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Assistência perinatal

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TUTORIA -1 UC 7   
Karolina Machado - P3 2020.2 
 
Tema: Assistência perinatal 
fonte: Seção 16 (Tratado de pediatria, vol.2) - Cap.1,2,6,10,13 
http://saudeemacao.saude.sp.gov.br/crianca/avaliacao-da-idade-gestacional/ 
https://labtestsonline.org.br/tests/torch 
https://www.sanarmed.com/escore-de-apgar 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html 
https://www.prematuridade.com/index.php/interna-post/metodo-canguru-6012#:~:text=Nasci
a%20ent%C3%A3o%20o%20%E2%80%9CM%C3%A9todo%20Canguru,cuidado%20ao%2
0seu%20rec%C3%A9m%2Dnascido. 
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26357/2/juliana_goes_iff_mest_2017.pdf 
http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/assistencia_de_enfermagem_ao_
rn_na_sala_de_parto.pdf 
 
Termos desconhecidos: 
1. CPAP ​(pressão positiva contínua das vias aéreas) e Bipap (ventilação por pressão 
positiva). 
A CPAP nasal é uma terapia não invasiva administrada em RN com desconforto 
respiratório. É indicado para RN pré termo < 30 semanas e qualquer RN com desconforto 
respiratório. Tem a finalidade de inflar os pulmões do recém-nascido e, com isso, levar à 
dilatação da vasculatura pulmonar e à hematose apropriada. Evitando-se ventilações 
invasivas como a intubação, danos nas vias aéreas superiores e complicações e 
traumatismos devido à intubação. 
A ventilação não-invasiva com pressão positiva (VNIPP) consiste em método de 
assistência ventilatória em que uma pressão positiva é aplicada à via aérea do paciente 
através de máscaras ou outras interfaces sem a utilização da intubação traqueal. 
 
2. UCIN ​= Unidade de cuidado intermediário neonatal 
 
Hipóteses: 
1.Todo o PIG é um RCIUR e todo RCIUR é um PIG. ​(Fazer uma associação entre a IG e o 
parâmetro analisado). 
Os termos “crescimento fetal restrito” e “pequeno para a idade gestacional - PIG”, 
embora relacionados, não têm o mesmo significado. Enquanto o primeiro diz respeito a uma 
redução ocorrida para um crescimento esperado para a idade gestacional em questão, as 
crianças PIG são aquelas cujo peso está abaixo do percentil 10 da curva de crescimento 
intrauterino para uma referida população, podendo incluir parte dessa população (10%), 
cujo crescimento foi adequado no transcorrer da gravidez. 
 
2.O Capurro e o Ballard são para identificar idade gestacional. 
São classificações, de acordo com determinados parâmetros físicos, que 
determinam a IG, ou seja, quantas semanas têm o RN. 
http://saudeemacao.saude.sp.gov.br/crianca/avaliacao-da-idade-gestacional/
https://labtestsonline.org.br/tests/torch
https://www.sanarmed.com/escore-de-apgar
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html
https://www.prematuridade.com/index.php/interna-post/metodo-canguru-6012#:~:text=Nascia%20ent%C3%A3o%20o%20%E2%80%9CM%C3%A9todo%20Canguru,cuidado%20ao%20seu%20rec%C3%A9m%2Dnascido.
https://www.prematuridade.com/index.php/interna-post/metodo-canguru-6012#:~:text=Nascia%20ent%C3%A3o%20o%20%E2%80%9CM%C3%A9todo%20Canguru,cuidado%20ao%20seu%20rec%C3%A9m%2Dnascido.
https://www.prematuridade.com/index.php/interna-post/metodo-canguru-6012#:~:text=Nascia%20ent%C3%A3o%20o%20%E2%80%9CM%C3%A9todo%20Canguru,cuidado%20ao%20seu%20rec%C3%A9m%2Dnascido.
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26357/2/juliana_goes_iff_mest_2017.pdf
http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/assistencia_de_enfermagem_ao_rn_na_sala_de_parto.pdf
http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/assistencia_de_enfermagem_ao_rn_na_sala_de_parto.pdf
 
3.O Lubchenco é usado para identificar PIG, GIG e AIG. 
 
4.Hepatomegalia e eritema palmar e plantar são patognomônicos para Sífilis​. 
 
5.Frequência cardíaca é um dos parâmetros avaliados no APGAR. 
 
6.STORCH = Sífilis; Toxoplasmose; Rubéola; Citomegalovírus e Herpes simplex. 
 
7.FTA–ABS (Teste de anticorpos treponêmicos fluorescentes com absorção) usado para 
identificar sífilis. 
Utilizam lisados completos de ​T.pallidum ou antígenos treponêmicos recombinantes 
e ​detectam anticorpos específicos (geralmente IgM e IgG) contra componentes celulares 
dos treponemas​. Os testes treponêmicos são os primeiros a positivar após a infecção, 
sendo comum na sífilis primária resultado reagente em um teste treponêmico (O FTA-Abs 
pode tornar-se reativo aproximadamente três semanas após a infecção) e não reagente em 
um teste não treponêmico.​ Teste específico e pouco sensível​. 
É considerado um teste com boa especificidade, pois nele ocorre a absorção ou 
bloqueio de anticorpos não específicos que eventualmente estão presentes no soro, pela 
utilização de treponemas saprófitos (treponema de Reiter). Ao microscópio visualizam-se os 
treponemas de cor verde maçã brilhante quando ocorre a reação. 
 
