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PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
Questão para análise 04 
Vunesp – PC/SP – Aplicação: 2014 
O delegado de polícia a quem é apresentada ocorrência envolvendo policial que, utilizando de 
força e causando lesão corporal, atua fazendo cessar agressão a outrem, deve reconhecer 
atuação do policial em legítima defesa ou em estrito cumprimento do dever legal? Justifique. 
 
PONTOS PARA A ESCRITA DA QUESTÃO: 
- Destacar o papel do delegado de polícia a partir da lei 12.830/2013; 
 
 
INQUÉRITO POLICIAL 
FINALIDADE: apurar MATERIALIDADE DELITIVA + INDÍCIOS DE AUTORIA + 
CIRCUNSTÂNCIAS, a fim de permitir ao MP (nos crimes de ação penal pública) e ao 
Ofendido/Repr.Legal/CADI (nos crimes de ação penal privada) o oferecimento da DENÚNCIA e da 
QUEIXA CRIME 
FUNÇÕES DO I.P.: 
• Preparatória: art. 12, CPP 
• Preservatória: 
a) Evita um processo infundado; 
b) Preserva a imagem do investigado; 
c) Evita custos desnecessários ao erário. 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- Possibilidade de análise das excludentes de ilicitude pelo delegado de polícia visando não 
apenas a persecução criminal, como um todo, mas, de início, a própria prisão em flagrante, se for 
o caso; 
- Explicação das duas hipóteses do caso narrado: ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 
e LEGÍTIMA DEFESA 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
 
 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
 
 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- Na análise, em si, do caso: 
O delegado de polícia a quem é apresentada ocorrência envolvendo policial que, utilizando de 
força e causando lesão corporal, atua fazendo cessar agressão a outrem, deve reconhecer 
atuação do policial em legítima defesa ou em estrito cumprimento do dever legal? Justifique. 
 
- Reconhecimento dos requisitos caracterizadores da legítima defesa, como causa justificante, 
afastando, desta forma, a responsabilização pelo crime de lesão corporal; 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
- Deixar configurado que não se trata de estrito cumprimento de dever legal. 
 
Questão para análise 05 
CESPE | CEBRASPE – SDS/PE – Aplicação: 2016 
Um médico ginecologista, durante a realização de exame de rotina em sua paciente — pessoa 
maior e capaz —, afirmou existir um novo procedimento ginecológico — fato esse inverídico e 
anormal. Para exemplificá-lo, ele esfregou as mãos na vagina de sua paciente, demonstrando 
claramente que sua lascívia estava sendo saciada com os reiterados toques na genitália. Ato 
contínuo, a paciente compareceu a uma delegacia de polícia e narrou o fato à autoridade policial. 
Tendo em vista que, na análise de um crime e de sua autoria, o delegado de polícia deverá 
conhecer todo o iter criminis percorrido pelo agente, a fim de — no momento do indiciamento do 
suposto autor do fato — enquadrar o fato delituoso em um dos muitos preceitos legais de crimes 
existentes, responda aos seguintes questionamentos, relativos à situação hipotética acima 
apresentada. Nesse sentido, considere que a ocorrência do fato descrito e a sua autoria já tenham 
sido comprovadas pela autoridade policial. 
1 Qual o crime praticado pelo médico? Tipifique-o de forma fundamentada. [valor: 5,00 pontos] 
2 O fato hipotético em apreço é classificado como crime de tendência intensificada? Justifique sua 
resposta. [valor: 4,50 pontos] 
10 linhas 
 
EESSPPEELLHHOO DDEE RREESSPPOOSSTTAA CCEESSPPEE CCEEBBRRAASSPPEE 
1 Sim. O médico praticou o crime de violação sexual mediante fraude, também conhecido como 
estelionato sexual, previsto no art. 215 do Código Penal (CP), uma vez que praticou ato libidinoso 
com a paciente mediante fraude, pois seu engano impediu a livre manifestação da vontade da 
vítima. Assim, incorreu no crime previsto no art. 215 do CP. Ressalta-se não se tratar de estupro, 
uma vez que o núcleo do tipo penal do art. 213 do CP é constranger (coagir), acrescido das 
elementares “mediante violência ou grave ameaça”, fatos que não ocorreram no caso hipotético. 
Também não se pode falar em estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), uma vez que a vítima 
tinha capacidade de resistir, caso soubesse do engano. 
 
PPOOSSSSIIBBIILLIIDDAADDEE DDEE RREESSPPOOSSTTAA 
2 Sim, o caso narrado pode ser classificado como delito de tendência intensificada, visto que o 
delito de tendência intensificada, embora não esteja expressamente previsto no tipo penal o 
elemento volitivo específico no agir do sujeito ativo da conduta, mas pode ser aferível ou dedutível 
analisando-se a natureza do delito praticado. A constituição do fato como crime, neste sentido, 
depende da intenção do agente, na narrativa da conduta realizada, requerendo, então, uma 
determinada tendência subjetiva na realização da conduta típica. Logo, o ginecologista, quando no 
exercício de seus atividades profissionais, na realização de um exame na região genital, poderá 
praticar crime sexual ou não ao tocar na paciente, a depender da atitude do agente e suas 
intenções na prática dela. 
 
Questão para análise 06 
Vunesp – PC/CE – Aplicação: 2015 
 
Para a resolução dos itens a e b, considere o texto legal do art. 163 do CP, e a hipótese a seguir. 
Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - Se o crime é cometido: 
(...) III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços 
públicos ou sociedade de economia mista; 
(...) Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
Imagine que o Prefeito Municipal procure a Delegacia de Polícia noticiando que a Prefeitura teve a 
vidraça de sua sede histórica quebrada por um indivíduo, que descuidadamente chutou uma bola 
durante uma partida de futebol. 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
Em face do vultoso prejuízo, o Prefeito pede a instauração de um inquérito policial pela prática do 
crime de dano qualificado, por ter havido destruição de coisa pública. integridade física. 
a) Responda justificadamente: houve crime? Aplica-se a qualificadora supra transcrita? Deve ser 
instaurado inquérito policial? 
b) Em continuidade ao item anterior, conceitue dolo e culpa. Diferencie-os e exemplifique a partir 
de um resultado naturalístico que ofenda o bem jurídico 
 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- Identificação da tutela penal cabível e situação do crime narrado no ordenamento jurídico 
penal; 
PARTE ESPECIAL DO CÓDIG PENAL: 
TÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
CAPÍTULO IV 
DO DANO 
 
