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DISTROFIA MUSCULAR DMD, DMB

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10
CENTRO UNIVERSITÁRIO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA – IESB
CURSO DE BIOMEDICINA – TURMA NOTURNO
DISTROFIA MUSCULAR, DUCHENNE E A DE BECKER
BRASÍLIA – DF
 2021
SUMÁRIO
Introdução	3
1- DISTROFIAS MUSCULARES DE DUCHENNE E BECKER	5
1.1 Definição	5
1.2 Classificação descrição dos tipos	5
1.2.1 Distrofia muscular de Duchenne	5
1.2.2 Distrofia muscular de Becker	6
1.3 Descrição clínica	6
1.4 Fatores de Risco	7
1.5 Epidemiologia	7
1.6 Métodos de Diagnóstico	7
1.6.1 Diagnóstico diferencial	7
1.6.2 Diagnostico pré-natal	7
1.7 Tratamento e controle da doença	7
1.8 Prevenção	9
2- Conclusão	10
Referências	11
Introdução
	A distrofia muscular é uma doença de origem genética, que apresenta como característica comum a degeneração progressiva da musculatura estriada. A fadiga e a fraqueza muscular formam a base do quadro clínico e, em casos mais severos, diminuem a expectativa de vida do indivíduo.
A distrofia muscular Duchenne DMD é a forma mais severa de distrofia muscular e ocorre em 1 a cada 3500 nascidos vivos do sexo masculino. DMD é uma desordem recessiva, fatal, ligada ao cromossomo X. Ela é causada por mutações patogênicas no gene DMD, o maior gene descrito no genoma. Todavia, o RNA distrofina é processado diferencialmente produzindo uma variedade de transcritos, que codifica um conjunto de isoformas da proteína. A distrofina traduzida do transcrito maior é uma proteína do citoesqueleto, em forma de bastonete, encontrada na superfície interna das fibras musculares. Ela constitui aproximadamente 0,002 do total de proteína presentes no musculo estriado e forma parte do complexo glicoproteína distrofina que constitui a ponte entre o citoesqueleto interno (actina F) e a matriz extracelular.
A distrofia muscular de Becker DMB, é cerca de 10 vezes mais rara; em termos gerais, nos pacientes com DMB a distrofina é de tamanho reduzido como resultado de deleção no mesmo padrão de leitura ou seu nível de expressão é reduzido, enquanto os pacientes com DMD são portadores de mutações que causam terminação prematura da tradução (mutações sem sentido ou mutações de alteração do padrão de leitura). A principal diferença entre DMD e DMB reside na idade de início e na velocidade de progressão da doença. A idade média de diagnostico confirmado de DMD é de 4 e 6 anos, quando a criança começa a apresentar um modo característico de se levantar; com 10 anos muitos já usam cadeira de rodas; disfunção no músculo liso no trato digestivo ou urinário ocorre em 21% e 6% dos pacientes respectivamente, com aproximadamente 15 anos. Com esse cenário, a morte se dá por insuficiência respiratória, broncopneumonia ou, como o miocárdio também é afetado por insuficiência cardíaca.
O comprometimento muscular dos acometidos é simétrico e inicia-se pelos membros inferiores e quadris, e, posteriormente, atinge os membros superiores. Ocorre uma acentuação da lordose lombar e marcha anserina. Contraturas e retrações dos tendões levam alguns pacientes a andar na ponta dos pés. A regeneração de fibras se torna menos frequente com a progressão da doença e são eventualmente substituídas por tecido adiposo e conectivo, colaborando para um músculo pseudo-hipertrofico, pois há uma dilatação anormal da panturrilha aos três anos, em média. Aproximadamente 30-50% dos pacientes com DMD apresentam algum tipo de retardo mental. Já na DMB, os sintomas iniciam-se em geral na segunda década, os afetados andam ainda após os 16 anos. A velocidade de progressão é extremamente variável. 
A confirmação do diagnóstico da DMD " mediante testes moleculares para a ausência de distrofina na biopsia muscular ou a presença de mutações (principalmente deleções) no gene DMD. Pacientes com DMD e DMB têm um aumento significativo (até 2000 vezes os valores normais) de creatina quinase no soro sanguíneo que é liberada do músculo distrófico, antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Quando os músculos estão funcionando corretamente, o nível de creatina quinase no sangue é relativamente baixo, mas quando há algum problema com os músculos, as células musculares se abrem, causando o derramamento de creatina quinase na corrente sanguínea, aumentando sua taxa no sangue, o que causa ainda maiores danos aos músculos. O período que decorre desde o aparecimento dos primeiros sintomas até o diagnóstico definitivo muitas vezes é extenso, o que prejudica o tratamento para amenizar os sintomas.
1- DISTROFIAS MUSCULARES DE DUCHENNE E BECKER
1.1 Definição
	As distrofias musculares de Duchenne e Becker (DMD e BMD) são doenças neuromusculares caracterizadas por perda de massa muscular e fraqueza progressivas por degeneração do músculo esquelético, liso e cardíaco. 