Objetivos: 
1.Conhecer as classificações quanto a idade gestacional e os parâmetros a serem 
analisados. 
A terminologia recém‑nascido (RN) ​pré‑termo​, antes denominado prematuro, é 
utilizada para todo ​RN com menos de 37 semanas ​de idade gestacional ao nascer e não 
leva em consideração o peso de nascimento. Portanto, é uma classificação que envolve 
apenas o tempo de gestação, independentemente da maneira como foi avaliada, seja por 
amenorreia, ultrassonografia ou exame físico após o nascimento. Os ​RN a termo 
compreendemos nascidos entre ​37 a 41 semanas e 6 dias e os ​RN pós-termo ​são os 
nascidos com ​mais de 42 semanas​. 
Dois grupos de RN pré‑termo apresentam denominação específica: os chamados 
pré‑termo tardios, aqueles com idade gestacional entre 34 semanas e 36 semanas e 6 
dias, ​e os​ pré‑termo extremos, com idade gestacional menor do que 28 semanas. 
 
CÁLCULO DE IG!!!!! 
 
Os RN pré‑termo, além da classificação relacionada à idade gestacional, podem ser 
classificados de acordo com o peso em baixo peso quando o peso < 2.500 g; muito baixo 
peso ao nascer para aqueles com peso < 1.500 g e extremo baixo peso para os que 
nascem com peso < 1.000 g. 
Quando se relaciona a idade gestacional com o peso ao nascer, podem‑se 
classificar os ​pré‑termo em ​adequados para a idade gestacional (AIG), quando o peso 
se encontra entre os percentis 10 e 90 das curvas de crescimento intrauterino; pequenos 
para a idade gestacional (PIG​), quando o peso está abaixo do percentil 10 para a referida 
idade gestacional, e ​grandes para a idade gestacional (GIG) ​o peso está acima do 
percentil 90 para a idade gestacional. 
 
Jennifer (peso 1380 g, comprimento 44 cm, perímetro cefálico 30 cm): 
32 semanas → Pré-termo tardio 
Peso → 1380g/32 semanas → Abaixo do P10 → PIG 
 
 
2.Identificar quais são os fatores que predispõem ao trabalho de parto precoce. 
Vários fatores têm sido associados ao nascimento de RN pré‑termo e com 
crescimento fetal restrito. Entre eles, destacam‑se: baixa condição socioeconômica, 
ausência de pré‑natal, gestante menor de 16 anos, uso de drogas lícitas e ilícitas, infecções 
perinatais, doenças maternas não infecciosas (agudas e crônicas), intervalo intergestacional 
curto, multiparidade e gestação múltipla. 
 
 
 
 
 
 
3.Entender o Capurro; o Ballard e o gráfico de Lubchenco, se estão de acordo com a 
idade gestacional e como aplicá-los. 
 
● Capurro somático: 
- RN com peso > 1,5kg 
 
 
● Capurro somático neurológico: 
- Pontuação + 200/7 = IG 
- Adiciona sinal do cachecol e posição da cabeça ao levantar o RN; 
 
● Ballard: 
- Método de avaliação da idade gestacional do RN através da análise de ​seis 
parâmetros neurológicos e físicos​.A cada um dos parâmetros se atribui uma 
pontuação e a somatória determinará a estimativa da idade gestacional ​até 20 
semanas​; 
- Pode ter sido realizado ​até 96 horas de vida​ e em RN doentes; 
- Tem uma correlação com a idade calculada pela amenorréia de 0,97; 
- É indicado para todos os RN na UTI​, na primeira avaliação clínica; 
- RN com menos de 1,5kg 
 
Jennifer com 34 semanas → PIG → P abaixo de P10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Gráfico de Lubchenco: 
 
 
4.Explicar o quadro clínico da sífilis congênita os sinais e sintomas, os achados 
clínicos, laboratoriais e exames para detecção. 
 
● Sífilis congênita: 
A sífilis congênita ​é adquirida por meio da disseminação do ​Treponema pallidum 
da mãe para o feto, principalmente por via transplacentária. O leite materno não transmite 
sífilis. O treponema provoca um processo inflamatório, comprometendo todos os órgãos do 
RN, com lesões viscerais, ósseas, pele e mucosas, e SNC. A taxa de transmissão de 
gestantes não tratadas para o feto é de 10% e pode ocorrer em qualquer período da 
gestação. 
 
Quadro clínico da sífilis congênita precoce ​(ocorre em menores de 2 anos)​: ​Além da 
prematuridade e do baixo peso ao nascimento​, as principais manifestações clínicas são 
hepatomegalia ​com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas (pênfigo palmoplantar, 
condiloma plano), periostite, osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros 
inferiores (pseudoparalisia de Parrot), sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, rinite 
serossanguinolenta, icterícia, anemia e linfadenopatia generalizada. 
 
Pesquisa direta → Pesquisa do ​Treponema pallidum​, em campo escuro, em material 
coletado de lesão cutâneo-mucosa e de mucosa. 
 
