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Antiguidade Clássica - capítulo 3

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HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE
CLÁSSICA: GRÉCIA E ROMA
CAPÍTULO 3 - COMO NASCE UM IMPÉRIO?
INICIAR
Introdução
Você já deve ter se perguntado, em algum momento, se todas as cidades antigas viviam sem guerra.
Afinal, o mundo que conhecemos hoje possui muitos conflitos, o que torna difícil acreditarmos em
épocas de paz. Contudo, nem tudo eram flores com as poleis gregas. Os persas, por exemplo, foram uma
grande ameaça ao mundo grego, de forma que as poleis se uniram para combatê-los. Assim, o que
poderia ter sido o início de uma unificação, acabou causando grandes desgastes que levaram à Guerra
do Peloponeso, deixando todo o território fragilizado. Mas o que foi a Guerra do Peloponeso? Qual é a
sua importância para a Grécia? Felipe da Macedônia, junto a seu filho, Alexandre, o Grande, aproveitou a
deixa e unificou a Grécia sobre seu domínio, dando início ao período helenístico. Entretanto, não foi
considerado um dos mais longos, pois, após um tempo, a Macedônia se tornou uma província romana.
Mas como surgiu a Roma nesse contexto? De acordo com os mitos de fundação da cidade romana, teria
sido por volta do século VIII a.C. (FUNARI, 2011). E, após um período de Monarquia, teria começado sua
expansão no período Republicano, quando conseguiu conquistar a Macedônia, acrescentando a Grécia
em seu território. Esses e outros assuntos serão abordados ao longo deste capítulo. Vamos aos estudos!
3.1 A guerra no mundo grego: a Guerra do Peloponeso
O mundo antigo esteve em muitos conflitos. Assim, podemos entender que a guerra não era estranha
para os gregos, uma vez que Esparta tinha mentalidade e disciplina voltadas para o militar, assim como
outras poleis também contavam com alguma estratégia bélica, o que nos leva a acreditar que possuíam
a guerra como parte de suas culturas.  
Dessa forma, ao combaterem um inimigo comum (os persas) nas Guerras Médicas, as poleis se uniram na
Liga de Delos, e, sob a liderança de Atenas, venceram a guerra, garantindo a expansão democrática
(EYLER, 2014). 
No entanto, as cidades não ficaram contentes com essa dinâmica e acabaram se dividindo: de um lado,
temos a Liga de Delos, sob a liderança de Atenas; do outro lado, temos a Liga do Peloponeso, com
Esparta no comando. Mas como esse conflito se desenvolveu? O que aconteceu com as cidades-estados
gregas após a guerra? Essas são algumas das questões que norteiam nosso estudo a partir de agora. 
3.1.1 As documentações e as tensões entre Atenas e Esparta
O mundo grego era composto por muitas poleis, ou seja, cidades-estados independentes. Isso facilitava
os desentendimentos entre elas, bem como a maior guerra conhecida: a Guerra do Peloponeso. 
De acordo com Funari (2012, p. 113), “[...] a Guerra do Peloponeso foi a primeira guerra do período do
mundo ocidental, e continuou, durante séculos, a ser tema de discussão tanto para os militares quanto
para os políticos”. 
Ainda na opinião do historiador, esse foi o primeiro conflito entre duas alianças políticas de
características claramente diferentes: de um lado há Atenas, uma democracia dinâmica e comercial; do
outro, há Esparta, uma potência militar terrestre e oligárquica. Duas cidades modelos, tanto para serem
imitadas quanto para serem evitadas, que marcaram e dividiram o mundo grego, chegando a um
conflito direto.
Embora Tucídides seja o autor mais relevante para conhecermos os detalhes do embate, outros da
antiguidade também retrataram aspectos do conflito. Eurípedes e Aristófanes, autores de peças de
teatros — um de tragédia e outro de comédia, respectivamente —, trouxeram para suas obras discussões
sobre o que estava acontecendo no mundo em que viviam. Xenofonte também traz a guerra como pano
de fundo de suas obras.  
3.1.2 O conflito propriamente dito
As cidades-estados gregas eram independentes e tomavam suas próprias decisões, o que as deixavam
vulneráveis frente a uma ameaça externa. Foi isso que aconteceu quando a Pérsia resolveu conquistar a
Grécia. Para impedir o avanço, as cidades se juntaram na Liga de Delos e, uma vez que Esparta não
demonstrou interesse (pois eram capazes de proteger a si mesmo), Atenas, que contava com uma
marinha forte devido ao comércio, assumiu a liderança e administrou todos os recursos da guerra.
Dessa forma, as cidades participantes cediam barcos ou marinheiros (FINLEY, 1963).
No entanto, conforme destacou Finley (1963), isso não significava um mundo grego sem guerras
internas. Pelo contrário, muitos conflitos entre as cidades-estados existiam, sendo que, entre os
motivos, podemos citar as crises nas fronteiras, a busca por escravos e o controle de rotas comerciais.
