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BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA
& CUIDADOS PARA SE PROTEGER DO NOVO
CORONAVIRUS E OUTRAS CONTAMINAÇÕES
O que é o
Facebook ADS?
Apresentação
Biossegurança é um processo funcional e dinâmico de 
fundamental importância em ambientes de atenção à 
saúde, estética, manipulação de alimentos, outros, e até 
em nossa própria casa, que envolve: prevenção e 
minimização dos riscos, eleva a qualidade dos serviços, 
atendimento e produtos, reduz as infecções e os acidentes 
ocupacionais, além de um papel relevante na preservação 
do meio ambiente.
Signi!cado e importância da prevenção
A prevenção é certamente o melhor processo para minimizar as 
possibilidades de ocorrerem acidentes, infecções ou eventos adversos. Como 
princípios de prevenção na área da Biossegurança, poderemos apresentar: 
Estrutura/ambiente adequado; minimizar as operações perigosas; elevar a 
organização no ambiente de trabalho e em casa; utilização de equipamentos 
de proteção; entre outras ações.
Segundo o dicionário, prevenir quer dizer: “conjunto de 
medidas ou preparação antecipada de (algo) que visa 
prevenir (um mal)”.
RISCOS
01
Os principais tipos de riscos que podem afetar as pessoas nos ambientes 
ocupacionais ou em casa, de um modo geral estão classi!cados em:
Riscos Físicos: temperatura, traumas, 
perfurocortantes, radiação...
Riscos de Acidentes: iluminação, eletricidade, 
arranjo físico inadequado...
Riscos Químicos: produtos químicos, aerossóis, 
gases, intoxicação...
Riscos Biológicos: microrganismos, 
infecções... 
Riscos Ergonômicos: postura 
inadequada, lesões...
Riscos Psicológicos: estresse, 
assédios...
Redução dos riscos de acidente
02
Os acidentes são evitados com a aplicação de medidas especí!cas de 
biossegurança, selecionadas de forma a estabelecer maior e!cácia na 
prevenção de acidentes. As prioridades são:
Signi!ca torná-lo de!nitivamente inexistente. 
Eliminação do risco
O risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada na impossibilidade 
temporária ou de!nitiva da eliminação de um risco. 
Neutralização do risco
É à medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou isolar o 
risco.
Sinalização do risco
NORMAS:
03
As normas especí!cas determinadas para cada ambiente ocupacional devem 
ser rigorosamente obedecidas. 
Serão enumeradas a seguir, algumas regras básicas de Biossegurança. É 
evidente, no entanto, que estas são apenas algumas delas, mas desde que 
sejam seguidas, muitos acidentes poderão ser evitados:
Conheça o Mapa de Riscos do seu local de 
trabalho;
Não entre em locais de risco desconhecido;
Não permita a entrada de pessoas alheias ao 
trabalho;
Não fume;
Não se alimente e nem ingira líquidos no 
ambiente de trabalho que possuam riscos 
biológicos ou químicos;
04
Não armazene substâncias incompatíveis no 
mesmo local;
Não abra qualquer recipiente antes de 
reconhecer seu conteúdo pelo rótulo; 
Não tente identi!car um produto químico pelo 
odor nem pelo sabor;
Não dir"a a abertura de frascos na sua direção 
ou na de outros;
Não trabalhe de sandálias ou chinelos nos 
ambientes de saúde; os pés devem estar 
protegidos com sapatos fechados;
Não se distraia, durante o trabalho, com 
conversas, jogos ou ouvindo música alta, 
principalmente com fones de ouvido;
05
Aprenda a usar e use corretamente os EPIs e 
EPCs (equipamentos de proteção individual e 
coletiva): luvas, máscaras, óculos, aventais, 
sapatos, capacetes, cabines de segurança, 
extintores de incêndio, etc;
Conheça o funcionamento dos equipamentos, 
antes de operá-los;
Informe sempre seus colegas quando for efetuar 
atividades potencialmente perigosa;
Mantenha uma lista atualizada de telefones de 
emergência;
Informe-se sobre os tipos e usos de extintores 
de incêndio bem como a localização dos 
mesmos (corredores);
Se tiver cabelos longos, mantenha-os presos ao 
realizar qualquer atividade; 
06
Evite colocar na bancada de manipulação, 
bolsas, vestimentas ou qualquer material 
estranho ao trabalho;
Veri!que, ao encerrar suas atividades, se não 
foram esquecidos equipamentos ligados;
Comunique qualquer acidente, por menor que 
seja, ao responsável pelo ambiente;
Cuidado no manuseio do material de vidro.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) 
São equipamentos que protegem inúmeras pessoas ao mesmo tempo, 
bene!ciam todos os funcionários, indistintamente. 
Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os manuais de fabricantes 
estabelecem, devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer 
de!ciência.
Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs:
07
Chuveiro de emergência;
Lava-olhos: utilização em caso de acidentes;
Extintores de combate a incêndio: combate ao 
fogo;
Cabine de segurança: evita contato com 
substâncias tóxicas e microrganismos;
Caixa de primeiros socorros: auxilio na atenção 
primária ao acidente
Pipetadores: evita contato dos produtos com os 
pro!ssionais e a disseminação dos aerossóis
a
b
c
d
e
f
08
EQUIPAMENTOS 
DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL (EPI)
EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual 
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde 
no trabalho. 
09
Touca
Óculos
Protetor facial:
Jaleco:
Protetor respiratório, para produtos químicos, 
com !ltro:
Máscara N95 
descartável: 
a
b
c
d
e
f Luvas.g
10
capacete de segurança contra impactos, perfurações, ação dos agentes 
meteorológicos, etc.
Cabeça e crânio
óculos contra impactos, que evita a cegueira total ou parcial e a conjuntivite. 
É utilizado em trabalhos onde existe o risco de impacto de amostras 
biológicas, estilhaços e limalhas. Também utilizados em procedimentos em 
laboratórios de pesquisa ou de análise clínica, evitando o respingo de líquidos 
e substâncias contaminantes.
Olhos
protetor respiratório (máscaras), que previne problemas pulmonares e das 
vias respiratórias, e deve ser utilizado em ambientes com microrganismos, 
poeiras, gases, vapores nocivos. Existem inúmeros modelos, na área da 
saúde, para proteção de gotículas é recomendada máscara cirúrgica, e para 
proteção contra aerossóis, máscara N95 ou PFF2.
Vias respiratórias
protetor facial, que protege contra impactos de partículas, respingos de 
produtos químicos, algumas protegem de radiação (infravermelha e 
ultravioleta) e ofuscamento, além de conferir proteção contra os respingos 
que podem conter vírus, fungos e bactérias. 
Face
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protetores auriculares, que previne a surdez, o cansaço, a irritação e outros 
problemas psicológicos. Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar 
níveis de ruído superiores aos aceitáveis, de acordo com a norma 
regulamentadora.
Ouvidos
luvas, existem inúmeros modelos: as que protegem de microrganismos, de 
reagentes, choque elétrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser 
usadas em trabalhos de manipulação de produtos químicos, materiais 
cortantes, ásperos, pesados e quentes. Para área da saúde as indicadas são 
as de látex ou de nitrilo, as de vinil não são adequadas, pois possuem 
porosidade elevada, que podem permitir a passagem de microrganismos.
Mãos e Braços
sapato fechado e botas, que proporcionam proteção contra materiais que 
podem cair nos pés, alguns modelos conferem isolamento contra eletricidade 
e umidade. Devem ser utilizadas por todos os pro!ssionais da área da saúde
Pés
jalecos e aventais, que protegem de impactos, amostras contaminadas com 
microrganismos, gotas de produtos químicos. 
Tronco
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
12
A Norma Regulamentadora – 06, determina que os EPIs 
sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho, mediante 
certi!cados de aprovação (CA). As instituições devem 
fornecer os EPIs gratuitamente aos funcionários que deles 
necessitarem. A lei estabelece também que é obrigação dos 
empregados usar os equipamentos de proteção individual 
onde houver risco, assim como os demais meios destinados 
a sua segurança.
No interior e exterior das instalações do ambiente, devem existir formas de 
aviso e informaçãorápida, que possam auxiliar os elementos da Instituição a 
atuar em conformidade com os procedimentos de segurança.
Com este objetivo, existem conjuntos de símbolos e sinais especi!camente 
criados para garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a 
cumprir nas diversas situações laborais que podem ocorrer no interior de uma 
Instituição ou em lugares públicos. 
