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TUTORIA 2 UC 8 Karolina Cabral Machado - P3 2020.2 fonte: cap. 12 e 13 (Neuroanatomia funcional) cap. 34 (Farmacologia Penildon Silva) https://www.scielo.br/pdf/rbcp/v26n4/a08.pdf cap.14 (Cem bilhões de neurônios) Termos desconhecidos: 1. Simpatectomia → Intervenção cirúrgica para retirada de gânglios responsáveis pelo aumento da hiperidrose. 2. Alprazolam → Tipo específico de benzodiazepínico. 3. Benzodiazepínicos → Classe de medicamentos ansiolíticos. 4. Teste de minor → O teste de iodo-amido (teste de Minor) determina a intensidade da hiperidrose e os locais mais afetados. Durante o teste de Minor, nas hiperidroses frontal, axilar, palmar e plantar, o paciente foi posicionado em decúbito dorsal, com os braços em abdução a 90 graus, e aplicada uma gaze embebida em iodopovidon 10% sobre a superfície cutânea das regiões com hiperidrose. Em seguida, foi polvilhada uma fina camada de amido de milho, aguardando-se de 5 minutos a 10 minutos. Nesse teste, as áreas comprometidas apresentam diferentes intensidades de reação. As áreas com hipersudorese reagem com o iodo e o amido, dando origem ao aparecimento de áreas puntiformes, de coloração violácea, escura, podendo ser coalescente ou em forma de múltiplos pontos. Tema: Sistema Nervoso Autônomo Hipóteses: 1. O transtorno da ansiedade é uma exacerbação das respostas do sistema nervoso autônomo; 2. Os sintomas clínicos do transtorno de ansiedade são: inquietude, hiperidrose e sensação de medo; 3. A fisiopatologia do transtorno da ansiedade é causada por um aumento de neurotransmissores adrenérgicos; 4. Existe uma exacerbação da resposta do SNA simpático no transtorno do pânico; 5. Benzodiazepínico é um psicotrópico; 6. Hiperidrose é um aumento patológico da sudorese; 7. A hiperidrose tem alguma relação com a temperatura corporal; 8. Hiperidrose é decorrente de uma hiperfunção do sistema nervoso simpático; A hiperidrose está comumente associada à hiperatividade do sistema nervoso autônomo simpático, que gera hipertrofia glandular e hipersecreção das glândulas sudoríparas écrinas de determinadas áreas anatômicas. 9. Axilas e mãos são regiões com maiores quantidades de glândulas sudoríparas; 10. Simpático de fibras pré-ganglionares curtas; parassimpático de fibras pré-ganglionares longas; 11. Simpático: seu principal neurotransmissor nas fibras sinápticas pré-ganglionares é a acetilcolina, já em suas fibras pós-ganglionares é a noradrenalina; 12. Parassimpático: o neurotransmissor tanto da fibra pré-ganglionar como da pós-ganglionar é a acetilcolina; 13. A toxina botulínica é um antagonista ao neurotransmissor da fibra pré-ganglionar (acetilcolina); 14. O influxo de cálcio para dentro da membrana pré-sináptica é responsável pela liberação das bolsas de neurotransmissores; 15. Um desequilíbrio nos neurotransmissores como acetilcolina contribuiria para o agravamento do caso; 16. A simpatectomia pode causar mudanças no local de hiperidrose e não resolução completa; 17. A hiperidrose pode ter várias causas como: nervoso, patologia física… 18. A hiperidrose apresenta tipos, um ligado ao nervosismo e outro problema ligado a um problema localizado na própria glândula; Objetivos: 1.Conhecer a anatomia do sistema nervoso autônomo; O sistema nervoso somático (voluntário) é também denominado sistema nervoso da vida de relação, ou seja, aquele que relaciona o organismo com o meio ambiente. Para isso, a parte aferente do sistema nervoso somático conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando estes centros sobre o que se passa no meio ambiente. Por outro lado, a parte eferente do sistema nervoso somático leva aos músculos esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando movimentos que levam ao maior relacionamento ou integração com o meio externo. O sistema nervoso visceral (involuntário) é responsável pela inervação das estruturas viscerais e é muito importante para a integração da atividade das vísceras, no sentido da manutenção da homeostase. