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A ACP será moldada com base nos artigos 319 e 310 do CPC. A instrução da inicial pode fazer uso do artigo 8º da LACP. O pedido de tutela provisória também seguirá as disposições do CPC, bem como o previsto no artigo 12º da LACP. No processo individual a coisa julgada é da espécie PRO ET CONTRA com efeitos inter partes. No processo coletivo, são duas as espécies de coisa julgada: a) SECUNDUM EVENTUM PROBATIONIS. b) SECUNDUM EVENTUM LITS. Quanto à coisa julgada segundo o evento probatório, a doutrina afirma que ela está ligada aos direitos difusos e coletivos. Em resumo, se o motivo da improcedência for a insuficiência de provas, uma nova ação poderá ser proposta, inclusive pelo mesmo legitimado. Exemplo: se a ação for julgada improcedente por reconhecer a inexistência do dano, nova ação não poderá ser proposta. (1 caso) No entanto, se o fundamento da improcedência for a insuficiência de provas, a nova ação poderá ser proposta regularmente. (2 caso) A propositura de nova ação depende de prova nova, a qual não está ligada à fato superveniente, mas sim à prova que não foi oportunamente utilizada. Há discussão sobre a formação de coisa julgada material nessa espécie de coisa julgada. Parcela da doutrina sustenta que haverá a formação de coisa julgada tão somente formal. Já outra parcela da doutrina, fazendo um paralelo com as ações de alimentos, afirma que haverá coisa julgada material. Quanto ao efeito da coisa julgada “SECUNDUM EVENTUM PROBATIONIS” eles poderão ser “ERGA OMNIS” ou “ULTRA PARTES”. (direitos coletivos) A coisa julgada do processo coletivo também poderá ser “SECUNDUM EVENTUM LITS” quando envolver direitos individuais. Ver artigo 274 do CC. Essa espécie de coisa julgada independe do evento probatório, pois a ação poderá ser proposta pelo titular individual independentemente do fundamento da improcedência. Nos termo do artigo 104 do CDC, eventual titular de uma ação individual será avisado sobre a existência do processo coletivo (FAIR NOTICE). No prazo de 30 dias ele poderá optar por aguardar o provimento do referido processo, momento em que o seu processo será paralisado. Se a decisão for de improcedência no processo coletivo, o autor individual não será prejudicado pela decisão e poderá discutir novamente a questão como estava fazendo anteriormente. Entretanto, se a parte decidir que quer continuar com a sua ação individual, eventual procedência do processo coletivo não gerará qualquer benefício a ela. (RIGHT TO OPT OUT). Nos termos do artigo 94 do CDC, a parte que participar como litisconsorte na ação que discute direito individual homogêneo também será prejudicada com a improcedência. Ver artigo 16 da Lei da ACP. Por fim, há discussão sobre a incidência do artigo 16 da LACP no que toca à coisa julgada. Parcela significativa da doutrina critica o limite territorial imposto. Decisão do STJ indicou a necessidade de avaliação da extensão do dano (nacional, regional ou local). O artigo 103 do CDC também traz precisão sobre a coisa julgada. Inclusive, há posição do STJ no sentido de que o artigo 16 da LACP não prevalece diante dele quando o direito é individual homogêneo. Eventual extinção do processo no 1 caso deve ocorrer pela falta de interesse de agir. No 2 caso, o processo será extinto pela formação de coisa julgada material. Ver artigo 485 do CPC.
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