Em seguida vejam alguns exemplos do tipo de sinalização existente e a ser 
aplicada nas Instituições.
Sinais de Perigo
Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no 
sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e 
procedimentos, etc. Têm forma triangular, o contorno e pictograma preto e o 
fundo amarelo.
Sinais de Proibição
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no 
sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e 
procedimentos, etc. Têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma 
preto e o fundo branco.
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Sinais de Obrigação
Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido 
no sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e 
procedimentos, etc. Têm forma circular, pictograma branco e o fundo azul.
Sinais de Emergência
Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido 
no sinal. São utilizados em instalações, acessos e equipamentos, etc. Têm 
forma retangular, pictograma branco e fundo verde.
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Avisos de Biossegurança
ORDEM, DISPOSIÇÃO E LIMPEZA
Os avisos de biossegurança existem para orientá-lo na prevenção de 
acidentes, através da execução correta do trabalho. Siga todas as 
orientações sobre a Prevenção de Acidentes transmitida pelo responsável do 
setor, e comunique qualquer situação de risco observada no ambiente de 
trabalho.
Mantenha o local de trabalho organizado após o uso. Não faça refeições nas 
áreas de trabalho. Utilize o restaurante ou as copas localizadas nos prédios 
para qualquer tipo de refeição. Após utilização das copas, deixe o local limpo 
e organizado. Não acumule materiais pelos corredores. Não utilize lixeira 
comum para descarte de produtos nocivos. É de grande importância, 
inclusive previsto nas normas da ANVISA, que os serviços de saúde utilizem 
produtos de uso pro!ssional para a higienização adequada. Normalmente 
eles são à base de quaternário de amônio, ou hipoclorito de sódio.
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RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - RSS
BIOSSEGURANÇA NA PREVENÇÃO DE 
INFECÇÕES (CORONAVÍRUS E OUTRAS)
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC 222/2018 da ANVISA 
os resíduos são classi!cados em 5 classes (A, B, C, D e E).
Estamos em uma guerra constante contra os microrganismos, e ultimamente 
eles têm vencido várias batalhas. Provocando infecções em pacientes, nos 
pro!ssionais, em demais usuários dos ambientes de atenção à saúde, além de 
também acometerem pessoas em suas casas. Estudos recentes apontam 
que milhões de pessoas morrem todos os anos, em todo o mundo devido às 
doenças relacionadas aos microrganismos. Por isso, medidas preventivas são 
extremamente necessárias para evitar o fortalecimento deles, principalmente 
para evitar o processo de resistência aos antimicrobianos. E essas ações 
preventivas são de responsabilidade de toda a população, inclusive sua!
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CUIDADOS ESPECÍFICOS PARA 
PREVENÇÃO E COMBATE AO 
CORONAVÍRUS
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O 
novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos 
registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus, humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. 
No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em 
decorrência do per!l na microscopia, parecendo uma coroa.
Sobre sua transmissão, investigações ainda estão em andamento. O que se 
sabe até o momento é que a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por 
contato pessoal com secreções, que podem infectar a pessoa quando 
encostam no nariz, boca ou olhos.
Medidas preventivas são fundamentais para evitar o coronavírus. Dentre elas, 
a higienização frequente das mãos, não tocar em superfícies, nem levar as 
mãos ao rosto. São cuidados simples, mas importantes e que devem ser 
frequentes para prevenir doenças o COVID19 e demais doenças contagiosas.
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Vídeo: Medidas preventivas e de combate ao coronavírus
Vídeo: Importância de não tocar em superfícies
https://www.youtube.com/watch?v=VvhZmlmVA74
https://www.youtube.com/watch?v=UrvD0W-uft4
Inúmeros artigos cientí!cos apontam as superfícies como sendo 
frequentemente contaminadas, principalmente aquelas que várias pessoas 
tocam, como: maçanetas e puxadores de portas, corrimãos, botão de 
elevador, entre outros.
Em casa pode sabonete em barra, em ambiente público tem que ser sabonete 
líquido, já que se muitas pessoas tocarem na barra de sabonete, essa passa a 
ser um reservatório de sujeira e microrganismos.
