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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL ROTEIRO DE VIAGEM: UM CIRCUITO CRONOLÓGICO PELOS PRINCIPAIS PONTOS ARQUITETÔNICOS DE BELO HORIZONTE E REGIÃO. Tales Casagrande da Silva Miletho Pereira Saída de Campo I Profª Raquel Rodrigues Lima Escola Politécnica – PUCRS Porto Alegre, 20 de Novembro de 2020 O presente documento visa expor a organização de uma viagem que parte do Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre, e tem como ponto de chegada o mesmo local, dez dias depois. Foi pensado um circuito que revisite cronologicamente a arquitetura desde o período colonial, passando pelo Modernismo e terminando na contemporaneidade. Aleijadinho, Niemeyer e outras figuras importantes expor-se-ão do dia 29 de Janeiro a 08 de Fevereiro de 2021 nas cidades de Ouro Preto, Belo Horizonte e Brumadinho, por onde passaremos. Sumário 1º dia - Desembarque, viagem e acomodação em Ouro Preto ____________________________________ 2 2º dia - De Aleijadinho a Niemeyer em 1 dia __________________________________________________ 3 3º dia - “Ô trem bão, sô...”. _______________________________________________________________ 5 4 º dia - A volta (ao mundo) à Pampulha em (80 dias) uma tarde. _________________________________ 8 5º dia - Passe livre para um ícone da Arquitetura Moderna belo-horizontina. ______________________ 11 6º e 7º dia - Praça da Liberdade. __________________________________________________________ 14 8º dia - “Arredando” para Inhotim. ________________________________________________________ 16 9º - Conhecendo “os trem tudo” do Instituto. _______________________________________________ 17 10º dia - “Bah!”, hora de voltar para Porto... ________________________________________________ 19 Referências Bibliográficas. _______________________________________________________________ 22 1º dia - Desembarque, viagem e acomodação em Ouro Preto. Embarcando em Porto Alegre na madrugada do dia 29/01, Sexta-feira, chegaremos no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (CNF) por volta de 7:35, de onde pegaremos um ônibus e um metrô (ver imagem 2) até a Rodoviária de Belo Horizonte, posteriormente, usaremos uma linha executiva para o deslocamento até a Cidade de Ouro Preto, onde a chegada é prevista para perto do meio-dia. Img. 1 – Passagens de ida e volta (Porto Alegre, RS > Confins, MG > Porto Alegre, RS). Fonte: https://www.decolar.com/ Img. 2 – Trajeto do Aeroporto à Rodoviária de Belo Horizonte. img. 3 – Belo Horizonte a Ouro Preto via Linha Intermunicipal Fonte: https://moovitapp.com/belo_horizonte Fonte: https://www.clickbus.com.br/onibus/belo-horizonte-mg/ouro-preto-mg Chegando na ex-capital de Minas Gerais, após check-in na “Casa Alquimia’ alugada pelo aplicativo Airbnb, caso não tenha havido atrasos nas linhas de ônibus e, consequentemente, o almoço não tenha sido feito na estrada durante parada obrigatória, a sugestão é matar a fome preparando algo na própria cozinha que a casa oferece e, pelo resto do dia, descansar da exaustiva, mas econômica viagem, aproveitando a vista da acomodação e organizando os passos para os passeios turísticos do fim-de-semana que está por vir. 2 Img. 4 – Acomodação em charmosa casa de estilo colonial em Ouro Preto. Fonte: https://www.airbnb.com.br/ 2º dia – De Aleijadinho a Niemeyer em 1 dia. Img. 5 – Rota de caminhada para o dia 30/01. No Sábado partiremos para as primeiras visitas de estudo. Pela manhã um circuito que cruza as principais igrejas da cidade, parando para um almoço com a culinária típica de Portugal, depois conduzindo a Narrativa para a época dos bandeirantes e encerrando no Modernismo. 1- Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar - Igreja católica com interior banhado a ouro reverenciada pintura e exibição de artefatos religiosos. 3 2- Igreja de Nossa Senhora do Carmo – Obra do século XVIII, possui uma vista panorâmica da cidade, frontispício em sua fachada e altares no seu interior que é em partes banhado a ouro. 3- Igreja de São Francisco de Assis – Com paredes de fachada curvas e um medalhão esculpido sobre a entrada, a obra em estilo derivado ao barroco evidencia as contribuições de Aleijadinho, um dos principais nomes da arquitetura mineira e também da negra brasileira, representativ idade esta que nem sempre é sabida. No interior é fundamental deitar-se nos bancos e admirar a suntuosa pintura do grande Mestre Ataíde. Pela sua relevância extraordinária, a Igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 4- Paróquia e Santuário de Nossa Senhora da Conceição – Um dos exemplos de restauro na cidade, com ornamentação em estilo Barroco, a construção é um marco do nascimento de Vila Rica, foi projetada por Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, e nela se encontram os túmulos das duas personalidades. 