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Primeiro Livro de Samuel em foco!



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cristoescrito@hotmail.com 
2020 
Livro 9. Samuel 1 
Concepção 
Ana – sofrimento, clamor e recompensa 
Eli em sua cadeira 
Samuel – resposta de oração 
Saul – o rei segundo a carne 
Davi – o rei segundo o Espírito 
Jônatas – amor com restrições 
Marcio 
Bertachini 
Concepção 
 
O primeiro livro de Samuel trata da mudança de go-
verno em Israel. Os Juízes, como vimos, não estiveram à 
altura das necessidades sociais e espirituais da nação. Uma 
tentativa de mudança, da mesma forma como vemos fre-
quentemente em nossos dias, é a resposta corriqueira de 
uma humanidade que está pronta a mudar o exterior, mas 
jamais o interior. 
Samuel, o menino buscado com lágrimas por uma 
mãe que sofria de depressão recorrente, será o elo de liga-
ção da passagem daquele período conturbado de Juízes e o 
não menos conturbado reinado de Saul. No canto profético 
de Ana, ela menciona sete filhos, mas tem fisicamente so-
mente seis, e que tentaremos elucidar. 
Samuel mesmo fará poucas aparições, mas cruciais 
do ponto de vista profético e espiritual. Ele acumulará três 
funções – juiz, profeta e sacerdote. 
Encabeçará a queda de Israel e a captura da arca, mo-
mento culminante daquele sombrio período. Estas tristes 
cenas servirão como sombra da futura queda de Israel e a 
‘tomada da arca’ no período tribulacional futuro. 
Quanto a Saul, primeiro rei estabelecido por Deus 
sob total anuência do povo, a princípio se mostra um rei hu-
milde, mas ao final seu coração orgulhoso se revela sem 
pudor. 
Perseguirá Davi em muitas ocasiões, o eleito segundo 
o coração de Deus, descurando mesmo de suas obrigações 
reais e militares. Não poupará esforços em matar seu apazi-
guador de alma, mas poupará os inimigos de Deus. 
Jônatas, seu filho, encontrará em Davi o que não viu 
em seu pai, mas não terá força suficiente para acompanhá-lo 
em seu desterro temporário. 
Quanto a Davi, será perseguido implacavelmente, 
aguardando pela fé o cumprimento das promessas de Deus 
em sua vida. E se revelará fiel, ousado, cuidadoso, tanto em 
se tratando dos homens quanto Deus. 
Faremos um paralelo entre Saul e uma decadente per-
sonagem milenar, e também um paralelo entre Davi e outro 
personagem augusto. 
O livro demonstra bem que um homem afastado de 
Deus pode levar um país ao sofrimento, e outro homem de 
coração submisso pode liderar seu povo para sua glória e 
progresso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana – sofrimento, clamor e recompensa 
 
