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Ana����a d� R���od�ção d� M���o Desenvolvimento embrionário: O testículo se desenvolve dentro do abdômen, medialmente ao rim embrionário (mesonéfro) - ductos que dão origem ao trato reprodutor do macho também são chamados de mesonéfricos (ou ductos de Wol�) Duas substâncias são produzidas pela gônada ainda indiferenciada - (1) AMH e (2) andrógeno masculino O Hormônio Anti-Mulleriano ou substância inibidora Mulleriana é uma glicoproteína responsável pela supressão do desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos (ou Mullerianos), a partir do qual se desenvolve o trato reprodutor feminino Determinação genética: O sexo do indivíduo é determinado no momento da fecundação pelo arranjo dos crosomossos X oriundo da fêmea e o cromossomo X ou Y proveniente do macho FÊMEA n+XX MACHO n+XY OBS: Primeiro se estabelece o sexo cromossômico, seguido do desenvolvimento do sexo gonadal, terminando com o desenvolvimento do sexo fenotípico O gene SRY (Sex-Determining Region of Y Chromossome) ou TDF (Testis Determining Factor) tem papel fundamental no processo de diferenciação sexual As células precursoras de Sertoli são as primeiras a expressar o gene SRY, formando os cordões seminíferos e dando início ao processo de diferenciação O gene SOX-9 determina a produção do AMH, determinante para o desenvolvimento sexual do macho OBS: qualquer anormalidade na diferenciação ou desenvolvimento gonadal podem dar origem a diferentes graus de intersexualidade Por exemplo: a diminuição das taxas de proteínas SOX-9 resulta na feminização de indivíduos 46,XY podendo induzir o hermafroditismo O gene WT-1 - produzido pelas células de Sertoli - está relacionado ao desenvolvimento morfológico das gônadas, após a determinação sexual Em bovinos a diferenciação sexual começa a ocorrer a partir da sétima semana de vida, enquanto nos equinos ocorre a partir de 40 dias pós-coito Descida testicular: Durante a descida dos testículos, a gônada migra caudalmente do abdômen em direção ao anel inguinal profundo Então atravessa a parede abdominal e emerge no anel inguinal superficial - é a maior dilatação do nervo genitofemoral (L3 e L4) Antes da descida há a formação da túnica vaginal, no qual o peritônio se estende desde a parede abdominal, abrigando o ligamento inguinal ou gubernáculo testis O gubernáculo é um cordão fibromuscular que “guia” a descida dos testículos até a bolsa TEMPO DE DESCIDA TESTICULAR: TOURO: metade da vida fetal CARNEIRO: metade da vida fetal CACHAÇO: último quarto de vida fetal GARANHÃO: logo antes/depois do nascimento OBS: mito da descida testicular do garanhão até os 03 anos de idade OBS: o criptorquidismo, caracterizado pela não descida de um ou de ambos os testículos da cavidade abdominal tem caráter genético - animal deve ser castrado e retirado da reprodução - alto risco de desenvolvimento de neoplasias pela temperatura mais elevada dentro do abdômen OBS: a remoção de um testículo pode levar a um considerável aumento da gônada remanescente (até 80%) Em animais criptorquidas, a retirada do testículo que desceu pode levar à descida do testículo ainda alojado na cavidade Desenvolvimento pós-nascimento Na puberdade, todos os componentes do sistema reprodutor estão desenvolvidos suficientemente para que o sistema como um todo seja funcional MAS No período pós-puberdade, o desenvolvimento reprodutivo continua e o sistema reprodutor pode levar meses ou anos para atingir a maturidade PUBERDADE ≠ MATURIDADE SEXUAL Em equinos, um aumento significativo do peso testicular, na produção diária de espermatozóides e na reserva epididimal ocorre até os 15 anos de idade ESPERMATOZÓIDES NO EJACULADO: TOURO: 42 semanas CARNEIRO: 18 semanas CACHAÇO: 22 semanas GARANHÃO: 64 a 96 semanas IDADE DA MATURIDADE SEXUAL: TOURO:150 semanas CARNEIRO: 24 semanas CACHAÇO: 30 semanas GARANHÃO:90 a 150 semanas Anatomia comparada: Escroto: É a extensão da pele que aloja os testículos fora da cavidade abdominal T= 4 a 6 °C abaixo da temperatura corporal Forma, tamanho, presença ou ausência de pêlos varia com a idade e espécie Funções : suporte, proteção e termorregulação testicular de fora para dentro PELE - TÚNICA DARTOS - FÁSCIA ESCROTAL - TÚNICA VAGINAL (PARIETAL E VISCERAL) Testículos: Funções : produção hormonal (andrógenos masculinos) e gametogênese (espermatozóides) Forma e tamanho variam com a espécie e idade, sendo que animais jovens possuem testículos menores e mais arredondados quando comparados aos machos adultos posicionamento dos testículos HORIZONTAL VERTICAL DIAGONAL EQUINO1 RUMINANTES CARNÍVOROS SUÍNOS Estrutura testicular: Túnica albugínea: formada por tecido conjuntivo denso modelado, é aderida diretamente à superfície dos testículos; ela se espessa, formando o mediastino testicular, a partir do qual são emitidos os septos 1 cabeça/ cauda do epidídimo são “alinhadas” com cabeça e cauda do garanhão Os septos dividem o testículos em lóbulos que abrigam os túbulos seminíferos; cada lóbulo é envolto por tecido conjuntivo frouxo rico em vascularização