- Testes NÃO TREPONÊMICOS → VDRL (Laboratório de pesquisa de doenças 
venéreas): 
É um exame feito com amostra de sangue utilizado na detecção de pacientes com 
suspeita de sífilis, faz parte da bateria de exames recomendados no pré-natal, já que a 
sífilis se comporta como uma doença congênita. O teste identifica ​anticorpos não 
específicos (​exame não treponêmico​) que o organismo produz ​para o antígeno da 
bactéria ​Treponema pallidum​, causadora da doença - logo, só apresentam esses 
anticorpos no organismo aquelas pessoas que já entraram em contato a bactéria. O 
resultado do exame é expresso na forma de IgM e/ou IgG. É um ​exame de triagem do tipo 
quantitativo​, ​altamente sensível ​e pouco específico. 
 
- Testes TREPONÊMICOS → FTA-Abs 
São testes qualitativos para detecção de ​anticorpos antitreponêmicos, altamente 
específicos e pouco sensíveis, úteis para ​confirmação do diagnóstico. No 
recém-nascido, o teste treponêmico IgM confirma o diagnóstico, mas tem baixa 
sensibilidade (FTA-Abs tem 64% sensibilidade). 
 
Possibilidades​ de resultados: 
- VDRL positivo e FTA-ABS positivo confirmam o diagnóstico de sífilis. 
- VDRL positivo e FTA-ABS negativo indicam outra doença que não sífilis. 
- VDRL negativo e FTA-ABS positivo indicam sífilis em fase bem inicial ou sífilis já 
curada ou sífilis terciária. 
- VDRL negativo e FTA-ABS negativo descartam o diagnóstico de sífilis. 
 
Tratamento de Lues: 
Para a mãe: A droga de escolha é a penicilina G-benzatina, 2.400.000 UI, IM, 
semanalmente, por 3 semanas seguidas, com tratamento também do parceiro. 
Para o neonato: ​A penicilina cristalina e a procaína têm sido as drogas de escolha; a 
penicilina benzatina tem pouca penetração liquórica. 
Nos recém-nascidos de ​mães com sífilis inadequadamente tratada → Se o ​RN 
apresentar ​VDRL positivo (qualquer titulação) e/ou existirem alterações clínicas e/ou 
radiológicas e/ ou hematológicas, mas sem comprometimento neurológico, tratar com 
penicilina cristalina, por via endovenosa (EV) por 10 dias, na dose de 50.000 UI/kg/dose a 
cada 12 horas na primeira semana de vida e a cada 8 horas após a primeira semana ou 
com penicilina procaína 50.000 UI/kg/dose a cada 24 horas, por via IM por 10 dias; 
 
Não há necessidade de isolar os recém-nascidos portadores de sífilis congênita. 
Passadas as primeiras 24 horas após o início da antibioticoterapia, o risco de transmissão 
da doença é mínimo. A negativação do VDRL ocorre após 12 a 15 meses do tratamento. 
Nenhum recém-nascido deve ter alta hospitalar até que a sorologia materna seja conhecida. 
A sífilis congênita tornou-se uma doença de ​notificação compulsória​. 
 
Jennifer obteve VDRL positivo e a mãe não tinha sido testada ou tratada para sífilis. 
 
 
 
5.Definir como é realizada a Clipagem do cordão e o momento para fazê-la. 
Se, ao nascimento, o RN a termo, está respirando ou chorando, com tônus muscular 
em flexão, independentemente do aspecto do líquido amniótico meconial, ele não necessita 
de qualquer manobra de reanimação. ​Nascidos a termo ​indica que o clampeamento tardio 
do cordão umbilical é benéfico com relação aos índices hematológicos na idade de 3 a 6 
meses. Recomenda-se, portanto, que, no ​RN a termo, saudável e com boa vitalidade ao 
nascer​, o ​clampeamento seja efetuado 1 a 3 minutos depois da extração do concepto do 
útero materno. 
Em 2014, a Organização Mundial de Saúde recomendou o clampeamento tardio do 
cordão umbilical por aproximadamente 1 a 3 minutos para todos os nascimentos, exceto 
nos​ casos de necessidade de reanimação neonatal​. 
 
6.Como é feito o APGAR, as decisões e cuidados a serem tomados a partir dele. 
O escore de Apgar, também chamado de índice de Apgar ou escala de Apgar, é um 
dos métodos mais utilizados para a ​avaliação imediata do RN​, principalmente, no primeiro 
e no quinto minutos de vida. 
O teste foi desenvolvido pela Dra. Virginia Apgar, médica norte-americana, 
responsável pela criação do que viria a ser a neonatologia, para avaliar 5 sinais objetivos do 
recém-nascido, atribuindo a cada sinal uma pontuação de 0 a 2. 
 
 
Resultados: 
- de 0 a 3 → Asfixia grave 
- de 4 a 7 → Asfixia moderada 
- de 8 a 10 → Boa vitalidade, boa adaptação 
O resultado do primeiro minuto geralmente está relacionado com o pH do cordão 
umbilical e traduz asfixia intraparto. Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com eventuais 
sequelas neurológicas. O escore deixou de ser usado com o objetivo de determinar a 
reanimação neonatal e passou a ser usado para avaliar a resposta do RN às manobras 
realizadas. 
● Repetir até o APGAR chegar a 7, com intervalos de 20min, esperando 5min; 
 
Na hora do nascimento, na sala de parto, Jennifer fez apneia e FC=80 bpm, 
necessitando de ventilação com pressão positiva, com ambu e máscara, Apgar 5 
(primeiro minuto de vida) e 7 (quinto minuto de vida). 
 