O livro de Samuel começa com o sofrimento de uma mulher na 
esperança de um filho. Representa bem o sofrimento que Israel já pas-
sou e ainda passará novamente na esperança do Messias. É certo que 
Ele já veio e foi desprezado por seu povo. Terá então que amargar pro-
fundas dores até Seu bendito retorno. 
“Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até 
que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23.39). 
Ano após ano, Ana subia para adorar ao Senhor, fazer o sacrifí-
cio anual de sua família dirigido por seu piedoso marido, Elcana. 
E em sua maior angústia, entre lágrimas e desespero, um sacer-
dote – Eli – não consegue entender sua dor e confunde com bebedeira. 
Veremos mais adiante que este sacerdote cumpria sua função e nada 
mais, estando longe de tudo que seu sacerdócio exigia. 
Ela não diz propriamente pelo que orava, e parece que também 
não importou muito ao sacerdote sabê-lo. Para ela, somente o 
‘SENHOR dos Exércitos’ poderia sarar seu corpo e seu coração. Ela 
não correu a buscar bênçãos e imposição de mãos de homens desco-
nhecidos, ofertar e dizimar materiais palpáveis que a Deus não interes-
sam. Ela ofertou seu próprio pedido! 
“Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou 
abundantemente. E fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! 
Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te 
lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um 
filho homem, ao Senhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua 
cabeça não passará navalha” (1.10-11). 
Ela não queria um simples menino, queria um homem de Deus 
à altura das necessidades espirituais de Israel que cambaleava, como já 
frisamos outras vezes, cambaleava entre deuses estranhos e vontade 
própria. 
E aqui temos algo precioso quanto à eleição ou predestinação. 
Samuel teve seu destino sagrado designado por sua mãe antes mesmo 
de nascer, não havia lugar para reclamação, fuga ou barganha. Assim 
foi, porque assim a ela agradou! Jesus será o antítipo perfeito desta 
escolha antecipada. Nada nem ninguém poderia alterar este amor pre-
destinador. 
Mas passando à felicidade de Ana pela sua oração atendida, 
uma oração de agradecimento e engrandecimento será preservada nes-
tas páginas inspiradas. E algo típico dos caminhos de Deus revelado 
nas entrelinhas. 
“Os fartos se alugaram por pão, e cessaram os famintos; até a 
estéril deu à luz sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraque-
ceu” (2.5). 
É gracioso da parte de Deus dar além daquilo que pedimos ou 
pensamos. Além de Samuel, outros filhos nascerão desta que era esté-
ril. 
“Visitou, pois, o Senhor a Ana, que concebeu, e deu à luz três 
filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do Se-
nhor” (2.21). 
Fisicamente, ela teve seis filhos, mas em sua oração ela menci-
ona sete. Um não seria deste mundo. 
Samuel, o filho da oração entregue para servir à casa de Deus, 
é tipo mais que perfeito do Filho encarnado. Quando dedicarmos uma 
nota a ele, veremos que ele acumulou as funções de juiz, sacerdote e 
profeta, ou seja, cumpriu os ofícios de Governo, Sacerdócio e Profe-
cia. O próprio significado de seu nome fala profundamente desta cone-
xão entre os dois – "Deus Ouve" ou "Nome de Deus". 
Mas o que não deixa dúvida é o contexto imediato da oração 
profética de Ana. 
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e 
faz tornar a subir dela” (2.6). 
Seria normal do ponto de vista humana, dizer que o Senhor dá 
a vida e a retira. Mas no seu caso é o inverso. Pois ela adianta muito à 
frente que um Filho também morreria e tornaria a subir da sepultura. 
Pois como veremos ainda, o sacerdócio mais legítimo, enobrecedor e 
divino é dar a vida e não tirar. Samuel também morreu para o mundo 
no momento em que foi entregue aos serviços daquele sacerdote Eli na 
casa de Deus, por isto seu nome será engrandecido entre seu povo. O 
Filho também viveu sob as mesmas diretrizes e peso. 
E assim como Samuel cumpriu os três ministérios divinos que 
comentamos logo acima, também o Filho cumpriria estes serviços nu-
ma escala jamais alcançada por qualquer mortal. 
Talvez Ana nada disso compreendesse, mas suas palavras retra-
tavam algo muito além de um simples filho mortal, passava para os 
tempos distantes de um profeta que abalaria não só seu povo, mas o 
mundo inteiro. 
E se você quiser comparar sua oração com a de Maria, mãe de 
Jesus, verá muitos traços similares que corroboram o que propusemos 
nesta nota. 
Em nosso próximo encontro, falaremos de Eli e seus vergonho-
sos filhos. 
 