5- Restaurante Taberna do Português – Com um misto da culinária trazida pelos colonizadores e da regional, encerraremos a manhã de apreciação da arquitetura religiosa degustando a feijoada, o bacalhau e etc. 6- Mina do Bijoca - Seria inaceitável não passar por uma das incontáveis minas da região, já que estes locais e o seu produto natural deram nome à cidade e muitas ao seu redor e ao estado. Será possível fazer uma visita guiada que revela a história da Corrida do Ouro no Brasil e os objetos de trabalho resgatados desta época. 7- Museu da Inconfidência - Armazém de artefatos que aludem à revolução que reivindicava a independência da Capitania de Minas Gerais do Domínio de Portugal. Este representante do Barroco tardio no Brasil já abrigou também a cadeia e a Casa da Câmara da cidade. Quanto à forma do edifício, pode-se dizer que se assemelha ao sistema tripartite, com uma base de pedra em tamanho expressivo, elevada por uma escadaria; corpo e coroamento, este último é dado pelo frontão que enquadra a entrada da simétrica fachada e se põe sob uma torre sineira com relógio, itens que reforçam ainda mais a relevância do edifício, que se encontra em uma posição elevada e que demonstra sua hierarquia perante os outros vizinhos que ladeiam a Praça Tiradentes. 8- Chocolates Ouro Preto (Praça Tiradentes) – O bistrô da fábrica local de chocolates será nosso ponto de descanso para apreciar a vista da Praça Tiradentes ao pôr do sol. A estátua da praça seca é um dos pontos mais representativos e centrais da cidade e homenageia o famoso dentista e ativista, que morreu esquartejado em praça pública no Rio de Janeiro e teve os pedaços de seu corpo espalhados pela estrada que dá acesso a Ouro Preto. 9- Grande Hotel de Ouro Preto – Dando um salto no tempo, a última parada do dia será o marco modernista da cidade. Se impondo discretamente em um ponto alto da cidade, o hotel mescla elementos muito corbusianos, como seus pilotis e uma expressiva rampa de entrada a algumas características coloniais, como as telhas de barro e a cor azul nas aberturas, agora atualizadas. O projeto contou com dicas de Lúcio Costa e o paisagismo ficou por conta de Burle Marx, que incorporou jardins na parte frontal, rompendo o padrão de fachadas sem recuo do centro histórico. 4 É possível ainda apreciar alguns dos Croquis de Niemeyer em exposição permanente do saguão e curtir a vista da cidade na Varanda do “Oscar”, restaurante que homenageia o arquiteto. Img. 6 – Interior da Basílica de Nossa Senhora do Pilar. Img. 7 - Igreja de São Francisco de Assis. Fonte: https://www.ouropreto.com.br/atrativos/religiosos/igrejas/ http://www.voceviajando.com.br/foto-do-dia basilica-menor-de-nossa-senhora-do-pilar/2017/02/igreja-de-sao-francisco-de-assis-ouro-preto/ Imagens 8, 9 e 10 – Croqui do Arquiteto, fachada e varanda do Grande Hotel de Ouro Preto. Fotos: Sergio Jatobá Imagem 11 – Plantas-baixas do Grande Hotel de Ouro Preto Aviso: mesmo sendo o nosso um trajeto curtíssimo (menos de 30 minutos de caminhada ao todo), a topografia da cidade é extremamente acidentada e o percurso sofre 154m de elevação, segundo o site Google Maps, sendo assim, tênis confortáveis e muita água serão fundamentais. 3º dia – “Ô trem bão, sô...”. Para 31/01, o atrativo será a cidade de Mariana e o passeio até lá. A mineradora Vale possui linhas férreas que abrangem parte da região turística conhecida como “Circuito do Ouro” e chega até Vitória - Espírito Santo, portanto oferece viagens através do trem. O preço da viagem será de R$25,00 no Domingo e cruzará a serra proporcionando belas paisagens. 5 No caminho, será possível evidenciar o trajeto graças à singular pedra que se projeta no pico do Morro Itacolomi e ao chegar em Mariana, será possível ver a antiga locomotiva a vapor de 1949 que realizava o percurso. Img. 12 - Trem da Vale no trecho Ouro Preto - Mariana Foto: Arlindo Silva Img. 13- Estação da ferrovia Vale de Mariana Fotos: Arlindo Silva O circuito do dia contará com cerca de 20 minutos de caminhada intercalados entre as paradas citadas logo a seguir e durante a execução será possível notar no projetista Arãao Reis influências de Haussman e, consequentemente, Hipódamo em um traçado semelhante ao tabuleiro de xadrez que define as ruas, mesmo a topografia não sendo a mais propícia a este tipo de urbanismo. Só no nosso trajeto de algumas quadras, ganharemos 77m de elevação. Img. 14 – Percurso do dia 31/01 em Mariana Img. 15 – Traçado ortogonalizado de Mariana Fonte: https://mapstyle.withgoogle.com/ 1. Praça da Sé - Este é realmente um ponto de encontro da cidade que pode ser literalmente apelidado de “sala de estar” da Catedral de Nossa Senhora da Assunção. Na imagem 16 é possível notar o corte ornamentado das vigas típico do estilo no atual Restaurante Gaveteiros, onde poderemos almoçar e observar o entorno da praça, composto 100% de vizinhos em estilo colonial. 