Destruição de acessões feitas em terras indígenas pode configurar dano qualificado 
Se um indivíduo que tinha uma fazenda em uma terra indígena, ao receber ordem para desocupar 
o local, destrói as acessões (construções e plantações) que havia feito no local, ele pratica, em 
tese, o delito de dano qualificado (art. 163, parágrafo único, III, do CP). Isso porque essas terras 
pertencem à União (art. 20, XI, da CF/88), de forma que, consequentemente, as acessões 
também são patrimônio público federal. STF. 2ª Turma. Inq 3670/RR, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 23/9/2014 (Info 760). 
 IIVV -- ppoorr mmoottiivvoo eeggooííssttiiccoo oouu ccoomm pprreejjuuíízzoo ccoonnssiiddeerráávveell ppaarraa aa vvííttiimmaa:: 
 
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- Identificação da tutela penal cabível e situação do crime narrado no ordenamento jurídico 
penal; 
- Possibilidade de punição da figura penal do art. 163 apenas a título dolo, quer seja direto (de 1º 
ou de 2º grau) ou eventual, não havendo previsão na modalidade culposa, logo, em assim 
acontecendo, restará configurado o fato como atípico; 
- Explicaçãodo elemento culpa, dentro da conduta, no fato típico, na forma consciente e 
inconsciente; 
- Não obstante a atipicidade penal do fato, restará a possibilidade de reparação do dano na 
esfera civil. 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
 
Questão para análise 07 
Fumarc - PC/MG - Aplicação: 2011 
Quais as posições doutrinárias e jurisprudenciais, com relação à falsificação de documento 
utilizado, efetivamente, na prática de estelionato? 
CCAAPPÍÍTTUULLOO VVII 
DDOO EESSTTEELLIIOONNAATTOO EE OOUUTTRRAASS FFRRAAUUDDEESS 
IInndduuzziirr vvííttiimmaa aa eerrrroo ee,, ccoomm iissssoo,, oobbtteerr vvaannttaaggeemm EECCOONNÔÔMMIICCAA iinnddeevviiddaa 
 
CAPÍTULO VI 
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES 
 Estelionato 
 Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
 § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena 
conforme o disposto no art. 155, § 2º. EEsstteelliioonnaattoo pprriivviilleeggiiaaddoo 
Possibilidade de configuração de tentativa: 
1. Se o agente emprega meio fraudulento, mas não consegue enganar a vítima; 
2. Se o agente, embora consiga empregar o meio fraudulento, não consegue obter a vantagem 
indevida; 
3. Se, embora o agente consiga empregar o meio fraudulento e obter vantagem, não causa 
prejuízo patrimonial à vítima 
 
A jurisprudência afirma que a Súmula 554 do STF aplica-se unicamente para o crime de 
estelionato na modalidade de emissão de cheque sem fundos (art. 171, § 2o, VI). Assim, a 
referida súmula não se aplica ao estelionato no seu tipo fundamental (art. 171, caput). Assim, não 
configura óbice ao prosseguimento da ação penal – mas sim causa de diminuição de pena (art. 16 
do CP) – o ressarcimento integral e voluntário, antes do recebimento da denúncia, do dano 
decorrente de estelionato praticado mediante a emissão de cheque furtado sem provisão de 
fundos. 
STJ. 5a Turma. HC 280.089-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 18/2/2014. 
Súmula 554 STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento 
da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal. 
A alteração do sistema de medição, mediante fraude, para que aponte resultado menor do que o 
real consumo de energia elétrica configura estelionato. 
Ex: as fases “A” e “B” do medidor foram isoladas por um material transparente, que permitia a 
alteração do relógio fazendo com que fosse registrada menos energia do que a consumida. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 1.418.119-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 07/05/2019 
(Informativo 648). 
O delito de estelionato não será absorvido pelo de roubo na hipótese em que o agente, dias após 
roubar um veículo e os objetos pessoais dos seus ocupantes, entre eles um talonário de cheques, 
visando obter vantagem ilícita, preenche uma de suas folhas e, diretamente na agência bancária, 
tenta sacar a quantia nela lançada. A falsificação da cártula não é mero exaurimento do crime 
antecedente. Isso porque há diversidade de desígnios e de bens jurídicos lesados. Dessa forma, 
inaplicável o princípio da consunção. 
STJ. 5ª Turma. HC 309.939-SP, Rel. Min. Newton Trisotto (Desembargador convocado do TJ-SC), 
julgado em 28/4/2015 (Info 562). 
O estelionato judiciário é crime? 
1) Posição tradicional do STJ: NÃO (nunca). Não se admite a prática do delito de estelionato por 
meio do ajuizamento de ações judiciais. 
2) Últimos julgados do STJ: DEPENDE. 
· Quando é possível ao magistrado, durante o curso do processo, constatar a fraude (ex: por meio 
de perícia, por prova testemunhal, documental etc.): NÃO haverá crime. 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
· Quando não é possível ao magistrado, durante o curso do processo, ter acesso às informações 
que caracterizam a fraude: SIM, será possível a configuração do estelionato. 
Fonte: Márcio André Lopes Cavalcante 
No caso concreto, o STJ entendeu que não se adequa ao tipo penal de estelionato (art. 171, § 3º, 
do CP) a conduta do advogado que, utilizando-se de procuração com assinatura falsa e 
comprovante de residência adulterado, propôs ação indenizatória em nome de terceiros com 
objetivo de obter para si vantagem indevida, tendo as irregularidades sido constadas por meio de 
perícia determinada na própria demanda indenizatória. 
STJ. 5ª Turma. RHC 53.471-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/12/2014 (Info 554). 
Fonte: Márcio André Lopes Cavalcante 
 
 § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: ffiigguurraass eeqquuiippaarraaddaass aaoo eesstteelliioonnaattoo 
 Disposição de coisa alheia como própria 
 I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; 
 Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
 II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de 
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, 
silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; 
 
Defraudação de penhor 
 III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia 
pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; 
Fraude na entrega de coisa 
 IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
 V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, 
ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de 
seguro; 
Fraude no pagamento por meio de cheque 
 VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o 
pagamento. 
 § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: ffiigguurraass eeqquuiippaarraaddaass aaoo eesstteelliioonnaattoo 
Disposição de coisa alheia como própria 
 I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; 
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
 II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de 
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, 
silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; 
Defraudação de penhor 
 III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia 
pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; 
 