 
Eli em sua cadeira 
 
A simbologia usada para descrever a condição espiritual deste 
sumo sacerdote – e por extensão de todo o povo que ele julgava – fica 
perfeitamente anotada em sua primeira e última aparição neste livro. 
“Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em 
Siló; e Eli, sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar 
do templo do Senhor” (1.9). 
“E, chegando ele [um soldado fugido da batalha], eis que Eli 
estava assentado numa cadeira, olhando para o caminho [este ho-
mem sempre contemplou, mas nunca viveu o Caminho]; porquanto o 
seu coração estava tremendo pela arca de Deus... E sucedeu que, fa-
zendo ele menção da arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao 
lado da porta, e quebrou-se-lhe o pescoço e morreu; porquanto o ho-
mem era velho e pesado; e tinha ele julgado Israel quarenta 
anos” (4.13,18). 
 Eli entraem cena assentado e sai dela assentado. Isto sempre 
me lembra das palavras do verdadeiro sacerdote. 
“Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, dizendo: 
Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as 
coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; 
mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem 
e não fazem; pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os 
põem aos ombros dos homens; 
eles, porém, nem com seu dedo 
querem movê-los...” (Mt 23-1-
4). 
Embora estas cadeiras sejam 
diferentes em função, pois uma 
trata do sacerdócio e a dos es-
cribas na transmissão da lei, 
têm a mesma concepção do uso. A concepção de Jesus a respeito de 
seu próprio ministério sacerdotal e profético é totalmente discrepante 
com o termo ‘assentado’. 
“E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ni-
nhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 
9.58). E de novo. 
“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu tra-
balho também” (Jo 5.17). 
Jesus não tinha onde reclinar a cabeça, Eli no entanto descansa-
va todo o corpo. 
 Eli não foi sacerdote nem juiz à altura de seu cargo. Preferiu 
honrar seus filhos em franco pecado para com Deus e o povo a honrar 
seu Senhor, seu ministério e a própria lei de Moisés. 
“Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam 
o SENHOR; porquanto o costume daqueles sacerdotes com o po-
vo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, vinha o moço do sa-
cerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três dentes em 
sua mão... e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si; as-
sim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló” (2.12-14). 
A repreensão do Senhor será à altura. 
“Por que desprezais o meu sacrifício e a minha oferta, que or-
denei se fizessem na minha morada, e por que honras a teus filhos 
mais do que a mim, de modo a vos engordardes do principal de todas 
as ofertas do meu povo Israel? Portanto, diz o SENHOR, Deus de Isra-
el:... Eis que vêm dias em que cortarei o teu braço e o braço da casa de 
teu pai, para que não haja mais velho algum em tua casa... E isto 
te será por sinal, a saber, o que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e a 
Finéias: que ambos morrerão no mesmo dia” (2.27-34). 
Nada mais terrível para um sumo sacerdote que se esquece de 
suas obrigações divinas para com Israel e seu Deus, encobrindo o pe-
cado de seus filhos e também sacerdotes. 
E a maneira como Deus trará este castigo é uma guerra entre os 
vizinhos filisteus e o seu povo escolhido. E aqui devemos aprender 
uma dura lição, nós que nos estribamos em nossa filiação divina, nossa 
salvação pela fé. 
A primeira batalha é travada e os filisteus a vencem. A pergun-
ta óbvia logo surge: 
“Por que nos feriu o Senhor hoje diante dos filisteus?” (4.3). 
Afinal não somos seus filhos, a menina dos seus olhos?! 
E quando não encontramos a resposta, ou não ousamos escan-
cará-la aos nossos próprios olhos, subterfúgios vãos são criados. 
“Tragamos para nós de Siló a arca do pacto do Senhor, para 
que ela venha para o meio de nós, e nos livre da mão de nossos inimi-
gos” (4.3). 
Agora a vitória seria de se esperar mais do que certa, afinal o 
símbolo máximo da presença divina estava ali. 
“Quando a arca do pacto do Senhor chegou ao arraial, prorrom-
peu todo o Israel em grandes gritos, de modo que a terra vibrou... os 
filisteus se atemorizaram” (4.5-7). 
“Então pelejaram os filisteus, e Israel foi derrotado, fugindo 
cada um para a sua tenda” (4.10). 
Será que havia algum problema com a arca? Deus havia muda-
do? Não! 
Suas vidas é que estavam tortas e baseadas em símbolos e ritu-
ais que não valiam nada sem a justiça de cada dia praticada. Podemos 
fazer jejuns proclamados por um pastor ou um juiz de toda a nação, 
mas se nossas mãos estiverem contaminadas por pecado não confessa-
do e lavado na cruz, todos os símbolos e rituais de nada valerão. Se 
não nos separarmos em santidade do mundo ímpio que nos cerca, fare-
mos muito barulho que incomodará até os vizinhos, mas a derrota será 
certa. O tempo deixará tudo muito claro, e assim como a vergonha co-
briu uma nação que se fartava de símbolos, temo que uma solene ad-
vertência esteja pesando sobre a cabeça de nossas igrejas. 
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá fo-
ras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, 
estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Ap 3.15-16). 
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Samuel – resposta de oração 
 