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras (visceroceptores) a áreas específicas do sistema nervoso central. O componente eferente traz impulsos de alguns centros nervosos até as estruturas viscerais, terminando, pois, em glândulas, músculos lisos ou músculo cardíaco. SISTEMA NERVOSO VISCERAL (involuntário): As fibras viscerais aferentes conduzem impulsos nervosos originados em receptores situados nas vísceras (visceroceptores). Os impulsos nervosos aferentes viscerais, antes de penetrar no sistema nervoso central, passam por gânglios sensitivos. Grande parte das fibras viscerais conduz impulsos que não se tomam conscientes. Existem alguns visceroceptores especializados em detectar este tipo de estímulo, sendo os mais conhecidos os do seio carotídeo e do corpo carotídeo, situados próximos à bifurcação da artéria carótida comum. Os visceroceptores situados no seio carotídeo são sensíveis às variações da pressão arterial, e os do corpo carotídeo, às variações na taxa de 02 do sangue. Impulsos neles originados são levados ao sistema nervoso central pelo nervo glossofaríngeo. Contudo, muitos impulsos viscerais tomam-se conscientes, manifestando-se sob a forma de sensações como sede, fome,plenitude gástrica e dor. A sensibilidade visceral difere da somática principalmente por ser mais difusa, não permitindo localização precisa. Certos processos inflamatórios ou irritativos de vísceras e órgãos internos dão manifestações dolorosas em determinados territórios cutâneos. Assim, processos irritativos do diafragma manifestam-se por dores e hipersensibilidade na pele da região do ombro; a apendicite pode causar hipersensibilidade cutânea na parede abdominal da fossa ilíaca direita; o infarto do miocárdio, no braço esquerdo. Este fenômeno denomina-se dor referida. Em relação ao número de neurônios, no sistema nervoso somático, existe apenas um neurônio, o neurônio motor somático, cujo corpo, localiza-se na medula, saindo o axônio pela raiz anterior e terminando em placas motoras nos músculos estriados esqueléticos. Já no sistema nervoso autônomo, há dois neurônios unindo o sistema nervoso central ao órgão efetuador. Um deles tem o corpo dentro do sistema nervoso central (medula ou tronco encefálico), o outro tem seu corpo localizado no sistema nervoso periférico. Corpos de neurônios situados fora do sistema nervoso central tendem a se agrupar, formando dilatações denominadas gânglios. Assim, os neurônios do sistema nervoso autônomo, cujos corpos estão situados fora do sistema nervoso central, se localizam em gânglios e são denominados neurônios pós-ganglionares (melhor seria, talvez, a denominação neurônios ganglionares); aqueles que têm seus corpos dentro do sistema nervoso central são denominados neurônios pré-ganglionares. No sistema nervoso autônomo, elas terminam em músculos lisos, estriado cardíaco e glândulas, e são terminações nervosas livres. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (involuntário): Centro de controle → Hipotálamo e tronco encefálico Função → Movimentação e controles viscerais Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula e no tronco encefálico.O axônio do neurônio pré-ganglionar, envolvido pela bainha de mielina e pela bainha de neurilema, constitui a chamada fibra pré-ganglionar, assim denominada por estar situada antes de um gânglio, onde termina fazendo sinapse com o neurônio pós-ganglionar. As fibras pós-ganglionares terminam nas vísceras em contato com glândulas, músculos liso ou cardíaco. Existem áreas no telencéfalo e no diencéfalo que regulam as funções viscerais, sendo a mais importante o hipotálamo. O sistema nervoso central influencia o funcionamento das vísceras. A existência destas conexões entre as áreas cerebrais relacionadas com o comportamento emocional e os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo ajuda a entender as alterações do funcionamento visceral, que frequentemente acompanham os graves distúrbios emocionais. ● DIFERENÇAS ENTRE S.N. AUTÔNOMO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO: Simpático: → Neurônios pré-ganglionares estão localizados nos segmentos medulares T1 até L2 (toracolombar); → Neurônios pós-ganglionares simpático, os gânglios paravertebrais e pré-vertebrais, localizam-se longe das vísceras e próximos da coluna vertebral; → A fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar é longa; → A