As distrofias musculares Duchenne e Becker são doenças genéticas causadas por mutações do gene DMD, ambas com padrão de herança recessivo o ligado ao cromossomo X. Deleções (perda de DNA) e duplicações (ganho de DNA) no gene DMD são responsáveis pela doença em aproximadamente 70% dos pacientes. Em cerca de 2/3 dos casos de DMD, a mutação responsável pela doença foi herdade da mãe do paciente (em geral, assintomático). Mulheres portadoras de mutação do gene DMD tem, em cada gestação, 50% de chance de transmitir esta alteração a sua prole. 
1.2 Classificação descrição dos tipos 
1.2.1 Distrofia muscular de Duchenne
	A distrofia muscular de Duchenne começa entre os dois e três anos de idade. Os primeiros sintomas são atraso do desenvolvimento (especialmente atraso para começar a andar) e dificuldades ao andar, correr, saltar ou subir escadas. Meninos com distrofia muscular de Duchenne caem com frequência, o que costuma causar fraturas nos braços e pernas. Eles andam de maneira oscilante, frequentemente andam nas pontas dos pés e têm dificuldade para se levantar do chão. Segue-se, em geral, fraqueza nos músculos dos ombros, a qual piora gradualmente. À medida que os músculos se enfraquecem, eles também aumentam de tamanho, mas o tecido muscular anômalo não é forte. Nos meninos com distrofia muscular de Duchenne, o músculo cardíaco também aumenta de tamanho e se enfraquece gradualmente, o que causa problemas no batimento cardíaco. Complicações cardíacas ocorrem em aproximadamente um terço dos meninos com distrofia muscular de Duchenne até os 14 de idade e em todos os meninos afetados pela doença com idade superior a 18 anos. Contudo, uma vez que esses meninos não conseguem se exercitar, o músculo cardíaco enfraquecido não causa sintomas até a doença progredir. Aproximadamente um terço dos meninos com a doença apresenta comprometimento intelectual leve que não piora e que afeta principalmente as habilidades verbais. Em meninos com distrofia muscular de Duchenne, os músculos das pernas e dos braços costumam se contrair ao redor das articulações, tornando impossível esticar completamente os cotovelos e os joelhos. Uma curvatura anômala da espinha (escoliose) acaba se desenvolvendo. Gordura e outros tecidos substituem certos grupos musculares aumentados, especialmente os músculos das panturrilhas. Até os doze anos de idade, a maioria dos meninos com a doença precisa usar uma cadeira de rodas. A fraqueza crescente dos músculos da respiração também os torna suscetíveis a desenvolver pneumonia e outras doenças, e a maioria morre por volta dos 20 anos de idade.
1.2.2 Distrofia muscular de Becker
	Nos meninos com distrofia muscular de Becker, a fraqueza é menos grave e começa a aparecer um pouco mais tarde, por volta dos 12 anos de idade. Em geral, eles conseguem andar até pelo menos os 15 anos de idade e muitos deles conseguem continuar a andar até a idade adulta. O padrão de fraqueza se assemelha ao da distrofia muscular de Duchenne. No entanto, um número muito pequeno de adolescentes precisa usar cadeira de rodas. A maioria das pessoas sobrevive até a quarta ou quinta década de vida (dos 30 ao fim dos 40 anos de idade).
1.3 Descrição clínica
Na DMD, a marcha é frequentemente afetada. O diagnóstico é geralmente feito aos 5 anos de idade quando as crianças apresentam marcha bamboleante e em bicos dospés, com hipertrofia dos gémeos (sinal de Gower positivo). A incapacidade para caminhar aparece entre os 10 e os 12 anos de idade. A escoliose, miocardiopatia e insuficiência respiratória restritiva vão aparecendo progressivamente. A BMD tem início mais tardio, entre os 5 e os 15 anos com défice motor proximal de progressão variável. O envolvimento do coração pode ser o sinal inicial. Existem outras formas clínicas (miocardiopatia isolada, intolerância ao exercício físico, e formas sintomáticas da distrofia muscular de Duchenne e Becker em mulheres portadoras).
1.4 Fatores de Risco
Estas duas doenças recessivas ligadas ao X são causadas por deficiência da distrofina nos músculos esquelético e cardíaco, levando a lesões necrosantes progressivas. O gene da distrofina (DMD) está localizado em Xp21.2 e codifica várias isoformas. As correlações genótipo-fenótipo estão atualmente a ser investigadas.
1.5 Epidemiologia
	A DMD é mais frequente, ocorre mais cedo e é mais grave do que a BMD. A DMD e a BMD afectam principalmente indivíduos do sexo masculino. A prevalência da DMD é de 1/3300 nascimentos do sexo masculino. A prevalência da BMD varia desde 1/18000 a 1/31000 de nascimentos masculinos.
1.6 Métodos de Diagnóstico
O diagnóstico clínico pode ser confirmado por vários métodos. Os níveis de creatina fosfoquinase são de 50 a 200 vezes (DMD) ou 10 a 35 vezes (BMD) acima dos valores estandardizados. A biopsia muscular mostra características distróficas (fibras necróticas e regenerativas). Os estudos imunohistoquímicos mostram uma ausência total de distrofina (DMD) ou distrofina em quantidade e/ou de qualidade alterada (BMD). A análise molecular mostra frequentemente deleções do gene DMD.