Vimos em nossa primeira nota que este rapaz foi resposta de 
larga oração de uma pobre mãe perseguida pela rival que a natureza 
favorecera. Mas onde abunda o pecado de um lado, a graça superabun-
da de outro. Este rapaz virá a ser o intermediário entre o período de 
juízes (ou teocracia) e o reinado. Acumulará os três ofícios mediató-
rios entre Deus e os homens, a saber, será juiz, profeta e sacerdote, se-
gundo as passagens seguintes. 
“Samuel julgou a Israel todos os dias da sua vida” (7.15). 
“Samuel crescia, e o Senhor era com ele... E todo o Israel... co-
nheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (3.19-
20). 
“Não cesses de clamar ao Senhor nosso Deus por nós, para que 
nos livre da mão dos filisteus. Então tomou Samuel um cordeiro de 
mama, e o ofereceu inteiro em holocausto ao Senhor; e Samuel cla-
mou ao Senhor por Israel, e o Senhor o atendeu. Enquanto Samuel ofe-
recia o holocausto...” (7.8-9). 
Apesar de Samuel não ser da linhagem de Arão, portanto legal-
mente não teria direito ao sacerdócio levítico, Deus o levantou para tal. 
É da prerrogativa divina substituir os ministros que falham em sua 
missão – poderíamos citar Davi no lugar de Saul, Paulo no lugar de 
Judas, Igreja no lugar de Israel, Jesus no lugar de Lúcifer... 
Aquele Eli, devidamente assentado na cadeira de Arão, será 
substituído por um que não tem sangue sacerdotal, mas é fruto de ora-
ção e promessa. Ele é erguido em um tempo em que “a palavra do Se-
nhor era muito rara naqueles dias; as visões não eram frequen-
tes” (3.1). 
É ele quem levará o povo a um arrependimento e perdão aos 
olhos do Senhor, depois que a arca é tomada pelos filisteus e Israel 
passa a ser subordinado a eles. Acompanhemos um trecho. 
“E desde o dia em que a arca ficou em Queriate-Jearim passou-
se muito tempo, chegando até vinte anos; então toda a casa de Israel 
suspirou pelo Senhor. 
Samuel, pois, falou a toda a casa de Israel, dizendo: Se de todo 
o vosso coração voltais para o Senhor, lançai do meio de vós os deuses 
estranhos e os astarotes, preparai o vosso coração para com o Senhor, 
e servi a ele só; e ele vos livrará da mão dos filisteus. 
Os filhos de Israel, pois, lançaram do meio deles os baalins 
e os astarotes, e serviram ao Senhor . 
Disse mais Samuel: Congregai a todo o Israel em Mizpá, e ora-
rei por vós ao Senhor. Congregaram-se, pois, em Mizpá, tiraram água 
e a derramaram perante o Senhor; jejuaram aquele dia, e ali disseram: 
Pecamos contra o Senhor” (7.2-6). 
Não havia necessidade da presença da arca, mas de arrependi-
mento sincero e busca sincera da vontade do Senhor. O jejum em si 
mesmo de nada adiantaria, se não estivesse atrelado ao – Pecamos 
contra o Senhor! Que isto nos sirva de lição, nestes tempos de forma-
lismo eclesiástico, modinhas espirituais, jejuns vazios, cultos de mui-
tos glórias! e pouco arrependimento. 
Mas Samuel fala também de algo ainda maior. Ouçamos esta 
profecia contra a casa de Eli. 
 E eu suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá se-
gundo o meu coração e a minha alma, e eu lhe edificarei uma casa 
firme, e andará sempre diante do meu ungido” (2.35). 
O nome Samuel tanto pode significar "Deus Ouve" quanto 
"Nome de Deus". E quem na história humana podia dizer que sempreDeus o ouvia e carregava o próprio nome de Deus? 
Jesus também acumulou os três ofícios de Samuel. Era rei, pro-
feta e sacerdote por excelência. 
E quem podia, com maior autoridade, preparar o povo ao arre-
pendimento e perdão absolutos? 
Samuel foi a resposta de Deus em um tempo conturbado, a um 
povo largado e mal direcionado pelos seus sacerdotes. Jesus foi a res-
posta divina para seu povo escravizado por Roma, por seus líderes ga-
nanciosos e sacerdotes corruptos. 
E continua sendo verdade – mesmo nestes tempos cruéis, con-
taminados e indiferentes – que este Filho de Deus nos perdoa, lava, 
liberta da escravidão do pecado e de Satanás e nos transporta para seu 
reino de luz. 
E assim como Samuel nada tinha que ver com a casa de Arão, 
também Jesus nada tinha, como está escrito: 
“De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico 
(pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de 
que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, 
e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? (Hb 7.11). 
Graças a Deus, a lei de Moisés foi cumprida por Cristo, para 
que nós vivamos em novidade de vida, sujeitos ao Espírito Santo e não 
mais à lei que nada pode acrescentar ao sacrifício de Jesus. 
Arrependimento e santidade são a resposta divina para aqueles 
que não querem submergir juntamente com Laodiceia, a igreja ímpia, 
satisfeita e misturada de nossos dias. 
A seguir falaremos de Saul e seu reinado. 
 