2. Praça Gomes Freire - Neste caso o nossa análise se volta à presença inusitada de um vizinho pós-- moderno em estrutura em vigas metálicas industrializadas que se mimetiza perfeitamente ao casario colonial do entorno, com seu respeito à volumetria, ritmação coerente das aberturas e até mesmo uma discreta pintura azul ao redor das janelas que alude às esquadrias ali corriqueiras. É interessante a anacronia à própria praça, que em seu centro possui um bebedouro para bovinos. 6 Imgs. 16 e 17 – Ornamento na estrutura colonial e o “irmão moderno” na Praça Gomes Freire, respectivamente. Fonte: Google Street View 3. Igreja Nossa Senhora do Carmo - Para concluir o circuito histórico-religioso do fim de semana, é relevante comentar que cada igreja era construída por sua freguesia, logo todas são bem hierarquizadas, dependendo de fatores como a localização. Por exemplo: na qual estamos há maior requinte já que é um ponto nobre da cidade, dada a proximidade a órgãos públicos; Nossa Senhora do Pilar em Ouro Preto é folheada a ouro em seu interior e assim por diante. 4. Casa da Câmara - Com atividades administrativas até os dias atuais, este prédio já foi simultaneamente uma cadeia e hoje abriga ainda exposições de arte, artefatos históricos e, no andar de cima, o mobiliário dos séculos XVIII e XIX ganha destaque. Imgs. 18 e 19- Interior e Exterior da Casa da Câmara de Mariana. Fotos: Daniel Alves. 5. Pelourinho - Mariana é uma cidade que carrega chagas não somente pela recente tragédia ambiental que foi o rompimento da barragem da Samarco, mas também pela cultura escravagista que ali existiu. O pelourinho servia não só como um marco de área destinada à justiça, mas também para o açoitamento de criminosos e servos. Este é um dos poucos exemplares do país e demostra expressiva evolução dos direitos humanos. 6. Para completar o percurso com chave de ouro, passaremos na padaria Lafayette Gourmet e compraremos alguns pãezinhos-de-queijo para degustar durante a viagem e descobrir se é tão diferenciado assim como falam seus conterrâneos. 7 Imgs. 20 e 21 – A Igreja de N. S. do Carmo ao fundo do Pelourinho e as argolas usadas para prender os castigados. Fotos: Ana Vilela. Ao final da tarde, pegaremos o trem de volta para Ouro Preto. Ao chegar ainda terá tempo de fazer uma bela refeição de despedida no Santa Matula Bistrô, recolher os pertences e dirigir-se à rodoviária. De volta à “Beagá”, faremos uma corrida de Uber para a Av. Sicília no bairro Pampulha, onde seremos recebidos pelo Pedro Lavalle, nosso anfitrião para os próximos dois dias. 4º dia – A volta (ao mundo) à Pampulha em (80 dias) uma tarde. Dando um grande salto no tempo, iremos para o século XX. No dia 01/02 poremos novamente os tênis de caminhada, pois dada a proximidade da casa do anfitrião à Lagoa da Pampulha poderemos pegar um Uber até o outro lado, mais especificamente na Rua Ilha Grande onde, intercalando caminhadas e caronas, iniciaremos o circuito no Conjunto Arquitetônico da Pampulha, conhecendo os cinco pontos, como mostra o diagrama a seguir: Img. 22 – circuito no conjunto arquitetônico da Pampulha Img. 23 - Oscar Niemeyer visitando a igreja projetada junto ao prefeito. Foto: Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Com obras que datam da década de 1940, o conjunto é de autoria do mestre do modernismo brasileiro e é considerado o momento de Niemeyer em que sua produção foi a mais individual de todos os tempos, tendo ele se desvencilhado de Lúcio Costa e de outros colegas com os quais costumava se associar no Rio de Janeiro. 