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Técnicas de Cultivo Celular BEATRIZ CÂMARA DE OLIVEIRA TURMA 115 ODONTO APLICAÇÕES DO CULTIVO CELULAR CULTIVO CELULAR Crescimento in vitro de órgãos, tecidos e células em condições controladas: temperatura definida (utilizando-se uma incubadora) e meio contendo nutrientes e fatores de crescimento Manutenção da organização estrutural nos tecidos sujeitos a variações experimentais no microambiente (ex: hormônios, drogas, Rx) Estudo da morfogênese, diferenciação e função de órgãos removidos cirurgicamente Comparação do crescimento e comportamento funcional de órgãos naturais e produzidos por engenharia tecidual CULTIVO DE ÓRGÃOS Tecido conjuntivo: fibroblastos, osteoblastos, mioblastos, etc. Tecido epitelial: ceratinócitos, células epiteliais pulmonares, células epiteliais renais, etc Células sanguíneas: linfócitos, neutrófilos, etc Células tumorais Células-tronco CULTIVO DE CÉLULAS Diferentes tipos celulares crescem em cultivo: 1881: Ringer desenvolveu uma solução salina com cloreto de sódio, potássio, cálcio e magnésio para manter os batimentos cardíacos de um coração isolado fora do corpo 1885: Roux manteve células de embriões de galinha vivas por vários dias, utilizando uma solução salina aquecida. 1907: Harrison cultivou porções de medula espinal de rã em um coágulo de linfa e observou a manutenção da viabilidade das células nervosas in vitro por várias semanas. Harrison é considerado por alguns o “pai do cultivo celular”. 1913: Carrel demonstrou que células podem crescer por longos períodos em cultura, desde que alimentadas regularmente e cultivas sob condições assépticas. ALGUNS DADOS HISTÓRICOS Com a remoção das células do ambiente in vivo se perde o contato com outros tipos celulares, hormônios, estruturas de suporte e diversas outras moléculas. É praticamente impossível recriar o ambiente in vivo. As condições artificiais podem levar a célula a assumir um padrão distinto de diferenciação. DESVANTAGENS CULTIVO CELULAR -Genótipo: a característica genética da célula -Fenótipo: a aparência e comportamento da célula como resultado do seu genótipo. OBS: mais frequentemente, os cientistas avaliam alterações fenotípicas nos estudos realizados com cultivo celular. Uso de animais em experimentos é reduzido As células de uma linhagem são homogêneas e têm necessidades de crescimento idênticas Modelos in vitro permitem o controle do ambiente extracelular Há a capacidade de monitorar vários elementos e secreções sem interferência de outras moléculas biológicas, como acontece in vivo VANTAGENS CULTIVO CELULAR uso do meio de cultivo quimicamente definido uso de antibióticos para inibir o crescimento de microorganismos uso de tripsina para remover células aderentes no subcultivo PRINCIPAIS AVANÇOS NA TECNOLOGIA DO CULTIVO CELULAR CLASSIFICAÇÃO DO CULTIVO CELULAR Obtidas diretamente do tecido animal, podendo ser de origem tumoral ou não Culturas de tecidos normais: Culturas Primárias: -diplóides -dependentes de suporte -número limitados de divisões Único tipo celular expandido Linhagens de vida limitada: Linhagens contínuas: Linhagem Celular: -diplóides -manutenção de características -crescimento constante -disponibilidade ilimitada -poucas características originais colagenase dispase Não faz digestão enzimática > sem “estresse” das enzimas Cultiva pequenas partes do tecido e espera o crescimento celular nas margens Mais demorado para conseguir as células COMO OBTER CÉLULAS DE UM FRAGMENTO TECIDUAL? Digestão Enzimática do Tecido: Explante Tecidual: potencial de diferenciação: comparável rendimento celular: comparável ou melhor tempo de duplicação: comparável ou melhor taxa de proliferação: comparável ou melhor morfologia imunogenicidade: comparável atividade imunossupressora: comparável expressão do marcador de superfície: comparável ou melhor Vantagens do Explante em Comparação com a Digestão Enzimática: Capela de fluxo laminar Incubadora: 37 °C, 5% de CO2 , 99% umidade Refrigerator, Freezer e Ultrafreezer (-80 ºC) Banho-maria (37 ºC) Microscópio invertido Centrífuga/microcentrífuga EQUIPAMENTOS BÁSICOS -meios líquidos mantidos a 4 °C, enzimas (ex: tripsina) e componentes do meio (ex: soro) a -20 °C São descartáveis Poliestireno tratado Esterilizados por radiação gama Podem ser adicionados proteínas adesivas (ex: poli-L-lisina) ou substratos específicos RECIPIENTES PARA CULTIVO CELULAR A escolha depende do tipo de célula Comumente usa-se DMEM, α-MEM, 199, RPMI, HAM-F12, etc. (MEM: Minimum Essential Medium) O meio deve ser suplementado com antibióticos (ex: penicilina, estreptomicina, etc) Armazenado a 4 °C Data de validade Estoque: líquido x pó MEIOS DE CULTIVO Microorganismos crescem ~10-50 vezes mais rápido do que células de mamíferos, as quais levam ~8-16 horas para se dividirem. Os MO são mais tolerantes a variações na temperatura, pH and estado nutricional do que as células. Células são mais vulneráveis à contaminação quando há falhas nas técnicas assépticas. Isto pode levar ao desenvolvimento de MO resistentes aos antibióticos. INIMIGOS DO CULTIVO Enzima utilizada para “soltar” as células da superfície da placa ou garrafa. A tripsina cliva as ligações peptídicas (LYS ou ARG) na fibronectina da matriz extracelular. EDTA como quelante para o Ca++ do meio, que inibiria a tripsina. SUBCULTIVO: TRIPSINA EDTA Atenção: o contato prolongado com a tripsina diminui a viabilidade celular Câmara de Neubauer CONTAGEM CELULAR CRIOPROTETORES CRIOPRESERVAÇÃO (CONSERVAÇÃO DAS CÉLULAS) Ex: propilenoglicol, glicerol, etilenoglicol, dimetilssulfóxido (DMSO)
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