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Simulado Filosofia Jurídica

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Disc.: FILOSOFIA JURÍDICA   
	Aluno(a): JEANE 
	
	Acertos: 9,0 de 10,0
	20/04/2021
		1a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	Considere a seguinte afirmativa: "A filosofia utiliza primordialmente a razão". Essa sentença está CORRETA?
		
	
	Sim e não, porque em Filosofia a dúvida está presente e atrapalha tudo.
	
	Não, em primeiro lugar está a sensação, o dado empírico.
	
	Não, em primeiro lugar está a fé.
	 
	Sim, primordialmente é pela razão que a filosofia ergue suas considerações.
	
	Depende da situação concreta.
	Respondido em 20/04/2021 10:08:56
	
	Explicação:
Sim, primordialmente é pela razão que a filosofia ergue suas considerações.
	
		2a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	Em sua famosa obra - Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que a virtude é uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. Portanto com base no texto e no pensamento aristotélico, pode-se dizer que a virtude ética:
		
	
	d) pauta-se na escolha do que é mais satisfatório em razão de preferências pragmáticas.
	
	c) consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta.
	 
	a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta.
	
	e) baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais perfeitos.
	
	b) implica na escolha do que é conveniente no excesso e do que é prazeroso na falta.
	Respondido em 20/04/2021 10:19:37
	
	Explicação:
Justificativa: De acordo com a interpretação de Aristóteles, a virtude (aretê) é encontrada no meio termo (mesótês) entre ações opostas.
	
		3a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	Em Filosofia do Direito, Hegel afirma que a liberdade
		
	
	consiste na subordinação dos indivíduos ao poder da razão.
	
	consiste no reconhecimento racional pelos indivíduos do que representa o interesse universal do Estado
	 
	consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado).
	
	só é possível pela subordinação dos indivíduos ao poder do Estado.
	
	só é possível pela subordinação  do Estado.
	Respondido em 20/04/2021 10:15:33
	
	Explicação:
Consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado).
Se a razão - como diz Hegel - é a certeza consciente de ser toda a realidade¿ e a verdade reside apenas no todo, as partes se tornam racionais à medida que participam do todo de forma consciente. O Estado para Hegel é um todo ético organizado, isto é, o verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da subjetiva. É, como entende o referido autor, a substância ética por excelência, significando com isso que Estado e a constituição são os representantes da liberdade concreta, efetiva.
	
		4a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	Em sua teoria da norma jurídica, Noberto Bobbio distingue as sanções jurídicas das sanções morais e sociais. Segundo esta distinção, a sanção jurídica, diferentemente da sanção moral, é sempre uma resposta de grupo e, diferentemente da sanção social, a sanção jurídica é regulada em geral com as mesmas formas e através das mesmas fontes de produção das regras primárias. Para o autor, tal distinção oferece um critério para distinguir, por sua vez, as normas jurídicas das normas morais e das normas sociais. Considerando-se este critério, pode-se afirmar que são normas jurídicas àquelas cuja execução é garantida por uma sanção:
		
	
	A) interna e não institucionalizada.
	
	D) interna e informal.
	
	C) externa e não institucionalizada.
	 
	E) externa e institucionalizada.
	
	B) interna e institucionalizada.
	Respondido em 20/04/2021 10:47:42
	
	Explicação:
Justificativa: A sanção jurídica resolveria o problema entre autonomia presente na sanção moral (interna ao indivíduo, como culpa ou arrependimento, porém de baixíssima eficácia) e também das injustiças decorrentes da sanção social; mas por ser institucionalizada, podemos defini-la, sanção jurídica, como uma resposta externa e institucionalizada à violação da norma posta pelo Estado.
	
		5a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	Para Hobbes, o estado de natureza:
		
	
	implica a liberdade para cada um fazer o que bem lhe aprouver.
	
	é um estado de paz com guerra e paz ao mesmo tempo.
	 
	é idêntico ao estado de guerra. 
	
	é um estado de paz, de harmonia e de assistência mútua.
	
	faz homens livres e responsáveis pelas próprias ações.
	Respondido em 20/04/2021 10:21:58
	
	Explicação:
	é idêntico ao estado de guerra.
	
		6a
          Questão
	Acerto: 0,0  / 1,0
	
	Sobre a concepção de Justiça em Kant, é correto afirmar:
		
	
	C) Coincide com a vontade do legislador, a partir da qual são definidos os parâmetros racionais de gestão dos Estados.
	
	E) Configura-se com base em valores comuns partilhados tradicionalmente em cada ordenamento jurídico-político.
	
	B) Resulta da definição estatutária do direito sob a forma da lei estabelecida nos códigos jurídicos e é confirmada pelas ações dos Estados. 
	 
	D) Ampara-se em parâmetros racionais, a priori, que embasam o direito natural e que devem se converter em leis públicas de coerção.
	 
