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Atividade - metabolismo plantas C3, C4 e CAM

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FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO – FIMCA 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
CARLOS HENRIQUE ARAÚJO DE SOUSA 
ISAIAS DOS SANTOS BATISTA 
JOSÉ DOS SANTOS LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METABOLISMO DE PLANTAS C3, C4 E CAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO/RO 
2021 
Plantas C3 
Uma planta "normal" - que não tenha adaptações fotossintéticas para reduzir 
a fotorrespiração – chamada de planta C3. A primeira etapa do Ciclo de Calvin é a 
fixação de dióxido de carbono pela rubisco, e as plantas que utilizam este 
mecanismo padrão de fixação do carbono são chamadas de C3, assim 
denominadas devido ao composta de três carbonos (3-PGA) produzido pela reação.
 As enzimas e reações do ciclo de Beanson-Calvin ocorrem no estroma dos 
cloroplastos. 
Fase de Carboxilação: a fixação do CO2 inicia-se pela reação do CO2 com 
uma molécula de ribulose-1,5- bifosfato (RuBP, 5C), catalizada pela ação 
carboxilase da rubisco, formando duas moléculas de ácido fosfoglicérico (PGA), que 
é um ácido orgânico de 3C. 
Fase de Redução: o PGA em seguida é reduzido a uma triose-P, o 
gliceraldeído- 3P (G-3P), com o consumo de dois NADPH e dois ATP, pois foram 
formados dois ácidos fosfoglicérico (PGA). Essa redução em duas etapas envolve, 
primeiramente, a fosforilação do PGA ao ácido 1,3-difosfoglicérico (1,3-DPGA), com 
consumo de um ATP, seguida da redução deste 1,3-DPGA a gliceraldeído-3P, com 
consumo de um NADPH (LAWLOR, 1993). Uma parte dessas trioses-P pode ser 
exportada para o citoplasma ou utilizada para a síntese de amido, ainda no 
cloroplasto. Porém, grande parte dessas trioses-P produzidas servirá para a 
regeneração do substrato inicial da carboxilação, a RuBP. 
Fase de Regeneração: de cada 3 moles de CO2 fixados, com consumo de 3 
ribulose-1,5-bifosfato, seis triose-P são produzidas, sendo que cinco servirão à 
regeneração do substrato RuBP para a carboxilação, com consumo de outro ATP, e 
uma será desviada para a síntese de hexoses, na fase de síntese de produtos da 
fotossíntese. A RuBP é regenerada por uma série complexa de reações envolvendo 
açúcares-fosfatados com 3-, 4-, 5-, 6- e 7- carbonos. 
Fase de síntese dos produtos: os produtos finais da fotossíntese são 
primariamente os açúcares (dentre estes, primeiro são formadas as trioses-P), mas 
também serão produzidos lipídeos, aminoácidos e ácidos carboxílicos em função 
das condições de intensidade luminosa, CO2 e O2 (HALL & RAO, 1994). A redução 
de uma molécula de CO2 a CH2O necessita de 3 ATP e 2 NADPH (5,2×10 4joules) 
(LAWLOR, 1993). 
Planta C4 
As plantas C4 possuem a anatomia do tipo “Kranz”, com células distintas no 
mesófilo e na bainha perivascular. ... Portanto, na via C4 não ocorre produção de 
carboidratos, e ela servirá somente para aumentar a concentração do CO2 na 
bainha perivascular, favorecendo a ação carboxilase da rubisco. 
Na via C4, a fixação inicial de carbono ocorre nas células do mesófilo e o ciclo 
de Calvin ocorre nas células da bainha do feixe. O piruvato também é produzido 
nesta etapa e volta para a célula do mesófilo, onde é convertido em PEP (em uma 
reação que converte ATP e Pi em AMP e PPi). 
São classificadas como plantas C4 deste tipo, as espécies dos gêneros 
Andropogon, Saccharum, Sorghum, Zea e Paspalum, que são entre outras as 
principais plantas C4 cultivadas. Figura 1. Principais tipos de fotossíntese C4. 
Nas plantas C4, a parede celular, entre as células externas da bainha 
perivascular e as células mais internas do mesofilo, possui um número de 
plasmosdemos muito superior às outras paredes celulares, permitindo assim o 
trânsito dos ácidos orgânicos para o metabolismo C4, e também o trânsito de 
trioses-P, que transportarão energia e poder redutor. 