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de 
direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. CCaauussaa ddee 
aauummeennttoo ddee ppeennaa 
 Estelionato contra idoso 
§ 4
o
 Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, 
de 2015) ccaauussaa ddee aauummeennttoo ddee ppeennaa 
Não extingue a punibilidade do crime de estelionato previdenciário (art. 171, § 3º, do CP) a 
devolução à Previdência Social, antes do recebimento da denúncia, da vantagem percebida 
ilicitamente. 
O art. 9º da Lei 10.684/2003 menciona os crimes aos quais são aplicadas suas regras: 
a) arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137/90; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13228.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13228.htm
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
b) art. 168-A do CP (apropriação indébita previdenciária); 
c) Art. 337-A do CP (sonegação de contribuição previdenciária). 
O agente poderá ter direito de receber o benefício do arrependimento posterior, tendo sua pena 
reduzida de 1/3 a 2/3 (art. 18 do CP). 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.380.672-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 24/3/2015 (Info 
559) 
STF. 2ª Turma. RHC 126971/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 25/08/2015 (Info 796) 
§ 5º Somentese procede mediante representação, salvo se a vítima for: (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
 
Quais as posições doutrinárias e jurisprudenciais, com relação à falsificação de documento 
utilizado, efetivamente, na prática de estelionato? 
 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- Descrição da conduta tipificada no artigo 171, do CP; 
- Mencionar as variações do modo de ocorrência da conduta; 
- Especificar as três correntes sobre o tema da questão: 
1ª: especifica que são bens jurídicos diversos violados no caso, um relacionado ao patrimônio e 
outro à fé pública, assim sendo, caberia, então, concurso material de crimes, conforme o art. 69, 
do CP. 
Vale destacar, neste caso, que tem que ser explicado o teor adotado pelo STJ, na Súmula 17: 
“Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido”. 
 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- 2ª: O Supremo Tribunal Federal, na visão do seu pleno, já utilizou do mesmo posicionamento 
do STJ para considerar a existência de concurso de material de crimes, entretanto, o 
posicionamento da Corte é no sentido de haver o concurso de crimes entre os dois delitos, mas na 
modalidade formal, considerando que há uma conduta, dividida em dois resultados lesivos; 
 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- 3ª: Em face da pena do delito de falsidade ser mais gravoso do que a do crime de estelionato, 
este é absorvido por aquele, tendo em vista o princípio da consunção. Devendo-se, entretanto, 
analisar o contexto da falsificação ocorrida, para aplicar o citado princípio, conforme o preceito 
secundário do tipo da falsificação 
 
Falsificação de documento público 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
(...) 
Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012) 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular 
verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
 
Questão para análise 08 
UEG – PC/GO – Aplicação: 2008 
Indique a natureza jurídica das escusas absolutórias e seu fundamento. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12737.htm
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
IMUNIDADES/ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS/ESCUSAS RELATIVAS/INAPLICABILIDADE DE 
ESCUSAS 
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em 
prejuízo: escusas absolutórias (crime existe, mas não é punível) 
 I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; (ou união estável, art. 226, §3º 
CRFB/88) 
 II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou 
natural. 
Atenção: Violência Patrimonial – Lei Maria da Penha 11.340/2006 
 
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é 
cometido em prejuízo: escusas relativas, não é causa extintiva de punibilidade, mas sim, 
condição objetiva de procedibilidade 
 I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
 II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
 III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: inaplicabilidade das escusas 
 I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave 
ameaça ou violência à pessoa; 
 II - ao estranho que participa do crime. 
 III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 
(Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
Indique a natureza jurídica das escusas absolutórias e seu fundamento. 
- Situar temática nos crimes contra o patrimônio; 
- Representa hipóteses de isenção ou não a pena, logo, não afeta a configuração dos elementos 
do tipo penal; 
- Intenção de protecionismo das relações do ambiente familiar, com apoio dos fundamentos 
constitucionais sobre a visão da instituição família; 
- Possibilidade de modificação da natureza da ação penal de pública incondicionada para 
condicionada à representação, nas hipóteses do art. 182, visando a harmonia familiar em relação 
aos bens patrimoniais, em face da disponibilidade destes bens; 
- Casos de inaplicabilidade em face de proteção maior às situações descritas no art.183. 
 
Questão para análise 09 
COPS UEL - PC/PR - Aplicação: 2013 
Com o advento da Lei nº 12.015/2009, o Título VI do Código Penal passou a ser denominado 
“Crimes contra Dignidade Sexual”, deixando de lado a denominação “Crimes contra os 
Costumes”. Diante de tal afirmativa, explique, de forma fundamentada, a nova concepção do bem 
jurídico tutelado por tais tipos penais. 
TÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Anteriormente era: 
TÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA OS COSTUMES 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
- Observe que a questão aborda uma alteração legislativa, ocorrida 4 anos antes do certame, 
mas que representou um grande marco na proteção dos bens jurídicos ali disciplinados; DICA 
DE ESTUDOS PARA AS ÚLTIMAS ALTERAÇÕES CONTEMPORÂNEAS 
- Visão constitucional do tema, sobre os direitos fundamentais e a necessidade de adequação da 
visão sobre os bens jurídicos disciplinados com a alteração, em consonância com o texto 
constitucional e contemporaneidade social da temática; 
- Fundamentação no princípio norma da dignidade da pessoa humana 
 
 
Questão para análise 10 
COPS-UEL – PC/PR – Aplicação: 2013 
Discorra sobre as condições da ação penal. 
PPOONNTTOOSS PPAARRAA AA EESSCCRRIITTAA DDAA QQUUEESSTTÃÃOO:: 
- Situa o tema acerca constitucionalidade do direito de ação e da persecução criminal (explicar 
os princípios da inafastabilidade da apreciação jurisdicional, art. 5º, XXXV, da CRFB/88 e do 
direito de petição, contido no mesmo artigo, inciso XXXIV); 
- Explicitar sobre a necessidade dos requisitos das condições da ação penal, conforme dispõe o 
art. 395, II, do CP, quando aborda os motivos ensejadores da rejeição da denúncia ou queixa-
crime; 
- Estabelecer a divisão entre as condições gerais da ação e as condições específicas: 
 