7.Relacionar TTRN (taquipneia transitória de RN); pneumonia; SDR do RN e SAM com 
a idade gestacional. 
O sistema respiratório ser o sítio das principais causas de morbimortalidade 
neonatal. Dessa forma, cinco sinais tornam-se importantes na avaliação de um padrão 
respiratório adequado para o RN: ​frequência respiratória, retrações da caixa toráxica, 
batimentos das asas do nariz, gemidos respiratórios e cianose. 
A ​frequência respiratória oscila entre 40 e 60 incursões por minuto e, pela 
particularidade de ser periódica, a melhor maneira para aferi‑la é contar quantas incursões 
ocorrem em 2 minutos e depois dividir por 2. 
Por ser ​a caixa torácica ​muito maleável (alta compliância), retraçõessubesternais, 
intercostais e subcostais aparecem ao mínimo sinal de desconforto respiratório. 
Como o RN é um respirador nasal por excelência e a resistência nasal contribui 
para a maior resistência à entrada de ar, o ​alargamento das asas nasais é um movimento 
realizado por ele para minimizar essa resistência (dificuldade). 
O gemido ​é um som observado à expiração. Ele traduz maior fechamento da glote, 
aumentando a resistência à saída do ar e consequente aumento da capacidade residual 
funcional, o que melhora o volume pulmonar e a relação ventilação‑perfusão. 
A ​cianose central é mais bem observada ao exame da língua e da mucosa oral e é 
um importante indicador de falha na oxigenação 
A ​apneia do prematuro pode ser definida como uma interrupção da entrada do 
fluxo de ar nas vias aéreas superiores, por um período de 15 a 20 segundos, quer isso 
aconteça por uma pausa dos movimentos respiratórios ou não. Uma modalidade terapêutica 
muito utilizada é a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), através do uso de 
prongas nasais, máscara nasal ou facial, com pressões entre 2 e 5 cmH2O e diferentes 
concentrações de oxigênio. Esse procedimento, associado ao uso das metilxantinas, tem se 
mostrado efetivo no tratamento da apneia, fundamentalmente nas de origem mista e 
obstrutiva. 
 
● SDR (Síndrome do desconforto respiratório): ​A SDR do RN pré‑termo, antes 
referida como doença de membranas hialinas, é a forma clássica dominante de 
dificuldade respiratória entre os RN pré‑termo, sendo importante causa de 
morbimortalidade. A sua fisiopatologia está relacionada à ​deficiência de 
surfactante ​intra‑alveolar, o que leva ao colabamento dessas estruturas, alterando 
a relação ventilação‑perfusão e provocando hipoxemia. Após o nascimento, a 
utilização de surfactante exógeno por via endotraqueal e o estabelecimento de 
suporte respiratório com pressão positiva contínua nas vias aéreas, por pronga nasal 
ou por intubação traqueal, são medidas fundamentais no tratamento. 
 
● TTRN (Taquipnéia transitória do RN):​É uma condição comum, benigna e 
autolimitada que ocorre em cerca de 1 a 2% de todos os nascimentos, acometendo 
RN pré-termos tardios e a termo​, que apresentam dificuldade respiratória logo 
após o nascimento, com resolução clínica em 3 a 5 dias. A causa ainda é discutida, 
porém três fatores estão associados: ​deficiência leve de surfactante​, ​pequeno 
grau de imaturidade pulmonar e ​retardo na absorção de líquido pulmonar fetal​. 
Os bebês iniciam com taquipneia logo após o nascimento, com uma frequência 
respiratória que pode chegar a 100 a 120 movimentos por minuto, gemência, 
batimentos de asas de nariz, tiragem intercostal e aumento do diâmetro 
anteroposterior do tórax. 
 
● SAM (Síndrome de aspiração meconial): ​A aspiração meconial é mais comum em 
RN a termo e pós-termo​. A aspiração pode ocorrer intraútero ou, na maioria dos 
casos, durante os primeiros movimentos respiratórios. O mecônio pode provocar 
alterações obstrutivas e inflamatórias. As vias aéreas com obstrução completa 
evoluem com áreas de atelectasia, alterando a relação ventilação-perfusão (V/Q) e 
provocando hipóxia, com posterior hipercapnia e acidose. O mecônio pode alterar a 
função do surfactante existente nos alvéolos, provocando mais atelectasias, com 
redução da complacência pulmonar. O exame radiológico mostra opacidades 
irregulares, áreas de atelectasia, áreas hiperinsufladas, retificação do diafragma e 
aumento do diâmetro anteroposterior. 
 
