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REVALIDA INEP2015 - DISCURSIVA QUESTÃO 001 Uma mulher de 25 anos de idade foi levada à Emergência por apresentar convulsão tônico-clônica generalizada, que foi controlada por benzodiazepínico. No acompanhamento, foi detectado quadro anterior de artralgias intermitentes, fotossensibilidade cutânea e cefaleia há mais de dois anos. Apresentava-se em regular estado geral e palidez cutâneo-mucosa. Os exames neurológico e cardiorespiratório foram normais. Os resultados dos exames complementares solicitados inicialmente mostraram anemia leve, leucopenia (2.300/mm3) e linfopenia (< 1.500/mm3), com plaquetas normais. No exame urinário foi detectada presença de hematúria e proteinúria (+++/4+). As dosagens plasmáticas de Creatinina (2,4 mg/dL) e Ureia (65 mg/dL) estavam elevadas. A urocultura e hemocultura foram negativas. Considerando o caso acima, responda às questões a seguir. a) Qual a provável hipótese diagnóstica para o caso? (Valor: 2,0 pontos) Uma pessoa com um quadro esquisito que nos leva a pensar em reumatologia. Uma moça de 25 anos de idade com convulsão tônico-clônica generalizada + história prévia de artralgia intermitente + fotossensibilidade + cefaleia por mais de 2 anos= >>>> Essa paciente apresenta como principal hipótese diagnóstica LES. Vamos relembrar então que para o diagnóstico do lúpus eritematoso sistêmico a gente tem que ter 4 daqueles 11 critérios inicialmente descritos pelo American College of rheumatology de 1982. Sabe-se que mais recentemente esses critério passaram de 11 para 17 critérios mas algumas bancas ou na vida mesmo ainda usa os 11 critérios como foi o caso aqui. Dos 11 critérios a paciente apresenta alguns: • fotosensibilidade • Distúrbio neurológico – convulsões • Distúrbio renal - proteinúria elevada • Distúrbio hematológico leucopenia com linfopenia • Mulher no idade típica - epidemiologia aliada à CLINICA. Paciente tem o quadro de lúpus eritematoso sistêmico!!! Como Lembrança né como eu falei com vocês a gente sabe que 2012 aumentou-se de 11 para 17 critérios de acordo com essa nova classificação por mais que o paciente continua-se apresentando o 4 dos 17 critérios, um deles tinha que ser obrigatoriamente um critério imunológico que não é o caso; embora seja verdade como a gente sabe que os último critério utilizados, isso não invalidava a questão. Principal hipótese Sem dúvida nenhuma é lúpus eritematoso sistêmico. GABARITO: a) Lupus Eritematoso Sistêmico, Lupus Eritematoso Sistêmico grave, LES, LES grave b) Quais os critérios que justificam a hipótese diagnóstica? (Valor: 3,0 pontos) Pessoal quem teve dificuldades na questão o que não é nenhum problema tinha um pouco mais facilidade quando a banca perguntou para a gente isso: Quais os critérios que justificam a hipótese diagnóstica para o caso? de uma mulher com tudo esquisito lembra que a gente falou?. Alguma doença reumatológica uma das mais comuns até pela epidemiologia da paciente é o Lúpus eritematoso sistêmico. Mas agora vamos entender quais critérios estão incluídos: • Fotosensibilidade • Distúrbio neurológico clássico - convulsão tônico-clônica apresentou • Distúrbio Renal com proteinúria elevada • Distúrbio hematológico com leucopenia e linfopenia Crítica a questão: no gabarito oficial colocou-se também anemia hemolítica, mas não se pode chegar a essa conclusão com os dados apresentados. GABARITO: b) História Clínica (mulher jovem com história de artralgia e em idade fértil). Presença de fotosensibilidade, Distúrbio Renal, Leucopenia (<4000 mcgL) com linfopenia (<1500mcgL) e presença de anemia hemolítica e distúrbio neurológico (convulsão). Quatro destes critérios já são suficientes para a hipótese diagnóstica de LES de acordo com a Sociedade Americana de Reumatologia. c) Quais exames complementares são confirmatórios do diagnóstico e quais os resultados esperados? (Valor: 3,0 pontos) CRÍTICA A QUESTÃO: Sabemos que para o diagnóstico de LES usa-se uma conjunção de critérios, não existem exames confirmatórios!!! Questão foi muito mal