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34 A Filariose Linfática, também conhecida como elefantíase, é uma doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. ESPÉCIES ENCONTRADAS NO BRASIL Wuchereria bancrofti Brugia malayi e B. timori = Filariose linfática Onchocerca volvulus Mansonella ozzardi MORFOLOGIA Vermes adultos (machos e fêmeas) macho: 3,5 – 4 cm de comprimento e 0,1 mm de diâmetro. fêmea: 7 – 10 cm de comprimento e 0,3 mm de diâmetro. Microfilária 250 mm a 300 µm de comprimento. encontrada no sangue periférico. se desenvolve no mosquito vetor. Larvas (inseto vetor) VERMES ADULTOS MICROFILÁRIA BIOLOGIA Vermes adultos – se abrigam nos vasos e gânglios linfáticos; Vivem em média de 8 a 10 anos; Regiões do corpo humano que podem abrigar o parasita: Principalmente na região pélvica, atingindo pernas e escroto Raramente mamas e braços Frequentemente vasos linfáticos e cordão espermático PERIODICIDADE Os exames parasitológicos devem seguir a periodicidade do parasita. Ou seja, a coleta de sangue para o exame deve ser realizada nos horários de 23 horas até no máximo 01:00 horas da manhã. Durante o dia – os parasitas se localizam nos capilares profundos (pulmões); Durante a noite – as microfilárias aparecem no sangue periférico: com pico em torno da meia-noite. não são detectadas durante o dia no sangue periférico. filariose linfática AULA 11 – PARASITOLOGIA CLÍNICA filariose linfática 35 LARVA INFECTANTE DE W. BANCROFTI (L3) CICLO BIOLÓGICO 1) O mosquito infectado precisa picar um indivíduo saudável e liberar o parasita na forma L3; demora em torno de 6 a 12 meses para ocorrer a maturação sexual desses vermes. 2) Os parasitas se desenvolvem até a fase adulta, fazem a cópula e dão origem as microfilárias (formas livres do parasita). identificada no exame parasitológico (gota espessa) TRANSMISSÃO A transmissão ocorre unicamente pela picada do inseto vetor infectado e deposição das larvas infectantes na pele lesada do hospedeiro. Fêmea do Culex quinquefasciatus Forma infectante: L3 – humanos Microfilárias – mosquito MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As principais formas clínicas da filariose linfática são: Doença subclínica ou assintomática Formas agudas Formas crônicas Eosinofilia pulmonar tropical (EPT) ASSINTOMÁTICO – MICROFILAREMIA Vermes adultos no sistema linfático ou resposta imune do hospedeiro aos antígenos do parasita. EOSINOFILIA PULMONAL TROPICAL (EPT) Aumento de IgE e IgG; Hipereosinofilia (60%); Infiltração de histiócitos nos alvéolos pulmonares (broncopneumonia); Abcessos eosinofílicos com microfilárias; Fibrose intersticial (fase crônica). LINFOCINTILOGRAFIA • Danos aos vasos linfáticos (dilatação e proliferação do endotélio sem reação inflamatória) ULTRASSONOGRAFIA • Danos ao sistema renal (Hematúria microscópica) 36 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - AGUDAS Linfangite retrógrada (inflamação dos vasos linfáticos); Linfadenite (inflamação dos gânglios linfáticos); Febre e mal estar; Funiculite (inflamação do cordão espermático); Orquiepididimite (inflamação do testículo e epidídimo). LINFNGITES AGUDAS – CURTA DURAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – CRÔNICAS Linfedema; Hidrocele (acúmulo anormal de líquido ao redor do testículo dentro do escroto); Quilúria (presença de linfa na urina); Elefantíase; Ascite linfática; Quilocele (rompimento do vaso linfático na túnica escrotal); Linfangiectasia (dilatação e hipertrofia dos vasos linfáticos); Linforragia (extravasamento de linfa); Linfoescroto. PATOGENIA Maioria dos infectados: com danos aos vasos linfáticos (ectasia-dilatação e proliferação do endotélio), sem reação inflamatória ou dano ao sistema renal. Patogenia: Ascite linfática Quilocele – túnica escrotal Linfangite aguda, linfadenite, febre, dor de cabeça, mal estar, dor local e vermelhidão. ELEFANTÍASE Sequência dos eventos nos casos de elefantíase (nas pernas, escroto e mamas); Episódios inflamatórios recorrentes com hipertrofia do tecido conjuntivo e fibrose crônica do órgão. A elefantíase é um quadro irreversível. LINFOESCROTO DIAGNÓSTICO Gota espessa (acima de 10 microfilária/mL de sangue); Linfagite retrógrada (sentido centrífugo) •Surge da raiz do membro para a extremidade Linfangite de etiologia bacteriana •Surge da extremidade (porta de entrega) para os membros Linfadenites •Surge nas regiões: Inguinal, axilar e epitrocleana Linfedema Hidrocele Quilúria Elefantíase Linfangite e linfadenite Linfangiectasia e linforragiaLinfedema e esclerose da derme Hipertrofia da epiderme Aumento do volume do órgão ELEFANTÍASE 37 Filtração em membrana de policarbonato (pós tratamento) Método de Knott TESTE RÁPIDO – FILARIOSE (IMUNOCROMATOGRAFIA) Em virtude da periodicidade do parasita, tem sido utilizados os exames imunológicos. OUTROS DIAGNÓSTICOS Pesquisa de antígenos solúveis (ELISA); Pesquisa do DNA do parasita (PCR); Pesquisa de vermes adultos – Ultrassonografia. TRATAMENTO Citrato deietilcarbamazina (DEC) Associação da DEC + ivermectina ou albendazol É eficaz na redução de microfilaremia (dose única 200µg/Kg)
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