AÇÃO PENAL 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
 
 
Conceito: 
A ação penal é um direito subjetivo de requerer ao Estado-Juiz que se aplique o direito penal 
objetivo a um caso concreto. 
CONDIÇÕES GENÉRICAS DA AÇÃO PENAL: 
- Possibilidade jurídica do pedido(embora excluído do rol de condições da ação no CPC/2015, 
permanece para os doutrinadores e para a jurisprudência em matéria penal): 
Relaciona-se ao aprovisionamento em lei do fato narrado; 
É a possibilidade de constatação da relação de existência dos elementos da infração penal 
 
 
CONDIÇÕES GENÉRICAS DA AÇÃO PENAL: 
- Legitimidade ad causam: 
É a pertinência subjetiva da ação, devendo configurar no polo ativo o titular do direito e, no 
passivo, o réu. 
Lembrando que não se deve confundir 
LEGITIMIDADE AD CAUSAM e LEGITIMIDADE AD PROCESSUM 
Esta última é a capacidade de estar em juízo (capacidade do exercício de direitos e deveres 
processuais; de atuar validamente nos atos do processo) 
 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
- Legitimidade de parte, no que se refere à propositura da ação penal: 
AAççããoo ppeennaall ppúúbblliiccaa 
Regra = Ministério Público (art.129, I, CRFB/88; art. 24, CPP; art. 100, §1º, CP) 
Excepcionalmente = ofendido (neste caso a legitimidade será extraordinária ou subsidiária, nas 
ações penais privadas subsidiárias da pública) (art. 5º, LIX, CRFB/88; art. 29, CPP; art. 100, §3º, 
CP); 
Ação penal privada 
Ofendido ou representante legal (salvo, nesta última hipótese, os casos de ação penal privada 
personalíssima, ex. art. 236, CP) (art. 30, CPP; art. 100, §2ª, CP) 
 
ATENÇÃO! 
Não é fator de influência para a legitimidade ad causam o suposto autor dos fatos ser maior de 
18 anos e não estar em sua plenitude de suas faculdades mentais. 
Afeta-se CULPABILIDADE, consequências: 
- Art. 149, § 2
o
 O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando 
suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser 
prejudicadas pelo adiamento; 
- Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará 
suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2
o
 do art. 149; 
- Absolvição imprópria 
 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
 
 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
 
LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DAS PESSOAS JURÍDICAS: 
Pressupostos cumulativos: 
 
 
- Que o crime tenha sido cometido por decisão do representante legal ou contratual da Pessoa 
Jurídica, ou de seu órgão colegiado; 
- Que o crime ambiental tenha se consumado no interesse ou benefício da entidade. 
 
CONDIÇÕES GENÉRICAS DA AÇÃO PENAL: 
- Interesse de agir (necessidade-utilidade-adequação): 
Constitui a necessidade de se recorrer ao Poder Judiciário (não há pena sem processo, SALVO 
institutos da 9099/95 – JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS), com o fim de um provimento útil (o 
processo vai servir aos interesses do autor), utilizando a via adequada. 
- JUSTA CAUSA. 
Configura o mínimo de lastro probatório (materialidade delitiva + indícios de autoria) necessário ao 
ajuizamento da ação penal, demonstrando a viabilidade da pretensão punitiva 
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA AÇÃO PENAL: 
- Representação do ofendido; 
- Requisição do Ministro da Justiça; 
- Laudo preliminar no caso de envolver drogas; 
- Homologação judicial do laudo pericial nos casos de crimes contra a propriedade imaterial (art. 
529, caput, CPP); 
- trânsito em julgado da sentença anulatória do casamento, no caso do art. 236, do CP; 
- Autorização da Câmara dos Deputados para processar o Presidente e o Vice Presidente da 
República e Ministros do Estado (art. 51, I, CRFB/88); 
- Entrada do agente no território nacional no caso de extraterritorialidade da lei penal. 
 
ESPAÇO ONDE SE APLICA LEI PENAL 
X 
LUGAR DO CRIME 
LUGAR DO CRIME 
TEORIA DA UBIQUIDADE (OU MISTA) 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
Art. 6º CP- Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo 
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
REGRA 
Princípio da Territorialidade Temperada 
Art. 5º do CP - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido no território nacional. 
Conceito de Território Brasileiro Propriamente Dito (ou Físico) compreende: 
 
Área continental + ilhas + mar territorial + espaço aéreo nacional 
 
MAR TERRITORIAL 
LEI 8617/93 
Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, 
medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas 
náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil. 
ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO 
Princípio da soberania mediante a coluna atmosférica. 
Art. 11 da lei 7565/86 – Código Brasileiro de Aeronáutica - O Brasil exerce completa e exclusiva 
soberania sobre o espaço aéreo acima de seu território e mar territorial. 
Art. 2º da lei 8617/93 - A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo 
sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo. 
Conceito de território brasileiro por extensão (ou por abstração jurídica) 
 