feita: quais exames complementares são confirmatórios. Não tem isso Lúpus!!! O ideal seria perguntar quais seriam os exames complementares que fazem parte dos critérios diagnósticos de lúpus. Os exames ideais: • FAN • anti DNA – Mais comum na nefrite lúpica • anti SM que é mais especifico • Anticorpos antifosfolipídeos • Queda do complemento • Cumbs + Todos esses são critérios para diagnóstico do lúpus, mas nenhum deles é confirmatório por si só. GABARITO: c) FAN (ANA) positivo, Anti Sm positivo. Anticorpo Anti-DNA dupla hélice positivo. Complemento C3 e C4 reduzidos em casos de acometimento renal. O mais específico é o Anti Sm positivo associado a altos títulos de anticorpo Anti-DNA. Anticorpo antifosfolipídio positivo Biópsia renal sugestiva de nefrite lúpica. d) Qual a conduta inicial para o tratamento da doença diagnosticada? (Valor: 2,0 pontos) E Juntando os critérios que vimos no caso dessa paciente: uma paciente mulher jovem que tem convulsão que tem acometimento renal >>>essa paciente tem um quadro de lúpus eritematoso sistêmico que pode ser considerado o Lúpus Grave por conta do distúrbio renal e neurológico. A questão pedi a conduta ou tratamento. É claro que neste quadro grave a gente tem que iniciar uma terapia Imunossupressora idealmente com corticoide sistêmico >>uma Prednisona pode ser iniciada associada ou não imunossupressores citotóxicos, ex: A ciclofosfamida ou micofenolato, essa seria a indicação ideal. No caso em questão a paciente além de um sedimento urinário nefrítico ela possui aumento das escorias nitrogenadas >>>o que nos induz a pensar numa nefrite lúpica classe 4 >>> implica nesse caso e isso é importante na questão, o início de pulsoterapia com metilprednisolona o ideal seria 1 g/dia/i.v pelo período aí dia 3 até 6 dias podendo associar a ciclofosfamida. TRATAMENTO IDEIAL AQUI: iniciar terapia imunossupressora com corticoide sistêmico associado A UM IMUNOSUPRESSOR + pulsoterapia com metilprednisolona GABARITO : d) Na doença lúpica grave com acometimento do SNC e/ou Renal, o tratamento inicial deve ser baseado no uso de terapia imunossupressora com corticosteroide / corticoide em altas doses (via oral ou em pulsoterapia) isoladamente ou em associação com outros agentes imunossupressores (ciclofosfamida, micofenolato), após descartar quadro infecioso associado. QUESTÃO 002 Uma mulher de 32 anos de idade chega para consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) com queixa de que não menstrua há 5 meses. Refere que, antes do quadro atual, seus ciclos menstruais vinham a cada 28 a 30 dias e que a menstruação tinha duração de 3 a 5 dias. Teve duas gestações, com partos normais, sendo o último há 3 anos. Nega cirurgias prévias, doenças crônicas e antecedentes de doenças sexualmente transmissíveis. Considerando o caso acima, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Para esclarecimento da queixa da paciente, cite cinco dados relevantes que devem constar na anamnese. (Valor: 2,5 pontos) Toda e qualquer investigação diagnostica começa sempre pela anamnese. Claro que o exame físico vai apresentar dados importantes, após isso ainda baseado pela anamnese e exame físico vamos fazer o pedido de exames laboratoriais, uma anamnese bem feita vai nortear de forma assertiva nossa investigação. No caso aqui a paciente menstruava e agora não está menstruando mais, ou seja é uma amenorreia secundária, e durante a anamnese a paciente é capaz de indicar alguns sinais de gravidez, presunção de gravidez: náuseas, vômitos, tonteira, mastalgia, ingurgitamento mamário, um ressecamento vaginal com dispaurenia e fogacho = hipoestrogenismo>>>>> que aponta pra uma falência ovariana precoce. Ainda na anamnese a paciente pode informar que está com muita espinha, queda de cabelo que aponta pra um hipotireoidismo ou uma alopecia androgênica da SOP. No exame físico podemos constatar umasaída de leite espontânea ou a expressão = galactorreia >>>> hiperprolactinemia, pensando nisso deve-se perguntar o uso de alguma medicação pois algumas medicações interferem na dopamina e/ou