presença de vesículas granulares pequenas (noradrenalina) é uma característica exclusiva das fibras pós-ganglionares simpáticas; → As fibras pré ganglionares são colinérgicas (acetilcolina) e as pós-ganglionares adrenérgicas (noradrenalina) ; Parassimpático: → Neurônios pré-ganglionares localizados no tronco encefálico e nos segmentos sacrais (S2-S3-S4); → Neurônios pós-ganglionares localizam-se próximos ou dentro das vísceras; → A fibra pré-ganglionar é longa, a pós-ganglionar, curta; → Predominam as vesículas agranulares (acetilcolina); → As fibras pré e pós ganglionares são colinérgicas (acetilcolina); SIMPÁTICO: Tronco simpático: Os gânglios do tronco simpático se dispõem de cada lado da coluna vertebral em toda sua extensão, e são gânglios paravertebrais, divididos em cervical superior, cervical médio e cervical inferior. O gânglio cervical médio falta em vários animais domésticos e, frequentemente, não é observado no homem. O gânglio cervical inferior está fundido com o primeiro torácico, formando o gânglio cervicotorácico, ou estrelado. O número de gânglios da porção torácica do tronco simpático é entre 10 a 12. Na porção torácica do tronco simpático originam-se, a partir de T5, os nervos esplâncnicos que atravessam o diafragma e penetram na cavidade abdominal, onde terminam nos gânglios pré-vertebrais. Estes se localizam anteriormente à coluna vertebral e à aorta abdominal. Assim, existem: dois gânglios celíacos, direito e esquerdo, situados na origem do tronco celíaco; dois gânglios aórtico-renais, na origem das artérias renais; um gânglio mesentérico superior e outro mesentérico inferior, próximo à origem das artérias de mesmo nome. REDES COMUNICANTES: Os ramos comunicantes brancos ligam a medula ao tronco simpático, sendo, pois, constituídos de fibras pré-ganglionares, além de fibras viscerais aferentes. Já os ramos comunicantes cinzentos ligam o tronco simpático a todos os nervos espinhais e são constituídos de fibras pós-ganglionares, que, sendo amielínicas, dão a este ramo uma coloração ligeiramente mais escura. PARASSIMPÁTICO: Parte craniana: Nos núcleos localizam-se os corpos dos neurônios pré-ganglionares atingem os gânglios através dos pares cranianos III, VII, IX e X. Existe, ainda, na parede ou nas proximidades das vísceras, do tórax e do abdome, grande número de gânglios parassimpáticos, em geral pequenos, às vezes constituídos por células isoladas. Nas paredes do tubo digestivo, eles integram o plexo submucoso (de Meissner) e o mioentérico (de Auerhach). Estes gânglios recebem fibras pré-ganglionares do vago e dão fibras pós-ganglionares curtas para as vísceras onde estão situadas. Parte sacral: Os neurônios pré-ganglionares estão nos segmentos sacrais em S2, S3 e S4. As fibras pré-ganglionares saem pelas raízes ventrais dos nervos sacrais correspondentes, ganham o tronco destes nervos, dos quais se destacam para formar os nervos esplâncnicos pélvicos, também denominados de nervos eretores. PLEXOS VISCERAIS: O que é um plexo? Um emaranhado de filetes nervosos e gânglios, constituindo os chamados plexos viscerais, que não são puramente simpáticos ou parassimpáticos, mas que contêm elementos dos dois sistemas, além de fibras viscerais aferentes. - Plexo cardíaco: Formado por os três nervos cardíacos cervicais do simpático (superior, médio e inferior) e os dois nervos cardíacos cervicais do vago (superior e inferior). A inervação autônoma do coração é especialmente abundante na região do nó sinoatrial, fato significativo, uma vez que sua função se exerce fundamentalmente sobre o ritmo cardíaco, sendo o simpático cardioacelerador e o parassimpático cardioinibidor. Doença de Chagas → Destrói a inervação parassimpática do plexo cardíaco, o que resulta em cardiomegalia. - Plexo celíaco: Localizado na parte profunda da região epigástrica, adiante da aorta abdominal e dos pilares do diafragma, na altura do tronco celíaco. Aí se localizam os gânglios simpáticos, celíaco, mesentérico superior e aórtico-renais, a partir dos quais o plexo celíaco se irradia a toda a cavidade abdominal. - Plexo entérico: Localizam-se no interior das paredes do trato gastrointestinal e são dois: o mioentérico (de Auerbach) e o submucoso (de Meissner). Comandam as células musculares lisas, glândulas produtoras de muco e vasos sanguíneos locais. Os neurônios sensoriais entéricos detectam o estado químico dos conteúdos e o grau de estiramento da parede do trato gastrointestinal, promovendo a inibição da musculatura lisa distal (anel de relaxamento) e contração da proximal (anel de constrição), para que os movimentos peristálticos sejam adequadamente coordenados para movimentar o bolo alimentar. Apresenta certa independência funcional do SNA, por isso é denominado de Sistema Nervoso Entérico, mas ainda depende do funcionamento do SNA. Doença de Chagas → Intensa destruição dos plexos entéricos, o que ocasiona megaesôfago e megacolo. - Plexo hipogástrico: Superiormente situa-se adiante do promontório, entre as artérias ilíacas direita e esquerda. 2.Descrever o mecanismo da neurotransmissão; 3.Reconhecer a estrutura e substâncias químicas dos neurônios e das sinapses, (anatomofisiologia); O SNA dispõe de dois modos de controle do organismo: um modo reflexo c um modo de comando. O “modo reflexo” envolve o recebimento de informações provenientes de cada órgão ou sistema orgânico e a programação e execução de uma resposta apropriada. O “modo de comando” envolve a ativação do SNA por regiões corticais ou subcorticais, muitas vezes voluntariamente. Existem apenas dois tipos de efetores autonômicos: células secretoras (glandulares) e células contráteis (musculares ou mioepiteliais).Em muitos casos, esses dois tipos de efetores estão juntos e cooperam, como acontece nas glândulas sudoríparas e lacrimais, por exemplo, em cujos dutos de secreção existem elementos contráteis (as célulasmioepiteliais) que ajudam a expelir o fluido secretado. A secreção sistêmica dessas catecolaminas reforça a ação mais localizada da divisão simpática nas situações de emergência. A contração das células musculares lisas pode ser obtida pela ativação autonômica, mas também pode ocorrer de forma espontânea em algumas delas. Nesse caso, as fibras que se contraem espontaneamente são chamadas marcapassos e ditam um ritmo próprio à motilidade da víscera, que é apenas modificado ou regulado pela inervação autonômica. Muitos experimentos demonstram que as vísceras continuam dotadas de motilidade quando são desnervadas. Entretanto, seus movimentos tomam-se desordenados e pouco eficientes, resultando em graves distúrbios funcionais. Na estratégia antagonista a ativação parassimpática provoca efeito contrário à ativação simpática; logo, quando a atividade de uma cresce, a da outra diminui. Na estratégia sinergista, por outro lado, ambas as divisões provocam o mesmo efeito. Em alguns casos, entretanto, a inervação autonômica é de um único tipo, e a estratégia de controle pode ser denominada exclusiva. O coração, órgão inervado por fibras pós-ganglionares simpáticas dos gânglios cervical inferior e torácicos mais altos e, também, por fibras pós-ganglionares parassimpáticas, é um exemplo de estratégia antagonista. O resultado é nítido: a estimulação simpática provoca taquicardiaü (e também aumento da força contrátil), enquanto a estimulação parassimpática tem efeito contrário, ou seja, bradicardia. Logo, se é preciso acelerar o coração, a atividade simpática cresce e a parassimpática diminui. A estratégia sinergista é mais rara, O exemplo mais conhecido é o da inervação das glândulas salivares. Essas glândulas recebem fibras simpáticas e parassimpáticas, mas ambas provocam a secreção de saliva. Um exemplo típico de estratégia exclusiva são os vasos sanguíneos e a respectiva regulação do tônus muscular. Isso porque quando as fibras pós-ganglionares simpáticas aumentam sua frequência de disparo, eleva-se o tônus vascular, ocorrendo vasoconstrição. Quando as fibras diminuem sua frequência de disparo de PAs, ocorre o oposto: vasodilatação. NEUROTRANSMISSÃO: A inervação simpática do coração possui os receptores adrenérgicos nos quais as células cardíacas expressam são de um tipo chamado ß (beta). Existem, ainda, as os subtipos dos receptores beta que são os subtipos do tipo B1 que predominam no funcionamento do coração, nas fibras musculares lisas dos brônquios os do tipo B2 e no tecido adiposo os B3. Já na