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AVA 2 LINGUÍSTICA CONTEMPORÂNEA

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
AVA2 DA DISCIPLINA LINGUÍSTICA CONTEMPORÂNEA 
 
 
 
 
Joyce Conceição da Silva Mattos 
20211301554 
Letras – Português Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2021
 
 
1 
INTRODUÇÃO 
 A gramática, do ponto de vista da linguística contemporânea, pode ser 
entendida como um conjunto de regras que o linguista analisa, pautado numa 
determinada teoria, diretamente associada ao uso da língua. Nessa perspectiva, o 
gramático ocupa-se em observar a estrutura e o funcionamento da linguagem, 
identificando o que é considerado gramatical, de acordo com as regras de 
funcionamento da língua, bem como as suas variantes. 
Certas posições sintáticas parecem inatas, como se tivessem nascido junto ao 
ser humano. Para exemplificar essa afirmativa, tomemos o exemplo das frases a 
seguir, fornecido por Martelotta (2014, p.133): 
a) quantos livros você já escreveu? => gramatical 
b) *que livro você conhece uma pessoa que escreveu? => agramatical 
Conclui-se que esse tipo de conhecimento linguístico inconsciente que cada 
indivíduo possui a respeito da língua nativa, proporciona essas intuições. Para 
Martelotta (2014, p.33), essa habilidade denomina-se “competência linguística”, que 
corresponde ao conhecimento tácito das regras que governam a formação das 
frases da língua. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 A gramática normativa ou tradicional, de acordo com Travaglia (2001), 
considera “um manual com regras de bom uso da língua”, ou seja, prescreve as 
normas para falar e escrever bem, tomando como modelo a prática dos escritores 
consagrados. De acordo com essa perspectiva de gramática, considera-se a única 
variedade válida é a norma culta ou padrão. 
 A contribuição dessa gramática é oportunizar ao aluno o acesso ao “padrão 
valorizado da língua”, isso não significa agir preconceituosamente diante das 
variações linguísticas, mas sim em estimulá-lo a pesquisa e adequação da sua 
linguagem diante das mais diversas situações. 
 Em concordância com as afirmações de Guimarães (2014, p.16), a gramática 
gerativa de Chomsky alega que todo ser humano nasce com uma gramática interna, 
cujos componentes são ativados de acordo com a língua falada. Apesar de Dan 
Everett, com sua importante pesquisa, ter tentado derrubar essa teoria, a descoberta 
do gene FOXP2 ratificou a descoberta de Chomsky. 
 
 
2 
 Segundo Guimarães (2014, p. 16): 
Essa gramática embutida no cérebro humano é universal, com princípios 
que se aplicam a todas as línguas (sim, a teoria de Chomsky recupera 
aquela antiga ideia de Aristóteles e dos gramáticos especulativos e gerais). 
Mas esses princípios teriam parâmetros relacionados às diferenças entre as 
línguas e às próprias mudanças observadas dentro de uma mesma língua. 
 
 Na gramática sistêmico-funcional de Halliday (1994 apud Sousa, 2015, p. 
209), a língua é tida como um sistema semiótico em que as escolhas são 
condicionadas por três fatores: a relação do sujeito com o mundo, a relação do 
sujeito com o outro e a relação do sujeito com a língua, ou seja, com as 
organizações linguísticas. Esta última relação condicionada pelas pressões 
provenientes das outras duas relações, ou seja, da circunstância comunicativa. Por 
esse ângulo, a contribuição dessa teoria consiste em priorizar a linguagem em uso 
opondo-se à normativização do ensino. 
 Em função disso, Sousa (2015, p. 218) conclui: 
Os conteúdos do eixo do uso apontam para os aspectos das metafunções 
hallidayanas. Eles apontam para aspectos contextuais, o que está na base 
da teoria sistêmica de Halliday, quando coloca como um tópico contexto de 
produção. Apontam para a metafunção experiencial, quando considerada 
importante ensinar as representações de mundo. Apontam para a 
metafunção intertextual, quando consideram importante ensinar aspectos da 
relação entre os interlocutores e, por fim, apontam para a metafunção 
textual, quando consideram importante ensinar que os aspectos anteriores 
implicam na organização dos discursos, influenciando nossas escolhas para 
a construção dos gêneros. 
 
