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Fisiologia - Homeostase
1. EXPLIQUE HOMEOSTASE E OS MECANISMOS ENVOLVIDOS EM SUA
MANUTENÇÃO.
· É o processo pelo qual o organismo mantém constantes as condições internas necessárias para a vida. Embora as condições externas estejam sujeitas a variações, os mecanismos homeostáticos garantem que os efeitos destas mudanças sejam mínimos para os organismos.
Os mecanismos são:
· Feedback positivo: aumenta o estímulo que gera desequilíbrio, em vez de reduzi-lo ou removê-lo, fazendo com que os valores estejam cada vez mais diferentes do padrão. Isso dá início a um ciclo vicioso de aumento contínuo da resposta, deixando o sistema temporariamente fora de controle, necessitando de alguma intervenção ou evento externo à alça para que a resposta seja interrompida. Eles ocorrem em menor quantidade no nosso corpo e nem sempre são benéficos. Ex: contrações uterinas no momento do parto.
· Feedback Negativo: É o mecanismo mais conhecido e está ligado diretamente à homeostase. Ele caracteriza- se por ser um mecanismo que reduz um certo estímulo, revertendo a direção da mudança. Ex: controle da pressão arterial
· Controle adaptativo: É quando sinais nervosos sensoriais informam o cérebro se o movimento é realizado corretamente. Esse sistema de controle é utilizado quando não há tempo suficiente para que os sinais neurais percorram as instâncias necessárias para a geração de um efeito, ou seja, a ação é anterior à resposta nervosa, que ocorrerá na ação seguinte quando for necessário. Ex: movimentos corporais rápidos
· Controle antecipatório: É um tipo de controle que permite que o corpo possa prever que uma mudança está prestes a acontecer e possa ativar uma alça de resposta antes da mudança. Ex: quando a pessoa começa a salivar ao ver uma comida.
2. DESCREVA COMO OCORRE O BALANÇO HIDROELETROLÍTICO CORPORAL E SUAS
APLICAÇÕES CLÍNICAS.
· A entrada de líquidos no corpo é muito variável e deve ser cuidadosamente combinada com a saída de água para evitar que o volume do líquido do corpo aumente ou diminua. Há maneiras de perda diária de água do corpo chamadas de perda insensível de água, pois não podem ser precisamente reguladas e conscientemente não a percebemos. Exemplos: perda constante de água por evaporação no trato respiratório e por difusão através da pele. Podemos também perder água através do suor, das fezes e pelos rins, através da urina.
Existem múltiplos mecanismos que controlam a intensidade da excreção urinária. O meio mais importante pelo qual o corpo mantém o balanço entre o ganho e a perda de água, bem como o balanço entre o ganho e a perda de eletrólitos, é pelo controle da intensidade com que os rins excretam essas substâncias.
Assim como o ganho da água que depende muito da ingestão, o ganho de eletrólitos também é bastante variável. Os rins deverão ajustar precisamente a intensidade da excreção de água e eletrólitos com a entrada dessas substâncias, bem como compensar a perda excessiva de líquidos e eletrólitos que ocorrem em determinadas doenças.
Em um homem adulto com peso médio de 70 quilos, a quantidade total de água fica em torno de 60% do seu peso corporal, algo em torno de 42 litros. Esse percentual pode mudar dependendo da idade (com o envelhecimento o percentual de água no corpo diminui gradualmente), sexo e porcentagem de gordura corporal.
O líquido corporal é dividido em LEC (líquido extracelular) e LIC (liquido intracelular). O LEC contém o líquido intersticial e o plasma. O plasma faz trocas de substâncias com o líquido intersticial através de poros das membranas. Além disso, existem no LEC íons sódio e cloreto em grande quantidade, por outro lado, no LIC os eletrólitos importantes são o potássio, magnésio e o fosfato. O sódio é importante na regulação do volume dos líquidos orgânicos, já que a concentração de sódio afeta a concentração do LEC. A composição do LEC é regulada pelos rins e a distribuição dos líquidos entre Lic e Lec é determinada pelo efeito osmótico, visto que as membranas celulares são permeáveis à água. 
Aplicações clínicas: Hipernatremia: Hipernatremia ([Na+ ] > 145 mEq/L) significa déficit de água pura e hiperosmolaridade. Os sintomas ocorrem com uma elevação de Na+ rápida ou acima de 160 mEq/L e incluem anorexia, fraqueza muscular, inquietação, náusea e vômitos, além de desidratação grave com, em casos mais sérios, alteração do estado mental, letargia ou irritabilidade e coma. A hipernatremia acontece quando a perda de água é proporcionalmente maior que a de Na+ (diabetes insipidus, diabetes mellitus, febre, insolação, hiperventilação); a reposição é insuficiente (o paciente não sentiu sede, não lhe deram água ou ele não conseguiu beber por náusea, vômito ou incapacidade física); e quando há ganho de sódio hipertônico (infusão de soluções hipertônicas, instilação intragástrica de alimentação hiperosmolar, diálise hipertônica). Este déficit de água deve ser reposto com água por via oral ou infusão de soro glicosado 5%. Cuidados devem ser tomados para evitar uma correção muito rápida (risco de edema cerebral).