8 Caso não seja sabido, é interessante mencionar que a Lagoa é artificial. Na verdade Oscar foi chamado para projetar um bairro de luxo com conceito aristocrático, onde morariam a elite intelectual e social da época. Pode-se dizer que o arquiteto foi a cabeça do projeto, mas não o protagonista. Figuras importantes tiveram grandes contribuições, tais como: Joaquim Cardoso, engenheiro de estruturas e entusiasta de arquitetura e arte; Cândido Portinari, famoso artista plástico que assinou os desenhos das cerâmicas empregadas recorrentemente; Paulo Werneck, responsável por alguns murais e o grande Roberto Burle Marx, cujo paisagismo de formas orgânicas foi par perfeito para a arquitetura de formas curvas de Niemeyer. Notado o contexto histórico no momento do empreendimento, vejamos as obras que nos guiarão pelo restante do dia: 1- Pampulha Iate Clube - Com claras influências corbusianas como os pilotis do térreo e o acesso por meio de rampa, Oscar incorpora sua mais nova criação formal: o telhado borboleta, que subverte o tradicional e vira ao avesso os telhados que se viam convencionalmente, com concreto armado, imita-se então a morfologia do animal. O programa recebe uma organização espacial muito simples. Na asa maior o hall e as dependências de serviço e na asa menor um restaurante sobre o estacionamento de veículos aquáticos. Imgs. 23, 24 e 25 – Plantas-baixas e perspectivas ao nível do observador do Iate Clube. Fonte: UNDERWOOD, 2002, p. 62. Sendo agora de propriedade privada, é a mais polêmica das obras do conjunto, com grande demora para seu reconhecimento como patrimônio mundial da UNESCO, bem como as outras, existe um anexo destinado a estacionamentos que desconfigura totalmente o padrão construtivo original e obstrui a visão entreo mesmo e a Igreja de São Francisco de Assis. Anteriormente, à partir da baía era possível enxergar todos os outros componentes do conjunto. 2- Cassino – Este grande prédio que em momentos se assemelha à Ville Savoye consiste em um prisma de base retangular com uma adição volumétrica ovalada para restaurante e pista de dança e outro em forma de “T” que configura os serviços. Infortunadamente, em 1946 os Jogos são proibidos no brasil e a edificação perde sua função em menos de uma década. Em 1957 o edifício é reaberto e passa a se tornar o Museu de Arte da Pampulha (MAP), uso que se estende aos dias atuais. ALMOÇO – seguindo o percurso, convenientemente encontraremos um restaurante da Rede Mc’Donalds, onde faremos uma das refeições econômicas* da semana. 9 3- Casa do Baile - Este é o menor e mais aconchegante. Flutuando sobre as águas em uma pequena ilha de acesso exclusivo por uma passarela, é composto por um volume circular que abrigava salão e restaurante de onde surge uma marquise de desenho serpenteante que leva o visitante até um pequeno palco, cujo pano de fundo são os azulejos de Portinari. Imgs. 26, 27 e 28 – Perspectivas aéreas e dos jardins da Casa do Baile. Fotos: Marina Guinard. 4- Igreja de São Francisco de Assis – Considerada por alguns a obra prima do arquiteto modernista possui uma cobertura com design extremamente particular em concreto armado, onde as curvas orgânicas imperam e são sustentadas por paredes afrescadas e azulejadas por Portinari e abrigam um altar com lindo mural de Paulo Werneck. Imgs. 29 e 30 - Fachadas da Igreja de São Francisco de Assis, também conhecida por Igreja da Pampulha Foto: Monique Rennne. Img. 31 - A igreja em Construção Img. 32 - Croqui de Oscar Niemeyer. Foto: Acervo Museu Histórico Abílio Barreto. Fonte: ArchDaily Brasil. 5- Casa Kubitscheck - Encomendada pelo político mineiro Juscelino Kubitscheck, esta é outra obra que possui o telhado borboleta como característica mais marcante e demonstra uma evidente inspiração na Casa Errázuriz de Le Corbusier no Chile, também por conta de suas janelas em fita e rampa de acesso, justapondo-se à tendências brutalistas do país no período, como a lareira em 10 pedra de forma ondulada. O paisagismo organicista com lago artificial é mais uma vez da conta de Burle Marx e são ainda incorporados recursos estilísticos típicos da arquitetura vernacular mineira, como as esquadrias em madeira azuis (não mais presentes). Interessante mencionar o fato de que o terreno é de duas frentes e uma das fachadas é ocupada pelos fundos de uma “mini Casa JK” que servia como edícula para recepção de convidados, separada da residência por jardim interno com obras de arte de Portinari. Hoje o local além de guardar registros da história do ex-presidente da república e sua família, é um museu onde o mobiliário original é a própria exposição, contando com peças assinadas por figuras icônicas como Zanine Caldas e Lina Bo Bardi. Img. 33 – A fachada e o paisagismo de Marx. Imgs. 34 e 35 - O interior e o pátio de fundos da casa Kubitscheck. Fonte: umafotopordia.com Fotos: Monique Renne Ao final do dia terá sido evidenciado o potencial e a riqueza arquitetônica da região, que é um dos maiores polos de exemplares modernistas do país. Sabe-se que em 2016 o Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi tombado, mesmo com esforços contrários por parte iniciativas privadas, entretanto o apoio popular parece ter um lado definido: o da cultura e história, a exemplo do alvoroço promovido para a derrubada do anexo de estacionamentos posteriormente incorporado no Pampulha Iate Clube. 