Embarcações e Aeronaves 
Art. 5º § 1º do CP - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde 
quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em 
alto-mar. 
Art. 5º § 2º do CP- É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de 
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso 
no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. 
Extraterritorialidade 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro: 
I (INCONDICIONADA)- os crimes: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República (Princípio da Defesa ou Real); 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de 
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação 
instituída pelo Poder Público (Princípio da Defesa ou Real); 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço (Princípio da Defesa ou Real); 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil (Princípio da 
Justiça Universal); 
II ( CONDICIONADA) - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir (Princípio da Justiça 
Universal); 
b) praticados por brasileiro (Princípio da Nacionalidade Ativa); 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, 
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados (Princípio da Representação). 
§ 1º - Nos casos do inciso I (INCONDICIONADA), o agente punido segundo a lei brasileira, 
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro (possibilidade de dupla condenação pelo 
mesmo fato) 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
§ 2º - Nos casos do inciso II (CONDICIONADA), a aplicação da lei brasileira depende do concurso 
das seguintes condições: 
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a 
punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro 
fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
(HIPERCONDICIONADA) 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
NÃO CONFUNDIR COM: 
- Condições objetivas de punibilidade: 
 Nestas condições, a punibilidadedo crime é dependente destas condições. 
Ex.: Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia 
 Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem 
de direito, desde que o fato resulte prejuízo: 
 Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa. 
NÃO CONFUNDIR COM: 
- Escusas absolutórias (art. 181, I e II, CP) 
A conduta permanece típica, ilícita e culpável, mas, conforme este instituto, há a possibilidade de 
aplicação da isenção de pena. 
Questão para análise 11 
FUNCAB – PC/RO – Aplicação: 2014 
Discorra, fundamentadamente, sobre violência doméstica e familiar contra a mulher (Lei Maria da 
Penha). Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: (i) conceito e 
formas de violência doméstica e familiar contra a mulher; (ii) aplicabilidade ou não dos institutos 
despenalizadores, de penas de multa e de cestas básicas; (iii) competência; (iv) medidas 
protetivas e prisão preventiva. 
PONTOS PARA A ESCRITA DA QUESTÃO: 
LEI MARIA DA PENHA (11.340, 7 de agosto de 2006) Entrada em vigor em 22 de setembro de 
2006 (45 dias após a publicação) 
- OOBBJJEETTIIVVOO:: 
CCoommppeennssaarr ddeessiigguuaallddaaddeess eennttrree ggêênneerroo qquuee eexxiissttiirraamm aaoo lloonnggoo ddaa hhiissttóórriiaa ((ee aaiinnddaa eexxiissttee)),, 
eessttiimmuullaannddoo aaççõõeess aaffiirrmmaattiivvaass ppaarraa iinnsseerrççããoo ee iinncclluussããoo ddoo ggêênneerroo ffeemmiinniinnoo,, eemm eessppaaççoo ssoocciiaaiiss,, 
pprroommoovveennddoo--ssee ccoonnddiiççõõeess iissoonnôômmiiccaass.. 
- IINNCCIIDDÊÊNNCCIIAA LLEEGGAALL:: 
Para incidência da Lei Maria da Penha, é necessário que a violência doméstica e familiar contra a 
mulher decorra de: 
(a) ação ou omissão baseada no gênero; 
(b) no âmbito da unidade doméstica, familiar ou relação de afeto; decorrendo daí 
(c) morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
A norma se destina às hipóteses em que a “violência doméstica e familiar contra a mulher” é 
praticada, obrigatoriamente, seja no âmbito da unidade doméstica, seja familiar ou seja em 
qualquer relação íntima de afeto (art. 5º, I, II e III, da Lei n. 11.340/2006) – HC 500.627/DF, DJe 
13/08/2019 
- CCoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee ddaa LLeeii,, aannáálliissee ddee 22001122,, SSTTFF**:: 
✓ NNããoo hháá vviioollaaççããoo aaoo pprriinnccííppiioo ccoonnssttiittuucciioonnaall ddaa iigguuaallddaaddee,, eemm ffaaccee ddaa lleeii sseerr vvoollttaaddaa àà pprrootteeççããoo 
ddaass mmuullhheerreess;; 
✓ NNããoo ooffeennddee àà ccoommppeettêênncciiaa ddooss EEssttaaddooss eemm rraazzããoo ddoo aarrtt.. 3333 ddiissppoorr ssoobbrree aa eessttrruuttuurraa ddooss 
JJuuiizzaaddooss ddee VViioollêênncciiaa DDoommééssttiiccaa ee FFaammiilliiaarr ccoonnttrraa aa mmuullhheerr;; 
 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
*AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - 4424 
- CCoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee ddaa LLeeii,, aannáálliissee ddee 22001122,, SSTTFF:: 
✓ AAffiirrmmaaççããoo ddaa nnããoo aapplliiccaaççããoo ddaa LLeeii 99..009999//9955,, aaiinnddaa qquuee aa ppeennaa sseejjaa iinnffeerriioorr aa 22 aannooss,, eemm ffaaccee 
ddee ccrriimmeess pprraattiiccaaddooss ccoomm vviioollêênncciiaa ddoommééssttiiccaa ee ffaammiilliiaarr ccoonnttrraa aa mmuullhheerr;; 
 
Neste sentido: 
STJ Súmula 536 - A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na 
hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. (Súmula 536, TERCEIRA SEÇÃO, 
julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015) 
 
- CCoonnssttiittuucciioonnaalliiddaaddee ddaa LLeeii,, aannáálliissee ddee 22001122,, SSTTFF:: 
✓ CCoonnffiirrmmaaççããoo ddee qquuee ttooddaa lleessããoo ccoorrppoorraall,, aaiinnddaa qquuee ddee nnaattuurreezzaa lleevvaa oouu ccuullppoossaa,, pprraattiiccaaddaa 
ccoonnttrraa aa mmuullhheerr,, nnoo ââmmbbiittoo ddaass rreellaaççõõeess ddoommééssttiiccaass,, éé ccrriimmee ddee aaççããoo ppeennaall ddee nnaattuurreezzaa ppúúbblliiccaa 
IINNCCOONNDDIICCIIOONNAADDAA 
 
Neste sentido: 
STJ Súmula 542 - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência 
doméstica contra a mulher é pública incondicionada. (Súmula 542, TERCEIRA SEÇÃO, julgado 
em 26/08/2015, DJe 31/08/2015) 
- 11997755,, cciiddaaddee ddoo MMééxxiiccoo,, OONNUU rreeaalliizzaa aa II CCoonnffeerrêênncciiaa MMuunnddiiaall ssoobbrree aa mmuullhheerr;; 
- 11998800,, CCooppeennhhaagguuee –– DDiinnaammaarrccaa,, IIII CCoonnffeerrêênncciiaa MMuunnddiiaall ssoobbrree aa mmuullhheerr;; 
- 11998855,, NNaaiirróóbbii –– QQuuêênniiaa,, IIIIII CCoonnffeerrêênncciiaa MMuunnddiiaall ssoobbrree aa mmuullhheerr;; 
- 11999933,, VViieennaa –– ÁÁuussttrriiaa,, CCoonnffeerrêênncciiaa ddee DDiirreeiittooss HHuummaannooss ddaass NNaaççõõeess UUnniiddaass;; 
- 11999944,, AAsssseemmbblleeiiaa GGeerraall ddaa OOrrggaanniizzaaççããoo ddooss EEssttaaddooss AAmmeerriiccaannooss 
 
- 11999944,, AAsssseemmbblleeiiaa GGeerraall ddaa OOrrggaanniizzaaççããoo ddooss EEssttaaddooss AAmmeerriiccaannooss aaddoottoouu aa CCoonnvveennççããoo 
IInntteerraammeerriiccaannaa ppaarraa PPrreevveenniirr,, PPuunniirr ee EErrrraaddiiccaarr aa VViioollêênncciiaa DDoommééssttiiccaa ((CCoonnvveennççããoo ddee BBeelléémm ddoo 
PPaarráá)):: 
““Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por violência contra a mulher qualquer ato ou 
conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à 
mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada” (art.1º). 
 
