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AVA 2 MORFOSSINTAXE

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
AVA2 DA DISCIPLINA MORFOSSINTAXE E ENSINO DA LÍNGUA 
PORTUGUESA 
 
 
 
 
Joyce Conceição da Silva Mattos 
20211301554 
Letras – Português Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2021
 
 
1 
INTRODUÇÃO 
 Considerando que a escola deve ser o local de referência para o “bom uso” 
linguístico, a sua função é proporcionar as análises a respeito da língua. 
 O que não se deve fazer é reduzir a gramática a nomenclatura, como se tem 
visto em algumas práticas escolares, pois não é pela capacidade de reter termos 
que se poderá desenvolver as habilidades necessárias para o uso adequado da 
língua. 
Por outro lado, apresentar esses termos, de uma maneira contextualizada, 
identificando as ocasiões e possibilidades de uso, contribuirá para uma 
aprendizagem significativa. 
Há de se concordar, quando Duarte (2009, p. 185) afirma que a classificação 
dos grupos entre termos ‘integrantes’ e ‘acessórios’, na hierarquia sintática, “não 
contribui para o entendimento das relações gramaticais que se estabelecem entre 
eles”. 
Um exemplo disso é o aposto, que apesar de pertencer ao grupo considerado 
‘acessório’, subordinado a outro termo da oração (substantivo ou pronome), pela 
análise do exemplo abaixo, que trata-se de um aposto enumerativo, o enunciado 
(expressamente escrito) ficaria sem sentido se retirássemos o aposto. Veja: 
“Elas só queriam isto: respeito, reconhecimento e dignidade.” 
De acordo com Sautchuk (2010, p.43), somente as frases que, também 
constituem orações, podem ser retiradas do seu contexto para uma análise sintática. 
A análise desse exemplo nos fez compreender o sentido da crítica realizada 
pela autora, o quanto a tripartição dos termos ‘essenciais’, ‘integrantes’ e 
‘acessórios’, podem contribuir para um entendimento equivocado, por parte do 
aluno, devido a capacidade comum a espécie humana de “entender” determinados 
enunciados relacionando-os com o que lhe é próximo (metáfora cognitiva). 
Segundo Henriques (2011, p.121), a construção dos significados de um texto 
não se dá ao acaso, pois a significação não é uma entidade e sim uma relação, mas 
não é propriamente uma relação entre um item lexical e um objeto do mundo, mas 
uma relação entre uma expressão linguística e algo não linguístico. 
É importante ressaltar que na exemplificação acima, especificamente, 
estamos tratando da linguagem escrita e está sendo avaliada a oração fora de 
qualquer outro contexto textual, levando-nos a crer que a escolha da palavra “isto” 
refere-se a algo que ainda será dito. 
 
 
2 
Ao se pensar num contexto oral, no qual o enunciador pode se utilizar de 
outros recursos comunicativos concretos, como apontar para algo que estivesse 
temporariamente próximo a alguém, dessa forma a comunicação seria exitosa, 
independente da utilização do aposto no discurso oral. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 Sabendo-se que os termos integrantes da oração, seja o complemento verbal 
ou o complemento nominal ou o agente da passiva, têm a função de completar o 
sentido dessa, o estudo contextualizado dessas nomenclaturas é indispensável para 
uma boa prática de ensino, tendo em vista a função essencial da escola para o 
desenvolvimento cognitivo do educando. 
 De acordo com Henriques (2011b, p. 121), para a construção dos sentidos de 
um texto é preciso que o autor seja capaz de relacionar as ideias de maneira 
inteligível para o leitor. Para isso, é preciso dominar as articulações que existem 
entre os termos da oração e entre as orações do período. Mas essa articulação não 
é apenas sintática. Também é semântica, pois é preciso dar sentido ao que se 
escreve, e é estilística, pois deve resultar numa resposta afetivo-impressiva por parte 
do destinatário. 
 Tomemos como exemplo o e-book que está sendo confeccionado pelas 
integrantes do grupo quinze, do projeto UVAprova. A contextualização dos 
conteúdos a serem abordados nas unidades um e dois está se baseando na leitura 
de trechos do livro um, da autora Julia Quinn, cujo título é “O duque e eu”, que 
inspirou a primeira temporada da série “Os Bridgertons”. 
 O motivo da escolha dessa temática partiu da zona de interesse dos próprios 
alunos, pertencentes ao primeiro ano do ensino médio, que ao comentarem sobre a 
série no decorrer das aulas, desconheciam o fato de ela ter sido inspirada numa 
obra literária. 
 Essa proposta de trabalho apoiou-se também na teoria de Henriques (2011b, 
p. 121), que nos diz: 
O conhecimento da morfologia e da sintaxe, associado à sensibilidade 
linguística e ao prazer de examinar um texto, faz da matéria gramatical algo 
que tem aplicação na vida real, nas múltiplas linguagens do dia a dia. 
 
