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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU CURSO DE ENFERMAGEM MATUTINO THAIS SOUZA DE OLIVEIRA ESTUDO DIRIGIDO – N2 PRATICAS DE ENFERMAGEM IV SÃO PAULO 2021 THAIS SOUZA DE OLIVEIRA – RA: 2565550 ESTUDO DIRIGIDO – N2 PRATICAS DE ENFERMAGEM IV Estudo dirigido (N2) apresentada para avaliação de rendimento escolar da disciplina de Práticas de Enfermagem IV, do curso de enfermagem da FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas, ministrada pela Profª Janaina Paulini. SÃO PAULO 2021 ESTUDO DIRIGIDO – N2/2021 PRATICAS DE ENFERMAGEM IV 1. Quais são os tipos de doadores de sangue? Defina cada um deles. Resposta: Tipos de doadores: • Doadores espontâneos Definição: Doação realizada sem vínculo a um paciente. • Doadores de reposição Definição: Realizada para repor o estoque do banco de sangue em virtude do uso por algum paciente internado em um hospital atendido pelo Hemocentro. • Doadores autólogos Definição: Doação em que a pessoa doa sangue para ela mesma. 2. Indique 04 requisitos básicos para realizar a doação de sangue. Resposta: • Estar em boas condições de saúde. • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (+ formulário de autorização). • Pesar no mínimo 50kg. • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas). • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação). • Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Carteira Nacional de Habilitação e RNE-Registro Nacional de Estrangeiro). 3. Indique 04 impedimentos temporários e 04 definitivos para se realizar a doação. Resposta: Temporários: • Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas. • Gravidez. (90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana.) • Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses). • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação. • Tatuagem/Acupuntura/maquiagem definitiva - nos últimos 12 meses. • Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses. Definitivos: • Tem ou teve um teste positivo para HIV. • Teve hepatite após os 10 anos de idade. • Já teve malária ou tem doença de chagas. • Teve algum tipo de câncer, incluindo leucemia. • Tem graves problemas no pulmão, coração, rins ou fígado. • Tem alteração de coagulabilidade • É diabético com complicações vasculares ou em uso de insulina. • Teve tuberculose extrapulmonar, elefantíase, hanseníase, entre outras • Foi submetido a transplante de órgãos ou de medula. 4. Defina sangue total. Explique a diferença entre hemoderivados e hemocomponentes. Resposta: Sangue total é o sangue que sai da veia do doador e vai direito para bolsa sem ser filtrado (vai para bolsa com todos os componentes, com anticorpos, plaquetas, soro, plasma, eletrólitos). Hemocomponentes: São produtos obtidos a partir do Sangue Total por meio de Processos Físicos (centrifugação ou sedimentação e congelamento). Hemoderivados: São as proteínas do sangue separadas industrialmente por processos físicos ou químicos. 5. Quais são os tipos de hemocomponentes? Resposta: Concentrado de Hemácias, Concentrado de Plaquetas, Sangue Total, Plasma Fresco Congelado, Criopreciptado e Plasma comum. 6. Quais as indicações para transfusão de cada hemocomponente? Resposta: • Concentrado de Hemácias: Anemia sintomática quando o tratamento específico será demorado. • Concentrado de Plaquetas: Paciente que não está coagulando. Prevenir sangramento, disfunção plaquetária em insuficiência, na vigência de hemorragia com trombocitopenia. • Sangue Total: Reposição de capacidade de carregar O2, volume fatores de coagulação e proteínas coloidais. • Plasma Fresco Congelado: Deficiência de fatores de coagulação, sangramento ativo ou antes de procedimentos invasivos. • Criopreciptado: É a fração do plasma insolúvel em frio, obtida através do plasma fresco congelado • Plasma comum: Hipofibrinogenemia (<100mg/dl): sangramento ativo ou antes de procedimentos invasivos. 