e guarda-corpos em aço fundido de motivos orgânicos, além da cúpula de zinco oriunda de 
uma indústria Alemã; 
 
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 Img. 46 – As vigas industrializadas orgânicas do MMM Gerdau Img. 47 - Fachada-projetor do Espaço TIM/UFMG 
 Fonte: circuitodaliberdade.mg.gov.br Fonte: circuitodaliberdade.mg.gov.br 
 
3. Centro Cultural Banco do Brasil – no prédio da Secretaria da Defesa Social, onde é possível assistir a 
filmes, peças de teatro ou apenas frequentar a cafeteria ou livraria; 
 
4. Museu Minas Gerais Vale – com exposições interativas sobre a cultura e a história da mineração do 
estado de Minas;] 
 
5. Centro de Arte Popular (CEMIG) – na quadra ao lado, possui um grande acervo de obras artesanais 
e oferece oficinas de arte; 
 
6. Casa Fiat de Cultura – Centro cultural com café, exposições e workshops, onde também se 
encontram as instalações do Centro de Formação Artística Liberdade e o Horizonte SEBRAE – Casa 
da Economia Criativa; 
 
7. Museu Mineiro – Palácio construído para ser a residência de um importante funcionário público em 
estilo eclético neoclássico; 
 
8. Palácio da Liberdade – Também em estilo eclético neoclássico, possui uma linda escadaria e 
vigamentos metálicos belga com motivos orgânicos do Art Nouveau. 
 
 
 Img. 48 – Casa Fiat de Cultura. Img. 49 - Palácio da Liberdade e seus guarda-corpos em estilo Art Nouveau 
 Fonte: Google Street View Fonte: circuitodaliberdade.mg.gov.br 
 
9. Solares Norbana – Erguido em 1911, não é um vizinho lindeiro da praça, mas fica a menos de uma 
quadra; 
 
10. Palácio Dantas – Ao lado do anterior, tem construção datada de 1915 é do conjunto de reformas 
para receber os reis belgas, às tendências arquitetônicas e ajardinamentos relativos à época; 
 
 
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11. Edifício Niemeyer – É um exemplo muito característico da arquitetura modernista belo-horizontina, 
projetado por Sílvio de Vasconcellos e hoje abriga a tradicional Pizzaria Xodó. 
 
 
 Img. 50 – Esquina do Edifício Niemeyer Img. 51 – Os vizinhos Solares Norbana e Palácio Dantas 
 Foto Leonardo Finotti Fotógrafo Arquitetônico. Fontte: Google Street View 
 
Dada a proximidade do ponto onde estaremos hospedados e a Praça da Liberdade (cerca de 20 minutos a 
pé), poderemos parcelar o circuito em dois dias, de acordo com a programação cultural da semana e mesmo 
assim talvez não haja tempo hábil para contemplar todos os itens anteriormente citados. 
 
 
 
 
8º dia – “Arredando” para Inhotim. 
 
Na manhã de Sexta-feira (05/02), faremos check-out na unidade alugada no Conjunto JK e nos dirigiremos à 
Rodoviária de Belo Horizonte, de onde partiremos às 8:15 em uma linha de ônibus executiva (vai site 
ClickBus) oferecida pela empresa Saritur, que nos deixará no estacionamento do Instituto Inhotim, na cidade 
de Brumadinho, às 10:00. 
Ao chegar no parque, deixaremos os pertences no guarda-volumes oferecido gratuitamente e os retiraremos 
no final do dia, aproveitando as atrações ao máximo durante o dia, para depois fazer o check- -in no novo 
anfitrião. 
 
 
Img. 52 - Casa do Anderson, nosso terceiro anfitrião, a menos de 2km do Instituto Inhotim. Fonte: Airbnb.com 
 
 
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9º dia - Conhecendo “os trem tudo” do Instituto. 
 