 
8.Identificar a necessidade de uma manobra de RCP, como fazê-lo, a sequência e qual 
o APGAR indicativo. 
A reanimação depende da avaliação simultânea da respiração e da frequência 
cardíaca (FC). A FC é o principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras 
de reanimação. A FC deve ser avaliada inicialmente por meio da ausculta do precórdio com 
estetoscópio. 
Quanto ao boletim de Apgar, este não é indicado para determinar o início da 
reanimação nem as manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento. No entanto, 
sua aplicação permite avaliar a resposta do RN às manobras realizadas e a eficácia dessas 
manobras. Se o escore é inferior a 7 no quinto minuto, recomenda-se realizá-lo a cada 5 
minutos, até 20 minutos de vida. 
Pacientes com idade gestacional diferente do termo (<37 semanas ou ≥ 42 semanas 
- ​pré-termo e pós-termo​) e ​aqueles de qualquer idade gestacional que não iniciam 
movimentos respiratórios regulares e/ou aqueles cujo ​tônus muscular está flácido 
precisam ser conduzidos à mesa de reanimação, indicando-se os seguintes passos: prover 
calor, posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar boca e narinas, se necessário, e secar 
o paciente. 
Esses passos devem ser executados em, no máximo, 30 segundos. 
- 1º passo: temperatura 
Deve-se manter a temperatura entre 36,5 e 37,5º. É necessário pré-aquecer sala de 
parto, manter temperatura ambiente entre 23º a 26º, após clampeamento do cordão o RN 
deve ser recepcionado em um campo aquecido. 
Em ​pacientes com idade gestacional < 34 semanas​, recomenda-se o uso do saco 
plástico transparente de polietileno de 30 x 50 cm + touca dupla para reduzir a perda de 
calor na região da fontanela. 
Nos ​neonatos com idade gestacional ≥ 34 semanas​, após a colocação sob fonte de calor 
radiante e a realização das medidas para manter as vias aéreas permeáveis, secar o corpo 
e a região da fontanela e desprezar os campos úmidos. 
- 2º passo: posicionamento 
A fim de manter a permeabilidade das vias aéreas, posiciona-se a cabeça do RN 
com uma leve extensão do pescoço. Evitar sua hiperextensão ou flexão exagerada. 
- 3º passo: aspiração, se necessário 
Se houver excesso de secreções nas vias aéreas, a boca e depois as narinas são 
aspiradas delicadamente com sonda traqueal conectada ao aspirador a vácuo, sob pressão 
máxima aproximada de 100 mmHg. 
Se houver vitalidade adequada, com respiração rítmica e regular e FC > 100 bpm, o 
RN deve receber os cuidados de rotina na sala de parto. Se o paciente, após os passos 
iniciais, não apresenta melhora, indica-se a ​ventilação com pressão positiva​, a colocação 
dos eletrodos do monitor cardíaco e do sensor neonatal do oxímetro de pulso. 
A ​massagem cardíaca só é indicada se, após 30 segundos de VPP com técnica 
adequada, a FC estiver <60 bpm. A compressão cardíaca é realizada no terço inferior do 
esterno, onde se situa a maior parte do ventrículo esquerdo. Na técnica dos dois polegares, 
estes podem ser posicionados sobrepostos ou justapostos no terço inferior do esterno 
abaixo da linha mamilar. A ventilação e a massagem cardíaca são realizadas de forma 
sincrônica, mantendo-se uma relação de 3:1, ou seja, 3 movimentos de massagem cardíaca 
para 1 movimento de ventilação, com uma frequência de 120 eventos por minuto (90 
movimentos de massagem e 30 ventilações). 
A ​adrenalina está indicada quando a ventilação adequada e a massagem cardíaca 
efetiva não produziram elevação da FC para valores >60 bpm. A adrenalina aumenta a 
pressão de perfusão coronariana, principalmente por meio da vasoconstrição periférica. 
Recomenda-se sua administraçãopor via endovenosa. 
Para o RN ≥34 semanas, essa questão só se coloca diante de malformações 
congênitas letais ou potencialmente letais. Nesses casos, é necessário ter a comprovação 
diagnóstica antenatal e considerar a vontade dos pais e os avanços terapêuticos existentes 
para decidir quanto à conduta em sala de parto. A possibilidade de reanimação deve ser 
discutida de preferência antes do parto, mas a decisão final, diante das incertezas acima 
mencionadas, é feita no momento do nascimento. Se não houver certeza quanto à decisão 
de não reanimar o RN, todos os procedimentos necessários devem ser feitos de acordo 
com o fluxograma da reanimação neonatal. 
 
9.Conhecer os cuidados na sala de parto (no contato pele a pele; na profilaxia da 
conjuntivite neonatal, na infecção urinária e da DHRN-doença hemolítica do recém 
nascido). 
 
Cuidados de rotina na sala de parto: 
- Realizar o “Credé” para prevenção da oftalmia gonocócica. A profilaxia deve ser 
realizada na primeira hora após o nascimento, tanto no parto vaginal quanto 
cesáreo, uso do PVPI 2,5% colírio. 
Profilaxia de conjuntivite neonatal: Após clampeamento do cordão umbilical deve-se 
retirar o verniz da região do olho com gaze seca ou umedecida com água, afastar as 
pálpebras e colocar uma gota de nitrato de prata a 1% massageando suavemente as 
pálpebras. 
Substitutos: Polvidona 2,5% ou Eritromicina ou 
- Administrar vitamina K para prevenção do sangramento, 1mg de vitamina K por 
via intramuscular ao nascimento. 
 