5º dia - Passe livre para um ícone da Arquitetura Moderna belo-horizontina. Na Terça-feira (02/02), após o almoço, subiremos da Av. Sicília em uma das linhas de ônibus destacadas em vermelho na imagem abaixo e desceremos do metrô na Av. Olegário Maciel, onde faremos check-in em uma hospedagem muito especial: (vide imagem 37). Img. 36 - Trajeto da Av. Sicília à Av. Olegário Maciel, segundo Img. 37 - Nosso ponto de descanso para os próximos dias na capital. o aplicativo de mobilidade urbana. Fonte: Moovit App. Fonte: Airbnb.com 11 logo que chegarmos ao destino, daremos de cara com mais uma icônica obra de Oscar Niemeyer. O Conjunto Habitacional Governador Juscelino Kubitschek, ou Edifício JK, como também é conhecido, desperta até hoje questionamentos nos curiosos: “seria esta a origem do termo ‘JK’ para apartamentos compactos?”; “para onde será que aponta a seta das circulações verticais?”. Será então este o local onde nos hospedaremos em um apartamento alugado, pensando em poder explorar e estudar não apenas seus espaços externos, mas também internos pelo resto do dia e durante a estada. De extenso programa, onde originalmente constam boate, rodoviária, cinema, lavanderias públicas e etc. o empreendimento veio a se assentar em um terreno de propriedade pública, sendo assim, houveram dificuldades burocrática as quais o então governador Juscelino resolveu com artimanhas tais como o argumento de que os sete primeiros pavimentos seriam configurados por repartições públicas. Quanto ao uso, é de fato misto, mas diferentemente do Edifício Copan, Irmão de São Paulo, esta mescla acontece no mesmo bloco e não separadamente. É interessante mencionar seus pilares em “W” nada convencionais e a adoção de extensos corredores que se referenciam na Unitè de Habitación de Charles Edouard Jeaneret. Img. 38 - Pilares excepcionais. Img. 39 – Vista axonométrica por prédio vizinho Img. 40 - Setorização de pavimento não tipo Fonte: Revista Casa Vogue. Fonte: 5º andar (site de aluguel de imóveis). Fonte: Arquivo do Prof. Casio Pea, PUCV. Sobre os aspectos volumétricos, temos: bases que compreendem ambos os quarteirões inteiros; um pavimento circular que deveria servir como boate, mas por muito tempo sediou uma fábrica de jeans; dois polígonos retangulares planos (os blocos mistos) e um anexo com desenho planimétrico de seta. Ainda falando sobre volumetria, a solução de distribuição das unidades tipologicas é extremamente peculiar, de forma que módulos quadrados de 3,16m entre viga-viga e laje-laje são acomodados como em diferentes layouts para cada pavimento, por exemplo: No BLOCO A: • Tipo 01 – “JK” (studio) em = 1 módulo; • Tipo 02 – Apartamento sala/quarto = 2 módulos; • Tipo 03 – Apartamento de dois quartos = 3 módulos; • Tipo 04 – Apartamento de dois quartos com dependência de funcionário(a) = 4 módulos; • Tipo 05 – Apartamento de três quartos com dependência de funcionário(a) = 5 módulos. 12 No BLOCO B: • Tipo 01 – Unidade de Escritório = 1 módulo; • Tipo 02 – Unidade semi-duplex, com meio nível e duas fachadas para Leste e Oeste = 2 módulos; • Tipo 03 – Tipologia desconhecida. Img. 41 – o concreto armado como processo construtivo típico de Oscar Img. 42 – Perspectiva Isométrica da fachada Sul Fonte: arquivo público da cidade de Belo Horizonte Fonte: arquivo público da cidade de Belo Horizonte A história do Conjunto JK é marcada por um passado desagradável. Em seus primórdios tinha como público alvo a classe média emergente, mas os vinte anos que congelaram a construção foram sucedidos por outra realidade. O condomínio foi frequentementecapa de manchetes policiais por ser um centro de drogas, crimes e prostituição, fato que ocasionou até mesmo a abertura de uma delegacia de polícia nas dependências do andar térreo que perdura até os dias de hoje, entretanto, nos últimos anos houve um movimento de reabilitação do espaço. Devido à sua relevância arquitetônica artistas, intelectuais e afins foram aos poucos fazendo dali o seu lar e atualmente a associação que une os mais de 6600 condôminos (valores que se aproximam ou superam uma cidade do interior, como Capivari do Sul-RS) das 5700 unidades exerce uma participação ativa, reformista e até mesmo marketeira, por meio das redes sociais. Img. 43 – Projeção na empena cega de autoria dos moradores. Fonte: @vivajk no Instagram. Img. 44- Praça Raul Pila, com seu traçado geométrico simétrico, na qual poderemos sentar para observar nosso objeto de estudo, ou vice-versa. Fonte: Blog Vitruvius. Img. 45 – Esquema de divisão dos módulos expresso na fachada. Fonte: ArchDaily (editado). 