Lave SEMPRE, as mãos, com água e sabonete. Somente quando não tiver pia 
disponível, friccionar com álcool gel 70%.
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EVITE O TOQUE EM SUPERFÍCIES
PRODUTOS PARA DESINFECÇÃO DO 
CORONAVÍRUS SABONETE 
Vídeo: Ensine seu !lho como fazer a higienização 
adequada das mãos
https://www.youtube.com/watch?v=gFPjm79koVo
Sobre a diluição da água sanitária: Alguns artigos, recomendam solução a 
0,1% de hipoclorito de sódio (aproximadamente 60ml para cada litro de água).
O Ministério da Saúde, recomenda fazer diluição 1:9 (100 ml de água sanitária 
para 900ml de água !ltrada).
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ÁGUA SANITÁRIA
Inicialmente é importante entender que o álcool super concentrado (acima de 
80% de álcool), realmente NÃO inviabiliza os microrganismos. Nessa 
concentração ele tem ação de "!xar" os microrganismos. 
Diferente do álcool 70%, que inviabiliza SIM, inclusive o coronavírus. Segundo 
alguns artigos e o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados unidos, a 
concentração capaz de desinfetar está entre 60% a 80%, sendo 70% o padrão 
ouro para essa ação.
USO DO ÁLCOOL 70% NA DESINFEÇÃO 
É importante atentar que o álcool 70% no estado líquido, deve ser utilizado 
para desinfetar superfícies, enquanto o álcool 70% gel, é indicado para 
desinfecção das mãos, uma vez que em sua composição está presente a 
glicerina para hidratar as mãos, lembrando que mãos ressecadas, 
apresentam rachaduras, por onde os microrganismos podem entrar no corpo.
Artigos cientí!cos publicados recentemente aponta que o vírus permanece 
viável por até 9 nove dias em superfícies (maçanetas, puxadores de portas, 
corrimão, mesa, celular, teclado...), e quando friccionamos com álcool 70% 
líquido nessas superfícies o vírus !ca inviável em 1 minuto. Porém, o álcool 
não possui efeito residual prolongado, se fazendo necessária a fricção 
sempre que ocorrer uma possível contaminação da superfície.
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É necessário que as superfícies ou as mãos estejam limpas, sem sujeira 
visível para que a ação do álcool seja e!ciente, já que o álcool não tem poder 
desengordurante, então, se tiver sujeira nas superfícies ou nas mãos, o álcool 
não consegue agir de forma adequada. É preciso a fricção, esse leve 
aquecimento, é fundamental para que o processo de desinfecção ocorra.
Exigências do álcool 70%: 
Cuidado: o álcool 70% gel, quando in!amado, suas 
chamas tem um aspecto transparente, sendo impossível 
sua identi"cação, por isso, muitos acidentes com 
queimaduras têm sido relatados. 
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É importante entender a ciência da biossegurança. Essas máscaras (de pano, 
!ltro de café, lenço umedecido...). Não são tão e!cientes para reter o vírus. O 
motivo, é que o tamanho da Porosidade, os "buraquinhos", desses materiais (o 
espaço entre as !bras é maior que 100, alguns 200, 300 micrometros) é muito 
maior que o tamanho do vírus (que é no máximo 0,14 micrometros, que são 
transportados em gotículas, que medem cerca 12 micrometros, ou 
dependendo da forma que forem expelidos pelas pessoas contaminadas, 
podem ser transportados em aerossóis com menos de10 micrômetros.
Diante disso, é importante estar consciente que mesmo com a máscara 
caseira, o vírus poderá te infectar. Então, mesmo usando essas máscaras, 
mantenha o distanciamento de no mínimo 1,5 metros de outra pessoa. 
Nunca toque na parte frontal da máscara, e sempre retire elas segurando 
pelos tirantes, nunca pela parte !ltrante da máscara.
MÁSCARAS CASEIRAS: 
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Não "deixe" as máscaras em cima de mesas, ou qualquer outro móvel. Após o 
uso, desinfete imediatamente com água e sabão, e deixe de molho em 
solução desinfetante (pode ser água sanitária, na diluição 1:9, deixar de molho 
por 20 minutos), e se for descartável, jogue num saco plástico e dê um nó.
Troque sempre que a máscara !car úmida 
(cerca de 2h). 