- Administração da ​vacina contra Hepatite B. A administração desta faz parte do 
calendário vacinal mínimo obrigatório e inicia o esquema de imunização do indivíduo 
contra a Hepatite B. Tem como objetivo proteger o recém-nascido contra o vírus da 
Hepatite B. 
 
- Realizar antropometria​, incluindo peso, comprimento e o perímetro cefálico. 
 
 
O ​contato pele a pele com a mãe imediatamente após o nascimento reduz o risco 
de hipotermia em RN a termo com boa vitalidade, desde que cobertos com campos 
pré-aquecidos. Nesse momento, pode-se iniciar a amamentação. A Organização Mundial da 
Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento materno seja iniciado na primeira hora de vida, 
pois se associa a um período maior de amamentação, melhor interação mãe-bebê e menor 
risco de hemorragia materna. O ​contato pele a pele logo após o nascimento facilita a 
colonização do RN pela flora da pele de sua mãe, somando-se aos fatores protetores do 
aleitamento materno, que também oferece componentes da microbiota da mãe e substrato 
para o crescimento da microbiota intestinal do RN. 
 
DHRN:​Deve-se coletar sangue da mãe e do cordão umbilical para determinar 
antígenos dos sistemas ABO e Rh. Tem-se como opções terapêuticas a 
exsanguineotransfusão, que é a substituição do sangue do RN para que haja a retirada de 
anticorpos maternos e substituir hemácias incompatíveis por compatíveis. 
 
RN pré-termo com IG < 34 semanas: 
- FC <100bpm e/ou respiração espontânea ausente ou irregular, iniciar a ventilação 
com pressão positiva (VPP). 
- Manter a temperatura corporal entre 36,5 e 37,0ºC, mantendo temperatura ambiente 
de 26ºC. 
- Monitorizar a oxigenação, através da saturação (Sat) de O2. 
- Manter a permeabilidade das vias aéreas, aspirar boca e nariz, caso seja 
necessário. 
- FC > 100 bpm, com respiração rítmica e regular, sem desconforto respiratório, e Sat 
O2 >70%, cuidados de rotina da sala de parto. 
- FC > 100 bpm, com respiração espontânea rítmica e regular, mas apresenta 
desconforto respiratório ou Sat O2 <70%, está indicada a aplicação da pressão 
positiva contínua de vias aéreas (CPAP). 
 
 
10.Discutir os achados do RX de tórax encontrados no RN (achados na ausculta). 
 
 
 
11.Identificar a importância dos exames VDRL;STORCH e ZIKA na avaliação do RN. 
 
O diagnóstico precoce das infecções congênitas e adquiridas no período perinatal é 
de fundamental importância para o início da terapia adequada e determinação do 
prognóstico. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o rastreamento de rotina para 
sífilis, toxoplasmose e HIV desde a primeira consulta pré-natal, enquanto o rastreamento 
para rubéola apenas se a gestante apresentar sinais sugestivos da doença. A hepatite B 
deve ser rastreada próximo à 30ª semana de gestação e o rastreamento de 
citomegalovirose e hepatite C não é recomendado. 
 
● STORCH: 
É um exame importante para detecção das seguintes doenças congênitas: Sífilis, 
Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes simplex. 
São doenças congênitas que são investigadas no RN quando há a presença de 
sinais/sintomas ou quando não houve a realização de um pré-natal bem feito. O exame 
deve ser solicitado para a criança quando o bebê revelar qualquer sinal sugestivo dessas 
infecções, tais como: 
- Tamanho excepcionalmente menor que o esperado para a idade da gestação. 
- Surdez. 
- Retardo mental. 
- Convulsão. 
- Malformação cardíaca. 
- Catarata. 
- Aumento do fígado ou do baço. 
- Redução na contagem de plaquetas ou 
- Icterícia. 
Coleta-se uma amostra de sangue da veia do braço da gestante ou procede-se ao 
teste do pezinho (triagem neonatal) na criança em fase de amamentação. O resultado do 
exame é expresso na forma de IgM e/ou IgG. 
 
Jennifer apresentou tamanho menor que o esperado e aumento do fígado, portanto, 
deve ser feito o exame já que não houve o pré-natal. 
 
 
 
 
● ZIKA: 
 
 
 
13.Descrever os testes apresentados no problema (teste da orelhinha; teste do 
olhinho; teste do pezinho e teste do coraçãozinho), os seus objetivos, o momento 
para fazê-los e os resultados esperados. 
 
Exames de triagem neonatal: 
● Teste do olhinho (Teste do reflexo vermelho): 
O teste do reflexo vermelho é usado como ​triagem de doenças oftalmológicas 
com potencial de desenvolvimento de cegueira em crianças e está regulamentado pela Lei 
do Teste do Olhinho em diversos estados e municípios, deve ser realizado pelo pediatra ou 
médico assistente do RN e, se houver alterações no resultado, o RN deve ser encaminhado 
para o oftalmologista. O teste é tecnicamente simples e rápido de ser realizado, não 
invasivo, indolor, não necessita de dilatação das pupilas, utiliza equipamento simples e de 
baixo custo (oftalmoscópio direto) e pode detectar várias alterações oculares que se 
manifestam pela opacidade de meio incluindo catarata, retinoblastoma, hemorragias e 
inflamações intraoculares, além de descolamento de retina ou malformações da retina e 
nervo óptico como colobomas. 
A observação do reflexo vermelho da retina indica que as estruturas oculares 
internas estão transparentes. A opacidade desses meios pode causar leucocoria (pupila 
branca) ou perda do reflexo. 
 