prolactina, ex: plasil, anticoncepcionais. Alterações visuais e cefaleia apontam pra um prolactinoma. Alterações de peso indicam distúrbio alimentar ou hipotiroidismo Depois a gente vai solicitar alguns exames laboratoriais para pacientes. Com isso tudo podemos constatar que a anamnese é muito importante , deve dar o tempo necessário para a pcte falar , depois disso faz-se o exame físico e depois avalia e necessidade ou não de algum exame complementar. GABARITO: a) Dados relevantes da anamnese: - Sintomas de gravidez (ou náuseas, vômitos, sensibilidade mamária, etc) - Diminuição da libido (ou do desejo sexual) - Secura vaginal (ou vagina seca) - Hirsutismo (ou aumento de pêlos pelo corpo) - Acne (ou aumento de oleosidade da pele) - Galactorreia (ou descarga mamilar) - Fogachos (ou ondas de calor) - Uso de medicamentos de ação central (ou psicotrópicos, antidepressivos, antihipertensivos de ação central, detalhar) - Alteração de peso (ganho ou perda de peso) - Cefaleia - Alteração visual (ou perda visual) - Atividade física extenuante - Método contraceptivo - Presença de doença crônica - Pseudociese - Doenças endocrinológicas (tireóideopatias, doença adrenal, doenças da hipófise, doença hipotalâmica) - Alteração do estado nutricional - Distúrbios psicológicos - Presença de atividade sexual - Falha menstrual. b) Cite cinco achados que devem ser pesquisados no exame físico direcionado para a queixa da paciente. (Valor: 2,5 pontos) O exame físico é um pilar importantíssimo na investigação da etiologia da amenorreia secundária dessa paciente, nesse caso o exame físico deve ser direcionado as causas mais comuns de amenorreia secundária e considerando também os dados fornecidos na anamnese. Como estamos pensando numa possível gravidez, hipótese está reforçada pelos dados colhidos devemos obrigatoriamente fazer o exame do colo, em caso de amolecimento do colo conhecido como sinal de gudel a hipótese de gravidez estaria muito reforçada, assim como um aumento do volume uterino, sinal de hegar, sinal de piscasek. Podemos encontrar apenas pela palpação uterina alguns sinais de probabilidade de gravidez. Na investigação de amenorreia secundária depois de avaliar gravidez devemos investigar Hipotireoidismo e hiperprolactinemia então devemos palpar a tireoide, verificando o aumento da glândula ou sintomas de alterações da tireoide: ex: intolerância ao frio, ganho excessivo de peso. Na palpação pode-se encontrar mesmo outra uma alteração na tireoide. Galactorréia reforça a possibilidade de uma hiperprolactinemia. Uma grande causa de amenorreia secundária e maior causa de hirsutismo e Hiperandrogenismo na mulher>>>> SOP ou ovulação crônica o exame físico pode te dar esse diagnóstico. Paciente como oligoanovulação + acne + alopecia androgênica + hirsutismo>>>>>SOP ??? Excluindo outras causas de oligoanovulação e de hiperandrogenismo>>> SOP é a endocrinopatia mais comum. GABARITO: b) Achados do exame físico: - Trofismo vaginal (ou mucosa vaginal hipotrófica) - Tamanho do útero pelo toque vaginal - Características do colo uterino (ou colo amolecido) - Aumento de volume abdominal - Medidas de peso e altura para cálculo do índice de massa corporal - Pesquisa de galactorréia (ou expressão mamilar positiva) - Pesquisa de acne - Pesquisa de hirsutismo (ou cálculo do índice de Ferriman-Gallwey) - Pesquisa de acantose nigricans - Palpação da tireoide - Sinais de presunção: modificações mamárias, alterações do muco cervical, transformações cutâneas - Sinais de probabilidade de gravidez como: sinal de Jacquemier, Piskacek, Hunter, Nobile- Budin, Osiander, Kluge, volume uterino - Sinais de certeza: frequência cardíaca fetal e palpação de partes fetais. c) Cite três hipóteses diagnósticas para o quadro da paciente. (Valor: 3,0 pontos) A ideia da investigação amenorreia secundária é excluir primeiros as causas comuns e de fácil diagnostico e evoluindo para situações mais raras e mais complicadas. Primeira coisa que deve passar na cabeça de todo mundo que chama a atenção num paciente com amenorreia secundária.