 
 
 
 
 
 
Saul – o rei segundo a carne 
 
Enquanto Samuel julgava Israel, tudo ia relativamente bem. 
Mas ele envelhece, e seus filhos passam a julgar em seu lugar. “Seus 
filhos, porém, não andaram nos caminhos dele, mas desviaram-se após 
o lucro e, recebendo peitas, perverteram a justiça” (8.3). 
Talvez Samuel tivesse descurado um pouco na educação dos 
filhos, diante das necessidades do povo e seu zelo por Deus. Nem sem-
pre conseguimos vencer em todas as áreas, e todos mais cedo ou mais 
tarde percebemos esta dificuldade comum. 
“Então todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram ter 
com Samuel, a Ramá, e lhe disseram: Eis que já estás velho, e teus fi-
lhos não andam nos teus caminhos. Constitui-nos, pois, agora um rei 
para nos julgar, como o têm todas as nações (8.4-5). 
A resposta para nossas dificuldades não está em observar o que 
os que nos cercam fazem, mas buscar a orientação do Senhor. Ele 
sempre dará uma saída mais honrosa, duradoura e edificante. 
O Senhor não tem dúvida do que se passava no coração daque-
le povo. 
“Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto 
te dizem, pois não é a ti que têm rejeitado, porém a mim, para que eu 
não reine sobre eles” (8.7). 
Saul será a resposta em equivalência do coração seco e duro 
daquele povo. Foi Deus quem o escolheu, é bem verdade, mas ele foi 
levantado para mostrar àquele povo que haveria um alto preço a se pa-
gar por se afastar do Deus vivo. 
Quero me basear numa passagem um tanto quanto estranha pa-
ra traçar um perfil deste rei de ânimo duplo. Aqueles que conhecem 
um pouco da Bíblia sabem de sua carreira tresloucada. 
O começo de sua história traça duas linhas de pensamento inte-
ressantes. A Palavra de Deus o descreve “jovem e tão belo que entre 
os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde 
os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” (9.2). Ou se-
ja, sua aparência externa era extremamente importante para ele mes-
mo, não era algo importante como comentário de um historiador, mas 
uma dica do que seu coração se alimentava. 
Seu raio de ação no entanto passava pelos interesses de seu pai, 
pois saiu à busca das jumentas dele. Suas posses falavam muito. E 
quando não as encontram, depois de muito busca, seu companheiro de 
viagem fala de um ‘vidente’ – Samuel – que poderia lhes informar seu 
paradeiro. Parece que Saul não tinha conhecimento deste homem, ou 
se conhecesse seu nome e importância na vida de Israel, não lhe dava 
o valor necessário. Aliás foi o moço que providenciou algum dinheiro 
para presentear o profeta. 
Samuel então o ungirá rei de Israel ao dia seguinte e anunciará 
três sinais que analisaremos com mais atenção. 
“Quando te apartares hoje de mim, encontrarás dois homens 
junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os 
quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar, e eis que já o 
teu pai deixou de pensar nas jumentas, e anda aflito por causa de ti, 
dizendo: Que farei eu por meu filho?” (10.2). 
Raquel foi a mulher amada de Jacó, pai da nação de Israel. 
Acho que estes dois homens em seu túmulo testificam tanto a morte 
espiritual de Israel quanto a de Saul. Ambos estavam perdidos, o pri-
meiro que buscava um rei, o segundo que buscava as jumentas de seu 
pai. Se não fosse a eleição certa de Deus nas vidas de ambos, a morte 
continuaria rondando e dominando suas vidas. Passemos ao segundo 
sinal. 
“Então dali passarás mais adiante, e chegarás ao carvalho de 
Tabor; ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus, a 
Betel, levando um três cabritos, outro três formas de pão, e o outro 
