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GENÉTICA MÉDICA Julya Pavão MÉTODOS DIAGNÓSTICOS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS · Hibridização fluorescente in situ (FISH): · Sonda: sequência complementar a um segmento de DNA conhecido; · A sonda se hibridiza com a sequência de DNA do segmento cromossômico estudado; · A sonda tem componentes fluorescentes: a região onde ocorreu a hibridização é visualizada pelo microscópio de fluorescência. · Áreas de abrangência: · Onco-hematologia: identificação, rastreamento e monitoramento das anormalidades cromossômicas. · Genética constitucional: síndromes genéticas específicas. · Diagnóstico pré-natal: aneuploidias cromossômicas. · Etapas: · Sonda de DNA marcada com corante fluorescente; · Desnaturação do DNA; · Hibridização da sonda com o DNA; · Multiplicação gênica; · Análise da fluorescência no microscópio ( + = ocorreu hibridização, - = não ocorreu hibridização). · Microdeleções; · Monossomias e trissomias; · Neoplasias. · Reação em cadeira de polimerase – PCR: · Amplificação enzimática exponencial de um fragmento de DNA localizado entre 2 primers; · Requer: · Dna-alvo, taq-polimerase, desoxinucleotídeos, primers específicos para o DNA alvo. · Vantagens: · Sensibilidade: pequena quantidade de DNA; · Segurança: não envolve radiação; · Velocidade: rápido; · Simplicidade: base para outras técnicas; · Resolução: DNA degradado pode ser usado. · Desvantagens: · Não pode ser usada para amplificar grandes alelos devido tamanho do molde; · Conhecimento exato do locus gênico; · Alto risco de contaminação da amostra. · Etapas: · Desnaturação: aquecimento da amostra até 94 graus celsius; · Anelamento: redução da temperatura para 60 graus celsius e adição dos primers; · Extensão/Alongamento: elevação da temperatura para 72 graus celsius – Taq polimerase se move pela cadeia de DNA entre os primers e sintetiza a fita complementar. · Deleções e duplicações; · Expansões; · Mudança na ordem das bases nucleares. · Amplificação de múltiplas sondas dependentes de ligação (MLPA): · Hibridização de sondas especificas em regiões de interesse do genoma ampliadas usando PCR; · Variante da PCR; · Suspeita clínica conhecida; · Pode amplificar diferentes sequências em uma mesma reação; · Vários primers são colocados no DNA que vão ser reconhecidos pelo sensor. · Duplicação: dois primers reconhecidos. · Deleção: não há reconhecimento. · Endonucleases de restrição: · Escolhidas de modo a reconhecer uma sequência no sítio de mutação; · Produzidas por bactérias; · Enzima irá cortar ou não cortará o DNA, dependendo de como a mutação estiver presente; · Investigação de mutação específica. · Southern-Blot: · Uso limitado após PCR; · DNA de fita dupla é digerido pela endonuclease e os fragmentos resultantes são separados pela eletroforese em gel. · DNA no gel é desnaturado, transferido para um filtro, hibridizado com sonda marcada radioativamente. · Limitações: técnica trabalhosa e usa radioatividade. · Polimorfismo de Comprimento de Fragmento de Restrição (RFLP): · Polimorfismo: variabilidade na sequência de DNA em determinada localização de um cromossomo (loci) com frequência superior a 1% na população. Também atuam como marcadores genéticos, já que são transmitidos associados a outros genes localizados na região cromossômica próxima a eles (linkage). Além de permitir diferenciar um indivíduo de outro através da sequência de DNA. Exemplo de polimorfismo: Sistema ABO. · Marcadores genéticos: são polimorfismos nos genes que permitem diferenciar indivíduos, populações e espécies. · Aplicação dos marcadores: · Variabilidade genética; · Seleção assistida; · Teste de paternidade; · Identificação de indivíduos; · Melhoramento genético; · História evolutiva; · Detecção de sequências. · Reação em Cadeia da Polimerase (PCR): amplificação de uma sequência específica do DNA. · Polimorfismos de Comprimento de Fragmento de Restrição (RFLP): é a combinação de dois métodos para estudo molecular, primeiramente realizando amplificação por PCR do gene a ser estudado. Posteriormente realiza-se a digestão do produto amplificado por enzimas de restrição. · Etapas: · a) Digestão do DNA por endonucleases – DNA é fragmentado em pequenos pedaços por cortes extremos cegos (blunt ends) ou extremos coesivos (sticky ends). · b) Separação por eletroforese – ânodo e cátodo separam os fragmentos em mais densos e menos densos, menos densos possuem menor resistência, consequentemente migrando mais e ficando mais próximo do cátodo, as mais densas possuem maior resistência, migrando menos, consequentemente ficando mais próximo do ânodo. · c) Transferência para material de nitrocelulose. · d) Hibridização com sondas radioativas – são inseridas sondas marcadas com P 32 (fósforo), que vão gerar complementariedade nos fragmentos de DNA que foram transferidos anteriormente, gerando bandas polimórficas. · Serve para identificar pequenas inserções ou deleções em determinados fragmentos de restrição de um gene, que verá aumentado ou diminuído, respectivamente. · Vantagens: poder diferenciar homozigotico e heterozigótico. · Desvantagens: alto custo, tempo. · Polimorfismo Conformacional Unifilamentar (SSCP): · Etapas: · a) Desnaturação da cadeia pelo calor – após fazer PCR e amplificar os éxons, os produtos sofrem desnaturação e são separados por eletroforese. Qualquer mudança de bases pode alterar o padrão de migração do fragmento, sua mobilidade depende do tamanho de pares de base e estrutura secundária do DNA · b) Tendência de unirem novamente / descanso em condição não desnaturante – seqüências normais são mais estáveis e tendem a formar pontes de hidrogênio, sequências com mutações são mais instáveis e possuem conformações diferentes. · Obs.: as alterações que não modificam o tamanho do DNA, apenas substituem, também podem mudar a mobilidade do DNA em gel não desnaturante. · Vantagens: análise de vários produtos da PCR simultaneamente, rápido e fácil execução, baixo custo, não é necessário conhecer a mutação previamente. · Desvantagens: baixa sensibilidade para mutações em ponto, apenas para segmentos < 250 bps, mudança de base pode não estar correlacionada a doença, resultado positivo requerem posterior seqüenciamento para identificação da mutação. · Sequenciamento: · Processo que determina a ordem dos nucleotídeos dentro de uma amostra, muito parecido com a PCR. Precisamos do DNA a ser sequenciado, primers, taq polimerase, nucleotídeos dntp, a diferença é a adição nucleotídeos ddNTP, que são nucleotídeos ACTG quimicamente modificados e marcados com fluorocromo com cores diferentes. A diferença de um nucleotídeo quimicamente modificado é que no normal temos um terminal hidroxila (OH) no carbono 3, que permite que o novo nucleotídeo seja inserido para formação da cadeia, enquanto no modificado não temos o terminal hidroxila, portanto não é possível a inserção de um nucleotídeo. A sequência complementar vai sendo construída com a incorporação de nucleotídeos normais e a medida que um ddNTP for incorporado ele bloqueia a continuação da complementariedade da cadeia, o sequenciamento para no nucleotídeo marcado, no final tem vários fragmentos de tamanhos diferentes. · Etapas: · a) Síntese da cadeia complementar ao DNA-alvo, por PCR. · b) Reação é interrompida quando nucleotídeos marcados são incorporados à cadeia (ddNTPs). · c) Geração de fragmentos de DNA com tamanhos diferentes e que terminam em sítios específicos marcados A, C, T ou G. · Separação por eletroforese (dNTPs – extendem a fita de DNA; ddNTPs – terminam a fita de DNA). · Os marcadores têm cores diferentes, que possuem diferentes comprimentos de onda ao passar pelo laser. · Vantagens: pode observar a maioria das mutações. · Desvantagens: alto custo. · Hibridização Genômica Comparativa de Microarranjos de DNA (CGH – ARRAY): · CGH constitui uma hibridização genômica comparativa, paciente e controle, na qual marcadores diferentes, competem pelas sondas na superfície de uma lâmina. Deleções e duplicações são indicadas pela quantidade de fluorescência. · Resolução de 10 kb a 1Mb (densidade das sondas), quantomaior, mais resolução. É recomendada em aneuploidias, síndrome de microdeleções e microduplicações, diagnóstico pré-natal, diagnóstico pré-implantacional (PGD), desbalanços cromossômicos de até 500pb, moisacismo de baixa frequência e genes específicos. · Autismo; · Esquizofrenia; · Transtorno de déficit de atenção (TDHA); · Epilepsia idiopática; · Atraso no desenvolvimento psicomotor ou deficiência mental; · Abortamento espontâneo; · Desordens de desenvolvimento sexual; · Síndrome do supercrescimento; · Anomalias congênitas cromossômicas. GENÉTICA MÉDICA Julya Pavão MÉTODOS DIAGNÓSTICOS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS · Hibridização fluorescente in situ (FISH) : ü Sonda: sequência complementar a um segmento de DNA conhecido; ü A s onda se hibridiza com a sequência de DNA do segmento cromossômico estudado ; ü A s onda tem componentes fluorescentes: a região onde ocorreu a hibridização é visualizada pelo microscópio de fluorescência . ü Áreas de abrangência : ü Onco - hematologia: identificação, rastreamento e monitoramento das anormalidades cromossômicas . ü Genética constitucional: síndromes genéticas específicas . ü Diagnóstico pré - natal: aneuploidias cromossômicas . ü Etapas : ü Sonda de DNA marcada com corante fluorescente; ü Desnaturação do DNA; ü Hibridização da sonda com o DNA; ü Multiplicação gênica ; ü Análise da fluorescência no microscópio ( + = ocorreu hibridização, - = não ocorreu hibridização) . ü Microdeleções; ü Monossomias e trissomias; ü Neoplasias . · Reação em cadeira de polimerase – PCR : ü Amplificação enzimática exponencial de um fragmento de DNA localizado entre 2 primers ; ü Requer : ü Dna - alvo, taq - polimerase, desoxinucleotídeos, primers específicos para o DNA alvo . ü Vantagens : ü Sensibilidade: pequena quantidade de DNA ; ü Segurança: não envolve radiação ; ü Velocidade: rápido ; ü Simplicidade: base para outras técnicas ; ü Resolução: DNA degradado pode ser usado . ü Desvantagens : ü Não pode ser usada para amplificar grandes alelos devido tamanho do molde ; ü Conhecimento exato do locus gê nico ;
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