>>>> 1 – Investigar gestação, se o Beta HCG deu negativo 2- Dosar TSH e prolactina- porque hipotiroidismo e hiperprolactinemia são de fácil diagnóstico e fácil manejo e já resolve problema dela. Pode ser gravidez, pode ser Hipotireoidismo e pode ser hiperprolactinemia outras possibilidades: causas anovulatórias - anovulação crônica hiperandrogênica, SOP, pode ser uma causa hipofisária, pode ser um prolactinoma por exemplo, se ela tivesse uma história de parto e sangrou muito poderia ser uma sindorme de shihan Causa de hipotalâmicos também vai investigar pelo teste do gnrh – stress, Anorexia, exercício físico intenso. Possibilidades que você poderia colocar na questão. GABARITO: c) Hipóteses diagnósticas: - Gravidez - Falência ovariana prematura (ou menopausa precoce) - Amenorreia de origem central (ou hipotalâmica, ou de causa central, ou funcional) - Tumor do sistema nervoso central (ou tumor de hipófise, central, cerebral) - Síndrome dos ovários policísticos (ou anovulação crônica hiperandrogênica, ou por retrocontrole inadequado) - Hiperprolactinemia (ou síndrome amenorreia-galactorréia, ou síndrome hiperprolactinêmica, ou induzida por medicamentos, ou prolactinoma) - Amenorréia secundária a hipotireoidismo - Distúrbios da tireóide (hipo e hipertireoidismo), Pseudociese, Estados de depressão e/ou estresse-ansiedade. d) Na avaliação inicial, cite quatro exames complementares importantes para o diagnóstico diferencial, com base nas hipóteses diagnósticas plausíveis. (Valor: 2,0 pontos) Grandes hipóteses diagnosticas para essa paciente seria: Gravidez – o exame seria um Beta-hcg, é o primeiro exame para investigar qualquer amenorreia secundária TSH e dosagem de prolactina – que é o segundo passo na investigação de amenorreia secundária Hipotiroidismo e hiperprolactinemia - São causas comuns também de amenorreia secundária . poderia ser uma falência ovariana precoce e o FSH daria esse diagnostico Depois de pedir um beta-hcg, ths e a prolactina => tudo normal > dar progesterona > deU positivo sangrou >= SOP !!!. Negativo? eu vou adicionar agora estrogênio + progesterona => se der positivo > Dosa FSH, FSH alto indica problema ovariano ou falência ovariana precoce, síndrome de savage. FSH baixo indica causa hipf ou hipt. A banca aceitou até quem colocou ultrassonografia. GABARITO: d) Exames complementares: - Beta-hCG (ou teste de gravidez) - Dosagem de prolactina (ou pool de prolactina) - Dosagem de FSH - Dosagem de LH - Função tireoidiana (ou TSH, T3, T4, T4 livre) - Citologia cérvico-vaginal (ou citologia para avaliar trofismo vaginal) - Ultra-sonografia transvaginal - Ultra-sonografia pélvica - Dosagem de estrogênios. QUESTÃO 003 Um paciente de 47 anos, etilista crônico, morador de periferia de grande cidade, apresenta emagrecimento, febre vespertina e tosse seca. Procura atendimento em serviço hospitalar. A revisão do prontuário médico, notou-se baciloscopia positiva para Mycobacterium tuberculosis, com perda do seguimento terapêutico há 6 meses. Após o exame clínico, o médico solicita uma radiografia simples de tórax apresentada abaixo. Com base nos dados clínicos e no exame de imagem, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Descreva os achados do exame de imagem. (valor: 2,0 pontos) Paciente 47 anos + etilista + emagrecimento + febre vespertina +tosse seca>>>>>>TB Questão pede os achados do RX. Percebemos ser um rx típico de um quadro de tuberculose um pouco mais severa: vemos no ápice do hemitorax direito uma hipertransparencia, uma região de cavernas. Na base vemos um derrame pleural aquique não forma a parábola que é mais comum provavelmente por uma consistência do material que já seria mais um aspecto purulento (empiema) que o paciente pode estar apresentando= hidropneumotorax. GABARITO: a) A descrição dos achados de imagem. - Derrame pleural em hemitórax direito com nível hidroaéreo ou hidropneumotórax ou empiema acompanhado de pneumotórax, com volume moderado entre 500 a 1000 ml. - Presença de cavitação em lobo superior direito, lesão cavitária em lobo superior