um odre de vinho. Eles te saudarão, e te darão dois pães, que recebe-
rás das mãos deles” (10.3-4). 
Tabor significa ‘altura’, e o encontro com estes três homens 
fala da visita de Deus, do alto, para mudar a triste situação da sepultura 
do primeiro sinal. Os três homens iam a Betel – Casa de Deus – lugar 
propício para tal mudança. Não quero dar a entender jamais que a casa 
de Deus seja alguma igreja denominacional atual ou antiga. É a pre-
sença do próprio Deus, que na época do Antigo Testamento era a habi-
tação que Ele escolheu para se revelar ao seu povo escolhido. 
Ele não recebeu dos cabritos, animais que certamente seriam 
oferecidos ao Senhor no tabernáculo, pois o Senhor já apontava que 
Saul não teria direito a nenhum contato com o sacerdócio. Seria rei, 
não sacerdote. Todos sabem que seu maior erro foi exatamente sacrifi-
car na ausência de Samuel (cap. 13). 
Recebeu dois dos três pães, anunciando que o Senhor o revive-
ria do túmulo e mais, através de seu reinado justo e santo, seu povo 
poderia também ser revivido para a glória de Deus. 
Mas o Senhor conhecia seu coração. O vinho não lhe foi dado 
pois ele não teria comunhão com seu povo – nem com Deus – e tam-
bém não estaria disposto ao sacrifício pessoal pelo bem maior de seu 
reinado. 
Uma passagem muita clara deste egocentrismo pernicioso em 
Saul está em suas palavras logo após sua negligência em destruir total-
mente os amalequitas. 
“Ao que disse Saul: Pequei; honra-me, porém, agora diante 
dos anciãos do meu povo, e diante de Israel, e volta comigo, para 
que eu adore ao Senhor teu Deus” 15.30). A sua honra vinha antes da 
do Senhor. 
“Depois chegarás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição 
dos filisteus; ao entrares ali na cidade, encontrarás um grupo de profe-
tas descendo do alto, precedido de saltérios, tambores, flautas e harpas, 
e eles profetizando. E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profe-
tizarás com eles, e serás transformado em outro homem” (10.5-6). 
Este terceiro sinal é o poder revitalizador, capacitante e impres-
cindível do trajeto do túmulo de Raquel para as alturas celestiais. 
Um pouco da doutrina do Novo Testamento pode trazer mais 
luz para com o que ocorreu com Saul e com todo aquele que já saiu do 
túmulo dos seus pecados e foi transformado em novo homem pelo ba-
tismo da fé. 
“Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, bus-
cai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de 
Deus... pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, e 
vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, 
segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.1,9-10). 
Assim como Saul, nós também fomos ressuscitados do túmulo 
da morte pelo pecado, despidos do velho homem escravizado e vesti-
dos do novo paraum aprimoramento e aproximação da imagem divi-
na. Mas a partir daqui, uma ordem fica bem clara – buscai as coisas 
que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. 
A manutenção e o aprimoramento do novo homem depende de 
nossas escolhas diárias entre o santo e profano, passando por uma vigí-
lia incessante, busca constante da vontade de Deus e leitura constante 
de Sua bendita Palavra. 
Saul não entendia nada destas coisas, não se importava com 
elas, a não ser ele mesmo. A igreja presente em que vivemos denomi-
nada pelo Senhor como Laodiceia (Ap 3), em sua lasciva mornidão, 
também não entende destas coisas e não se importa com elas, a não ser 
com ela mesma. 
Que ela possa mudar seu rumo, sair do túmulo de sua arrogân-
cia e começar a buscar as coisas que são do alto, pois o fim se aproxi-
ma rapidamente. 
 