neurotransmissão parassimpática há uma grande variedade de receptores colinérgicos. O tipo prevalente é o muscarínico, do tipo metabotrópicos, (M), já que os receptores nicotínicos, do tipo ionotrópicos, (N) só são encontrados nos gânglios. Mas há pelo menos quatro subtipos conhecidos. O subtipo Ml predomina nas glândulas do trato gastrointestinal, o M2 no miocárdio e nas fibras musculares lisas em geral, e o subtipo M3 é típico das glândulas salivares e lacrimais. O subtipo M4 parece desempenhar um papel importante na divisão entérica do SNA. Na sinapse química há os terminais pré-sinápticos são as porções terminais de ramificações de axônios de diversos outros neurônios. Muitos desses terminais pré-sinápticos são excitatórios — ou seja, secretam um neurotransmissor que estimula o neurônio pós-sináptico. Entretanto, outros terminais pré-sinápticos são inibitórios — ou seja secretam um neurotransmissor que inibe o neurônio pós-sináptico. Dessa maneira, a movimentação do impulso nervoso é unidirecional. O terminal pré-sináptico é separado do corpo celular do neurônio pós-sináptico pela fenda sináptica. As vesículas transmissoras contêm o neurotransmissor que, quando liberada na fenda sináptica, excita ou inibe o neurônio pós-sináptico. Excita o neurônio pós-sináptico se a membrana neuronal contiver receptores excitatórios, e inibe o neurônio se a membrana tiver receptores inibitórios. Quando o potencial de ação chega ao terminal pré-sináptico, a despolarização de sua membrana (positivo dentro/negativo fora) faz com os canais de Ca2+ sejam abertos e permitam a entrada desses, assim, um pequeno número de vesículas liberam moléculas de neurotransmissores na fenda sináptica. A liberação dessas moléculas, por sua vez, provoca alterações imediatas nas características de permeabilidade da membrana neuronal pós-sináptica, o que leva à excitação ou à inibição do neurônio pós-sináptico, dependendo das características do receptor neuronal. ● 1ª etapa → conversão da informação elétrica (impulso) em informação química (liberação de neurotransmissores) → através da abertura dos canais de Ca2+ e influxo de Ca2+ Na membrana pós-sináptica existem os receptores de membrana aos quais os neurotransmissores irão se ligar para desencadear uma alteração na célula pós-sináptica (alteração de potencial). E essas proteínas podem formar canais, chamados de ionotrópicos, canais de íons regulados por ligantes, ou proteínas metabotrópicas, que não são canais, mas usam segundos mensageiros, sendo uma substância interna que altera o potencial da membrana. ● 2ª etapa → despolarização da membrana pós-sináptica através dos canais ionotrópicos ou das proteínas metabotrópicas → geram o potencial pós-sináptico → reconversão de informação química em informação elétrica Na sinapse elétrica existe comunicação física entre as membranas pré e pós-simpáticas através de proteínas chamadas de junções comunicantes. Essa comunicação permite que, a partir do momento em que há a formação de potencial de ação na membrana - influxo de íons na célula -, possibilita a despolarização (dentro positivo/fora negativo). Nessa sinapse há a transmissão direta de cargas elétricas entre as células. A célula pré-sináptica será a que estiver transmitindo o potencial, ou seja, a carga enquanto que a célula pós-sináptica será a que recebe a carga elétrica. Devido a isso, é possível dizer que a sinapse elétrica é bidirecional. É importante em situações de necessidade de sincronização do tecido, por exemplo, no músculo cardíaco ou no músculo na cavidade uterina durante o parto. 