Hiponatremia: A Hiponatremia compreende uma [Na+ ] < 135 mEq/L. O estado de hidratação e o sódio urinário são importantes para o correto diagnóstico. Hipovolemia significa déficit de sódio com excesso relativo de água, enquanto que uma eu- ou hipervolemia significa excesso absoluto de água. Pacientes com hiponatremia hipotônica podem apresentar: aumento do sódio total do organismo (distúrbios edematosos – hiponatremia hipervolêmica): insuficiência cardíaca, cirrose, síndrome nefrótica (e outras hipoalbuminemias) e insuficiência renal; diminuição do sódio total do organismo (hiponatremia hipovolêmica) por perdas extrarrenais de sódio por vômitos, diarreia, sudorese profusa e por perdas renais de sódio por uso de diuréticos e insuficiência renal crônica. Outro fator que pode ocasionar a hiponatremia é a deficiência de mineralocorticóides (doença de Addison); ou síndrome da secreção inadequada da vasopressina (ADH), sem edema ou hipovolemia (hiponatremia isovolêmica) por carcinomas (pulmonar, pancreático), doenças pulmonares (pneumonia, abscesso, tuberculose, ventilação com pressão positiva) e doenças do sistema nervoso central (meningite, encefalite, acidente vascular cerebral, tumor, abscesso, trauma). Os sintomas incluem náusea e vômitos, cefaléia, letargia, agitação, confusão, convulsões e coma. O tratamento deve sempre seguir a correção da patologia de base, enquanto que o tratamento específico da hiponatremia depende da classificação do paciente: para os edematosos, diurese com restrição hídrica; para os hipovolêmicos, soro fisiológico isotônico; e para os com síndrome da secreção inapropriada do ADH, apenas restrição hídrica pode ser suficiente. Quando os sintomas neurológicos forem sérios, a infusão de soro fisiológico hipertônico deve ser feita.
3. DISCORRA SOBRE O MECANISMO DE REGULAÇÃO DA TEMPERATURA E
GLICEMIA E SUAS COMPLICAÇÕES CLÍNICAS.
· O mecanismo de regulação da temperatura corporal é feita por meio do hipotálamo, através de sinais são enviados pelos termorreceptores. Assim, quando sinais de frio são enviados, o centro de calor do hipotálamo é ativado, enviando estímulos elétricos através dos nervos simpáticos que causam a vasoconstrição dos capilares da pele, reduzindo o fluxo de sangue superficial e diminuindo a transferência de calor. Além disso, a ereção dos músculos dos pelos cria uma camada de ar que gera isolamento térmico. Também ocorrem estímulos nervosos para a contração da musculatura, os chamados tremores, que auxiliam a gerar calor no corpo. A exposição prolongada ao frio pode levar a uma regulação hormonal controlada pelo hipotálamo, que induz a hipófise a secretar o hormônio tireoestimulante (TSH) fazendo com que a taxa metabólica aumente e mais calor seja produzido pelo corpo. Em uma situação de calor, o hipotálamo inibe o centro de produção de calor, levando a vasodilatação dos capilares superficiais da pele aumentando o fluxo sanguíneo e também as glândulas sudoríparas estimulam a sudorese. Algumas maneiras de produzircalor são metabolismo, atividade muscular e digestão de alimentos. Já algumas formas de perder calor são condução, evaporação e convecção.
Complicações clínicas: hipertermia e hipotermia.
Hipernatremia: É uma condição médica associada a perda da capacidade de controlar a temperatura corporal, resultando em um aumento descontrolado da temperatura do organismo, sendo o oposto da hipotermia. É esperado que um adulto saudável tenha uma temperatura corporal média em torno de 37ºC. Valores acima de 38ºC em pessoas saudáveis representam a hipertermia. Este aumento, considerado severo quando a temperatura do corpo ultrapassa 40ºC, desregula todo o organismo e afeta os sistemas corporais, podendo trazer consequências graves, como o óbito. O corpo humano é capaz de aumentar sua temperatura média para combater infecções, através do estado febril. Além disso, overdose de drogas ilícitas ou reações adversas a medicamentos também podem causar um aumento de temperatura. Contudo, nenhum destes exemplos é descrito como hipertermias, mas sim como problemas de regulação de calor induzidos por agentes químicos ou biológicos. 