Davi – o rei segundo o Espírito 
 
Vimos na nota anterior que Saul entra em cena buscando as 
jumentas perdidas de seu pai. A jumenta é um símbolo da nação de 
Israel escravizada pela lei que não a liberta jamais (leia como o Senhor 
vê Israel em Jr 2.24). Saul nunca teve intenção de libertá-las, mas trazê
-las de volta à escravidão da lei, e por consequência do pecado. 
Como diz a Escritura, “a lei não é da fé” e “não pode nunca 
aperfeiçoar os que se chegam a Deus”. 
A primeira menção do termo ‘jumenta’ aparece em Gn 49.9-11. 
 “Judá é um leãozinho... O cetro não se ar redará de Judá... 
até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Ele amarrará o seu 
jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa [tronco ou linha-
gem] mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em 
sangue de uvas”. 
Esta profecia é muito indicativa quanto à pessoa de Jesus em 
suas duas vindas. Ele é o leão da tribo de Judá que reinará sobre Israel 
em sua segunda vinda, e subjugando todos os povos em redor. Tam-
bém impregna sua capa no sangue das uvas, numa clara alusão ao la-
gar pisado do capítulo 19 de Apocalipse. Mas Quando Ele lava as suas 
roupas em vinho, demonstra seu sangue sacerdotal derramado em sua 
primeira vinda. 
No entanto, algo mais interessante está em jogo. Um dia Ele 
amarraria seu jumentinho (a jovem nação de Israel saída do Egito) à 
vide (sacerdócio levítico com holocaustos que não poderiam lavar, 
mas apenas cobrir seus pecados); e depois amarraria a filha da jumenta 
(esta jumenta representa agora o jumentinho crescido, que desprezou 
seu Senhor em sua primeira vinda – “E, engordando-se Jesurum, deu 
coices (engordaste-te, engrossaste-te, e de gordura te cobriste) e dei-
xou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da sua salvação” - Dt 
32.15). Resta agora ao remanescente fiel (a filha da jumenta) durante a 
perseguição no período tribulacional futuro, reconhecer seus pecados e 
ser introduzido ao sacerdócio de Cristo à videira mais excelente. 
Note, no entanto, que na primeira vinda de Jesus, ele desamarra 
ambos os animais descritos acima, no intuito de oferecer seu novo sa-
cerdócio baseado em promessas melhores, como está escrito: 
“Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma 
jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-
mos” (Mt 21.2). 
Como Israel recusou seu Messias, sua nova oferta será exata-
mente na tribulação de sete anos que logo se iniciará, no entanto debai-
xo do espremer das uvas da nação. 
Retornando então ao assunto inicial, Saul, por sua vida carnal, 
tendo inicialmente uma iluminação e capacitação do Espírito, descam-
ba em uma vida de egocentrismo que afeta todas as suas obrigações 
como rei e como homem. Descuida de Israel e persegue o novo rei le-
vantado em substituição à sua negligência, incompetência e arrogân-
cia. 
“Então Samuel lhe disse: O Senhor rasgou de ti hoje o reino de 
Israel, e o deu a um teu próximo, que é melhor do que tu” (15.28). 
A entrada de Davi em cena é digna de nota, tamanha a diferen-
ça de ocupação e preocupação de ambos. 
“Disse mais Samuel a Jessé: São estes todos os teus filhos? 
Respondeu Jessé: Ainda falta o menor, que está apascentando as ove-
lhas” (16.11). 
Lembram bem as palavras de Jesus em seu ministério terreno – 
“Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 
15.24). 
Não ouviríamos jamais palavras como as que Davi proferiu na 
boca de Saul. 
“E, vendo Davi ao anjo que feria o povo, falou ao Senhor, di-
zendo: Eis que eu pequei, e procedi iniquamente; porém estas ovelhas, 
que fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim, e contra a casa de meu 
pai” (2 Sm 24.17). 
Há uma diferença gritante entre estes dois homens, um que 
queria fazer a sua vontade, outro que buscava a vontade do Senhor 
acima de tudo. 
A palavra de Gálatas 5.17 mostra e explica perfeitamente a rixa 
e perseguição injusta de Saul sobre Davi. 
“Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a car-
ne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis”. 
A diferença de ambos se mostra no desfecho de suas vidas, ex-
celentemente profetizado em Romanos 8.6. 
“Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Es-
pírito é vida e paz”. 
Possamos nós também nestes tempos sombrios, nestes tempos 
de provação para sua Igreja – esta Laodiceia morna em que vivemos – 
e para o mundo, antes da entrada da tribulação prometida pela Escritu-
ra que não pode errar, escolher o caminho do Espírito e não da carne. 
“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois 
não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão 
na carne não podem agradar a Deus... porque se viverdes segundo 
a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras 
do corpo, vivereis” (Rm 8.7-8,13). 
Em nosso próximo encontro convidaremos Jônatas para dar 
seu belo, mas incompleto, testemunho. 
 