direito, cavitação, caverna, cavidade, lobo superior direito, lobo médio direito, 1/3 médio do hemitórax direito. b) Defina a conduta diagnóstica. (valor: 2,5 pontos) Pedi uma conduta diagnóstica agora, o que devemos fazer nesse paciente agora gente? para começar uma nova baciloscopia está indicada + cultura do escarro com certeza + realizar uma toracocentese diagnostico e/ou de alivio se tiver dispneia no caso aqui não tem + uma análise do material coletado da toracocentese: citológica, bioquímica proteínas ,LDH, glicose , lisozima, microbiologia ou seja fazer cultura do material + fazer um raio-x em decúbito lateral + fazer ultrassonografia. GABARITO: b) Conduta diagnóstica. - Punção torácica ou toracocentese para coleta de material para exames. - O material coletado (líquido pleural) deve ser encaminhado para análise bioquímica, cultura e antibiograma, cultura de BK, Pesquisa de BAAR (3 amostras; espontâneas ou induzidas - paciente com tosse seca), pesquisa de fungos e células neolásicas. - Ultrassom de torax para determinar características do derrame (loculação, presença de espessamento pleural) e identificação do melhor ponto de punção. - Biopsia pleural. - Teste rápido para tuberculose. - Baciloscopia seriada. - Testes laboratoriais para avaliação da função hepática. - Prova tuberculínica. - ADA. c) Estabeleça a conduta terapêutica. (valor: 3,0 pontos) A banca liberou o tratamento com RIP, mas sabemos que não é esse mais o tratamento da TB desde de 2009, o tratamento é com RIPE. Além disso temos que notificar o quadro conforme a portaria atual a 1271 de 6 de junho de 2014 e do início do esquema terapêutico já. É ideal fazer uma toracocentese de alívio e se ele estiver refazendo derrame pleural até ideal se estiver com dispneia fazer uma toracostomia= uma drenagem pleural em selo d’água. GABARITO: c) Conduta terapêutica. - Realizar drenagem torácica/drenagem pleural. - Iniciar uso de isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. - Notificação do caso. d) Considerando que o paciente mora junto com a esposa e filho de 17 anos que não apresentam queixas e têm vacinação com BCG, programe o seguimento clínico. (Valor: 2,5 pontos) Começar o esquema RIPE por seis meses. Tem que ser acompanhado e até fazer o acompanhamento da tomada medicação pelo agente comunitário de saúde. Tem que fazer com certeza o acompanhamento Clínico do pcte. baciloscopia de controle mensal sendo que alguns é indispensável como no segundo, quarto e sexto mês de tratamento. Resumo : • RIPE • Baciloscopia mensal • Acompanhamento Clínico Em relação aos contactante - eu tenho que ver quem são os contactantes susceptíveis. No caso a esposa e um filho moram com ele e são assintomáticos com idade maior que 10 anos >> submeter a RX de tórax e ao exame do PPD GABARITO: d) Seguimento clínico. - Notificação do caso - Acompanhamento médico rigoroso com: acompanhamento do paciente com baciloscopia pelo Zihel-Neelsen de preferência mensalmente e obrigatoriamente no 2º, 4º e 6º mês. - Vigilância para adesão ao tratamento. - Busca ativa de contactantes com realização de radiografia simples de tórax, e/ou baciloscopia e prova tuberculínica. - Acompanhamento por equipe multiprofissional.’ QUESTÃO 004 Uma criança de 5 anos de idade, do sexo feminino, é filha de mãe usuária de crack. Uma vizinha identificou que ela vinha sofrendo abuso sexual pelo padrasto, que era seu cuidador. A vizinha socorreu a criança e levou-a ao Pronto Socorro, onde foi atendida por equipe multiprofissional. Após o atendimento, a indicação das medicações para as Doenças Sexualmente Transmissíveis e a identificação de risco de recidiva de vitimização, foi determinado que a criança seria encaminhada para uma instituição governamental. Diante desse quadro, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Conceitue violência sexual em relação à criança e ao adolescente e quais são os tipos em que ocorrem. (Valor: 2,0 pontos) Nessa questão tivemos o gabarito com uma resposta muito extensa, como já podemos verificar o caso da questão se trata de um caso