Sobre o Instituto Inhotim: É o maior museu a céu aberto do mundo e também reconhecido como jardim 
botânico, graças à diversidade da flora que possui. Dono de um gigantesco orquidário e a maiorcoleção de 
palmeiras do mundo, começou a ser idealizado em 1980 por Bernardo da Paz, um riquíssimo colecionador 
de obras de arte que aspirava executar um empreendimento que democratizasse o acesso do público à arte. 
O amigo de Burle Marx foi comprando e unindo terrenos até 2002, para finalmente abrir em 2005. Com 
arquitetura arrojada e contemporânea, os principais pavilhões que visitaremos serão: 
 
• Galeria True Rouge - Homenageia o artista Tunga, que inspirou Bernardo à concepção do instituto. 
Nós arquitetos, nos recordaremos da Farnsworth House devido à ousada pele de vidro que flutua 
sobre um lindo lago; 
 
• Galeria Miguel Rio Branco - visando expor as fotos de quando o artista homônimo viveu no 
Pelourinho, o volume monolítico e aço Corten alude a um navio negreiro, nos pesando às costas a 
vergonha da escravidão em materiais tão carregados; 
 
 
 Img. 53 – Galeria True Rouge. Img. 54 - Galeria Miguel Rio Branco 
 Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim 
 
• Galeria Doris Salcedo - É uma caixa totalmente fechada em meio a um verde estonteante. A ausência 
de aberturas e a monocromia do branco nos remete ao conceito “a solidão da convivência em 
sociedade nos grandes centros urbanos; 
 
• Centro Educativo Burle Marx - Em homenagem ao grande paisagista, se volta aos moradores de 
Brumadinho com apelo social-educativo; 
No terraço, a exposição “Narciso’s Garden” que é uma crítica direta ao ego dos artistas. As estruturas 
empregadas vieram do Japão e abrigam 500 esferas espelhadas que se chocam e criam um ambiente 
muito sinestésico; 
 
 
 
 
 
 
 
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 Img. 55 - Galeria Doris Salcedo. Img. 56 – Narciso’s Garden. 
 Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim 
 
• “Invenção da Cor” - De autoria do artista plástico Hélio Oiticica, não pode ser concluída em vida, 
mas o próprio deixou as diretrizes em anotações detalhadas. Hoje, ao chegar lá, é possível encontrar 
crianças brincando e interagindo com a obra, atingindo exatamente o objetivo para a qual foi 
pensada: despertar o interesse pela arte em todos; 
 
• Galeria Adriana Varejão - Símbolo da Arquitetura Contemporânea do Inhotim, tem uma passarela 
muito original e um telhado verde que cria um acesso para que vem de cima da colina em que se 
imbrica; 
 
 
 Img. 57 – “A Invenção da Cor” por Hélio Oiticica Img. 58 - Galeria Adriana Varejão 
 Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim 
 
• Galeria Cosmococa – Composta por uma volumetria de alguns blocos regulares, busca se assemelhar 
pedras (deixe solta a imaginação) e cada módulo recria uma sensação causada pelo uso da cocaína. 
Ao entrar é preciso tirar os sapatos e existem redes para deitar, sons, cheiros, iluminação obscura, 
chão gelatinoso e até mesmo uma piscina que pode ser usada. Tudo em prol de uma máxima 
imersão; 
 
• Galeria Claudia Andujar - Abrigando a obra da artista suíça, foi inaugurada em 2015 e aborda 
temáticas muito atuais, com materialidade muito forte e coesa ao o tema da exposição, unida à 
densa natureza do entorno, o projeto faz alusão à arquitetura indígena; 
No interior, fotografias da tribo Yanomani da Amazônia, que agora se encontra ameaçada. Quando 
a artista viveu na região os médicos responsáveis não tinham paciência para criar fichar para todos 
 
 
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os nativos, a fotógrafa ajudou fazendo estes registros, mas sua memória foi imediatamente levada 
à época em que seus pais foram levados para campos de concentração e lá recebiam estrelas que 
significavam os motivos porque estavam lá. 
 
 
 Img. 59 – Galeria Cosmococa. Img. 60 - Galeria Claudia Andujar 
 Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim 
 
Para as refeições do dia 05/02, existem duas opções para alimentação dentro do Instituto Inhotim, 
dentre as quais indica-se o Restaurante Oiticica, de cinco estrelas, para encerrar a viagem com chave 
de ouro e fazer valer a pena tudo o que foi economizado até agora. 
 
 
Img. 61 – Recomendações do Restaurante Oiticica. Fonte: Site Trip Advisor. 
 
 
 
 
10º dia - “Bah!”, hora de voltar para Porto... 
 
No dia 07/02, feitas as malas, sairemos por volta das 16:00 da rodoviária de Brumadinho, onde 
viajaremos 90km em direção ao Aeroporto Belo Horizonte (CNF), através do aplicativo de viagens 
BlaBlaCar, ou caso não haja caronas disponíveis, de ônibus executivo, com conexão no bairro Savassi, 
próximo à Praça da Liberdade. 
 
