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Atividade sobre os textos de Seguridade Social

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Serviço Social - 7º período
Seguridade Social - Docente: Rizete Costa
Discente: William J. Vieira
Texto 01: Capitalismo, crises e conjuntura (Virgínia Fontes).
1) A partir da leitura do artigo, destaque as principais características do capitalismo segundo a autora, que implica diretamente no processo de financeirização da Seguridade Social.
Para explicar o processo de financeirização da Seguridade, a autora busca em Marx os conceitos que explicam as determinações do capital e de que forma sua expansão se fortalece no sistema bancário. A concentração do que Marx chama de Pura Propriedade, é um dos principais elementos que caracterizam o avanço do capital sobre as formas bancárias e de crédito. Presentes nas formas de Capital Monetário ou Capital Portador de Juros, essa Pura Propriedade, que se refere a concentração da propriedade de capital na forma de dinheiro, corresponde a grandes quantidades de trabalho morto e se afasta do processo direto de extração de valor do capital.
Assim como Marx, a autora também analisa o que pensa Lenin sobre tais características e traz o debate sobre a separação entre a propriedade do capital e a gestão empresarial que é crescente, destacando a união pessoal dos bancos e das grandes empresas industriais e comerciais, que por sua vez representam os diversos setores do capital. Importante ainda trazer que, segundo a autora, a financeirização não deve ser considerada como uma potência do dinheiro, isolada dos processos de extração de valor, mesmo que a distância entre tais proprietários, a “pura” propriedade e a extração de valor seja crescente, estão intimamente ligadas.
2) O que a autora tenta traduzir com a frase "a liberdade é o uso do tempo para além da necessidade, quando as necessidades fundamentais estão supridas"?
Segundo a autora, numa sociedade capitalista é comum que as necessidades sejam sempre expandidas, sejam elas “do estomago ou da fantasia”, isto é, necessidades objetivas ou sociais. Deste modo, na busca por supri tais necessidades o individuo se se vê obrigado a abrir mão da sua liberdade, dedicando assim maior tempo de sua vida ao trabalho. Nesta relação de “tempo é dinheiro”, o tempo deixa de ser o andamento da vida para se tornar a medida social da produção do valor. E para o capital, quanto mais tempo e mais trabalhadores, mais será efetiva a extração de valor sobre o trabalho.
Texto 02: O desmonte do financiamento da seguridade social em contexto de ajuste fiscal. (Evilasio Salvador)
1) A partir da leitura do texto, disserte sobre o financiamento da Seguridade e os impactos nos direitos sociais.
Após ser garantida na constituição de 1988, a seguridade passou a contar com um orçamento próprio, advindo do fundo público, contribuições e impostos. Segundo o autor, o que vemos no Brasil desde a década de 1990 é a apropriação das contribuições sociais deste orçamento que têm sido determinantes para a política de pagamento dos juros da dívida. Ao mesmo tempo em que o OSS está inflado por despesas que são do orçamento fiscal. Apoiado sob o discurso de déficit previdenciário, o governo vem preparando terreno para uma reforma neste sistema, culpabilizando trabalhadores e beneficiários por tal déficit, ao mesmo tempo em que perdoa dívidas milionárias de bancos e grandes empresas.
Das quatro funções do Fundo Público destacadas pelo autor, é importante ressaltar a 2º; “a garantia de um conjunto de políticas sociais que asseguram direitos e permitem também a inserção das pessoas no mercado de consumo, independentemente da inserção no mercado de trabalho”. Esta função é sem dúvidas a mais afetada ajuste fiscal. Em contraponto, é de interesse do capital também um mercado de consumo, assim, as diversas faces do trabalho precário se dão em função das necessidades a serem supridas.
Texto 03: Crise do capital e desmonte da Seguridade Social: desafios impostos ao Serviço Social. (CASTILHO; LEMOS; GOMES)
1° Quais os principias desafios postos para o(a) Assistente Social no processo de desmonte da seguridade social a partir dos elementos apresentados pelas autoras.
As autoras fazem no início do texto um resgate histórico de como vem se dando as disputas nos setores econômicos e políticos, mostrando globalmente como o neoliberalismo avançou sobre os países, e aqui no Brasil os movimentos que chegara a avanços significativos nas áreas sociais, mas sem se desligar do modelo neoliberal. Ao longo do texto as autoras discutem como isso influência diretamente no campo da seguridade, e destacam o papel do assistente social na defesa dos direitos sociais. Com uma consciência de pertencimento da classe trabalhadora, a autora afirma que a agenda política da categoria tem expressado ao longo desses anos o compromisso ético-político com as lutas da classe trabalhadora, revelando a direção social assumida pelo Serviço Social e a defesa de um novo projeto societário.
No campo da seguridade, algumas ações mais recentes nos dão uma dimensão de como vem se dando o trabalho do assistente social nessa área. Na saúde, o objetivo é a defesa do Sistema Único de Saúde — SUS com base nos princípios da reforma sanitária e fazer o enfrentamento ao seu desmonte foi criada a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. Sendo instância de representação e militância na área, como trabalhadores(as) da saúde, tem sido um espaço que mobiliza a participação de assistentes sociais no país, construindo unidade política e ação estratégica. Na política de Assistência Social, os últimos anos foram marcados pelo aumento da profissionalização nesta área, ampliando-se o mercado de trabalho através de concursos públicos sobretudo no âmbito municipal, com a implementação do Sistema Único de Assistência Social — SUAS através das unidades estatais: os Centros de Referência Especializada de Assistência Social — CRAS e os Centros de Referência Especializada de Assistência Social — CREAS
Texto 4: O Ornitorrinco (Francisco de Oliveira).
1) Apresente as principais categorias trazidas na discussão do texto que tenha uma relação direta com o processo de reordenamento da Seguridade Social do Brasil.
Podemos destacar como uma dessas categorias a acumulação de capital industrial, como foi discutido no texto da Virginia Fontes sobre Capitalismo, Crises e Conjuntura. A forma como tal acumulação está intrinsecamente ligada ao surgimento do sistema bancário mais moderno no Brasil, que teve em Minas um de seus principais pontos de emergência por conta da agricultura, tal sistema bancário mostrava essa relação entre as formas de subsistência e o setor mais avançado do capital. É na busca pela expansão do lucro e acumulação que o capital sempre busca novas formas e exploração e intensificação das já existentes. Entretanto, o capital sempre buscou tencionar também o setor público como forma de expandir sua concentração de propriedades, a privatizações dos serviços é a forma mais direta de alcançar tal objetivo.
Outra discussão importante feita pelo autor que podemos relacionar diretamente com o reordenamento da Seguridade é o Exército Industrial de Reserva nas cidades, ocupado em atividades informais, que para a alguns teóricos era apenas consumidor de excedente, e para Oliveira fazia parte também dos expedientes de rebaixamento do custo de reprodução da força de trabalho urbana. O grande número de desempregados que veem na informalidade uma oportunidade tem se tornado cada vez maior, juntamente a isso os casos de adoecimento do trabalhador, vistas as condições de trabalho a que são impostos. Tudo tende a ser agravado por não fazer parte de um sistema de proteção amplo e de qualidade, abarcando a saúde, previdência e assistência, elementos esses que estão em risco com o reordenamento da Seguridade social feita de forma a favorecer o grande capital.

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