- 22000011,, aa CCoommiissssããoo IInntteerraammeerriiccaannaa ddee DDiirreeiittooss HHuummaannooss ppuubblliiccoouu oo RReellaattóórriioo 5544//22000011,, ssoobbrree aa 
lleennttiiddããoo pprroocceessssuuaall ee ggrraavvee vviioollaaççããoo ddee DDiirreeiittooss HHuummaannooss,, aacceerrccaa ddoo ccaassoo ddee MMaarriiaa ddaa PPeennhhaa 
MMaaiiaa FFeerrnnaannddeess ((ccuujjoo ffaattoo aaccoonntteecceeuu eemm 2299 ddee mmaaiioo ddee 11998833,, oo pprriimmeeiirroo,, qquuee ggeerroouu aa ppaarraapplleeggiiaa 
ee,, uummaa sseemmaannaa ddeeppooiiss,, oo sseegguunnddoo ffaattoo,, aa ddeessccaarrggaa eellééttrriiccaa nnoo bbaannhhoo)):: 
 
- 2001, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos publicou o Relatório 54/2001: 
“a ineficácia judicial, a impunidade e a impossibilidade de a vítima obter uma reparação 
mostra a falta de compromisso assumido pelo Brasil de reagir adequadamente ante a 
violência doméstica”. 
Lei 11.340/2006: Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das 
formas de violação dos direitos humanos. 
 
- AAlltteerraaççõõeess lleeggiissllaattiivvaass rreecceenntteess:: 
❑ LLeeii 1133..883366//22001199:: aaccrreesscceennttoouu ddiissppoossiittiivvoo aaoo aarrtt.. 1122 ddaa LLeeii nnºº 1111..334400,, ddee 77 ddee aaggoossttoo ddee 22000066,, 
ppaarraa ttoorrnnaarr oobbrriiggaattóórriiaa aa iinnffoorrmmaaççããoo ssoobbrree aa ccoonnddiiççããoo ddee ppeessssooaa ccoomm ddeeffiicciiêênncciiaa ddaa mmuullhheerr vvííttiimmaa 
ddee aaggrreessssããoo ddoommééssttiiccaa oouu ffaammiilliiaarr;; 
 
- AAlltteerraaççõõeess lleeggiissllaattiivvaass rreecceenntteess:: 
❑ LLeeii 1133..887711//22001199:: AAlltteerroouu aa LLeeii nnºº 1111..334400,, ddee 77 ddee aaggoossttoo ddee 22000066 ((LLeeii MMaarriiaa ddaa PPeennhhaa)),, ppaarraa 
ddiissppoorr ssoobbrree aa rreessppoonnssaabbiilliiddaaddee ddoo aaggrreessssoorr ppeelloo rreessssaarrcciimmeennttoo ddooss ccuussttooss rreellaacciioonnaaddooss aaooss 
sseerrvviiççooss ddee ssaaúúddee pprreessttaaddooss ppeelloo SSiisstteemmaa ÚÚnniiccoo ddee SSaaúúddee ((SSUUSS)) ààss vvííttiimmaass ddee vviioollêênncciiaa 
ddoommééssttiiccaaee ffaammiilliiaarr ee aaooss ddiissppoossiittiivvooss ddee sseegguurraannççaa ppoorr eellaass uuttiilliizzaaddooss;; 
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
- AAlltteerraaççõõeess lleeggiissllaattiivvaass rreecceenntteess:: 
❑ LLeeii 1133..888800//22001199:: AAlltteerroouu aa LLeeii nnºº 1111..334400,, ddee 77 ddee aaggoossttoo ddee 22000066 ((LLeeii MMaarriiaa ddaa PPeennhhaa)),, ppaarraa 
pprreevveerr aa aapprreeeennssããoo ddee aarrmmaa ddee ffooggoo ssoobb ppoossssee ddee aaggrreessssoorr eemm ccaassooss ddee vviioollêênncciiaa ddoommééssttiiccaa,, nnaa 
ffoorrmmaa eemm qquuee eessppeecciiffiiccaa;; 
- AAlltteerraaççõõeess lleeggiissllaattiivvaass rreecceenntteess:: 
❑ LLeeii 1133..888822//22001199:: AAlltteerroouu aa LLeeii nnºº 1111..334400,, ddee 77 ddee aaggoossttoo ddee 22000066 ((LLeeii MMaarriiaa ddaa PPeennhhaa)),, ppaarraa 
ggaarraannttiirr aa mmaattrrííccuullaa ddooss ddeeppeennddeenntteess ddaa mmuullhheerr vvííttiimmaa ddee vviioollêênncciiaa ddoommééssttiiccaa ee ffaammiilliiaarr eemm 
iinnssttiittuuiiççããoo ddee eedduuccaaççããoo bbáássiiccaa mmaaiiss pprróóxxiimmaa ddee sseeuu ddoommiiccíílliioo;; 
- AAlltteerraaççõõeess lleeggiissllaattiivvaass rreecceenntteess:: 
❑ LLeeii 1133..889944//22001199:: AAlltteerroouu aa LLeeii nnºº 1111..334400,, ddee 77 ddee aaggoossttoo ddee 22000066 ((LLeeii MMaarriiaa ddaa PPeennhhaa)),, ppaarraa 
pprreevveerr aa ccoommppeettêênncciiaa ddooss JJuuiizzaaddooss ddee VViioollêênncciiaa DDoommééssttiiccaa ee FFaammiilliiaarr ccoonnttrraa aa MMuullhheerr ppaarraa aa 
aaççããoo ddee ddiivvóórrcciioo,, sseeppaarraaççããoo,, aannuullaaççããoo ddee ccaassaammeennttoo oouu ddiissssoolluuççããoo ddee uunniiããoo eessttáávveell nnooss ccaassooss ddee 
vviioollêênncciiaa ee ppaarraa ttoorrnnaarr oobbrriiggaattóórriiaa aa iinnffoorrmmaaççããoo ààss vvííttiimmaass aacceerrccaa ddaa ppoossssiibbiilliiddaaddee ddee ooss sseerrvviiççooss 
ddee aassssiissttêênncciiaa jjuuddiicciiáárriiaa aajjuuiizzaarreemm aass aaççõõeess mmeenncciioonnaaddaass;; 
- AAlltteerraaççõõeess lleeggiissllaattiivvaass rreecceenntteess:: 
❑ LLeeii 1133..998844,, ddee 33 ddee aabbrriill ddee 22002200:: AAlltteerroouu oo aarrtt.. 2222 ddaa LLeeii nnºº 1111..334400,, ddee 77 ddee aaggoossttoo ddee 22000066 
((LLeeii MMaarriiaa ddaa PPeennhhaa)),, ppaarraa eessttaabbeelleecceerr ccoommoo mmeeddiiddaass pprrootteettiivvaass ddee uurrggêênncciiaa ffrreeqquuêênncciiaa ddoo 
aaggrreessssoorr aa cceennttrroo ddee eedduuccaaççããoo ee ddee rreeaabbiilliittaaççããoo ee aaccoommppaannhhaammeennttoo ppssiiccoossssoocciiaall.. 
 