sanguínea e linfática, além de células intersticiais de Leydig Os túbulos seminíferos são o local de ocorrência da espermatogênese; formados pelas células de Sertoli, células mióides e células germinativas (espermatozóides em diversas fases de desenvolvimento) Células de Sertoli : são as células estruturais; têm a função de nutrir as células germinativas, fagocitar restos celulares e compor a barreira hematotesticular2 Cordão espermático: ou funículo espermático Se estende do anel inguinal ao testúculo Formado por: ARTÉRIA TESTICULAR + VEIAS DO PLEXO PAMPINIFORME + VASOS LINFÁTICOS + NERVOS + M. CREMÁSTER + DUCTO DEFERENTE + TÚNICA VAGINAL Mecanismos de termorregulação: 2 barreira que evita o contato das células germinativas haplóides (n), consideradas estranhas aos organismo, com componentes do sistema imune 1. mecanismo de contracorrente A partir da troca de calor entre a A. testicular, em contato íntimo com o plexo pampiniforme permite que o sangue arterial seja resfriado antes de chegar aos testículos. Ao mesmo tempo, permite que o sangue venoso seja aquecido antes de retornar à cavidade abdominal 2. músculo cremáster Aproxima ou afasta os testículos da cavidade abdominal, com o objetivo de elevar ou reduzir a temperatura testicular, respectivamente 3. túnica dartos A túnica dartos é composta por musculatura lisa e se localiza logo abaixo da pele do escroto; tem a capacidade de se relaxar (aumentando a superfície testicular) ou se contrair (reduzindo a superfície testicular), aumentando ou restringindo a troca de calor entre os testículos e o meio externo 4. sudorese As glândulas sudoríparas presentes na pele escrotal auxiliam na redução da temperatura testicular elevada através da sudorese Epidídimo: Local de ocorrência da maturação, transporte e armazenamento de espermatozóides3 CAUDA -ARMAZENAMENTO CORPO -CAPACIDADE FECUNDANTE/MOVIMENTAÇÃO CABEÇA -ABSORÇÃO DE FLUIDOS Em animais fora da reprodução, os espermatozóides velhos são eliminados pela urina OBS: ANIMAIS REPRODUTORES EM REPOUSO DEVEM SER ESGOTADOS ANTES DA AVALIAÇÃO ESPERMÁTICA caminho a ser percorrido pelos espermatozóides 1. túbulos seminíferos 2. túbulos retos 3. rete testis 4. ductos eferentes 5. ductos epididimários 6. ducto deferente 7. uretra peniana Os túbulos retos levam os espermatozóides até a rede testicular; A rede testicular é uma rede de túbulos anastomosados que transporta os 3 ao final da espermatogênese, os espermatozóides não possuem capacidade de fecundação ou movimentação espermatozóides até os ductos eferentes (localizados entre o mediastino e o epidídimo) Os espermatozóides são conduzidos dentro do epidídimo através dos ductos epididimários até o ducto deferente, alcançando a uretra peniana Glândulas anexas ou acessórias: São responsáveis pela produção da maior parte do plasma seminal - oferece substrato nutritivo aos espermatozóides + ativa a capacitação espermáticaSão elas: 1. AMPOLAS DO DUCTO DEFERENTE 2. GL. VESICULARES 3. PRÓSTATA 4. GL. BULBOURETRAIS garanhão touro cachaço cão As ampolas são dilatações do ducto deferente - por isso, algumas literaturas não as considera como glândulas acessórias Equinos e ruminantes possuem todas as glândulas anexas - nos equinos, as gl. vesiculares têm aspecto não - lobulado e são menores que as dos bovinos (maiores e de aspecto lobulado) Equinos e suínos possuem a fração gel4 no ejaculado - tampão que evita o refluxo de semen dentro do trato reprodutor da fêmea local de produção da fração gel : EQUINOS - GL. VESICULAR SUÍNOS - GL. BULBOURETRAL Suínos não possuem ampolas e possuem gl. bulbouretrais extremamente desenvolvidas Felinos não possuem gl. vesiculares Cães possuem apenas a próstata e as ampolas Prepúcio: Camada dupla de pele que recobre externamente o pênis Mais penduloso nos ruminantes Pênis: Tipo fibroelástico: ocorre em ruminantes e suínos possui flexura sigmóide (“S” peniano) que se estica durante a ereção5 Tipo musculocavernoso: ocorre em equinos e carnívoros 5 flexura sigmóide é presa pelo m. retrator do pênis, que se relaxa quando há excitação 4 porque são as espécies com os maiores volumes de ejaculado corpo do pênis possui corpos cavernosos que necessitam de grande volume de sangue para sustentar a ereção Cão possui osso peniano e bulbo - que se dilata durante a cópula, mantendo o macho fixo à fêmea - Carneiro possui o apêndice filiforme ou vermiforme, contendo a uretra - se movimenta dentro do trato reprodutor da fêmea como estratégia de disseminação de espermatozóides Garanhão possui o processo uretral, que se projeta a partir da superfície da glande durante a monta, se acoplando à cérvix da égua e permitindo a ejaculação intrauterina Felinos possuem espículas penianas - que lesionam o epitélio vaginal da fêmea, induzindo a ovulação ; as espículas são estruturas hormônio dependentes, ou seja: presentes nos animais maduros sexualmente ausente/ discretas nos animais jovens e castrados Cachaço possui pênis em formato de saca - rolha, permitindo o encaixe na cérvix da fêmea
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