7. Quais os tipos de hemoderivados? Resposta: Albumina, Imunoglobulinas, Concentrados de fatores de coagulação (fator VIII, IX, etc.), 8. Quais as indicações para transfusão de cada hemoderivado? Resposta: • Albumina: (metabolizada pelo fígado): reposição volêmica, hipotensão pós paracentese, nefropatia, queimaduras com hipoproteinemia. • Globulinas: dar suporte para anticorpos no sangue. • Fatores de coagulação: É utilizado na prevenção e tratamento de sangramentos em pacientes portadores de hemofilia A. É utilizado para sangramentos de paciente com deficiência de fator IX de da coagulação ou prevenção de sangramento em caso de necessidade de realização de procedimentos invasivos nestes pacientes. 9. Quais são os testes realizados nas amostras de sangue, por determinação da ANVISA? Resposta: Hepatite B e C, Sífilis, HIV, Doença de Chagas, Malária (em áreas endêmicas), Sistema ABO / Rh. 10. Indique os cuidados de Enfermagem na hemotransfusão. Resposta: Dupla conferência da pulseira com a etiqueta da amostra, assinar nome, data e hora de quem coletou, é coletado a beira leito, um paciente de cada vez, após coletada a amostra deve se encaminhar a direto para o banco de sangue. Checar prescrição médica, checar exames do paciente, aferir sinais vitais, ligar para o banco de sangue e pedir o tipo de hemocomponente desejado. Ao chegar à bolsa de sangue, deve-se conferir o número da bolsa. Conferir a tipagem sanguínea, identificação do paciente (se está tudo de acordo), conferir se o termo de consentimento está assinado, verificar mais uma vez os sinais vitais, puncionar o acesso único para correr o sangue e instalar o sangue. Acompanhar a beira leito os primeiros 10 minutos, verificar os sinais vitais, se o paciente não tiver nenhum tipo de reação, eu posso aumentar a velocidade da infusão (a bolsa corre no mínimo em 2 horas e no máximo em 4 horas), a verificação de SSVV deve ser feita a cada 30 minutos durante a infusão da bolsa. No término da bolsa, deve ser feita a anotação de volume recebido, se o paciente teve ou não reação e observação dos sinais e sintomas desse paciente por pelo ou menos uma hora depois da transfusão. 11. Quais os tipos de reação transfusional, explique-os. Resposta: • Imediata: Que acontece nas primeiras 24 horas após a transfusão. • Tardia: Que acontece depois das 24 horas da transfusão • Imune: Mediada pelo sistema imunológico do doente • Não Imune: Reação que o paciente teve devido ao volume, devido ao esfriamento da temperatura por ter colocado muito cálcio ou muito potássio. 12. O que fazer diante da suspeita de uma reação transfusional? Resposta: Parar a transfusão e manter acesso venoso com SF (Na Cl 0,9%); Chamar o médico responsável pelo doente e seguir as instruções do mesmo; Informar o ocorrido ao banco de sangue; Verificar os sinais vitais cada 15 min (até estabilizar o doente); Verificar de novo todos os registos identificativos (pedido, unidade e doente); Enviar ficha de RAT (devidamente preenchida) para o banco de sangue, acompanhada de amostra de sangue (tubo com EDTA e tubo seco) do doente (colhida após a RAT em acesso diferente daquele onde correu a transfusão) e a bolsa do componente (com o que dele sobrar, cuidado com contaminação) 13. Quem são os doadores de órgãos e quais órgãos eles podem doar? Resposta: Doadores vivos: Em vida pode ser um dos rins, parte do pulmão, parte do fígado, medula óssea. Doadores não vivos (constatação de morte encefálica):Doadores não vivos podem os rins, pulmões, coração, válvulas cardíacas, fígado, pâncreas, intestino, córneas, ossos, cartilagem, tendões, veias e pele. 14. Explique o que é a morte encefálica Resposta: Morte encefálica significa a morte da pessoa. É uma lesão irrecuperável e irreversível do cérebro após traumatismo craniano grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral. É a interrupção definitiva de todas as atividades cerebrais. Não se deve confundir com coma 15. Quais as diferenças entre morte encefálica e estado de coma? Resposta: • O estado de coma é um processo reversível, o paciente em coma está vivo. • A morte encefálica é irreversível. O paciente em morte encefálica não está mais vivo. 16. Quem realiza os testes de confirmação de morte encefálica, explique como funciona para definir a ME. Resposta: Para confirmação do diagnóstico da morte encefálica são necessárias três avaliações, realizadas por médicos diferentes. As duas avaliações clínicas são realizadas por dois médicos capacitados, estes médicos não devem fazer parte de uma equipe transplantadora. O exame complementar, é realizado por um terceiro médico, entre a 1.