 
Durante o teste, a sala escurecida (penumbra) facilita a observação dos reflexos, 
não havendo a necessidade de dilatação das pupilas com colírios midriáticos. O 
oftalmoscópio, com a lente do aparelho ajustada no “0” (zero, sem poder dióptrico), deve ser 
posicionado a uma distância de 50 cm a um metro dos olhos do recém-nascido (cerca de 
um braço esticado). Em seguida, localizam-se os olhos da criança através do orifício do 
equipamento e iluminam-se suas pupilas. Observa-se então, o reflexo vermelho em cadauma delas, avaliando-se sua presença ou ausência e na presença, comparar a intensidade 
e simetria entre os olhos. 
 
O uso de fotografia de fundo de grande angular em crianças saudáveis como forma 
de triagem de doenças oftalmológicas, chamado de teste do reflexo vermelho ampliado. O 
recém-nascido é submetido a uma fotografia do fundo de olho que avalia o nervo óptico e a 
retina, incluindo a mácula e periferia. O exame tem alta sensibilidade para detectar doenças 
retinianas como alterações do nervo óptico, hemorragias retinianas, retinopatia da 
prematuridade, cicatrizes corioretinianas, entre outras. A fotografia de fundo também para 
avaliação e seguimento de crianças com retinoblastoma e cicatrizes corioretinianas 
decorrentes do zika vírus e toxoplasmose. 
 
● Teste do coraçãozinho (Oxímetro de pulso): 
O teste é importante pois contribui para diminuição da mortalidade neonatal, visto 
que aproximadamente 30% dos RN com ​cardiopatia congênita grave ​recebem alta sem o 
diagnóstico precoce, o que contribui para aumento de mortalidade neonatal. 
A realização do teste deve seguir as seguintes condições: 
Teste da oximetria: Realizar a aferição da oximetria de pulso, em todo 
recém-nascido aparentemente saudável com idade gestacional > 34 semanas, antes da alta 
da Unidade Neonatal. 
Local de aferição: membro superior direito e em um dos membros inferiores. Para a 
adequada aferição, é necessário que o recém-nascido esteja com as extremidades 
aquecidas e o monitor evidencie uma onda de traçado homogêneo. 
Momento da aferição: Entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar. 
Resultado normal: Saturação periférica maior ou igual a 95% em ambas as medidas 
(membro superior direito e membro inferior) e diferença menor que 3% entre as medidas do 
membro superior direito e membro inferior. 
Resultado anormal: Caso qualquer medida da SpO2 seja menor que 95% ou houver 
uma diferença igual ou maior que 3% entre as medidas do membro superior direito e 
membro inferior, uma nova aferição deverá ser realizada após 1 hora. Caso o resultado se 
confirme, um ecocardiograma deverá ser realizado dentro das 24 horas seguintes. 
 
Na ​legislação: 
PORTARIA Nº 20, DE 10 DE JUNHO DE 2014 
Torna pública a decisão de incorporar a 
oximetria de pulso - teste do coraçãozinho, 
a ser realizado de forma universal, fazendo 
parte da triagem Neonatal no Sistema Único 
de Saúde - SUS. 
 
Art. 1º Fica incorporada a oximetria de pulso - teste do coraçãozinho, a ser realizado de 
forma universal, fazendo parte da triagem Neonatal no Sistema Único de Saúde - SUS. 
 
● Teste da orelinha (Triagem Auditiva Neonatal): 
O Teste da Orelhinha, ou “exame de emissões otoacústicas evocadas”, é o método 
mais moderno para ​constatar problemas auditivos nos RN. Ele consiste na produção de 
um estímulo sonoro e na captação do seu retorno por meio de uma delicada sonda 
introduzida na orelhinha do nenê. É rápido, seguro e indolor. 
Este exame é feito ainda no hospital, com o nenê dormindo, ​a partir de 48 horas de 
vida. Ele leva de 5 a 10 minutos para ser concluído. No caso de suspeita de alguma 
anormalidade, o nenê será encaminhado para uma avaliação otológica e audiológica 
completa. O Teste da Orelhinha é assegurado por lei e todos os bebês devem fazer para 
saber se está tudo bem com a audição. O teste pode dar alterado em apenas uma orelha, 
quando o bebê apresenta líquido no ouvido, que pode ser o líquido amniótico. Nesse caso, 
deve-se repetir o teste após 1 mês. 
 
Fatores de risco: 
- Permanência na UTI por mais de cinco dias, ou a ocorrência de qualquer uma das 
seguintes condições, independente do tempo de permanência na UTI: ventilação 
extracorpórea; ventilação assistida; exposição a drogas ototóxicas como antibióticos 
aminoglicosídeo e/ou diuréticos de alça; hiperbilirrubinemia; anóxia perinatal grave; 
Apgar Neonatal de 0 a 4 no primeiro minuto ou 0 a 6 no quinto minuto; peso ao 
nascer inferior a 1.500 gramas. 
- Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis, HIV). 
 