1.6.1 Diagnóstico diferencial 
	O diagnóstico diferencial deve incluir as sarcoglicanopatias. É essencial o rastreio de portadores do sexo feminino na família.
1.6.2 Diagnostico pré-natal 
	O diagnóstico pré-natal requer o diagnóstico molecular mais preciso possível.
1.7 Tratamento e controle da doença 
	Como tipos de tratamento e controle da doença, podemos citar:
· Fisioterapia e aparelhos ortopédicos para os tornozelos ou pernas;
· Às vezes, inibidores da enzima conversora da angiotensina e betabloqueadores;
· Às vezes, medicamentos que aumentam a produção da proteína distrofina;
· Às vezes, cirurgia;
· No caso de distrofia de Duchenne, prednisona ou deflazacorte.
	É importante que a criança se mantenha ativa. Coloque-a para praticar alguma atividade física moderada, seguindo as orientações do fisioterapeuta, do reumatologista e de um personal traine ou professor especializado. O sedentarismo pode agravar o quadro de distrofia muscular de Duchenne. Nem a distrofia muscular de Duchenne nem a de Becker têm cura.
 Tratamentos com vasodilatadores, geléias hiperprotéicas e insulina não alteram o quadro clínico de evolução da doença. O que pode retardar sua evolução é apenas a fisiologia motora. 
 Um paciente com DMD cadeirante precisa realizar treinamento da musculatura respiratória, pois dará início a perca de capacidades e volumes pulmonares e aumento do volume residual. 
 Além disso, poderá apresentar perca na eficácia da tosse (o que causará retenção de secreções, predispondo o aparecimento de pneumonias) e apresentar insuficiência respiratória.
 Já o DMB desenvolve alterações respiratórias mais discretas, onde o paciente precisa ser condicionado a um treino que venha proporcionar o retardo da perda da função motora. Dentre tantos fatore, o acometimento cardíaco, a médio e longo prazo, pode delimitar ainda mais as atividades físicas: a hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE) e/ou direito (HVD) podem causar o aparecimento de hipertensão arterial sistêmica e/ou pulmonar ou insuficiências mitral e/ou tricúspide, que podem levar à insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Caso a HVE/HVD cause edema de pulmão ou aumento da pressão arterial (PA), a utilização pressão expiratória final positiva (positive end expiratory pressure – PEEP), promoveria drenagem do infiltrado para o espaço intersticial e diminuição do retorno venoso ao coração, retardando a TA.
1.8 Prevenção 
	Infelizmente, não há como prevenir a ocorrência de distrofia muscular de Duchenne
2- Conclusão 
	Os achados mostram encurtamentos musculares e deformidades osteoarticulares à medida que a doença progride, no entanto, ainda não existe tratamento para impedir a progressão da doença, muito embora haja a possibilidade de manutenção do quadro clínico, com o objetivo de retardar as sequelas. De acordo com o perfil clínico e funcional próprio desta patologia, é de extrema importância um cuidado interdisciplinar devido às diversas complicações que a DMD ocasiona.
Referências 
DEFINIÇÃO de distrofias musculares de Duchenne e Becker. Orphanet. Disponível em: <https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?Expert=262&lng=PT#:~:text=As%20distrofias%20musculares%20de%20Duchenne,m%C3%BAsculo%20esquel%C3%A9tico%2C%20liso%20e%20card%C3%ADaco.>. Acesso em: 22 maio 2021.
DIAGNOSE Genética e Biologia Molecular. Grupo Diagnose, Caxias do Sul. Disponível em: <https://www.grupodiagnose.com.br/exames/genetica/exames/distrofias-musculares-de-duchenne-e-becker-42>. Acesso em: 22 maio 2021.
DISTROFIA muscular de Duchenne: sintomas, tratamentos e causas. Minha Vida. Disponível: <https://www.minhavida.com.br/saude/temas/distrofia-muscular-de-duchenne#:~:text=Tratamento%20de%20Distrofia%20muscular%20de,impe%C3%A7a%20a%20progress%C3%A3o%20da%20doen%C3%A7a>. Acesso em: 23 maio 2021.
DISTROFIA muscular: histórico. Disponível em: <http://www.distrofiamuscular.net/historico.htm>. Acesso em: 23 maio 2021.
RUBIN, Michael. Distrofia muscular de Duchenne e distrofia muscular de Becker. Manual MSD: Versão Saúde para a Família. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/distrofias-musculares-e-dist%C3%BArbios-relacionados/distrofia-muscular-de-duchenne-e-distrofia-muscular-de-becker>. Acesso em: 22 maio 2021.
TRATAMENTO com Células-tronco para Distrofia Muscular. Beike Biotechnology. Disponível em: <https://tratamentocomcelulastronco.com/distrofia-muscular/>. Acesso em: 23 maio 2021.
TRATAMENTO atualização do tratamento Fisioterapêutico das Distrofias Muscular de Duchenne e Becker. Promoção da saúde. Disponível em: <https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/865>. Acesso em 24 maio de 2021

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