ª e 2.ª prova clínica ou como 3.ª prova. (os médicos não conversam entre si, não trocam informações durante o procedimento e não podem ter interesse em transplantes). 17. Explique quais as avaliações são realizadas durante o teste clínico de morte encefálica Resposta: • Escala de Coma e o Glasgow deve estar em 3 • Reflexo córneo palpebral • Opo encefálico • Reflexo do ouvido - injetar soro gelado no ouvido, se ele tiver reflexo ele vai mexer o olho para o lado do ouvido testado • Reflexo do oro faringe (reflexo de tosse) - Aspirando • Teste da apneia - desconectar o doente do ventilador e observar por 10 minutos se ele tem expansibilidade de tórax. • Colher gasometria antes e depois do exame. • Eletroencefalograma (EEG) • Arteriografia e doppler trans craniano 18. Explique como está organizada a fila de espera para recepção de órgãos. Resposta: A lista é única, organizada por estado ou por região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e por órgãos de controle federais. Isso impossibilita que uma pessoa conste em mais de uma lista e permite que a ordem legal seja obedecida. 19. Explique o que é a OPO e como funciona o processo de captação de órgãos Resposta: Organização de Procura de Órgão (OPO), a organização e procura de órgãos, notificação de doador para a CNCDO, providenciar a distribuição, agendamento cirúrgico, a transferência do doador são de responsabilidade da OPO. A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (Central de Transplantes) é notificada e repassa a informação para uma Organização de Procura de Órgão (OPO) da região. A OPO se dirige ao hospital e examina o doador, revendo a história clínica, os antecedentes médicos e os exames laboratoriais. A retirada de órgãos e tecidos para transplante é realizada pelas equipes de transplantes determinadas pela CNCDO, entrega do corpo condigno a família, atestado de óbito/IML. 20. Cite e explique os cuidados de enfermagem na manutenção do possível doador de órgãos Resposta: Reposição de volume; Infusão de drogas vasoativas; Oxigenação adequada; Manutenção do equilíbrio ácido-base; Manutenção da temperatura (>35°C); prevenir ou tratar infecções. 21. Cite os principais erros relacionados a administração de medicamentos e como evitá-los Resposta: Paciente errado, remédio errado, dose errada, via errada, horário errado. Evita-se fazendo dupla checagem, preparando medicação com atenção, tendo a prescrição médica em mãos, ter conhecimento teórico e prático. 22. Qual a definição de medicação de alta vigilância e quais as principais classes de medicamentos que recebem essa denominação Resposta: Medicamentos de Alta Vigilância são medicamentos que possuem um risco maior de causar dano significante ao paciente, quando utilizados erroneamente. Principais classes de medicamentos de alta vigilância: Eletrólitos de alta concentração, heparina, sedativos, insulina, anticoagulantes via oral, anestésico, bloqueadores neuromusculares. 23. Quais são as estratégias para minimizar erro com medicamentos de Alta Vigilância? Resposta: • Padronização: padronizar o menor número possível de variações de concentração. • Armazenamento: se medicamentos sound‐alike e/ou look‐alike armazenar em locais distantes. Ex: as insulinas. Armazenamento: não devem estar disponíveis nas unidades, ou em local com acesso controlado (ex: gaveta com chave). • Prescrição: utilizar protocolos que dirigem a prescrição do medicamento. • Manipulação pela farmácia: prever soluções padronizadas, que estão disponíveis (já preparadas) para uso • Distribuição: os medicamentos devem ser dispensados manipulados pela farmácia, com identificação diferenciada. • Administração: dupla checagem no momento do preparo e administração do medicamento. • Monitoramento: acompanhamento de resultado de exames laboratoriais, controles de sinais vitais, entre outros.
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