 O grande desafio dos professores que dedicam-se a educação básica é 
estimular o gosto pela leitura de textos literários nos nossos jovens, especialmente 
 
 
3 
das classes populares, contribuindo assim para a formação de leitores/ escritores 
assíduos. 
 A cada unidade buscamos priorizar momentos específicos para a leitura, 
incorporando-os a rotina do aprendiz, a fim de fomentar o início de uma boa prática 
leitora, assim como Cosson (2009) sugere em sua obra “letramento literário”, pois 
cremos que esse seja o melhor caminho para auxiliá-los no processo de construção 
da escrita, com base na norma padrão. 
 Ainda em concordância com Henriques (2011b, p. 121), há uma articulação 
que a morfossintaxe, a semântica e a estilística estabelecem entre si, que colaboram 
diretamente para a construção de sentido dos textos de variada natureza. 
 O exemplo ortográfico que será dado a seguir, extraído do trecho do livro 
citado no e-book, corrobora para a análise semântica do enunciado. Vejamos: 
“[...] Sua companhia era ninguém menos que Anthony Bridgerton, o irmão mais 
velho de Daphne. [...]” 
“[...] Assumirei o título dele, se for obrigado a isso, mas não usarei o nome. [...]” 
 A partir dessas duas extrações do texto, demonstrou-se que a forma de grafar 
a palavra pode mudar completamente o sentido dela, sendo nesse caso o “mas” 
uma conjunção adversativa, utilizada quando o locutor quer expor uma ideia 
contrária a que foi dita anteriormente, e o “mais” como antônimo do “menos”, 
indicando a soma ou o aumento da quantidade de algo. 
 Para ampliar essa percepção, Henriques (2011b, p. 121) colabora afirmando: 
A análise sintática não é uma interpretação apenas para as aulas de 
morfossintaxe. Ela é uma ferramenta muito importante na compreensão dos 
sentidos de um texto. Alguém pode dizer que consegue entender um texto, 
mesmo sem saber ou querer fazer a observação de suas estruturas 
morfossintáticas. Não é que se deva discordar dessa perspectiva, mas seria 
o caso de verificar se a interpretação de um texto fica ou não mais 
interessante quando chamamos a atenção para as escolhas linguísticas do 
redator: as palavras, a ordem em que ele as dispõe na frase, as orações e 
períodos que ele usa para compor sua mensagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
CONCLUSÃO 
 É com o mesmo entusiasmo de uma futura educadora que afirma-se: toda 
sistematização precisa passar, primeiramente, pela reflexão. 
É papel do professor oportunizar ao aluno o acesso ao “padrão valorizado da 
língua”, isso não significa agir preconceituosamente diante das variações 
linguísticas, mas sim em estimulá-lo a pesquisa e adequação da sua linguagem 
diante das mais diversas situações. 
A investigação sobre a relação do uso da língua pelo falante é de extrema 
necessidade, pois é por meio da interação com a linguagem que se produz o texto. 
O nosso foco é na construção do sentido, ou seja, a linguagem cumprindo a 
sua função principal, por meio dos recursos gramáticos, da análise linguística e o 
uso da língua. 
O equilíbrio entre as variações da língua, as mudanças ocorridas, a 
heterogeneidade e a normatividade, nos possibilitará admitir uma norma ampla, 
constituída não só pelas formaslinguísticas, como também pelos valores 
socioculturais, assim como propõe Faraco (2002, p.39). 
Na escola há espaço para o ensino da norma padrão e o caminho para isso é 
ir do uso da língua a normatividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
REFERÊNCIAS 
 
DUARTE, M. E. Termos da oração. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. F. Ensino de 
gramática: descrição e uso. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009. 
 
HENRIQUES, C. C. A morfossintaxe a serviço das relações semântico-
estilísticas. Idioma, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 53-64, 2013. Disponível em: 
<http://www.institutodeletras.uerj.br/idioma/numeros/24/Idioma24_a05.pdf (Links 
para um site externo.)>. Acesso em: 10 jun. 2021. 
 
HENRIQUES, C. C. Léxico e Semântica: estudos produtivos sobre palavra e 
significação. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2011b. 
 
NEVES, M. H. M. Que gramática estudar na escola? 4. ed. São Paulo: Contexto, 
2011. 
 
SAUTCHUK, I. Prática de morfossintaxe: como e por que aprender análise 
(morfo)sintática. 2. ed. Barueri: Manole, 2010. 
http://www.institutodeletras.uerj.br/idioma/numeros/24/Idioma24_a05.pdf
http://www.institutodeletras.uerj.br/idioma/numeros/24/Idioma24_a05.pdf

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