Ao embarcarmos no avião de Volta para Porto Alegre, espera-se que tenhamos aumentado a nossa 
gama de vivências, referências culturais, sociais, e principalmente arquitetônicas. Deseja-se que a 
viagem fique para sempre marcada como aquela que nos fez conhecer novos sotaques, sabores, 
pessoas, costumes, mas sobretudo realidades, não apenas para fins de comparação de aspectos 
acadêmicos, como os traçados da urbe, as abordagens de projeto e as soluções regionais, mas 
também da trajetória do país e deste estado que possui uma carga histórica tão densa. 
 
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TABELA ORÇAMENTÁRIA: 
 
ITEM DESCRIÇÃO PREÇO UNITÁRIO TOTAL DO ITEM 
PASSAGENS ÁEREAS IDA E VOLTA 418 418 
HOSPEDAGEM 
CASA ALQUIMIA 489 
1069 
CONJUNTO JK 295 
CASA DO ANDERSON 285 
TRANSPORTE 
ÔNIBUS MUNICIPAL 20 
380 
ÔNIBUS INTERMUNICIPAL 190 
TREM DA VALE 50 
UBER 120 
ALIMENTAÇÃO 
TABERNA DO PORTUGUÊS 60 
333 
CHOCOLATES OURO PRETO 35 
OSCAR 49 
PIZZARIA XODÓ 59 
OITICICA 130 
INGRESSOS INSTITUTO INHOTIM 44 44 
 
TOTAL: R$2.244,00 
Inclusos 10 dias em Ouro Preto, Belo Horizonte e Brumadinho (Instituto Inhotim). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Refeições de menos de R$15,00, pedidas por delivery, ou feitas em casa não farão patê do orçamento, já que este gasto existiria em qualquer 
lugar do mundo, inclusive Porto Alegre. 
 
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Referências Bibliográficas. 
 
 
CONJUNTO ARQUITETÔNICO DA PAMPULHA, A MAIOR ATRAÇÃO DE BELO HORIZONTE. 
Disponível em: https://vidacigana.com/conjunto-arquitetonico-pampulha/ 
Acesso em: 26/11/2020. 
 
FREIRE, Ricardo. INHOTIM: COMO CHEGAR. 
Disponível em: https://www.viajenaviagem.com/destino/inhotim/como-chegar-inhotim/ 
Acesso em: 25/11/2020. 
 
FREIRE, Ricardo. INHOTIM: COMO VISITAR. 
Disponível em: https://www.viajenaviagem.com/destino/inhotim/como-visitar-inhotim/ 
Acesso em: 25/11/2020. 
 
FROM AEROPORTO INTERNACIONAL DE CONFINS TO ESTAÇÃO LAGOINHA, Disponível em: 
https://moovitapp.com/belo_horizonte-
843/poi/Esta%C3%A7%C3%A3o%20Lagoinha/Aeroporto%20Internacional%20de%20Confins/en?tll=-19.912867_-
43.942577&fll=-19.634233_-43.965305&timeType=depart&time=1606463100000 
Acesso em: 22/11/2020. 
 
JATOBÁ, Sérgio Ulisses. GRANDE HOTEL DE OURO PRETO: UM DIVISOR DE ÁGUAS. 
Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/09.100/5633 
Acesso em 26/11/2020. 
 
LOPES, Felipe Arnone. BRITTO, Daniel Fernandes. SILVA, Jaime Scarpelini. DOS ANJOS, Marcelo França. INFLUÊNCIAS 
FORMAIS NO CONJUNTO DA PAMPULHA DE OSCAR NIEMEYER, 2016. 
 
PEDRO, Andrade. 10 DICAS DE ONDE COMER EM OURO PRETO. 
Disponível em: https://www.oyorooms.com/br/fiquedeoyo/2020/01/09/onde-comer-em-ouro-preto/ 
Acesso em: 22/11/2020. 
 
TREM DA VALE: OURO PRETO E MARIANA. 
Disponívelem: http://www.vale.com/brasil/pt/business/logistics/railways/trem-turistico-ouro-preto-
mariana/paginas/default.aspx#calendariohttp://www.vale.com/brasil/pt/business/logistics/railways/trem-turistico-
ouro-preto-mariana/paginas/default.aspx#calendario 
Acesso em: 22/11/2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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