Quando deve ser feito? Realizar a TAN até o ​primeiro mês de vida dos neonatos​, ou 
até o terceiro mês de vida dos lactentes (idade corrigida), considerando os prematuros e 
aqueles com longos períodos de internação. 
 
A realização da etapa de ​reteste deverá acontecer no período de ​até 30 dias após o 
teste. O reteste deve ser realizado em ambas as orelhas, mesmo que a falha no teste tenha 
ocorrido de forma unilateral. Os responsáveis devem ser orientados quanto ao indicador de 
risco e à necessidade do monitoramento mensal nas consultas de puericultura na atenção 
básica e realização da avaliação audiológica entre 7 e 12 meses. 
 
 
 
Falha no reteste: 
No caso de falha no reteste, todos os neonatos e lactentes com ou sem indicadores 
de risco para deficiência auditiva devem ser encaminhados imediatamente para avaliação 
diagnóstica otorrinolaringológica e audiológica. 
 
Lá foi submetida ao teste da orelhinha, que mostrou ausência de resposta 
bilateral. A fonoaudióloga Ilka orientou Regina a procurar um otorrinolaringologista, 
pois, aos 3 meses, Jennifer teria de realizar outro exame. ​→ Jennifer, por ter 
indicativos de risco para deficiência auditiva, sífilis, deveria fazer reteste em 30 dias. 
 
Vinte dias depois, tendo melhorado completamente da condição respiratória, 
recebeu alta da UTI e foi para a UCIN Canguru, dando continuidade ao método. Lá 
Jenifer foi submetida ao teste da orelhinha, que mostrou ausência de resposta 
bilateral.​ → A alteração no exame pode ocorrer em RN prematuros e em STORCH. 
 
- Teste do pezinho: 
O Teste do Pezinho é um exame obrigatório para todos os recém-nascidos e gratuito 
na rede pública de saúde e possibilita o diagnóstico precoce de ​fenilcetonúria, 
hipotireoidismo congênito​, ​doença falciforme e outras hemoglobinopatias, ​fibrose 
cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase​. A data para a coleta 
do teste do pezinho foi preconizada ​entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê​, principalmente 
por causa do início muito rápido dos sinais e sintomas de três das seis doenças detectadas 
pelo Programa, como o hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita e 
fenilcetonúria. Em RN pré-termo deve-se coletar até o sétimo dia vida e repetir com 30 dias. 
 
14.Conhecer o que o método Canguru. 
O modelo nacional visa a uma mudança no paradigma da atenção ao ​RN pré-termo 
e/ou RN de baixo peso​, da sua mãe e da sua família, trazendo para o cerne dessa 
proposta uma abordagem interdisciplinar, humanizada, caracterizada por forte 
conhecimento das questões psicoafetivas e biológicas que envolvem a gestação, o 
nascimento e o cuidado pós‑natal de um bebê de baixo peso. 
O método é destinado a dar alta precoce para recém-nascidos de baixo peso frente 
a uma situação crítica de falta de incubadoras, infecções cruzadas, ausência de recursos 
tecnológicos, desmame precoce, altas taxas de mortalidade neonatal e abandono materno. 
Nascia então o “Método Canguru”. Essa assistência neonatal implica no ​contato 
pele-a-pele precoce entre a mãe e o RN de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo 
que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo, dessa forma,uma maior 
participação dos pais no cuidado ao seu recém-nascido. 
O Método Canguru, desde a primeira fase, é realizado por uma ​equipe 
multidisciplinar​, capacitada na metodologia de atenção humanizada ao recém-nascido de 
baixo peso. 
 
Primeira etapa:​Período que se inicia no pré-natal da gestação de alto-risco seguido da 
internação do RN na Unidade Neonatal. 
 
Segunda etapa:​Na segunda etapa o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe e 
a posição canguru será realizada pelo maior tempo possível. Esse período funcionará como 
um “estágio” pré-alta hospitalar. 
→ RN com peso mín de 1250g. 
 
Terceira etapa:​Se caracteriza pelo acompanhamento da criança e da família no 
ambulatório e/ou no domicílio até atingir o peso de 2.500g, dando continuidade à 
abordagem biopsicossocial. 
→ RN com peso mín de 1600g 
 
PORTARIA Nº 930, DE 10 DE MAIO DE 2012 
Serviço de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru ​(UCINCa) 
 
Art. 20. As UCINCa são serviços em unidades hospitalares cuja infra-estrutura física e 
material permita acolher mãe e filho para prática do método canguru, para repouso e 
permanência no mesmo ambiente nas 24 (vinte e quatro) horas por dia, até a alta 
hospitalar. 
 
Parágrafo único. As UCINCa possuirão suporte assistencial por equipe de saúde 
adequadamente treinada, que possibilite a prestação de todos os cuidados assistenciais e a 
orientação à mãe sobre sua saúde e a do RN. 
 
Art. 21. As UCINCa serão responsáveis pelo cuidado de ​RN com peso superior a 1.250g, 
clinicamente estável​, em nutrição enteral plena, cujas mães manifestem o desejo de 
participar e tenham disponibilidade de tempo.

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