de violência sexual e a questão pede para conceituar violência sexual definição de violência sexual que a gente encontra nos materiais do Ministério da Saúde : violência sexual é todo ato ou jogo sexual seja heterossexual ou homossexual cujo o agressor esteja num estágio de desenvolvimento mais adiantado do que o da Criança e do Adolescente, pra caracterizar que existe violência sexual o agressor tem que estar em um estágio de desenvolvimento mais avançado; existem práticas comuns na infância que é realização de jogos sexuais jogos sexuais são jogos são brincadeiras que tem um componente sexual que envolve a exploração do próprio corpo e do corpo do outro e isso faz parte do desenvolvimento infantil normal isso só pode acontecer quando os estágios de desenvolvimento são compatíveis portanto é diferente da situação de violência em que existe a diferença de idade ou diferença de desenvolvimento psico sexual já. Violência sexual tem o objetivo de dar satisfação para o agressor e existem várias formas de violência sexual, não sendo apenas penetração vaginal ou anal, os atos de boierismo, os atos de manipulação os atos de exibicionismo também são considerados violência sexual. Importante para essa resposta é que fosse citado que existe a diferença de desenvolvimento entre o agressor e a vítima e que também cita-se que existem várias formas de violência por exemplo voirismo, pornografia, manipulação e ato sexual envolvendo penetração. GABARITO: a) Violência Sexual é todo ato ou jogo sexual, hetero ou homossexual, cujo agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado do que o da criança ou adolescente. Tem como intenção estimulá-la sexualmente ou utilizá-la para obter satisfação sexual. Baseia-se em relação de poder e pode incluir desde carícias, manipulação da genitália, mama ou ânus, voyeurismo, pornografia e exibicionismo, até o ato sexual com ou sem penetração. Tais práticas eróticas e sexuais são impostas à criança ou ao adolescente pela violência física, por ameaças ou pela indução de sua vontade. De acordo com o Código Penal Brasileiro, a violência é sempre presumida em menores de 14 anos, deficientes mentais ou quando a pessoa não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. b) Além de realizar o atendimento emergencial da vítima e realizar o boletim de ocorrência, qual(is) outro(s) órgão(s) deverão ser comunicados? Na falta desse(s) órgão(s), qual seria o procedimento adequado? (valor: 4,0 pontos) Questão bastante longa mas é fundamental que a gente tem esse conceito bastante Claro a notificação dos casos ainda que suspeitos de violência contra criança ou adolescente são uma obrigação de quem tá prestando o atendimento, se o profissional não notificar pode inclusive ser punido, está prevista pena para o profissional que não notificar o caso. Estamos atendendo uma menina 5 anos que foi vítima de violência sexual nessa situação, a banco indicou fazer o boletim de ocorrência, na verdade o que o profissional faz é a notificação ao Conselho Tutelar e o Conselho Tutelar é que vai se encarregar do encaminhamento do boletim de ocorrência. Podemos orientar que os próprios familiares que a própria mãe da criança encaminhe e faça o boletim de ocorrência, nesse caso isso não ia acontecer pois ela é usuária de crack e padrasto é quem abusa,nesse caso o padrasto é que vai se encarregar da realização do boletim de ocorrência. o profissional então deve realizar notificação ao conselho tutelar ou então a Vara da Infância e da Juventude se você tiver numa localidade sem Conselho Tutelar sem Vara da Infância e da Juventude se comunicar o caso a Vara da Justiça existente naquele local , tudo isso está previsto e orientado no estatuto da criança e do adolescente. GABARITO: b) Em crianças e adolescentes menores de 18 anos de idade, a suspeita ou a confirmação de abuso sexual deve, obrigatoriamente, ser comunicada ao Conselho Tutelar. Na falta deste, comunicar à Vara da Infância e da Juventude. c) Após a criança ser vítima de abuso sexual, há aumento da probabilidade para outras