6º e 7º dia – Praça da Liberdade Chegando ao centro da cidade será de suma necessidade conhecer as origens do traçado urbanístico de Belo Horizonte. Em seus primórdios, a cidade colonial passa a ser vista como antiquada e as residências perdem o posto de “foco das relações sociais” dando lugar aos espaços públicos, como ruas, praças e edificações coletivas. Data de 1897 a inauguração da cidade e, simultaneamente a Praça da Liberdade, projetada para integrar o poder republicano e abrigar as Secretarias de Estado (Finanças, Agricultura e Interior). O primeiro projeto paisagístico é de autoria do francês Paul Villon, com ajardinamentos, parterres e fontes em estilo europeu bucólico que se aproxima do organicismo renascentista. Em 1920 o novo padrão de sociabilidade influencia a sistemática da cidade com a implantação de novos instrumentos: o cinema, o bonde, os cafés e etc., a Praça também sofre alterações. Motivadas pela visita dos reis belgas que estava por acontecer e financiadas por verbas nacionais, as autoridades locais removeram os coqueiros que obstruíam as fachadas dos prédios públicos, substituíram as fontes e o atual desenho geometrizado toma posse. Tais mudanças põe a praça e a cidade no mapa, rendendo-lhes reconhecimento de cronistas internacionais. Na década de 1970, após anos de certo ostracismo, a Feira Hippie vem para reestruturar a funcionalidade da praça por quase vinte anos, quando os artesãos são expulsos e transferidos para Afonso Pena, para que a “Feira de Domingo” tome seu lugar, restando apenas a feira de Flores da Liberdade. Nos anos 1990, a praça e grande parte das edificações são tombadas. Na virada do segundo milênio, surge então uma nova cidade administrativa ao Norte, concebida por Niemeyer e sob a gestão do governador Aécio Neves é criado o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, com concurso público de arquitetura para restauração do patrimônio da região, entretanto surtiram várias críticas aos primeiros projetos, que segundo a CAU-MG e a IEPHA-MG, descaracterizavam a história. Estas duas instituições iniciaram uma ação judicial e conseguiram barrar as reformas propostas para a Secretaria da Fazenda. Já para o Prédio do Museu das Minas e do Metal da Gerdau venceu Paulo Mendes da Rocha, que também recebeu protestos advindos das autoridades arquitetônicas, porém, mediante cessões de ambas as partes, houve um consenso e a obra foi adiante. 1. Espaço TIM/UFMG do Conhecimento - Planetário e terraço astronômico com telescópios e tecnológica fachada digital e exposições sobre a humanidade, junto à Secretaria de Educação; 2. Museu das Minas e do Metal – Anexo ao prédio da Secretaria de Educação, recebeu intervenções contemporâneas do Arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que incorporou um bloco envidraçado para o elevador e outro de cor vibrante para a escada, gerando belas cenas anacrônicas. Esta é talvez a a edificação com maior riqueza de detalhes decorativos opulentos em seu projeto original, recebendo encomendas da Bélgica (quem sabe novamente motivadas pela visita real) de vigas e guarda-corpos em aço fundido de motivos orgânicos, além da cúpula de zinco oriunda de uma indústria Alemã; 14 Img. 46 – As vigas industrializadas orgânicas do MMM Gerdau Img. 47 - Fachada-projetor do Espaço TIM/UFMG Fonte: circuitodaliberdade.mg.gov.br Fonte: circuitodaliberdade.mg.gov.br 3. Centro Cultural Banco do Brasil – no prédio da Secretaria da Defesa Social, onde é possível assistir a filmes, peças de teatro ou apenas frequentar a cafeteria ou livraria; 4. Museu Minas Gerais Vale – com exposições interativas sobre a cultura e a história da mineração do estado de Minas;] 5. Centro de Arte Popular (CEMIG) – na quadra ao lado, possui um grande acervo de obras artesanais e oferece oficinas de arte; 6. Casa Fiat de Cultura – Centro cultural com café, exposições e workshops, onde também se encontram as instalações do Centro de Formação Artística Liberdade e o Horizonte SEBRAE – Casa da Economia Criativa; 7. Museu Mineiro – Palácio construído para ser a residência de um importante funcionário público em estilo eclético neoclássico; 8. Palácio da Liberdade – Também em estilo eclético neoclássico, possui uma linda escadaria e vigamentos metálicos belga com motivos orgânicos do Art Nouveau. Img. 48 – Casa Fiat de Cultura. Img. 49 - Palácio da Liberdade