A EVASÃO ESCOLAR COMO SINTOMA DO AUMENTO DA VULNERABILIDADE SOCIAL

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A EVASÃO ESCOLAR COMO SINTOMA DO AUMENTO DA VULNERABILIDADE SOCIAL
	De acordo com o Artigo 205 da Constituição Federal de 1988, a educação é um direito de todos e é dever do Estado e da família para a universalização educacional, com objetivos de desenvolvimento do indivíduo, exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Tal conceito se enquadra no Brasil contemporâneo, visto que a evasão escolar é um problema corriqueiro e, consequentemente, resulta na vulnerabilidade social dessas pessoas. A partir disso, faz-se pertinente analisar as causas do problema a fim de solucioná-la.
	A compreensão desse quadro requer reconhecer as práticas metodológicas, ou seja, como se ensina nas escolas brasileiras. Decerto, as aulas se tornam cansativas e maçantes, pois os alunos são passivos diante do professor e além disso, não há o aprendizado por parte dos educandos, pois a forma em que se ensina é focada na memorização de conteúdos para determinada prova. Sobre isso, o sociólogo brasileiro Paulo Freire utiliza a metáfora “educação bancária” como crítica ao estudo tradicional, em que o docente transmite ao discente os conhecimentos, como um depósito. Dessa forma, a vulnerabilidade social aumenta, em consequência da desistência dos estudos e saída das instituições educacionais. 
	Ademais, as estruturas curriculares, isto é, o que se ensina, também pode-se dizer que aumenta os índices de evasão escolar. De fato, há conteúdos extremamente especializados que não dialogam entre si, nem com a realidade do educando e, por isso, muitos alunos desmotivam com os estudos, não recebem apoio em casa e saem da escola em busca de uma vida melhor na rua em trabalhos ambulantes, por exemplo e tornam-se vulneráveis a violência urbana, tráfico de drogas, entre outros problemas. Nesse contexto, Edgar Morin critica essa metodologia e diz que as disciplinas devem ser trabalhadas de forma transdisciplinar, ou seja, aplicação da educação de forma mais plural, e conectada à vida social do estudante. Sendo assim, essas práticas contribuem para a evasão escolar no país.
	Portanto, é mister que medidas sejam tomadas, a fim de solucionar a problemática. Para isso o governo junto ao Ministério da Educação (MEC) poderia desenvolver a formação continuada com educadores, por meio de plataformas digitais, em que sejam discutidas práticas metodológicas, a fim de construir uma educação que não desestimule o aluno. Nesse evento, os professores poderiam trocar boas práticas com os alunos em um ambiente mais leve e descontraído em busca de um ensino que vise o aprendizado teórico e prático dos discentes. Somente assim, a vulnerabilidade social como sintoma da evasão escolar, deixaria de ser uma realidade.