CONCLUSÃO 
 É com o mesmo entusiasmo de uma futura educadora que afirma-se: toda 
sistematização precisa passar, primeiramente, pela reflexão. 
É papel do professor oportunizar ao aluno o acesso ao “padrão valorizado da 
língua”, abolindo o preconceito diante das variações linguísticas e estimulando no 
aluno a prática constante da pesquisa e adequação da sua linguagem diante das 
mais diversas situações. 
A investigação sobre a relação do uso da língua pelo falante é de extrema 
necessidade, pois é por meio da interação com a linguagem que se produz o texto. 
Considera-se também a fundamental importância da construção do sentido, 
ou seja, a linguagem cumprindo a sua função principal, por meio dos recursos 
gramáticos, da análise linguística e o uso da língua. 
 
 
3 
O equilíbrio entre as variações da língua, as mudanças ocorridas, a 
heterogeneidade e a normatividade, nos possibilitará admitir uma norma ampla, 
constituída não só pelas formas linguísticas, como também pelos valores 
socioculturais, assim como propõe Faraco (2002, p.39). 
 Na busca por esse “equilíbrio”, tomemos como exemplo o e-book que está 
sendo confeccionado pelas integrantes do grupo quinze, do projeto UVAprova. A 
contextualização dos conteúdos a serem abordados nas unidades um e dois está se 
baseando na leitura de trechos do livro um, da autora Julia Quinn, cujo título é “O 
duque e eu”, que inspirou a primeira temporada da série “Os Bridgertons”. 
 O motivo da escolha dessa temática partiu da zona de interesse dos próprios 
alunos, pertencentes ao primeiro ano do ensino médio, que ao comentarem sobre a 
série no decorrer das aulas, desconheciam o fato de ela ter sido inspirada numa 
obra literária. 
 Essa proposta de trabalho apoiou-se também na teoria de Henriques (2011b, 
p. 121), que nos diz: 
O conhecimento da morfologia e da sintaxe, associado à sensibilidade 
linguística e ao prazer de examinar um texto, faz da matéria gramatical algo 
que tem aplicação na vida real, nas múltiplas linguagens do dia a dia. 
 
 O grande desafio dos professores que dedicam-se a educação básica é 
estimular o gosto pela leitura de textos literários nos nossos jovens, especialmente 
das classes populares, contribuindo assim para a formação de leitores/ escritores 
assíduos. 
 A cada unidade buscamos priorizar momentos específicos para a leitura, 
incorporando-os a rotina do aprendiz, a fim de fomentar o início de uma boa prática 
leitora, assim como Cosson (2009) sugere em sua obra “letramento literário”, pois 
cremos que esse seja o melhor caminho para auxiliá-los no processo de construção 
da escrita, com base na norma padrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
REFERÊNCIAS 
 
FARACO, C. A. Linguística histórica: uma introdução ao estudo da história das 
línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2002. 
 
GUIMARÃES, T. de C. Linguística I. São Paulo: Pearson, 2014. 
 
HENRIQUES, C. C. Léxico e Semântica: estudos produtivos sobre palavra e 
significação. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2011b. 
 
MARTELOTTA, M. E. Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2012. 
 
SOUSA, R. do S. N. A teoria sistêmico funcional: uma contribuição para trabalhar 
como texto. Revista Interdisciplinar, Pará, vol.9, n. 13, p. 208-219, Dez 2015. 
 
TRAVAGLIA, L. C. Da distinção entre tipos, gêneros e subtipos de textos. Estudos 
Linguísticos, Marília, SP, n. XXX, Revista em CD-ROM, Artigo 200, 6 p. Grupo de 
Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo / Fundação de Ensino “Eurípedes 
Soares da Rocha, 2001.

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