comorbidades. Diante do ocorrido, como deverá ser garantido o seguimento dessa criança? (valor: 4,0 pontos) Uma criança foi atendida sendo uma vítima de violência sexual e verificou-se atendimento que ela não poderia etornar para sua família no momento, sendo então recomendada a institucionalização com o seguimento da Criança que desse ser realizado por uma equipe multidisciplinar: médico, psicólogo, assistente social, etc . Ainda no acompanhamento :Faz-se o acompanhamento das questões clínicas da criança e também vai ser feito acompanhamento dos efeitos psicológicos que essa situação de abuso pode ter provocado nessa criança. É importante que tente-se estabelecer uma reinserção e uma avaliação do ambiente familiar e deve-se observar se a criança pode ou não voltar para aquela família a gente viu que o abusador era o padrasto mas que existe uma questão importante que a mãe é usuária de crack. Deve-se portanto fazer a avaliação dessa família junto com o Conselho Tutelar junto com todos os órgãos competentes. GABARITO: c) Deve-se garantir a Atenção Integral à vítima de abuso sexual por equipe multidisciplinar capacitada para esse tipo de atendimento, com a efetivação dos serviços da rede pública, oferecendo atendimento psicológico e social à crianças e suas famílias. Garantir acompanhamento médico ambulatorial. Seguimento pelos órgãos competentes de proteção da criança. E avaliação da possibilidade ou não, do restabelecimento do vínculo familiar. - Discriminação do papel do médico diante do caso: exames a serem solicitados: ultrassom pélvico e abdome total – afastar sangramentos intracavitários, hemograma completo, sorologias (HIV, sífilis e hepatites B e C), urina I e caso sejam utilizados antirretrovirais, acrescentar provas de função hepática e renal, tratamentos profiláticos e seguimento. QUESTÃO 005 Uma mulher, com 52 anos de idade, diagnosticada como portadora de diabetes melito e hipertensão arterial em atendimento no Pronto Socorro, comparece à Unidade de Saúde da Família de seu bairro para sua primeira consulta médica. Ela conta que trabalha em casa, tem dois filhos gêmeos idênticos, com 17 anos de idade, e uma filha adotiva com 7 anos de idade. O marido tem 54 anos de idade, é marceneiro e está desempregado. O casal está em conflito, devido ao consumo diário de álcool do marido há 6 anos. Os pais dela faleceram por complicações cardíacas, a mãe recentemente, com 78 anos de idade e o pai com 73 anos de idade, assim como sua sogra, com 70 anos de idade. Ela conta que cuida do sogro de 80 anos de idade, aposentado, porque ele apresenta sequelas de um acidente vascular cerebral, e por essa razão, reside em seu domicílio, no entanto, ele não quer ir ao médico para se tratar. Com base nessa história familiar e no trabalho em Estratégia de Saúde da Família, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Faça o genograma desta família. (valor: 4,0 pontos) o genograma é a representação gráfica com inter-relação familiar. Alguns conceitos importantes: • Paciente índice- paciente que está sendo investigado no caso mulher com 52 anos de idade, marcado com um quadrado grande • Mulher tem como símbolo um círculo, com a idade dentro do circulo com o nome abaixo. • Uma linha liga ela ao marido, homem é quadrado • Faixa preta horizontal aponta pra um distúrbio por abuso de substancia química (consumo diário de álcool). • Linha em raio = relação conflituosa • Os pais dela faleceram de complicações cardíacas • X no centro = falecido • A sogra morreu mas o sogro é vivo, linha preta na vertical: doença mental (sequela de ave) • Casal tem 2 filhos gêmeos = 2 quadradinhos que saem do mesmo ponto e como são univitelinos (idênticos) eles estão unidos entre si também • Eles tem uma filha adotiva = linha tracejeda GABARITO: b) Cite cinco problemas clínicos e/ou psicossociais apresentados nesse caso que indicam a necessidade da abordagem ou avaliação familiar. (valor: 2,5 pontos) Achar cinco problemas clínicos: 1- mulher é diabética 2- ela também é hipertensa 3- marido está desempregado 4- marido tem