Essa via C4 inicia-se, então, pela fixação do CO2 no PEP (3C), formando o 
ácido oxaloacético com 4C, pela ação de fosfoenolpiruvato carboxilase (PEP-case) 
que se encontra no citoplasma. O ácido oxaloacético produzido pode, então, ser 
transformado em ácido málico (MAL), com gasto de 1 NADPH, ou em ácido 
aspártico (ASP). Estes ácidos orgânicos com 4C, o málico ou o aspártico, migram 
então para a bainha perivascular, onde serão descarboxilados por uma das três 
enzimas de descarboxilação, liberando CO2 para ser incorporado à RuBP, no ciclo 
de Benson-Calvin. De acordo com a enzima de descarboxilação do ácido com 4C, 
as plantas serão classificadas em três tipos. Os ácidos com 3C resultantes da 
descarboxilação, o ácido pirúvico (PIR) ou a alanina (ALA), retornam ao mesófilo 
consumindo 2 a 3ATP para regenerar o substrato da carboxilação primária C4, o 
ácido fosfoenolpirúvico (RICHTER, 1993). Portanto, a via C4 serve para transportar 
e concentrar o CO2 na bainha perivascular, onde se dará a sua redução a açúcares 
pela via C3, que é a única via metabólica de síntese de carboidratos. 
Plantas CAM 
Algumas plantas que são adaptadas a ambientes secos, tais como cactos e 
abacaxis, usam a via do metabolismo ácido das crassuláceas (CAM) para reduzir a 
fotorrespiração. Este nome vem da família de plantas, Crassulaceae, na qual os 
cientistas descobriram esta via metabólica. 
As plantas CAM são aquelas que possuem o mecanismo de fixação de CO2 
chamado de metabolismo ácido das crassuláceas (CAM ou MAC). As plantas CAM 
são aquelas que possuem o mecanismo de fixação de CO2 chamado de 
metabolismo ácido das crassuláceas (CAM ou MAC). 
Metabolismo Ácido das Crassuláceas: É um processo especial de 
fotossíntese feito por plantas que vivem em ambientes com clima quente e seco, e 
que reduz a perda de água. 
Ao invés de separar as reações dependentes da luz e o uso do CO2, no ciclo 
de Calvin no espaço, as plantas CAM separam estes processos no tempo. À noite, 
plantas CAM abrem seus estômatos, permitindo a difusão do CO2 para o interior das 
folhas. CO2 é fixado em oxaloacetato pela PEP carboxilase (a mesma etapa usada 
pelas plantas C4, e a seguir convertido em malato ou outro tipo de ácido orgânico. 
O ácido orgânico é armazenado no interior de vacúolos até o dia seguinte. Na 
luz do dia, as plantas CAM não abrem seus estômatos, mas ainda podem fazer 
fotossíntese. Isto porque os ácidos orgânicos são transportados para fora dos 
vacúolos e quebrados para liberar CO2, que entra no ciclo de Calvin. Esta liberação 
controlada mantém uma alta concentração de CO2 ao redor da rubisco. 
A fixação de CO2 nas plantas CAM ocorre apenas à noite, no escuro, quando 
os estômatos estão abertos. Nesse momento, ocorre a fixação do CO2 em 
fosfoenolpiruvato para formar o oxaloacetato. Essa última substância é transformada 
rapidamente em malato e estocada durante toda a noite nos vacúolos na forma de 
ácido málico. 
Quando chega o dia, os estômatos fecham-se e o ácido málico é retirado do 
vacúolo, transportado ao cloroplasto da célula e descarboxilado, produzindo, assim, 
piruvato e CO2. O CO2 fixado é então transferido para ribulose 1,5-bifosfato (RuBP) 
do ciclo de Calvin. O piruvato produzido pode ser convertido em açúcar e amido. 
Podemos concluir, portanto, que nas plantas CAM ocorre a formação de ácido 
málico no período noturno e seu consumo durante o período diurno. Isso faz com 
que o sabor da planta mude durante o dia, pois à noite é observado um sabor mais 
ácido, mas durante o dia a planta torna-se mais adocicada. 
Tanto a via C4 quanto o ciclo de Calvin ocorrem no interior de uma mesma 
célula nas plantas CAM, e há apenas uma separação temporal. Nas plantas C4, 
diferentemente das CAM, a separação das duas vias é espacial.

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