A forte política imperialista imposta por Atenas, após a guerra contra a Pérsia, conhecida como Guerras
Médicas, acabou gerando inúmeros atritos com algumas poleis da Grécia. Esparta, sendo uma dessas
poleis, fundou, junto a outras cidades, a Liga do Peloponeso, fazendo frente a Liga de Delos, dominada
por Atenas. 
Em um primeiro momento, a Liga de Delos (chefiada por Atenas) e a Liga do Peloponeso (liderada pelos
espartanos) conseguiram evitar conflitos, mas isso não durou por muito tempo, pois desencadearam a
Guerra do Peloponeso, em que as duas alianças político-militares entraram em conflito (FINLEY, 1963).  
A luta entre Atenas e Esparta começou em 431 a.C. e, em meio a momentos de paz e guerras, e durou por
longos 27 anos, terminando com a derrota de Atenas em 404 a.C. De acordo com Funari (2011, p. 74),
“[...] a luta entre Atenas e Esparta foi o resultado das disputas pelo controle das cidades gregas e,
mesmo após a derrota de Atenas, as guerras entre as cidades gregas continuaram a ocorrer, resultando
no enfraquecimento das cidades e na ruína para os camponeses artesãos”. 
Já nas palavras de Silvia (2017), a Guerra do Peloponeso, por ter envolvido todo o mundo grego e
durado um longo período, extrapolou todos os conflitos que existiam no período, os quais se
restringiram a determinadas cidades e por um curto período de tempo. Silva (2017) ainda sublinha que
as inovações militares foram outra característica desse conflito, em que os atenienses elaboraram
estratégias como o abandono de campo, a proteção da população com a concentração na cidade e o
fortalecimento da marinha. 
Podemos dizer que a Guerra do Peloponeso foi uma complexa luta pelo poder, a qual envolveu muitas
cidades-estados em disputas internas e externas. Esparta saiu vitoriosa, acabando com o domínio
ateniense, porém não conseguiu formar uma liderança com as cidades-estados.
3.1.3 A Grécia Pós-Guerra do Peloponeso
A oposição entre a democracia e a oligarquia marcou o conflito entre Atenas e Esparta, acentuando a
disputa entre as duas classes sociais em que se apoiavam. Segundo Eyler (2014, p. 115), no decurso do
século IV a.C., “[...] o abismo entre ricos e pobres se aprofundou, e as aspirações igualitárias implícitas
na noção dos cidadãos agravaram as tensões, e as desigualdades sociais eram vivamente sentidas”. Isso
proporcionou revoluções, exílios e confiscações. Além disso, o fato da base da sociedade esparta ser a
guerra, fez com que a paz não fosse mantida.
Conflitos e abismos sociais levaram a um retorno da tirania, uma vez que eles eram, também, líderes
militares que defendiam as suas cidades contra perigos externos. Dessa forma, segundo Eyler (2014, p.
115), a novidade do século IV residiu no retorno a modelos arcaicos, “[...] como o da realeza e o da
separação entre camponês e cidadão, que haviam sido outrora ultrapassados”. 
Com a derrota ateniense, os conflitos continuaram se aprofundando e enfraquecendo as cidades, tanto
político como militarmente. Um exemplo é o fato de que os mercenários começaram a serem pagos para
proteger as cidades, finalizando com o ideal de soldado-cidadão — já que eram os cidadãos gregos que
tinham a honra de lutar por sua cidade —, sendo a base da polis grega clássica. 
Esparta, por suas instituições, tradições e compromissos — como livrar a Grécia do imperialismo
ateniense —, ao sair vitoriosa da guerra, deveria ter retornado as suas bases noPeloponeso, deixando as
cidades-estados dirigirem a si mesmas. Todavia, ela colocou nas cidades subjugadas um representante
de seu domínio com uma guarnição, “Com isto, a liderança grega passou das mãos dos atenienses, que
a sabiam exercer de forma esclarecida, para espartanos que se impunham despoticamente”
(JAGUARIBE, 2001, p. XXXIX).
No entanto, a dominação espartana não conseguiu se sustentar por muito tempo, logo sendo superada
por Tebas e, até mesmo, por uma segunda liga ateniense, que buscava retomar seu antigo poder. Dessa
forma, todo o conflito político-militar e a falta de uma liderança consistente desgastou as cidades-
estados gregas, deixando-as vulneráveis a ameaças estrangeiras
Corroborando essa ideia, Funari (2006) destaca que o mundo grego após a Guerra do Peloponeso foi
marcado pela ausência de uma potência hegemônica, o que deixou a Grécia Antiga ainda mais
fragmentada, favorecendo o retorno da pirataria, o domínio persa sobre as cidades da Ásia menor e,
principalmente, beneficiando a tomada da Grécia pelo macedônicos.
Felipe da Macedônia, aproveitando a fragilidade do mundo grego para exercer seu domínio sobre as
cidades-estados, alcança total êxito com seu filho, Alexandre, o Grande — o qual venceu os persas e fez
todo o caminho até a Índia —, estabelecendo um imenso império.

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