Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Epidemiologia Epidemiologia Mecanismo de transmissão: disseminação da doença na população. A análise da distribuição (da transmissão) das doenças e de seus determinantes (sociais, biológicos, históricos etc.) nas produções no espaço e no tempo é um aspecto fundamental da epidemiologia. Esta análise na epidemiologia preocupa-se em verificar três questões primordiais: - Quem adoece? - Onde a doença ocorreu? - Quando a doença ocorreu? Uma determinada doença, em relação a uma população, que afetou ou que possa vir afetar, pode ser caracterizada como: Endêmico Epidêmico Esporádico/ surtos. Qual a magnitude da doença? Tem características preocupantes? Quantas pessoas foram afetadas? Epidemia e Endemia A existência de um grande número de pessoas suscetíveis aliada a condições determinada por movimentos migratórios (viagens), facilidade de transporte, concentração de indivíduos etc; pode determinar um processo epidêmico caracterizado por uma ampla distribuição espacial da doença, atingindo diversas nações ou continentes. Esse exemplo é denominado Pandemia forma global, em pelo menos uma localidade em cada continente. Pandemia é a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações. Pode ser tratada como uma série de epidemias localizadas em diferentes regiões e que ocorrem em vários países ao mesmo tempo. Surto Endemia Epidemia Pandemia Epidemia não apresenta obrigatoriamente um grande número de casos. Mas o excesso (acima do habitual) de casos quando comparada à frequência habitual de uma doença em uma localidade. O aparecimento de um caso autóctone há muitos anos livre de uma determinada doença representaria uma epidemia. É a elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, caracterizando de forma clara um excesso em relação à frequência esperada. Autóctone -> caso que surge a partir de um local, não existia, de repente apareceu um único caso naquela localidade. Ex: Wuhan, na China – coronavírus. Obs: cepas Alóctone -> caso importado de uma outra localidade. Ex: que vem de fora e surge no Brasil, passou a existir a partir de fora. Covid-19. Surto -> epidemia em um espaço limitado (escola, creche, quartel, condomínio, bairro). Não se deve utilizar esse termo quando a epidemia abrange agregações iguais ou maiores que um município. Ex: surto de diarreia entre participantes de uma festa de casamento. Casos autóctones caracterizam um surto. A epidemia pode ter um aumento gradual ou constante, representa uma alteração do nível endêmico. Aumento brusco do número de casos caracteriza um processo epidêmico assim como temporário (há retorno da incidência aos níveis endêmicos previamente observado). Endemia quando é observado casos existentes em uma determinada população em uma observação constante, ou a partir dos casos esperado. A observação dos casos esperados são classificados de endemia. Epidemia Aumento dos casos esperados em determinado tempo, uma endemia que vai além do esperado, em excesso. Epidemia – elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em determinado lugar e período de tempo, caracterizando de forma clara um excesso em relação à freqüência esperada. Surto – tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, etc.). É necessário verificar o comportamento da doença ao longo dos anos anteriores, definindo uma série histórica. Para poder interpretar o comportamento mensal de uma doença ao longo de um período de vários anos, é adequado obter-se a incidência média para cada mês do ano. Limite médio de casos -> esperado Para obter um parâmetro sobre qual a discrepância em relação à incidência média que deve ser considerada um “sinal amarelo” para o surgimento de uma epidemia, estima-se a Incidência Mínima Esperada e a Incidência Máxima Esperada: o intervalo entre estes dois valores é conhecido como limite endêmico ou faixa endêmica. Incidência Mínima Esperada = Incidência média – 1,96 desvio-padrão Incidência Máxima Esperada = incidência média + 1,96 desvio-padrão 1,96 pode ser consultado na tabela de distribuição normal A partir do cálculo teremos uma média do número de casos. Considera-se que há uma suspeita de epidemia quando o valor da incidência de uma determinada doença ultrapassa o limite endêmico superior ( também conhecido como “limiar epidêmico”). muito acima do esperado. Com base nas definições obtidas para os níveis endêmicos, pode-se conceituar endemia e epidemia. Endemia é uma doença cuja incidência se situa sempre dentro dos limites da faixa endêmica previamente determinada para a população correspondente. Epidemia é a situação em que a incidência de uma doença em uma população ultrapassa o limite endêmico superior (ou limiar epidêmico). Exemplo no Amazonas: Malária é endêmica. Só ocorre na região Norte (espaço/local). Sempre endêmica quanto ao local, independente do número de casos. Pode deixar de ser endêmica em um local específico que ultrapasse o limite esperado. A curva epidêmica é a representação gráfica geral de uma situação epidêmica. Nesta curva genérica existem alguns aspectos que merecem ser destacados: - PROGRESSÃO: primeira etapa descrita pelo ramo ascendente da curva epidêmica, termina quando o processo epidêmico atinge seu clímax. -> início ramo ascendente até a subida (clímax). - REGRESSÃO: é a última fase na evolução de uma epidemia. -> decai, desce - EGRESSÃO: inicia no surgimento dos primeiros casos e termina quando a incidência for nula ou quando o processo se estabilizar num dado patamar de endemicidade, caracterizando uma endemia. -> desde o primeiro caso até o último caso, não existe mais nenhum caso, erradicação. O que garante esses três momentos são as políticas públicas de saúde: prevenção e tratamento. Doença erradicada no Brasil: Rubéola
Compartilhar