A máscara é de uso individual, e não deve ser 
compartilhada. 
Essas máscaras caseiras precisam ter pelo menos 2 camadas de tecido em 
sua construção. "O uso de máscaras comunitárias deverão ter no mínimo 2 
camadas, isto porque o movimento turbilhonado da inspiração faz com que 
apesar dos "grandes buracos na estrutura do tecido", o ar entra em 
movimento helicoidal jogando as micro gotículas contra a malha aderindo-as. 
O mesmo pode-se dizer da expiração.
Com teor maior de gotículas de !uídos que advêm do aparelho respiratório a 
"barreira" interna do tecido retém pelo mesmo movimento randomizado as 
gotículas eliminadas pelo nariz e boca" (Dr. Silvio, infectologista).
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Vídeo: entendendo a ciência da Biossegurança das 
mascaras caseiras
https://www.youtube.com/watch?v=R1eECK2LwHQ
Devido à disseminação do coronavírus por partículas (gotículas e aerossóis), 
que contaminam a pessoa quando atingem o nariz, boca ou olhos, a proteção 
da face é uma ação de grande importância na prevenção. 
- Eles podem ser feitos com folhas de acetato, ou transparência;
- Atenção ao ângulo da proteção, deve ser o mais voltado para trás possível;
- A higienização desse protetor, pode ser feita com água e sabão, e somado 
a isso, opcionalmente, pode utilizar álcool 70% líquido ou solução de água 
sanitária. Observar se a transparência do material não é comprometida com o 
produto.
Receitas caseiras para confecção desses protetores são uma alternativa na 
ausência dos protetores faciais industrializados.
Cuidado: O protetor facial, NÃO elimina a necessidade da máscara de 
proteção, são EPIs com funções diferentes. Também é recomendado, para 
os pro!ssionais da área da saúde, o uso de óculos de proteção.
Algumas recomendações:
PROTETORES FACIAIS
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eles abrigam sujeiras e também o vírus. Remova anéis, alianças, pulseiras. 
* Máscara cirúrgica tem um lado correto para colocar = a marca !ca para 
frente, com a "sanfoninha" virada para baixo (se as saliências da sanfoninha 
!car para cima, acumula partículas).
* os tirantes (cordinha) da máscara, DEVEM FICAR PARALELOS, nunca "cruze" 
os tirantes, cruzar os tirantes abre uma passagem para o ar na lateral.
* O pro!ssional de saúde que for trabalhar durante a pandemia, se tiver 
barba, é recomendado pelo CDC, a remoção da barba. As máscaras não se 
ajustam adequadamente no rosto se você tiver barba.
* na hora de retirar a máscara, remova pelos tirantes, NUNCA toque na parte 
!ltrante, que possivelmente estará contaminada.
Não usar ADORNOS
(o CDC recomenda lavar 100 vezes em um turno de 12h de trabalho 
na área da saúde). 
Higienize frequentemente as suas MÃOS
Uso da MÁSCARA:
CUIDADOS PARA O TRABALHO NA ÁREA DA SAÚDE
Vídeo: uso adequado das máscaras cirúrgicas
https://www.youtube.com/watch?v=R1eECK2LwHQ
Vídeo: uso adequado das máscaras N95 e PFF2
https://www.youtube.com/watch?v=KqLvWBFU8CY
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* lave as mãos antes de usar luvas,
* não toque superfícies quando estiver com luvas (maçaneta, mesas, 
portas...)
* ao retirar as luvas TODO CUIDADO para não tocar na sua pele com as luvas 
(normalmente tocam no punho para retirar a segunda luva).
Cuidados com as LUVAS:
É importante, para ajudar a manter os cabelos mais protegidos. Pro!ssionais 
que possuem cabelos grandes, devem mantê-los presos, e sempre 
protegidos pelas toucas. 
Na hora de remover a touca, muito cuidado para não se contaminar com o 
cabelo que toca seu rosto. Lembre, a touca não retém 100% das partículas.
As agulhas e demais perfurocortantes são elementos que oferecem risco 
elevado ao pro!ssional. Esses materiais devem ser manuseados com muita 
atenção e técnica. 