- FFIINNAALLIIDDAADDEE:: 
CCrriiaa mmeeccaanniissmmooss ppaarraa ccooiibbiirr aa vviioollêênncciiaa ddoommééssttiiccaa ee ffaammiilliiaarr ccoonnttrraa aa mmuullhheerr ((eennqquuaannttoo ggêênneerroo oouu 
sseexxoo bbiioollóóggiiccoo??)) 
)),, nnooss tteerrmmooss ddoo §§ 88ºº ddoo aarrtt.. 222266 ddaa CCoonnssttiittuuiiççããoo FFeeddeerraall,, ddaa CCoonnvveennççããoo ssoobbrree aa EElliimmiinnaaççããoo ddee 
TTooddaass aass FFoorrmmaass ddee DDiissccrriimmiinnaaççããoo ccoonnttrraa aass MMuullhheerreess ee ddaa CCoonnvveennççããoo IInntteerraammeerriiccaannaa ppaarraa 
PPrreevveenniirr,, PPuunniirr ee EErrrraaddiiccaarr aa VViioollêênncciiaa ccoonnttrraa aa MMuullhheerr;; ddiissppõõee ssoobbrree aa ccrriiaaççããoo ddooss JJuuiizzaaddooss ddee 
VViioollêênncciiaa DDoommééssttiiccaa ee FFaammiilliiaarr ccoonnttrraa aa MMuullhheerr;; aalltteerraa oo CCóóddiiggoo ddee PPrroocceessssoo PPeennaall,, oo CCóóddiiggoo 
PPeennaall ee aa LLeeii ddee EExxeeccuuççããoo PPeennaall;; ee ddáá oouuttrraass pprroovviiddêênncciiaass.. 
- Formas de violência: 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde 
corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e 
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise 
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, 
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição 
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação 
do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação; (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018) 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter 
ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da 
força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a 
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao 
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou 
anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, 
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, 
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas 
necessidades; 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou 
injúria. 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou 
injúria. 
- JJUURRIISSPPRRUUDDÊÊNNCCIIAA EEMM TTEESSEESS DDOO SSTTJJ:: 
OOUUTTRRAASS VVÍÍTTIIMMAASS 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13772.htm
PROFESSOR: NATÁLIA BARROCA 
DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
“embora as suas disposições específicas sejam voltadas à proteção da mulher, não é correto 
afirmar que o apenamento mais gravoso dado ao delito previsto no parágrafo 9º do artigo 129 do 
Código Penal seja aplicado apenas para vítimas de tal gênero pelo simples fato desta alteração 
ter se dado pela Lei Maria da Penha” (RHC 27.622). 
 
Atenção: 
▪ SUJEITO ATIVO 
▪ SUJEITO PASSIVO 
 
MMEEDDIIDDAASS PPRROOTTEETTIIVVAASS 
“o crime de desobediência é subsidiário, configurando-se apenas quando, desrespeitada ordem 
judicial, não existir sanção específica ou não houver ressalva expressa no sentido da aplicação 
cumulativa do artigo 330 do Código Penal” (REsp 1651.550). 
PPRRIISSÃÃOO PPRREEVVEENNTTIIVVAA 
“Demonstrada a presença do periculum libertatis, com base em elementos concretos dos autos, 
justificada está a manutenção do decreto constritivo imposto ao paciente, a bem da garantia da 
ordem pública, a fim de acautelar o meio social e resguardar a integridade física e psíquica da 
vítima, evitando ainda a reprodução de fatos graves como os sofridos pela ofendida”, disse o 
ministro (HC 392.631). 
A Lei nº 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha, objetiva proteger a mulher da 
violência doméstica e familiar que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico, e dano moral ou patrimonial, desde que o crime seja cometido no âmbito da 
unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto. 
Precedentes: 
HC 310154/RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 
28/04/2015, DJe 13/05/2015; 
AgRg no REsp 1427927/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, QUINTA TURMA, julgado em 
20/03/2014, DJe 28/03/2014; 
HC 172634/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 06/03/2012, DJe 
19/03/2012. 
O sujeito passivo da violência doméstica objeto da Lei Maria da Penha é a mulher, já o 
sujeito ativo pode ser tanto o homem quanto a mulher, desde que fique caracterizado o 
vínculo de relação doméstica,familiar ou de afetividade, além da convivência, com ou sem 
coabitação. 
Precedentes: HC 277561/AL, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 
06/11/2014, DJe 13/11/2014; HC 250435/ RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, 
julgado em 19/09/2013, DJe 27/09/2013; HC 181246/RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS 
JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 20/08/2013, DJe 06/09/2013; HC 175816/RS, Rel. Ministro 
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 20/06/2013, DJe 28/06/2013; CC 
88027/MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 05/12/2008, DJe 
18/12/2008; RHC 046278/AL (decisão monocrática), Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, julgado 
em 09/06/2015, DJe 16/06/2015. 
 