consumo diário de álcool 5- a mãe dela acabou de falecer ela vive um luto 6- sogro de 80 anos de idade que é sequelado 7- mora com ela e além disso 8- não quer tratar pessoal busque 8 coisas aí. Cinco desses 8 respondia a questão e são dados que precisam de abordagem clinica ou psicossocial. GABARITO: b) Questões que indicam a necessidade da abordagem ou avaliação familiar: - Desemprego do marido (ou na família); - Diagnóstico de Diabetes; - Diagnóstico de hipertensão arterial; - Morte recente de membro familiar (ou da mãe); - Consumo de álcool por parte do marido (ou de um membro da família); - Necessidade de cuidado à idoso com sequela de acidente vascular cerebral (ou AVC); - O sogro (ou um membro da família) não quer fazer tratamento de saúde (ou não procura tratamento de saúde); - desorganização familiar (sobrecarga da esposa); - conflito conjugal; - família no ciclo de adaptação. c) Descreva a fase ou etapa ou momento do ciclo vital em que se encontra esta família. (valor: 1,0 ponto) Ciclo vital é o conjunto das fases da vida. Você nasce depois é uma criança daqui a pouco você é adolescente. Você vai para faculdade, vai casar, vai ter filho daqui a pouco você é avo. Então essas fases da vida desde o nascimento até o óbito chamamos isso de ciclo vital. Agora em relação à situação exposta em qual fase do ciclo vital a família se encontra: a família tem filho escolar e tem filho adolescente e um idoso dependente de 80 anos com sequela de AVE >>>> A família está na fase de filhos mas também tem um idoso dependente>>> fica na resposta : filhos adolescentes escolar + idoso dependente sequelado. Essa seria a fase do ciclo vital que a família se encontra. GABARITO: c) Esta família vivencia a fase ou etapa (do ciclo vital) onde há a presença de filho pequeno, filhos adolescentes e idoso dependente. d) Cite cinco itens que evidenciam que a interpretação do genograma familiar pode qualificar o cuidado aos pacientes e às famílias. (valor: 2,5 pontos) Cinco itens que evidenciam que a interpretação do genograma familiar pode qualificar o cuidado aos pacientes e famílias ou seja, onde e oque genograma familiar possibilita? 1- permite combinar informação médica e psicossocial de cada família 2- Ele permite compreender o paciente no contexto da família 3- ele permite também compreender o impacto da família no paciente. 4- Ele permite também localizar o problema de saúde no contexto histórico e/ou social e/ou cultural 5- ele identifica padrões transgeracionais > doença genética 6- permite identificar padrão transgeracionais de comportamento. 7- permite identificar padrões transgeracionais do uso de serviços de saúde, quem mais utiliza na família. 8- permite gente conhecer costumes e hábitos familiares que influenciam adoecer e qualidade de vida na rede de ajuda ou na oferta de cuidado ao outro, como é que um ajudou o outro dentro da família 9- permite o aconselhamento dos conflito familiar ou de pais e filhos 10- tem valor no diagnóstico doenças no prognóstico também e tem valor fundamentalno plano terapêutico. GABARITO: d) A interpretação do genograma familiar possibilita ou permite: - Combinar informação biomédica e psicosocial de cada família; - Compreender o paciente no contexto da família; - Compreender o impacto da família no paciente; - Localizar o problema de saúde no contexto histórico e/ou social e/ou cultural; - Identificar padrões transgeracionais de doença; - Identificar padrões transgeracionais de comportamentos; - Identificar padrões transgeracionais de uso de serviços de saúde; - Identificar os componentes da família - Conhecer costumes e/ou hábitos familiares que influenciam no adoecer; - Conhecer costumes e/ou hábitos familiares que influenciam na qualidade de vida; - Conhecer costumes e/ou hábitos familiares que influenciam na rede de ajuda e/ou na oferta de cuidado ao outro; - Aconselhar nos conflitos conjugais e/ou de pais e filhos; - Tem valor no diagnóstico; - Tem valor no prognóstico; - Tem valor no plano terapêutico.
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