4.Conhecer os mecanismos fisiopatológicos da síndrome do pânico (caracterizar); 5.Explicar o mecanismo de ação dos ansiolíticos (benzodiazepínicos e alprazolam); Os benzodiazepínicos ainda são considerados os principais ansiolíticos, muito embora outros fármacos tenham sido recentemente introduzidos na terapêutica, com essa finalidade. Os protótipos dessa classe são o diazepam e o clordiazepóxido. Seus efeitos resultam de ações sobre o sistema nervoso central e são, além da diminuição da ansiedade, a sedação, hipnose, relaxamento muscular e propriedades anticonvulsivantes (clonazepam, clorazepato e diazepam são usados clinicamente com esse objetivo). O alprazolam causa, em alguns casos, efeitos antidepressivos. Alguns efeitos por eles produzidos podem advir de ações periféricas: vasodilatação coronariana que surge após a administração intravenosa de certos benzodiazepínicos e bloqueio neuromuscular após doses elevadas. Não sedeve esquecer que alguns benzodiazepínicos atravessam a barreira placentária. Assim, recém-nascidos de mães dependentes do fármaco podem desenvolver crises de abstinência. Mães que necessitem utilizar o fármaco durante período de amamentação devem ter seus filhos observados quanto a possíveis efeitos relacionados ao fármaco. Os benzodiazepínicos possuam a capacidade de potencializar a ação inibidora neuronal que é mediada pelo ácido gama-aminobutírico (GABA). O GABA é formado pela descarboxilação do ácido glutâmico e pela descarboxilase glutâmica piridoxal dependente de fosfato. É armazenado em vesículas e delas liberado pela despolarização da membrana, e para isso é indispensável a presença de íons de Ca2+. O complexo formado entre o GABA e o seu receptor (GABA-R) abre o canal de cloreto, aumentando sua condução intracelular e afetando a membrana do neurônio, despolarizando-a. A ação do GABA pode ser inibida por dois tipos de substâncias: os convulsivantes, que bloqueiam o receptor (bicuculina), e os que bloqueiam o canal de cloreto (picrotoxima). São os seus antagonistas. Acredita-se que o mecanismo pelo qual os benzodiazepínicos atuam está aliado ao aumento da afinidade do GABA por seu receptor. Os antagonistas de serotonina são considerados ansiolíticos de segunda geração. É o sistema serotoninérgico, que reconhecidamente interfere no processo de ansiedade. São classificados como agonistas parciais potentes do receptor 5 HT1A. 6.Entender os procedimentos de simpatectomia e aplicação da toxina botulínica; Simpatectomia é um procedimento cirúrgico realizado para o tratamento da hiperidrose (suor excessivo) nas mãos, planta dos pés, axilas, couro cabeludo, pescoço, costas, região lombar, tórax e abdômen. realizado sob anestesia geral. - Torácica: É o único tratamento definitivo para hiperidrose tanto palmar como axilar. Promove a interrupção dos gânglios T2, T3 e T4 da cadeia simpática dorsal superior, levando à cessação definitiva de suor na distribuição do nervo. É um tratamento que necessita de internamento e deve ser. As complicações e os efeitos colaterais são bastantes significativos,como sudorese compensatória irreversível (20% a 50%). - Lombar: é eficaz no tratamento da hiperidrose plantar isolada ou persistente (compensatória após a simpatectomia torácica). O tratamento consiste na retirada dos nervos da cadeia simpática, localizados no abdome na porção ântero-lateral das vértebras lombares. Toxina botulínica: Bloqueia a liberação do neurotransmissor acetilcolina, ou seja, a transmissão sináptica, produzindo desnervação química eficaz da glândula e cessação temporária da sudorese excessiva. É um tratamento de fácil realização, podendo ser aplicado com anestesia tópica, anestesia local, locorregional ou sedação. Como desvantagens, destacam-se o efeito terapêutico temporário (4 meses a 12 meses, com duração média de 7 meses), o custo elevado e o desconforto associado às injeções múltiplas. O tratamento conservador com injeções de toxina botulínica tipo A tem elevado grau de satisfação e baixo índice de complicações ou efeitos colaterais. Por outro lado, o tratamento cirúrgico tem riscos elevados, efeitos colaterais permanentes, e complicações, como hiperidrose compensatória, pneumotórax, hemotórax, síndrome de Horner, hematomas assimetrias de resultados e grau de satisfação variável dos doentes. O bloqueio sináptico provocado pela toxina botulínica, provavelmente, causa atrofia e involução das glândulas sudoríparas. Esses efeitos, associados à melhora do estado emocional e da autoestima dos doentes, retardam o reaparecimento dos sintomas da hiperidrose, proporcionando melhora de sua qualidade de vida. Imagens do teste de Minor: Antes da aplicação da toxina botulínica / Após a aplicação de algumas injeções. (As manchas pretas representam locais com hiperidrose)
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