 
 
 
Jônatas – amor com restrições 
 
Quando nos baseamos nos erros descritos de certos persona-
gens bíblicos, nossa intenção jamais é a de denegrir sua imagem ou 
nos isentarmos de culpa, como que nos desculpando pelos erros de ter-
ceiros. Não! Jamais! Nosso objetivo é trazer à luz as dificuldades de 
todo homem e mulher que vêm ao mundo do pecado, para tentar lançar 
luz em nossa jornada idêntica e fraca. 
A Escritura é clara ao afirmar “que as mesmas aflições se cum-
prem entre os vossos irmãos no mundo” (1 Pe 5.9). Ninguém está isen-
to do erro, do vacilo, do pecado, da negligência espiritual. 
Jônatas foi o grande amigo e irmão de Davi, num plano emoci-
onal que talvez poucos cristãos experimentem. Assim como Davi dedi-
lhou sua arpa para apaziguar o espírito perturbado de Saul, Jônatas seu 
filho dedilhava seu coração nas duras provas pelas quais Davi passou 
pelas perseguições exatamente pelo pai daquele. 
Houve uma como compensação – Jônatas retribuiu ao coração 
cansado de Davi a mesma paz que este proporcionou a Saul. 
Mas não podemos deixar de ver e entender o limite seguro que 
Jônatas se manteve. Ele declarou toda sua amizade a Davi, ajudou-o 
em várias oportunidades belamente mencionadas na Palavra. Mas seu 
amor não chegou à intimidade do sofrimento. Ele não acompanhou 
Davi em seu desterro, diferentemente de muitos que o acompanharam 
por causa das suas dificuldades. 
“E ajuntou-se a ele [Davi] 
todo o homem que se achava em 
aperto, e todo o homem endivi-
dado, e todo o homem de espíri-
to desgostoso, e ele se fez capitão 
deles; e eram com ele uns quatro-
centos homens” (1 Sm 22.2). 
Ele não tinha problema em se associar com Davi na sua glória, 
como ele bem afirma e sugere. 
“E disse-lhe: Não temas, que não te achará a mão de Saul, meu 
pai; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo; o que 
também Saul, meu pai, bem sabe” (23.17). 
Mas hesitou em segui-lo na perseguição e vergonha. O destino 
de um deve ser o destino do outro. Preferindo a companhia de seu pai, 
seu destino será a morte junto a este. 
Não estamos julgando sua atitude, não sabemosseus compro-
missos com família, filhos e tudo que o cercava. Mas infelizmente, 
algumas vezes temos que tomar atitudes drásticas, radicais e próprias 
da fé. Jesus exigiria mais à frente tais atitudes. 
“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de 
mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de 
mim” (Mt 10.37). 
Há um prêmio seguro e especial quando abandonamos nossos 
privilégios e nos colocamos ao lado do Cristo sofrido e perseguido. 
“E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, 
ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu no-
me, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mt 19.29). 
Buscamos um Jesus glorificado, assentado à direita de Deus, 
mas esquecemos que enquanto estivermos aqui em baixo, o Senhor 
conclama – “E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não 
é digno de mim” (Mt 10.38). 
Pedro, que no momento mais crucial da vida de seu Senhor, 
negou-o pela fraqueza da carne, entendeu perfeitamente a ligação dos 
dois extremos de Seu ministério. 
"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de 
Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e 
alegreis” (1 Pe 4:13). 
em podia antecipar o apóstolo João em seu desterro na ilha de 
Patmos, a mesma atitude de nossa Igreja Laodiceia nesta era final em 
que vivemos, segura de sua riqueza, mas esquecendo sua extrema mi-
séria espiritual. 
“Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho 
falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, 
e nu” (Ap 3.17). 
Ajuda-nos, Senhor, a não nos envergonharmos nem fugirmos 
do resto das aflições de nosso Senhor que nos resta cumprir em nossa 
vida cotidiana. Cumpra-se a tua vontade, assim na terra como no céu! 
E assim findamos estas considerações sobre o primeiro livro de 
Samuel e partimos, sempre acompanhados da gloriosa presença do Es-
pírito de Deus, para seu segundo livro. 
Espero que você continue esta jornada conosco, pois ainda te-
mos muito que comentar, enquanto tivermos tempo para isto!