e seus guarda-corpos em estilo Art Nouveau Fonte: Google Street View Fonte: circuitodaliberdade.mg.gov.br 9. Solares Norbana – Erguido em 1911, não é um vizinho lindeiro da praça, mas fica a menos de uma quadra; 10. Palácio Dantas – Ao lado do anterior, tem construção datada de 1915 é do conjunto de reformas para receber os reis belgas, às tendências arquitetônicas e ajardinamentos relativos à época; 15 11. Edifício Niemeyer – É um exemplo muito característico da arquitetura modernista belo-horizontina, projetado por Sílvio de Vasconcellos e hoje abriga a tradicional Pizzaria Xodó. Img. 50 – Esquina do Edifício Niemeyer Img. 51 – Os vizinhos Solares Norbana e Palácio Dantas Foto Leonardo Finotti Fotógrafo Arquitetônico. Fontte: Google Street View Dada a proximidade do ponto onde estaremos hospedados e a Praça da Liberdade (cerca de 20 minutos a pé), poderemos parcelar o circuito em dois dias, de acordo com a programação cultural da semana e mesmo assim talvez não haja tempo hábil para contemplar todos os itens anteriormente citados. 8º dia – “Arredando” para Inhotim. Na manhã de Sexta-feira (05/02), faremos check-out na unidade alugada no Conjunto JK e nos dirigiremos à Rodoviária de Belo Horizonte, de onde partiremos às 8:15 em uma linha de ônibus executiva (vai site ClickBus) oferecida pela empresa Saritur, que nos deixará no estacionamento do Instituto Inhotim, na cidade de Brumadinho, às 10:00. Ao chegar no parque, deixaremos os pertences no guarda-volumes oferecido gratuitamente e os retiraremos no final do dia, aproveitando as atrações ao máximo durante o dia, para depois fazer o check- -in no novo anfitrião. Img. 52 - Casa do Anderson, nosso terceiro anfitrião, a menos de 2km do Instituto Inhotim. Fonte: Airbnb.com 16 9º dia - Conhecendo “os trem tudo” do Instituto. Sobre o Instituto Inhotim: É o maior museu a céu aberto do mundo e também reconhecido como jardim botânico, graças à diversidade da flora que possui. Dono de um gigantesco orquidário e a maiorcoleção de palmeiras do mundo, começou a ser idealizado em 1980 por Bernardo da Paz, um riquíssimo colecionador de obras de arte que aspirava executar um empreendimento que democratizasse o acesso do público à arte. O amigo de Burle Marx foi comprando e unindo terrenos até 2002, para finalmente abrir em 2005. Com arquitetura arrojada e contemporânea, os principais pavilhões que visitaremos serão: • Galeria True Rouge - Homenageia o artista Tunga, que inspirou Bernardo à concepção do instituto. Nós arquitetos, nos recordaremos da Farnsworth House devido à ousada pele de vidro que flutua sobre um lindo lago; • Galeria Miguel Rio Branco - visando expor as fotos de quando o artista homônimo viveu no Pelourinho, o volume monolítico e aço Corten alude a um navio negreiro, nos pesando às costas a vergonha da escravidão em materiais tão carregados; Img. 53 – Galeria True Rouge. Img. 54 - Galeria Miguel Rio Branco Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim • Galeria Doris Salcedo - É uma caixa totalmente fechada em meio a um verde estonteante. A ausência de aberturas e a monocromia do branco nos remete ao conceito “a solidão da convivência em sociedade nos grandes centros urbanos; • Centro Educativo Burle Marx - Em homenagem ao grande paisagista, se volta aos moradores de Brumadinho com apelo social-educativo; No terraço, a exposição “Narciso’s Garden” que é uma crítica direta ao ego dos artistas. As estruturas empregadas vieram do Japão e abrigam 500 esferas espelhadas que se chocam e criam um ambiente muito sinestésico; 17 Img. 55 - Galeria Doris Salcedo. Img. 56 – Narciso’s Garden. Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim • “Invenção da Cor” - De autoria do artista plástico Hélio Oiticica, não pode ser concluída em vida, mas o próprio deixou as diretrizes em anotações detalhadas. Hoje, ao chegar lá, é possível encontrar crianças brincando e interagindo com a obra, atingindo exatamente o objetivo para a qual foi pensada: despertar o interesse pela arte em todos; • Galeria Adriana Varejão - Símbolo da Arquitetura Contemporânea do Inhotim, tem uma passarela muito original e um telhado verde que cria um acesso para que vem de cima da colina em que se imbrica; Img. 57 – “A Invenção da Cor” por Hélio Oiticica Img. 58 - Galeria Adriana Varejão Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim • Galeria Cosmococa – Composta por uma volumetria de alguns blocos regulares, busca se assemelhar pedras (deixe solta a imaginação) e cada módulo recria uma sensação causada pelo uso da cocaína. Ao entrar é preciso tirar os sapatos e existem redes para