	A) É definida pelo direito positivo e nele encontra sua fonte, prescindindo de qualquer outro parâmetro de legitimidade.
	Respondido em 20/04/2021 10:50:54
	
	Explicação:
Justificativa: A filosofia de Kant conduzia à formulação de um conceito de justiça absoluta, devendo a pena encontrar sua justificação em si mesma, como justa retribuição. Não pode ser considerado o meio para qualquer outro fim, fundando-se num imperativo categórico. O mal da pena deve corresponder ao mal do delito.
	
		7a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	É uma característica fundamental da teoria da justiça de John Rawls, na interpretação de Roberto Gargarella:
		
	
	A concepção de um Estado que privilegie a meritocracia, eis que é necessário recompensar adequadamente o esforço individual que, se utilizado em todo seu potencial, terminará por favorecer toda a sociedade.
	 
	A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as expectativas dos membros menos favorecidos da sociedade.
	
	Minimização do papel do Estado junto à sociedade, cuja intervenção deve reservar-se a corrigir ilegalidades patentes.
	
	A eleição de um rol determinado e imutável de bens de vida que deve estar disponível a todos os membros da sociedade, em qualquer época.
	
	Utilitarismo, na forma da postura que considera um ato como correto quando maximiza a felicidade geral.
	Respondido em 20/04/2021 10:42:38
	
		8a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	Uma moral racional se posiciona criticamente em relação a todas as orientações da ação, sejam elas naturais, autoevidentes, institucionalizadas ou ancoradas em motivos através de padrões de socialização. No momento em que uma alternativa de ação e seu pano de fundo normativo são expostos ao olhar crítico dessa moral, entra em cena a problematização. A moral da razão é especializada em questões de justiça e aborda em princípio tudo à luz forte e restrita da universalidade.¿
(HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. v. I. Trad. Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. p. 149.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a moral em Habermas, é correto afirmar:
		
	
	A positivação da lei contida nos códigos, mesmo sem o consentimento da participação popular, garante a solução moral de conflitos de ação.
	
	A formação racional de normas de ação ocorre independentemente da efetivação de discursos e da autonomia pública.
	 
	O discurso moral se estende a todas as normas de ações passíveis de serem justificadas sob o ponto de vista da razão.Os parâmetros de justiça para a avaliação crítica de normas pautam-se no princípio do direito divino.
	
	A validade universal das normas pauta-se no conteúdo dos valores, costumes e tradições praticados no interior das comunidades locais.
	Respondido em 20/04/2021 10:43:46
	
	Explicação:
 
Para tentar uma ligação, a resolução dessa questão tem como base a ideia de ação comunicativa. A moral em Habermas tem orientações racionais.
	
		9a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	A questão da verdade é encarada pelos sofistas como:
		
	
	proveniente da divindade.
	
	expressão de poder absoluto.
	
	uma prioridade do espírito.
	 
	produção técnica da racionalidade.
	
	expressão absoluta do conhecimento.
	Respondido em 20/04/2021 10:33:23
	
	Explicação:
produção técnica da racionalidade.
	
		10a
          Questão
	Acerto: 1,0  / 1,0
	
	 
Sobre a interpretação das normas constitucionais, um dos temas que há vários anos permanece em discussão é o da diferença entre regras e princípios, indo desde a proposta de Ronald Dworkin em 1967, passando pela ponderação de valores proposta por Robert Alexy na década de 1980, e alcançando as práticas judiciais atuais no Brasil. Consoante aos autores NEY JR. e ABBOUD (2017),
	(...) de forma concomitante com o crescimento da importância da Constituição, a consolidação de sua força normativa e a criação da jurisdição constitucional especializada (após a 2ª Guerra Mundial), consagrou-se, principalmente, pela revalorização dos princípios constitucionais(...).
NERY JR, Nelson; ABBOUD, Georges Direito Constitucional Brasileiro, Curso Completo. São Paulo RJ, 2017, ´124.
 Diante disso, afirma-se que:
  
		
	
	a ponderação de valores não tem sido adotada pelo Poder Judiciário brasileiro.
	
	não há diferença entre regras e princípios.
	
	princípios são aplicáveis à maneira do "ou-tudo-ou-nada"
	
	o positivismo jurídico aceita a distinção entre regras e princípios.
	 
	o Supremo Tribunal Federal tem adotado a máxima da proporcionalidade, ainda que não rigorosamente, para a solução de colisão de princípios (por exemplo, voto do Ministro Luís Roberto Barroso no Habeas Corpus 126.292 de 17/02/2016).
	Respondido em 20/04/2021 10:25:00
	
	Explicação:
De acordo com o HC 126.292, "os princípios expressam valores a serem preservados ou fins públicos a serem realizados. Designam "estados ideais". Uma das particularidades dos princípios é justamente o fato de eles não se aplicarem com base no "tudo ou nada", constituindo antes "mandados de otimização", a serem realizados na medida das possibilidades fáticas e jurídicas. Como resultado, princípios podem ser aplicados com maior ou menor intensidade, sem que isso afete sua validade. Nos casos de colisão de princípios, será, então, necessário empregar a técnica da ponderação, tendo como fio condutor o princípio instrumental da proporcionalidade.

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