A vulnerabilidade, hipossuficiência ou fragilidade da mulher têm-se como presumidas nas 
circunstâncias descritas na Lei n. 11.340/2006. 
Precedentes: 
RHC 55030/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTATURMA, julgado em 
23/06/2015, DJe 29/06/2015; 
HC 280082/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 12/02/2015, DJe 
25/02/2015; 
REsp 1416580/RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 01/04/2014, DJe 
15/04/2014. 
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DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
A agressão do namorado contra a namorada, mesmo cessado o relacionamento, mas que 
ocorra em decorrência dele, está inserida na hipótese do art. 5º, III, da Lei n. 11.340/06, 
caracterizando a violência doméstica. 
Precedentes: REsp 1416580/RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 
01/04/2014, DJe 15/04/2014; AgRg no AREsp 59208/DF, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA 
TURMA, julgado em 26/02/2013, DJe 07/03/2013; HC 182411/RS, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA 
MACABU (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), QUINTA TURMA, julgado em 
14/08/2012, DJe 03/09/2012; RHC 27317/RJ, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, 
julgado em 17/05/2012, DJe 24/05/2012; CC 92591/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, 
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 05/12/2008, DJe 16/03/2009; AREsp 517728/RJ (decisão 
monocrática), Rel. Ministro WALTER DE ALMEIDA GUILHERME (DESEMBARGADOR 
CONVOCADO DO TJ/SP), julgado em 28/11/2014, DJe 05/12/2014. 
É cabível a decretação de prisão preventiva para garantir a execução de medidas de 
urgência nas hipóteses em que o delito envolver violência doméstica. 
Precedentes: 
AgRg no HC 285844/RS, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 
04/08/2015, DJe 12/08/2015; RHC 56620/RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA 
TURMA, julgado em 30/06/2015, DJe 04/08/2015; RHC 60394/MA, Rel. Ministra MARIA 
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 18/06/2015, DJe 30/06/2015; HC 
312513/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 21/05/2015, DJe 
28/05/2015; AgRg no HC 298460/RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, 
julgado em 06/11/2014, DJe 25/11/2014; AgRg no REsp 1445446/MS, Rel. Ministro MOURA 
RIBEIRO, QUINTA TURMA, julgado em 03/06/2014, DJe 06/06/2014; RHC 43425/RS, Rel. 
Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe 27/03/2014. 
É inviável a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos nos casos 
de violência doméstica, uma vez que não preenchidos os requisitos do art. 44 do CP. 
Precedentes: 
AgRg no AREsp 700718/MS, Rel. Ministra MARIATHEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTATURMA, 
julgado em 30/06/2015, DJe 03/08/2015; AgRg no AREsp 700745/MS, Rel. Ministro ROGERIO 
SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 30/06/2015, DJe 03/08/2015; HC 320816/MS, Rel. 
Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 09/06/2015, DJe 
17/06/2015; HC 318817/MS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em 
19/05/2015, DJe 01/06/2015; AgRg no HC 291889/MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, 
SEXTA TURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 15/06/2015; AgRg no AREsp 558706/MS, Rel. 
Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, 
julgado em 21/05/2015, DJe 29/05/2015; AgRg no HC 293551/ MS, Rel. Ministro LEOPOLDO DE 
ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PE), QUINTA TURMA, julgado 
em 10/03/2015, DJe 14/05/2015. 
COMPETÊNCIA PARA O PROCESSAMENTO DE CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA 
PRATICADOS NO CONTEXTO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
A Lei de Organização Judiciária poderá prever que a 1a fase do procedimento do júri seja 
realizada na Vara de Violência Doméstica em caso de crimes dolosos contra a vida praticados no 
contexto de violência doméstica. Não haverá usurpação da competência constitucional do júri. 
Apenas o julgamento propriamente dito é que, obrigatoriamente, deverá ser feito no Tribunal do 
Júri. 
STF. 2a Turma. HC 102150/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/5/2014. 
Informativo 748 STF. 
TÍTULO IV 
DOS PROCEDIMENTOS 
CAPÍTULO II – DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE 
 URGÊNCIA 
CAPÍTULO II – DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA 
Seção I 
Disposições Gerais 
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DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas: 
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o 
caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de 
casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente; (Redação dada pela Lei 
nº 13.894, de 2019) 
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. 
IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor. (Incluído pela Lei 
nº 13.880, de 2019) 
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do 
Ministério Público ou a pedido da ofendida. 
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente 
de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente 
comunicado. 
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão 
ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos 
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. 
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas 
medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à 
proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público. 
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva 
do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante 
representação da autoridade policial. 
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a 
falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a 
justifiquem. 
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, 
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do 
advogado constituído ou do defensor público. 
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor . 
Seção II 
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta 
Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes 
medidas protetivas de urgência, entre outras: 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, 
nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ; 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de 
distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhaspor qualquer meio de comunicação; 
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da 
ofendida; 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento 
multidisciplinar ou serviço similar; 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e (Incluído pela Lei 
nº 13.984, de 2020) 
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em 
grupo de apoio. (Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13894.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13894.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13880.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13880.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L13984.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L13984.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L13984.htm
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DISCIPLINA: QUESTÕES DE DISCURSIVA 
 
 
 
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação 
em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a 
providência ser comunicada ao Ministério Público. 
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas 
no caput e incisos do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao 
respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e 
determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável 
pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou 
de desobediência, conforme o caso. 
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a 
qualquer momento, auxílio da força policial. 
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5º 
e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). 
Seção III 
Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou 
de atendimento; 
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após 
afastamento do agressor; 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, 
guarda dos filhos e alimentos; 
IV - determinar a separação de corpos. 
V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação básica mais 
próxima do seu domicílio, ou a transferência deles para essa instituição, independentemente da 
existência de vaga. (Incluído pela Lei nº 13.882, de 2019) 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade 
particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: 
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de 
propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; 
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais 
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. 
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e 
III deste artigo. 
Seção IV 
(Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) 
Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta 
Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) 
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as 
medidas. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) 
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder 
fiança. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) 
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis. (Incluído pela Lei 
nº 13.641, de 2018) 
SÚMULAS STJ SOBRE O TEMA 
Súmula 536 - A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na 
hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. (Súmula 536, TERCEIRA SEÇÃO, 
julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.bak2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.bak2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13882.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13641.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13641.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13641.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13641.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13641.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13641.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13641.htm
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Súmula 542 - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica 
contra a mulher é pública incondicionada. (Súmula 542, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 
26/08/2015, DJe 31/08/2015) 
Súmula 588 - A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave 
ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos. (Súmula 588, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe 18/09/2017) 
Súmula 589 - É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais 
praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 
13/09/2017, DJe 18/09/2017. 
Súmula 600 - Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei n. 
11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima. (Súmula 600, 
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/11/2017, DJe 27/11/2017)

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