deitar, sons, cheiros, iluminação obscura, chão gelatinoso e até mesmo uma piscina que pode ser usada. Tudo em prol de uma máxima imersão; • Galeria Claudia Andujar - Abrigando a obra da artista suíça, foi inaugurada em 2015 e aborda temáticas muito atuais, com materialidade muito forte e coesa ao o tema da exposição, unida à densa natureza do entorno, o projeto faz alusão à arquitetura indígena; No interior, fotografias da tribo Yanomani da Amazônia, que agora se encontra ameaçada. Quando a artista viveu na região os médicos responsáveis não tinham paciência para criar fichar para todos 18 os nativos, a fotógrafa ajudou fazendo estes registros, mas sua memória foi imediatamente levada à época em que seus pais foram levados para campos de concentração e lá recebiam estrelas que significavam os motivos porque estavam lá. Img. 59 – Galeria Cosmococa. Img. 60 - Galeria Claudia Andujar Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Fonte: Acervo Digital do Instituto Inhotim Para as refeições do dia 05/02, existem duas opções para alimentação dentro do Instituto Inhotim, dentre as quais indica-se o Restaurante Oiticica, de cinco estrelas, para encerrar a viagem com chave de ouro e fazer valer a pena tudo o que foi economizado até agora. Img. 61 – Recomendações do Restaurante Oiticica. Fonte: Site Trip Advisor. 10º dia - “Bah!”, hora de voltar para Porto... No dia 07/02, feitas as malas, sairemos por volta das 16:00 da rodoviária de Brumadinho, onde viajaremos 90km em direção ao Aeroporto Belo Horizonte (CNF), através do aplicativo de viagens BlaBlaCar, ou caso não haja caronas disponíveis, de ônibus executivo, com conexão no bairro Savassi, próximo à Praça da Liberdade. Ao embarcarmos no avião de Volta para Porto Alegre, espera-se que tenhamos aumentado a nossa gama de vivências, referências culturais, sociais, e principalmente arquitetônicas. Deseja-se que a viagem fique para sempre marcada como aquela que nos fez conhecer novos sotaques, sabores, pessoas, costumes, mas sobretudo realidades, não apenas para fins de comparação de aspectos acadêmicos, como os traçados da urbe, as abordagens de projeto e as soluções regionais, mas também da trajetória do país e deste estado que possui uma carga histórica tão densa. 19 TABELA ORÇAMENTÁRIA: ITEM DESCRIÇÃO PREÇO UNITÁRIO TOTAL DO ITEM PASSAGENS ÁEREAS IDA E VOLTA 418 418 HOSPEDAGEM CASA ALQUIMIA 489 1069 CONJUNTO JK 295 CASA DO ANDERSON 285 TRANSPORTE ÔNIBUS MUNICIPAL 20 380 ÔNIBUS INTERMUNICIPAL 190 TREM DA VALE 50 UBER 120 ALIMENTAÇÃO TABERNA DO PORTUGUÊS 60 333 CHOCOLATES OURO PRETO 35 OSCAR 49 PIZZARIA XODÓ 59 OITICICA 130 INGRESSOS INSTITUTO INHOTIM 44 44 TOTAL: R$2.244,00 Inclusos 10 dias em Ouro Preto, Belo Horizonte e Brumadinho (Instituto Inhotim). *Refeições de menos de R$15,00, pedidas por delivery, ou feitas em casa não farão patê do orçamento, já que este gasto existiria em qualquer lugar do mundo, inclusive Porto Alegre. 20 Referências Bibliográficas. CONJUNTO ARQUITETÔNICO DA PAMPULHA, A MAIOR ATRAÇÃO DE BELO HORIZONTE. Disponível em: https://vidacigana.com/conjunto-arquitetonico-pampulha/ Acesso em: 26/11/2020. FREIRE, Ricardo. INHOTIM: COMO CHEGAR. Disponível em: https://www.viajenaviagem.com/destino/inhotim/como-chegar-inhotim/ Acesso em: 25/11/2020. FREIRE, Ricardo. INHOTIM: COMO VISITAR. Disponível em: https://www.viajenaviagem.com/destino/inhotim/como-visitar-inhotim/ Acesso em: 25/11/2020. FROM AEROPORTO INTERNACIONAL DE CONFINS TO ESTAÇÃO LAGOINHA, Disponível em: https://moovitapp.com/belo_horizonte- 843/poi/Esta%C3%A7%C3%A3o%20Lagoinha/Aeroporto%20Internacional%20de%20Confins/en?tll=-19.912867_- 43.942577&fll=-19.634233_-43.965305&timeType=depart&time=1606463100000 Acesso em: 22/11/2020. JATOBÁ, Sérgio Ulisses. GRANDE HOTEL DE OURO PRETO: UM DIVISOR DE ÁGUAS. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/09.100/5633 Acesso em 26/11/2020. LOPES, Felipe Arnone. BRITTO, Daniel Fernandes. SILVA, Jaime Scarpelini. DOS ANJOS, Marcelo França. INFLUÊNCIAS FORMAIS NO CONJUNTO DA PAMPULHA DE OSCAR NIEMEYER, 2016. PEDRO, Andrade. 10 DICAS DE ONDE COMER EM OURO PRETO. Disponível em: https://www.oyorooms.com/br/fiquedeoyo/2020/01/09/onde-comer-em-ouro-preto/ Acesso em: 22/11/2020. TREM DA VALE: OURO PRETO E MARIANA. Disponívelem: http://www.vale.com/brasil/pt/business/logistics/railways/trem-turistico-ouro-preto- mariana/paginas/default.aspx#calendariohttp://www.vale.com/brasil/pt/business/logistics/railways/trem-turistico- ouro-preto-mariana/paginas/default.aspx#calendario Acesso em: 22/11/2020. 21
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