Os grupos em maior risco de sofrer hipertermias são as crianças, idosos e pacientes hipertensos ou com problemas cardiovasculares. Neles, a perda da capacidade de reduzir o calor corporal pode ocorrer mais rapidamente, acelerando o quadro hipertérmico. O principal tratamento desta condição é o resfriamento artificial do corpo, seja através da saída de locais quentes ou pela ingestão de água gelada ou bebidas com eletrólitos. Outras medidas incluem a remoção de parte das roupas, deitar-se em local bem ventilado, tomar um banho frio ou utilizar bolsas de gelo ou panos molhados na testa, axilas e atrás dos joelhos. Caso os sintomas persistam mesmo após estas ações, deve-se buscar ajuda médica imediatamente. Nos hospitais, o tratamento de hipertermia geralmente envolve a administração de eletrólitos e fluidos frios intravenosos, além do monitoramento cardíaco por alguns dias. Pessoas que moram em locais quentes, tropicais e equatoriais no qual a umidade e o calor sejam frequentes devem evitar se exercitar e praticar esportes ao ar livre nos horários de maior calor do dia (entre as 11 da manhã e as 4 da tarde). Ondas extremas de calor tem sido cada vez mais comum, mesmo em outras estações do ano que não sejam o verão e em locais mais frios do planeta. Por isso, manter-se hidratado e em um lugar bem ventilado é essencial. Deve-se também cuidar de crianças, idosos ou pessoas enfermas, certificando-se de que estes não se exponham demasiadamente ao calor.
O estado de hipotermia é caracterizado quando a temperatura corporal está abaixo de 35 °C, isto é, quando a perda de calor corpórea é maior que a sua própria capacidade de gerar calor. → A hipotermia pode ser dividida em 3 fases:
1. Na primeira fase, a temperatura corporal sofre uma queda entre 1 e 2 graus Célsius, sendo capaz de causar arrepios, alterações na respiração (fica mais rápida) e dormência nas mãos. Ao entrar nessa fase, a pessoa já começa a apresentar dificuldades em realizar tarefas básicas cotidianas.
2. Na segunda fase, a redução de temperatura corpórea está entre 2 e 4 °C, intensificando os arrepios, dificultando os movimentos (ficam mais lentos) e deixando as extremidades do corpo (mãos, pés, nariz, orelhas) azulados. Nesse estágio, a pessoa ainda não apresenta perda de consciência, entretanto, é ela é suficiente para gerar certa confusão mental.
3. Na terceira e última fase, surgem sintomas de amnésia (perda de memória) e cessam os arrepios. A respiração e o pulso cardíaco caem consideravelmente, podendo levar a vítima a óbito devido à inatividade celular.
· O mecanismo de controle da glicose é controlado pelo fígado que exerce a homeostasia pelos processos de glicogênese e gliconeogênese. Através desses processos, o glicogênio do fígado torna-se glicose que é responsável pela produção de energia. A insulina aumenta o transporte de glicose para o interior das células, estimula a oxidação da glicose e a síntese de gordura, glicogênio e proteína. Além disso, a insulina exerce um efeito direto sobre o fígado ao suprimir a formação de glicose a partir do glicogênio (glicogenólise). Quando a concentração da glicose está muito elevada, a secreção aumentada de insulina faz com que a concentração de glicose sanguínea diminua em direção aos valores normais. Inversamente, a redução da glicose sanguínea estimula a secreção do glucagon. Existem alguns hormônios que atuam no fígado, dentre eles está a adrenalina da suprarrenal que estimula a degradação do glicogênio em glicose. O glucagon é o hormônio produzido pelas células alfa do pâncreas e liberado pelo estímulo da hipoglicemia. O cortisol atua na síntese aumentada de glicogênio a partir dos aminoácidos, elevando os níveis de glicemia. Os níveis normais de glicose no sangue são de até 99mg/dl pré-prandial (período que antecede a alimentação), e até 140 mg/dl pós-prandial (1 ou 2 horas após a alimentação).
Complicações clínicas: Níveis alterados desses valores podem sugerir crises hiperglicêmicas ou hipoglicêmicas. O diabetes melito é uma síndrome do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídios e proteínas, causada tanto pela ausência de secreção de insulina como pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina. Existem dois tipos gerais de diabetes melito: tipo 1 (ocasionado pela ausência de secreção de insulina) e tipo 2 (ocasionado pela resistência à insulina). O tipo 1 é conhecido também por ser autoimune, ocorre por volta dos 14 anos de idade e pode ser conhecido por diabete melito juvenil. A concentração da glicose sanguínea atinge níveis elevados devido à ausência de insulina e causa desidratação celular. Com isso, provoca perda de glicose na urina. Dessa forma, como a pessoa não utiliza a glicose como fonte de energia, ocorre o aumento da utilização e à diminuição do armazenamento das proteínas, assim como dos lipídios. Por conseguinte, a pessoa portadora de diabetes melito não tratado apresenta perda de peso rápida e astenia (ausência de energia), apesar de ingerir grande quantidade de alimentos. O tipo 2 é o mais comum na população e acontece pela resistência aos efeitos metabólicos da insulina. É conhecida como ‘’diabetes adulto’’ por atingir as pessoas depois dos 30 anos de idade e também como diabetes gestacional. O desenvolvimento da resistência à insulina e do metabolismo alterado da glicose é geralmente um processo gradual, começando com excesso de ganho de peso e obesidade. A principal consequência negativa da síndrome metabólica é a doença cardiovascular, incluindo aterosclerose e lesões em diversos órgãos do corpo. Além disso, ocorre alterações neurológicas e insuficiência renal.

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