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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PROF. JAIME ORRO – 4ª ATIVIDADE – 9ª FASE 1 ALUNO: Josafá Gomes Pereira Questão 01- Solito aposentado especial pelo RGPS em 08/2019, logrou êxito no retorno ao seu antigo labor como soldador de aço inoxidável em 02/2020, tendo anotado sua CTPS na forma da lei. Em decorrência de seu novo casamento, o mesmo teve um filho menor com 7 anos e um enteado de 9 anos. Questão: O mesmo teria direito também ao benefício de salário-família, considerando as novas regras previdenciárias depois da reforma de 2019. No caso o Segurado percebe R$ 1.500,00 mensais, assim será computado o valor da aposentadoria e o salário atual para fins de salário-família? As cotas das crianças serão computadas e por isso ele vai deixar de ser baixa renda? A sua esposa atual também é empregada e percebe salário mínimo, portanto a renda per capita familiar vai prejudicar o requisito de baixa renda. Disserte sobre o enunciado, justifique e fundamente sua resposta. Resposta: O aposentado especial, que voltar ao trabalho que gerou sua aposentadoria, ou seja, trabalho insalubre ou de risco, perderá seu benefício, ou seja, terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, segundo consta no Art. 57 § 8º da Lei n. 8.213/1991. Para fins de salário-família, é levado em consideração o salário do trabalhador individualmente, no caso, Solito terá sua renda limitada ao seu ordenado como trabalhador, pois sua aposentadoria será cancelada, também não haverá soma do seu salário com o da esposa, muito menos as cotas de cada filho, Conforme Art. 70. da Lei 8.213/91. Assim, sendo Solito devidamente registrado em Fevereiro de 2020 não receberá salário-família pois seu salário é de R$ 1.500 Reais, e o limite máximo para ter esse direito no ano de 2020 era de R$ 1.425,56. Caso Solito continue no trabalho, e sua renda continue sendo os 1.500 Reais ele passará a ter o direito de receber o salário-família em 2021, pois para 2021 esse direito está garantido para 1 Atividade apresentada na Disciplina de Direito Previdenciário, do Curso de Bacharel em Direito da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, na modalidade PLSE 2020.5. Sob orientação do Prof. Jaime Orro, como requisito parcial para avaliação. Josafá Gomes Pereira Acadêmico do curso de Direito da Universidade do estado de Mato Grosso - UNEMAT SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E ECNOLOGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CURSO DE DIREITO CAMPUS JANE VANINI – CÁCERES – MT quem recebe até R$ 1.503,25. O benefício é concedido sendo um benefício para cada filho, e o enteado também, sendo filho por equiparação entra nessa soma. A Esposa de Solito, por sua vez, que recebe um salário mínimo, tem direito ao salário-família, em razão dos dois filhos menores de 14 anos. Outrossim, se o marido e a mulher tiverem ambos o salário que dê direito ao salário-família, ambos poderão receber em benefício do mesmo filho. Ou seja, Solito receberia pelo filho e pelo enteado, e ao mesmo tempo sua esposa receberia pelos dois filhos, pois o benefício está vinculado ao salário que o trabalhador recebe. Questão 02- Sarajane, médica, teve parto prematuro aos 7 meses de gestação, quando tinha efetuado 8 contribuições e cumpriu também a carência de 8 meses para o RGPS. O INSS indeferiu o pleito administrativo, sob alegação que a mesma não cumpriu com a carência de 12 meses exigida para o benefício salário maternidade. Disserte sobre o enunciado. Resposta: Sendo Sarajane médica, e de acordo com o enunciado ela efetuou oito contribuições. Podemos inferir que Sarajane seja uma contribuinte individual, nos moldes do Art. 11 Inc. V da Lei 8.213/91. Assim, segundo a mesma lei no Art. 25. Inc. III o salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V, ou seja para as que estão inscritas como contribuinte individual, está condicionado a 10 (dez) contribuições mensais. Também o Decreto 3.048/99 Art. 29. caput e Inc. III determina que exige-se uma carência de dez contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa. Assim, sendo ela uma contribuinte individual não teria cumprido com a carência exigida em Lei que é de dez meses. Por outro lado, Sarajane poderá ser inscrita como trabalhador avulso, ou ainda como empregada que implica registro na CTPS por alguma empresa, nesses casos ela não estará incluída nessas restrições, fazendo jus ao salário-maternidade, pois estará assegurada desde o início da sua contribuição, ou seja, NÃO se fala em carência para a contribuinte avulso nem para a empregada. Josafá Gomes Pereira Acadêmico do curso de Direito da Universidade do estado de Mato Grosso - UNEMAT SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E ECNOLOGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CURSO DE DIREITO CAMPUS JANE VANINI – CÁCERES – MT Questão 03- A Desvinculação da Receita da União, segundo a Constituição Federal desvincula 30% para outros fins de toda receita da contribuição prevista no art. 195 da CF. Disserte sobre o enunciado. Resposta: A DRU, instituída em 1996, tem por finalidade a desvinculação de receitas para o uso do poder executivo, buscando cobrir déficits em áreas diversas. Tal medida foi criada para garantir a execução orçamentária do executivo, diante de uma suposta falta de recursos suficientes. A DRU atinge a previdência na forma do Art. 76. dos ADCT São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro e 2023, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data. Porém no § 4º desse mesmo Art. 76 temos a exceção de que: A desvinculação de que trata o caput não se aplica às receitas das contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social. Portanto, a DRU não se aplica ao Art. 195 da CF, pois trata-se do financiamento da Seguridade Social. ABRAÇO E BOA SORTE! Josafá Gomes Pereira Acadêmico do curso de Direito da Universidade do estado de Mato Grosso - UNEMAT SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E ECNOLOGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CURSO DE DIREITO CAMPUS JANE VANINI – CÁCERES – MT
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