Uso de TOUCA:
Cuidado no manuseio de agulhas e perfurocortantes:
Vídeo: cuidados no manuseio de agulhas e seringas
https://www.youtube.com/watch?v=xRbBQaUkTCc
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Estamos em uma guerra constante contra os microrganismos, e 
ultimamente eles têm vencido várias batalhas. Provocando infecções em 
pacientes, nos pro!ssionais, em demais usuários dos ambientes de atenção 
à saúde, além de também acometerem pessoas em suas casas.
Estudos recentes apontam que milhões de pessoas morrem todos os anos, 
em todo o mundo devido às doenças relacionadas aos microrganismos. Por 
isso, medidas preventivas são extremamente necessárias para evitar o 
fortalecimento deles, principalmente para evitar o processo de resistência 
aos antimicrobianos. E essas ações preventivas são de responsabilidade de 
toda a população, inclusive sua!
Recentemente, foi publicado em um importante jornal europeu, o “The 
Guardian”, uma matéria sobre esse tema, onde especialistas em saúde 
a!rmam que estão a"itos por um “cenário apocalíptico”, e apresentam 
resultados perturbadores de uma pesquisa cientí!ca que mostra a 
disseminação da presença de um gene, conhecido como mcr-1 (que confere 
resistência antibiótica à Colistina, um dos antibióticos mais potentes que 
existe) em uma grande quantidade de bactérias ao redor de todo o mundo 
num ritmo alarmante. 
BIOSSEGURANÇA: ARMA IMPORTANTE NA GUERRA 
CONTRA OS MICRORGANISMOS!
27
Segundo inúmeros estudos, atualmente, cerca de 
700.000 pessoas morrem por ano devido às 
infecções por microrganismos resistentes aos 
medicamentos. No entanto, esta situação global 
está crescendo implacavelmente e poderá chegar 
a 10 milhões de mortes por ano até 2050.
Reforçando a importância dessa preocupação global com os microrganismos 
agressivos, nas últimas semanas vivemos surto por Candida auris, um fungo 
letal, resistente aos antimicrobianos disponíveis, um arenavírus que provoca 
alarme na Bolívia, e Ebola que apresenta taxas alarmantes de mortes no 
Congo.
Os microrganismos estão cada vez mais letais, concorda? Por isso se faz 
necessário seguir as normas de biossegurança. Você sabe o que é 
biossegurança? Ela é um processo funcional e operacional de fundamental 
importância em ambientes de atenção à saúde, em ambientes de preparação 
e manipulação de alimentos, e em nossa casa também, não só por abordar 
medidas de controle de infecções para proteção dos trabalhadores e demais 
pessoas, mas por ter um papel fundamental na promoção da consciência 
sanitária, na preservação do meio ambiente, na manipulação e descarte de 
resíduos e na redução geral de riscos à saúde e acidentes ocupacionais.
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Além do problema de resistência dos microrganismos aos antibióticos, há 
alguns meses um grupo de pesquisadores australianos publicou um artigo na 
revista "Science Translational Medicine", que relatam uma espécie de 
bactéria multirresistente, que causa as Infecções Relacionadas à Assistência 
à Saúde (IRAS), está se tornando cada vez mais tolerante ao álcool usado na 
higienização das mãos, prática até então considerada a forma mais barata e 
e!ciente de prevenir as infecções.
A conclusão dos cientistas foi realizada a partir de amostras obtidas em dois 
hospitais australianos. A análise do material aponta que a espécie 
Enterococcus faecium está se adaptando ao álcool 70%, que é o produto 
mais utilizado no combate às infecções. Diante de todas essas situações 
envolvendo os microrganismos (vírus, bactérias e fungos), devemos !car 
alertas, e praticar as normas de biossegurança em todos os ambientes, 
inclusive em nossas próprias casas. 
Parabéns pelo compromisso com a Biossegurança.Seu produto “Pise&Puxe” 
é um dispositivo que aplica os conceitos de biossegurança na prática. A 
promoção da consciência corporal, certamente vai ser uma âncora 
associativa para mudanças ainda mais profundas nesse cenário.
Continuo produzido conteúdo relacionado a esses cuidados nas redes 
sociais, como: @dr.biossegurança segue lá e se mantenha ainda mais 
atualizado sobre todos os cuidados de biossegurança.
Atenciosamente,

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